31 julho 2007

ESTRATÉGIA - Livrarias Curitiba abre loja para a classe C

Fonte: Valor Econômico
Tainã Bispo

A família Pedri, fundadora da Livrarias Curitiba, decidiu dar seu primeiro passo fora da região Sul do Brasil. Líder de mercado nos três estados sulistas onde atuam, os Pedri escolheram um desafio e tanto pela frente: vender livros em São Paulo, provavelmente a cidade com a maior concentração de lojas especializadas do país.

A Livrarias Curitiba, no entanto, não irá brigar diretamente com seus concorrentes. Algumas regiões da capital paulista podem até estar saturadas, mas o cenário da Zona Leste é bem diferente - e essa é a aposta da rede curitibana. Relegada a segundo plano pelas livrarias paulistanas mais tradicionais, a Zona Leste foi escolhida pela varejista paranaense para abrir a 14º loja da rede, que será inaugurada em outubro no Shopping Aricanduva, com um investimento de R$ 3,5 milhões. Fazia três anos que a empresa não abria uma loja.

Atualmente, as grandes redes livreiras do país não demonstram tanto interesse pela região assim. Há apenas uma loja da Siciliano na Zona Leste, de um total de 14 lojas na capital; uma unidade da Saraiva, de 14 lojas na cidade de São Paulo; e cinco Nobel, de um total de 35 franquias na cidade. A Livraria Cultura e Livraria da Vila não têm lojas na região. A Zona Leste, apesar de ser considerada uma região de poder aquisitivo baixo, é a mais populosa da capital e residência para quatro em cada dez habitantes de São Paulo.

Na nova loja, a família Pedri quer vender, principalmente, para a classe C. "Percebemos que esse tipo de consumidor tem comprado mais nas nossas lojas do Sul", diz Marcos Pedri, filho mais velho do fundador, Valentim Pedri. "A classe C já alcançou alguns objetivos. O primeiro era alimentação, o segundo é o acesso ao celular e o terceiro é o consumo por bens culturais e educação", explica. "Além disso, o preço médio do livro está mais baixo, cerca de R$ 25, quando já chegou a ser R$ 35." Marcos observou que em alguns casos, o consumidor entra numa loja da Livrarias Curitiba para comprar algum artigo de papelaria - negócio que representa 20% das vendas da rede -, depara-se com livros mais baratos e acaba comprando algum.

Outro fator que fez a rede apostar na Zona Leste é a localização do Shopping Aricanduva, que está dentro do Centro Comercial Leste Aricanduva. Este recebe cerca de 4,5 milhões de pessoas por mês. Segundo a assessoria do centro comercial, 60% do público que passa pelo local é das classes A e B; 35% da classe C e 5% da classe D. O complexo engloba lojas dos hipermercados Extra e Wal-Mart, loja de material de construção Casa & Construção e o Auto Shopping Aricanduva, de carros. A Curitiba será a única livraria no local.

A única dúvida que ainda não foi resolvida dentro da empresa é quanto ao nome da unidade em São Paulo. A Livrarias Curitiba tem por costume mudar de nome dependendo do estado onde está localizada - Livrarias Curitiba, no Paraná, Livrarias Porto, em Porto Alegre e Livrarias Catarinense, em Santa Catarina. E o calendário de expansão não pára por aí. No ano que vem, o plano é abrir uma outra loja em Curitiba - um investimento estimado em R$ 3 milhões, no Shopping Palladium.

O processo de profissionalização da empresa, que começou em 2006, também avança. Há 45 dias, foi contratado Celso Luís Kukiela, que passou por empresas como Volvo e Autoplan, para o cargo de superintendente da rede. Valentim, o fundador, é o presidente da rede e seus seis filhos que trabalham na companhia (de um total de oito), passaram a se reportar a Kukiela. "A próxima etapa, necessária para implantar a governança coorporativa, é criar o conselho administrativo e o conselho da família", explica. "Iremos concretizar esse processo neste ano."
A meta é tornar a varejista apta a vôos maiores em um ou dois anos. Nesse período, a família Pedri deseja ter uma empresa em condições de, se quiser, abrir capital. O valor do faturamento, porém, ainda é segredo. No ano passado rede vendeu 2 milhões de exemplares e a expectativa para este ano é chegar a 2,4 milhões. A receita pode crescer 10% neste ano.

31/07/07

MARKETING - Agências apostam no desafio de anunciar medicamentos

Fonte: Meio&Mensagem

Uma das saídas mais óbvias é a valorização da credibilidade e da marca da companhia

Ao mesmo tempo em que abrem os olhos para um mercado que movimenta bilhões de dólares anuais, as agências de propaganda se vêem frente ao desafio de criar campanhas e anúncios para produtos sem nenhum glamour e cheio de regras rígidas impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No mercado de medicamentos OTC, de venda livre em farmácias e drogarias, o assunto do momento é o genérico, que acirrou a concorrência entre os laboratórios e os colocaram numa situação sui generis: aos olhos do consumidor, todo genérico é igual. Como, então, convencê-lo do contrário? Como fazê-lo escolher o genérico de um fabricante e não de outro?
Uma das saídas mais óbvias é a valorização da credibilidade e da marca da companhia. “Os laboratórios perceberam que o trabalho de construção de marca é muito importante”, diz Eric Oliveira, diretor-geral da Ogilvy Healthworld. Vera Silvieri, vice-presidente de atendimento da McCann Erickson, lembra que a Bayer foi uma das poucas farmacêuticas a investir na sua marca muitas décadas atrás e até hoje é lembrada pelo bordão “o que é Bayer é bom”.
Na área de medicamentos RX, vendidos só com prescrição médica, o desafio é ainda maior, porque a lei não permite que sejam anunciados na mídia. É preciso abordar diretamente a comunidade médica e, mesmo assim, buscar agregar benefícios intangíveis, como beleza e bem-estar. Foi o que fez a 141 Preview para o anticoncepcional Belara, da Janssen-Cilag. À marca, agregou-se o equilíbrio entre beleza (melhora da pele e dos cabelos) e contracepção. “Os médicos gostaram, passaram a prescrever e o produto vendeu muito”, diz João Alexandre Consorte, diretor-geral da 141 Preview.
Por outro lado, a própria indústria farmacêutica descobriu que as drogas do bem-estar, desenvolvidas para as pessoas se sentirem melhor e não curar doenças, como as para o tratamento de disfunção erétil (Viagra, Cialis, Levitra) e obesidade (Xenical), tendem a puxar o crescimento das áreas de healthcare e wellness. Como não podem ir para a mídia, o recurso que tem sido mais usado na comunicação é o “procure o seu médico”. Mark de Szentmiklosy, sócio e diretor de criação da Tugarê, lembra que hoje existe uma preocupação social com o custo de doenças, especialmente as decorrentes da vida moderna, como estresse, obesidade e cardiopatias. Assim, há a tendência de aumentar a bastante a demanda por campanhas de prevenção e/ou educativas, tanto vindas dos governos quanto da iniciativa privada.
Linguagem diferenciada
Szentmiklosy alerta, no entanto, que o assunto virou moda e que existem agências que se dizem especializadas no atendimento dos mercados de saúde e bem-estar, mas na realidade não são. “Uma série de agências se juntam e buscam contas na área de saúde, mas isso não quer dizer que têm expertise para atender o setor”, diz. “É preciso saber lidar com todo o mix do setor de saúde, saber se comunicar com a categoria médica, com hospitais, clínicas e pontos-de-venda, entender de lei, saber quem é usuário ou potencial usuário de determinados produtos e serviços”.
Duílio Malfatti, presidente-executivo da Euro RSCG Brasil, concorda com o diretor da Tugarê. “O setor de healthcare exige uma linguagem diferenciada, falar com médico exige uma linguagem diferenciada”, diz. Tanto é assim que a Euro Life terá em seu quadro de pessoal um clínico geral, que vai atuar como consultor. “Nós vamos ter uma linguagem (de comunicação) absolutamente especializada e segmentada”, diz Malfatti. Isso não quer dizer, no entanto, que as peças sejam herméticas. Será inteligível para o público em geral.
30/07/07

VAREJO - Varejo detecta forte expansão das marcas regionais

Fonte: Valor Econômico

Sabonete e pasta de dente Even, água sanitária Brilux, sabão em pó Invicto e biscoito Richester. Os nomes podem soar estranhos para paulistas e cariocas, mas são extremamente familiares para os nordestinos, especialmente baianos e pernambucanos. Assim como Isabela é conhecida dos gaúchos e Vilma dos mineiros. Marcas regionais sempre existiram, mas nunca se multiplicaram com tanta velocidade como nos últimos anos. Mais fortes, já conseguem desbancar marcas nacionais de peso.

Nos últimos seis anos, o número de marcas disponíveis no varejo cresceu de 3675 (em 2001), para 6832, neste ano, em 107 diferentes categorias. Isso significa um aumento de 86%, segundo pesquisa da revista Supermercado Moderno. Embora as grandes empresas e multinacionais tenham criado novas marcas e extensões de linha, desse total 91% são de marcas regionais. "As marcas regionais nunca estiveram tão fortalecidas", diz Sérgio Molinari, diretor de novos negócios da publicação.

Esse movimento encontra um grande respaldo no varejo. As redes de supermercados médias e pequenas estão privilegiando as marcas menores para depender menos dos grandes fabricantes e até ter mais poder de barganha com as múltis.

As redes regionais não escondem a preferência pelos fabricantes locais. "Em situação de igualdade de comercialização de uma marca regional e uma nacional, priorizamos a primeira", diz Jefferson de Oliveira, diretor comercial da Condor, rede de supermercados com 24 lojas no Paraná e faturamento previsto de R$ 1 bilhão este ano. "Nosso diferencial em relação às grandes redes é a agilidade e as marcas regionais nos permitem isso". Segundo Oliveira, o acesso aos executivos mais importantes, como diretores e presidente, é muito maior, o que garante tomada de decisões mais rápidas.

"As marcas regionais têm conseguido aliar custos menores a uma boa qualidade. Com preços mais baixos, ela têm proporcionado aos consumidores das classes D e E um maior acesso aos produtos", diz o diretor de uma grande varejista que atua no Nordeste. "Elas estão em locais onde a mão-de-obra é mais barata e ainda não têm custos de multinacionais", avalia.

De acordo com dados da Supermercado Moderno, existem atualmente, no país, 18 categorias com mais 100 marcas cada uma. Só de arroz, por exemplo, são 242 diferentes marcas e de pão de forma, outros 142 rótulos distintos. Outras categorias com mais de centena de marcas são café, água sanitária, queijo ralado, pano de limpeza, salgadinho e água mineral.

Apesar da profusão de marcas, quase sempre, a liderança continua nas mãos das nacionais de grande porte ou multinacionais. "A disputa pela primeira colocação ainda se divide entre as grandes", diz Molinari.

Ainda assim, as regionais incomodam cada vez mais as indústrias de maior porte. Tanto que empresas como Unilever, Johnson & Johnnson, Procter & Gamble e de alimentos como Nestlé, Sadia e Perdigão investiram na criação de marcas de "combate" - produtos de preço mais baixo que conseguem brigar de perto com as regionais e disputar o consumidor das classes C e D, um dos principais alvos das companhias nos últimos anos. Um dos casos mais clássicos e antigos é o sabão em pó Ala, da Unilever, vendido exclusivamente no Nordeste.

Sem a estrutura e os custos de uma multinacional, a empresa regional consegue, além de mais agilidade, preços competitivos. Isso faz com que, em seus mercados, as marcas regionais consigam chegar muito perto das líderes, conquistando a segunda posição entre as mais vendidas.

A fabricante pernambucana Raymundo da Fonte, com faturamento de R$ 174 milhões, tem diversas de suas marcas entre as três primeiras colocações de uma pesquisa feita pela Nielsen em parceria com a Super Hiper, publicação da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
É o caso da água sanitária Brilux, o amaciante Sonho, o sabonete Even e o vinagre Minhoto, fabricados pela pernambucana Raymundo da Fonte. Para o sócio Romero da Fonte, o grupo consegue uma posição de destaque justamente por ser uma empresa regional. "Temos uma agilidade maior nas decisões. Somos marcas regionais, não mundiais." Embora já dispute mercado com a Unilever, em produtos de limpeza, a sua próxima tacada é no mercado de creme dental, onde, mais uma vez, concorrerá com Unilever e a líder absoluta Colgate (ver matéria abaixo).

A mineira Vilma Alimentos, com forte atuação em Minas Gerais e Espírito Santo, possui nove marcas de massas e farinhas em seu portfólio. Com um faturamento de R$ 318 milhões no ano passado, faz parte da estratégia ter uma oferta de produtos mais ampla. Segundo a própria empresa, a marca é líder no mercado mineiro com mais de 40% de participação.

Cezar Tavares, vice-presidente de marketing e vendas, diz que a empresa tem mais de 40 formatos diferentes de macarrão. "Cheguei onde estou porque sou uma marca regional", afirma. O marketing institucional com órgãos locais é muito usado e a empresa também faz mídia externa, degustação em supermercados locais, e programas de rádio e TV regionais. "Só não sou uma marca nacional por opção", diz Tavares.

No ano passado, uma das estreantes na Bolsa de Valores de São Paulo foi a M. Dias Branco, empresa de massas e biscoitos que só trabalha com marcas regionais. A companhia é fortíssima no Nordeste com as marcas Fortaleza e Richester (com quase 30% do mercado de biscoitos), no Sul trabalha com a marca Isabela e no Sudeste com Adria. A empresa fechou 2006 com uma receita de R$ 1,3 bilhão e vendeu 891,3 mil toneladas de massas e biscoitos.
25/07/07

30 julho 2007

INSPIRAÇÃO - Aerografia + Grafite

Fonte: Portal da Propaganda

O artista plástico Eduardo Kobra está desenvolvendo, em São Paulo, obras que misturam o traço da aerografia com a inspiração na pintura do moderno grafite, o que resulta em murais tridimensionais que permitem ao público interagir com a obra. A primeira via presenteada foi a Avenida Paulista, que ganhou no dia do aniversário de São Paulo um mural com sua imagem no ano de 1920. Segundo Kobra, a idéia da produção, que reproduziu um bonde, é estabelecer uma comparação entre o ar romântico e o clima de nostalgia da avenida naquela época, com a constante agitação, característica de grandes centros, como se tornou a Paulista atual. As Avenidas Sumaré e Hélio Pelegrino, e a Rua Rangel Pestana, também apresentam obras do artista, que pretende entregar mais seis murais até o fim de 2007 e, para isso, procura o apoio de empresas para custear o material utilizado e assumir a parceria do projeto.

TECNOLOGIA - Italiano lança livro de ficção escrito em celular

Fonte: Reuters

Um italiano decidiu usar seu celular para escrever um romance durante sua jornada diária para o trabalho. Robert Bernocco, profissional de tecnologia informação, aproveitou o tempo de deslocamento para o trabalho e dele para casa para escrever o livro de ficção científica de 384 páginas Compagni di Viaggo ("Companheiros de Viagem"). Ele usou para isso seu celular Nokia equipado com o sistema de digitação T9.
"Realmente foi uma questão de administração de tempo. Ele tinha o livro dentro dele e queria escrever, mas percebeu que simplesmente não tinha tempo para sentar diante de um computador para fazer isso", disse Gail Jordan, diretor de relações públicas da editora Lulu.com.
Escrevendo em italiano, em vez de usar abreviações comuns de mensagens de texto, Bernocco dividiu o manuscrito em parágrafos curtos e depois os transferia para um computador onde podiam ser editados.
"Há alguns anos eu iria penar para encontrar tempo e uma editora que me permitissem criar este livro", disse Bernocco em comunicado. "Graças ao meu Nokia e à Lulu eu me orgulho de ser um escritor com livro publicado."
A Lulu.com tem mais de um milhão de membros registrados e foi criada pelo empresário canadense Bob Young para publicar livros, vídeos e conteúdos multimídia com a ajuda da internet.
Há cerca de 323.000 itens disponíveis na Lulu.com. O livro de Bernocco ocupa o lugar de número 19.720 em termos de vendas e pode ser comprado por 17,38 dólares.
30/07/2007

INTERNET - Pesquisa aponta 50 milhões de internautas no Brasil

Fonte: Meio & Mensagem
Cláudia Bredarioli
Levantamento realizado pelo DataFolha para a F/Nazca aponta ainda que cerca 28 milhões pessoas já acessam à internet em locais públicos

Dados coletados pelo DataFolha para a F/Nazca apontam que os brasileiros conectados à internet são quase 50 milhões. Segundo a pesquisa, 39% da população, considerando apenas os cidadãos com mais de 16 anos, acessam a rede mundial de computadores e, destes, 42% têm o hábito de inserir algum conteúdo na internet.
Dentre os resultados, que serão divulgados a partir desta segunda-feira, destaca-se ainda o crescimento exponencial do acesso em locais públicos, com aumento de sete vezes em relação ao observado em 2001, atingindo um total de 28 milhões de pessoas. Desse modo, a preferência por locais de acesso entre os brasileiros divide-se entre a própria casa (48%), casa de amigos ou parentes (40%), trabalho (32%) e outros lugares (57%), que compreendem lan houses, instituições de ensino, entre outros.
Outras informações também chamam a atenção: ainda que tenha maior participação entre as classes A e B (de 69%), 38% das pessoas da classe C e 16% das classes D e E também têm acesso à rede. Além disso, há destaque para a região Nordeste com a maior média dentre os usuários que costumam colocar conteúdo na rede, tendo como principal motivo o interesse de relacionar-se com outras pessoas.
A pesquisa foi realizada pelo DataFolha nos dias 19 e 20 de março de 2007, com 2.166 entrevistas pessoais - distribuídas segundo a proporção da população brasileira por regiões, estados, capitais/interior -, com cidadãos acima de 16 anos, em mais de 200 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.
Os resultados surpreenderam até mesmo quem encomendou a pesquisa: “Acho que esses dados começam a nos dar um esboço do porquê do sucesso da internet no Brasil. Na verdade, é porque somos pobres. Por isso a possibilidade de acesso a uma tecnologia abrangente, barata e de fácil manuseio abre novos horizontes”, diz Fernand Alphen, diretor de planejamento da F/Nazca.
“Isso reforça a idéia de que quanto mais periférico o país, mais são populares os meios digitais, por atenderem a um certo desespero pela inserção. É o que explica o fato de um pen drive pendurado no pescoço ter se tornado símbolo de status na periferia”, completa.
Apesar dessas possibilidades, há que se considerar, contudo, que quase 78 milhões de brasileiros - pelos dados da F/Nazca - ainda estão desconectados da rede. Ainda assim, os dados do DataFolha apontam para um universo maior de internautas brasileiros do que se tinha notícia até agora. Claro que o número interessa ao mercado publicitário - que há alguns anos vem buscando a valorização de suas ações e dos espaços em mídia digital, justamente com base em informações divergentes de audiência -, mas essa divulgação também abre espaço para a discussão em torno do real tamanho desse mercado.
Somado a isso, temos os dados do Comitê Gestor de Internet no Brasil que apontam que 54,35% dos cidadãos brasileiros nunca utilizaram um computador, enquanto 66,68% nunca acessaram à internet, segundo a pesquisa TIC Domicílios e Usuários de julho/agosto de 2006, sobre o uso das tecnologias da informação e da comunicação no Brasil, realizada anualmente em todo o território nacional.

30/07/07

MARKETING - Empresas disputam consumidores brasileiros nos gramados de futebol

Fonte: Exame
Por Larissa Santana

Clubes rivais são patrocinados por empresas concorrentes em MG e SP; em BA e RS, tática é a inversa e a mesma companhia banca os maiores times para evitar a rejeição de torcidas inflamadas
A disputa por consumidores entre companhias rivais está ganhando cada vez mais fôlego no palco de outros embates: os gramados. Empresas ansiosas por embarcar no aumento do poder de compra dos brasileiros transformaram os campos de futebol, férteis para a publicidade, em cenário de competição acirrada também para os negócios por meio do patrocínio a grandes equipes.

Caso mais recente é o contrato da construtora Tenda com o Cruzeiro, de Minas Gerais. O patrocínio fechado por um valor não divulgado vai fazer com que as partidas entre a equipe celeste e o arqui-rival Atlético Mineiro, que já aceleravam a pulsação de muito torcedor, deixem empresários do mercado imobiliário grudados na tela da TV. Motivo: na camisa dos atletas do Galo está estampado o nome da MRV Engenharia, concorrente da Tenda em um setor que tem deslanchado e promete crescer com a expansão do crédito na economia. Cada lance que receber a aproximação de uma câmera em um clássico entre Cruzeiro e Atlético – o próximo deve acontecer em 23 de setembro, pelo Campeonato Brasileiro – tem o potencial de expor as marcas das duas construtoras a 4, 5 milhões de espectadores. A MRV já vinha explorando esse potencial desde 2004, quando iniciou sua relação com o Atlético em um contrato de 2 milhões de reais. O valor atual não é divulgado. Agora a Tenda, uma empresa de construção popular focada nas classes C e D, resolveu não ficar atrás. Mas sem pensar em competição com a MRV, segundo o seu presidente Henrique Alves Pinto. "Estudamos diversos times, em diversos estados, para popularizar a marca. Chegamos à conclusão de que a melhor relação entre custo e benefício seria o Cruzeiro, pelos títulos que a equipe já conseguiu", afirma.

Seja motivado pela análise financeira, pela presença de um concorrente também mineiro nos gramados ou pelo fato de Alves Pinto se declarar cruzeirense, o fato é que o patrocínio representou a volta da Tenda ao futebol depois de quase uma década, e em um momento em que a MRV ganhava exposição com o anúncio de uma abertura de capital. De janeiro de 1997 a janeiro de 1998, a Tenda já havia recorrido ao patrocínio para crescer em Minas Gerais. A curiosidade é que a equipe escolhida na época foi o Atlético Mineiro. O ano de investimento resultou em crescimento de 15% das vendas, segundo o presidente da construtora. A interrupção do patrocínio veio com a busca por novas mídias, e, só agora, diz a Tenda, apareceu a oportunidade de voltar ao futebol em um time grande. Quem trabalha com marketing esportivo, no entanto, não encara a decisão da construtora como alheia à concorrência no mercado imobiliário. "O patrocínio hoje é um grande negócio, que envolve estratégia, investimento e planejamento. A Tenda deve ter percebido que o trabalho da MRV no Atlético está dando resultado e decidido que esse era um bom caminho a seguir", afirma Rafael Plastina, gerente de marketing e desenvolvimento da consultoria especializada Informídia. A MRV, por sua vez, também diz não ter considerado o patrocínio anterior da Tenda ao optar pelo Atlético. "A escolha veio pelo fato de a construtora possuir suas raízes em Minas Gerais e querer associar sua marca a um grande time que tem uma enorme torcida", diz Eduardo Barretto, vice-presidente comercial.

A aposta no futebol, tanto por parte da Tenda quanto da MRV, vem da crença de que a exposição da marca durante a transmissão de partidas, na cobertura da imprensa e nas milhares de camisas vendidas todos os anos a torcedores garantem uma forma mais eficiente de publicidade. Em primeiro lugar, porque o futebol é o esporte de maior popularidade no país. Pesquisa realizada pela Informídia no fim de 2006 com 500 pessoas, apenas na cidade de São Paulo, mostrou que o esporte é o preferido de 80% dos homens e 45% das mulheres entrevistados. Em segundo lugar, porque a grande freqüência com que os times aparecem na mídia – em jornais e programas televisivos diários, sites de notícias, revistas periódicas – faz com que as empresas que os financiam estejam constantemente em evidência. Oitenta por cento dos homens e 59% das mulheres se lembram de ter visto o nome de um patrocinador em alguma partida ou cobertura de futebol, ainda de acordo com a pesquisa da Informídia.

"Um anúncio caro no intervalo do Jornal Nacional, por exemplo, te daria uma única inserção, um anúncio de 30 segundos, sem contar a dispersão das pessoas e a troca de canal. Não acredito que um investimento como esse dê mais retorno à marca do que o marketing no futebol", diz Eduardo Toni, diretor da LG, patrocinadora do São Paulo desde 2001. A companhia coreana também é uma das protagonistas da concorrência por mercado nos gramados, contra Samsung, patrocinadora do Corinthians, e Semp Toshiba, patrocinadora do Santos. As três brigam principalmente no mercado de televisores: enquanto a Semp Toshiba se diz líder em vendas totais de aparelhos no Brasil, a LG invoca o primeiro lugar na comercialização de televisões de tela fina – somando plasma e LCD – e a Samsung afirma estar no topo em TVs de LCD. No mercado de monitores de computador, Samsung e LG costumam se proclamar líderes, sempre baseadas em números próprios. A LG foi a primeira das quatro a chegar ao futebol, com um contrato que hoje vale 15 milhões de reais por ano, valor que quase dobrou desde 2004. A Samsung, que tem ficado ano após ano atrás da concorrente em faturamento no Brasil – a receita foi de 1,6 bilhão de dólares no ano passado, contra 1,8 bilhão de dólares da LG -, decidiu apostar no Corinthians em 2005, com um patrocínio de 6,1 milhões de dólares por ano que subiu para 6,7 milhões (pouco mais de 12 milhões de reais) depois de títulos que a equipe conseguiu. A entrada da Samsung no futebol, para Maurício Campos, diretor da empresa de marketing esportivo da Speed Sports, foi uma reação a uma iniciativa bem-sucedida da LG. "É uma forma de garantia de mercado", diz o especialista. A Samsung nega que a investida no Corinthians seja reflexo da investida da LG. "Nossa estratégia é mostrar que a marca tem comprometimento com o Brasil", diz José Roberto Campos, vice-presidente executivo da companhia. Parece ter dado certo. Segundo a Informídia, hoje a Samsung é a marca atrelada a esporte mais lembrada espontaneamente pelos paulistanos, deixando a LG no posto de vice. Atrás vêm Pirelli, atual patrocinadora do Palmeiras, Habib’s, patrocinador do São Paulo, e Parmalat, ex-patrocinadora do Palmeiras.

A mais novata das três concorrentes no futebol de São Paulo, a Semp Toshiba, chegou para embolar o meio de campo da disputa em março deste ano. Um contrato, de valor não divulgado, mas que já chegou a ser estimado em 6 milhões de reais por ano, colocou a marca da empresa no uniforme do Santos – antes estampado por uma outra rival, a Panasonic. A empresa nega ter seguido os passos das rivais, e declara que o patrocínio foi apenas mais uma forma de investimento para alcançar o público interessado em futebol. Há três anos, segundo o diretor de marketing Oswaldo Ubrig, a Semp Toshiba investe em patrocínio de programas esportivos de rádio e em espaço publicitário na transmissão de jogos. "Sabemos que no mercado de eletrônicos quem decide a compra é preponderantemente o público masculino", afirma. Para a LG, o fato de os concorrentes também terem implementado patrocínios não representa um empecilho, e sim um reconhecimento. "Vemos com isso que a nossa estratégia foi boa, porque todo mundo copiou. A competição é assim mesmo", diz Eduardo Toni, diretor de marketing da LG.

Rejeição
Há, no entanto, empresas que acreditam que o investimento em equipes de futebol pode afastar consumidores. A Fiat é uma delas. A montadora investe no Bahia e no Vitória, duas equipes importantes baianas, para não sofrer rejeição de nenhuma torcida. O Banrisul também patrocina os rivais Grêmio e Internacional, com medo de ficar em maus lençóis com os gaúchos. Os mesmos times foram patrocinados pela GM em 1998, quando a empresa estabeleceu sua fábrica no sul. Na época, montar o programa de patrocínio não foi fácil. O valor dos contratos era o mesmo para as duas equipes – 2 milhões de dólares para cada um anualmente, em um total de três anos - e as reuniões de negociação eram sempre realizadas com a presença de representantes das duas equipes.

A Tenda não acredita que o fato de bancar o Cruzeiro, e de já ter patrocinado antes o Atlético, afastará consumidores. "O patrocínio gera um índice de simpatia muito grande. Mas não influencia na hora da compra de um bem de valor agregado tão alto como um apartamento", diz o presidente Alves Pinto. MRV, LG, Samsung e Semp Toshiba também descartam qualquer possibilidade de rejeição. Para Rafael Plastina, da Informídia, a prova de que a paixão dos torcedores não influencia na compra de produtos é o caso da Parmalat, hoje ainda entre as marcas mais lembradas na associação com o futebol: "A Parmalat foi líder de mercado em todos os anos em que patrocinou o Palmeiras. Onde está essa rejeição?".
24/07/07

27 julho 2007

INSPIRAÇÃO - Campanha convoca a um minuto de silêncio

Bastante mobilização no país em função do acidente da TAM. Abaixo, duas manifestações já programadas. Resta saber no que vai dar.


Fonte: adonline
A campanha "Cansei", iniciativa liderada por grupo de aproximadamente 40 pessoas entre empresários, executivos de comunicação, renomados publicitários e artistas, é um manifesto de indignação e solidariedade para sensibilizar a população. Em 17 de agosto, dia em que se completam 30 dias do pior acidente da história da aviação nacional, o Brasil ficará em silêncio por um protesto solidário. O "Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros", como foi batizado, acontecerá às 13 horas. As peças começarão a ser veiculadas em mídia nacional a partir do dia 27, com a finalidade de convocar o Brasil a inteiro a aderir ao ato e calar o país por um minuto. Haverá divulgação em TV, rádio e Internet.

Na data prevista, um grupo se reunirá em frente ao prédio destruído da TAM Express, local onde o avião da mesma companhia se chocou e explodiu no dia 17 de julho em São Paulo. O protesto silencioso deverá ter transmissão ao vivo e contar com personalidades, líderes religiosos, formadores de opinião e artistas.

Segundo foi falado no encontro, não há foco de apelo político. Por essa razão, a OAB/SP - Ordem dos Advogados do Brasil - será a única entidade a assinar a campanha.

Além desse ainda tem o "NO/FLY DAY":

O dia 18 de agosto será o NO/FLY DAY, um ato de protesto pacífico e a-partidário contra a incompetência do governo federal, agências e empresas aéreas para dar uma solução ao problema aéreo, que vem dando claros sinais de colapso muito antes do acidente da GOL e, depois de nada feito, culminando com o acidente da TAM no dia 17.Este ato de protesto será um dia “greve de passageiros” em todo o Brasil e em São Paulo ocorrerá marcha, às 16h, do Ibirapuera até o aeroporto de Congonhas em homenagem as vitimas.

CONSTRUÇÃO CIVIL - Construção civil quer ERP, CRM e web

Fonte: Baguete

O III Encontro Tecnologia da Informação e Comunicação na Construção Civil - TIC 2007, realizado nesta quarta-feira, 11, em Porto Alegre, apresentou um panorama das possibilidades de mercado para a tecnologia no segmento de construtoras, incorporadoras, empresas de engenharia e afins. Segundo a especialista na área, Maria Angélica Covelo e Silva, diretora da NGI Consultoria, as grandes apostas são sistemas de ERP, CRM e web.
"A cadeia produtiva da construção civil é muito abrangente. É preciso pensar além das construtoras, que são a ponta do negócio - por trás delas há as empresas de planejamento, de engenharia e arquitetura, os fabricantes de materiais e muitos outros. A TIC tem possibilidade de vender para todos estes segmentos", afirma Maria Angélica. "Dentre as ofertas, as mais aceitas são o CRM, os serviços web, que possibilitam a visualização de obras antes do lançamento real, e o ERP. Nesta área, o favorito é o SAP, por processar grandes quantidades de itens", completa.
Se o assunto é SAP, a gaúcha Videli toma a frente. "Oferecemos o Business One para o setor, pois é crescente o interesse das pequenas e médias empresas da construção em TI", afirma o diretor de Produto da companhia, Gustavo Deli. "Hoje, temos três clientes no Sul neste segmento. São organizações interessadas em potencializar a gestão e aumentar a velocidade de retorno das informações, otimizando a tomada de decisões. Em média, o custo mínimo de um projeto do software SAP para pequenas fica em torno de R$ 60 mil", revela.
Se o intuito for gastar menos, também tem opção. Outra expositora da Mostra TIC, que aconteceu em paralelo ao Encontro, a canoense All.Trade desenvolve seu próprio ERP para o setor de engenharia civil. "A solução tem módulo integrado de BSC, com 45 indicadores de desempenho", conta o diretor da empresa, Alex Oliveira. "Para um projeto mínimo, que atenderia a cerca de cinco usuários, o custo ficaria em torno de R$ 6 mil, com implantação", informa. "Já o preço máximo chega a R$ 70 mil, para uma média de 30, 35 usuários. Porém, nosso maior mercado são companhias que adotam o sistema para até 10 colaboradores", arremata.
Mais
Também expuseram suas soluções na Mostra TIC a Agregar (equipamentos de telecomunicações), Editora Pini (publicações para os segmentos de construção civil, engenharia e arquitetura), Newage (ERP, CRM, SRM e HRM), RM Sistemas (ERP), Sinapsys (software gerenciador de equipamentos para execução de obras e transporte da material), Sphinx/Divex (ConstruBiz, serviço que usa a Internet para gestão de vendas no setor), Dot Insight (E-Haggai Mobile, ferramenta utilizada em Pocket PCs por profissionais de obras em campo) e Domínio (ERP Domsge).
11/07/07

1. INSPIRAÇÃO

...

VAREJO - Vestuário, móveis e eletrodomésticos puxam crescimento de vendas do varejo

VALOR ECONOMICO
De São Paulo

As vendas do comércio varejista brasileiro aumentaram 0,5% em maio, puxadas pelos setores de vestuário, móveis e eletrodomésticos, segundo pesquisa divulgada ontem. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que na comparação anual o aumento foi de 10,5%, bem acima dos esperados 8,5%. No ano, a expansão é de 4,6%. "Este desempenho continua refletindo o aumento do poder de compra da população", disse o IBGE em nota.
O economista-chefe da GAP Asset Management, Alexandre Maia, considerou os números positivos: "Os dados vieram acima das expectativas e consolidam um quadro de forte expansão do consumo ao longo deste ano, que tem a ver com aumento da renda, queda dos juros e estabilidade econômica."
As vendas de tecidos, vestuário e calçados subiram 7,6% mês a mês, enquanto em móveis e eletrodomésticos a alta foi de 3,1%. As vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram variação positiva de 0,1%, enquanto as de combustíveis e lubrificantes caíram 1,2% e as de veículos, motos, partes e peças declinaram 0,1%. Na comparação com maio de 2006, todos os setores tiveram aumento nas vendas. No confronto anual, o maior impacto positivo veio de hipermercados, com avanço de 8,2%.

A pesquisa informou ainda que a receita nominal do comércio varejista cresceu 1% em maio na comparação com abril e 11,4% ante o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, a receita apresenta elevação de 6,2%.
Levantamento do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo mostra que o desempenho do comércio na capital paulista continuou se expandindo na primeira quinzena deste mês. Nesse período, as consultas ao SCPC aumentaram 7,5% na média diária em relação à mesma quinzena do ano passado. O SCPC funciona como um indicativo das vendas a prazo. Nas consultas ao UseCheque, termômetro das vendas à vista, o aumento foi de 5,7% em igual comparação.
Os indicadores aparecem negativos, entretanto, se consideradas as consultas computadas no total dos dias. Nesse caso, os acessos aos SCPC caíram 0,8% em relação à mesma quinzena de julho de 2006 e no UseCheque a baixa foi de 2,4%.



17/07/07

INSPIRAÇÃO - Paramídia

Fonte: Portal da Propaganda
A Fly Comunicação lança no mercado o Paramídia, veículo de comunicação exterior que utiliza um pára-quedas para a divulgação de mensagens publicitárias. O equipamento possui um motor com autonomia de duas horas de vôo e, por conseguir permanecer em baixa altitude e velocidade, se mostra uma interessante ferramenta de comunicação. O Paramídia também pode ser utilizado como veículo de transporte para realização de imagens aéreas. A Boehringer Indústria Farmacêutica está utilizando a mídia alternativa para divulgar seu produto Pharmaton durante os jogos Pan-americanos, no Rio de Janeiro.


ARQUITETURA - Arquitetos do MIT criam pavilhão de exposições com paredes d’água

Fonte: IDG Now!

Pavilhão, que será exibido na Espanha, terá cortinas líquidas que podem ser manipuladas para exibir imagens e mensagens.


Arquitetos e engenheiros do Massachusetts Institute of Technology (MIT) projetaram um edifício com cortinas líquidas no lugar das paredes, que podem ser manipuladas para exibir imagens e mensagens.Além de servir como displays, as “paredes de água” são capazes de sentir o movimento e se abrem automaticamente quando alguém se aproxima.

O projeto vai ser exibido na próxima exposição internacional na Espanha, no ano que vem. Os engenheiros vão construir o pavilhão com cortinas de água na entrada da Expo Zaragoza 2008. A estrutura vai abrigar uma área de exposição, um café e vários espaços públicos.As paredes de água são formadas por canos suspensos no ar, controlados por computador. A disposição dos canos e o controle de fluxo da água permite criar uma grande tela de pixels feitos de ar e água, ao invés de pontos luminosos na tela.Assim, as cortinas d’água funcionam como um único grande telão em que as imagens ficam constantemente “caindo”.O teto do pavilhão é coberto por uma fina camada de água e pode ser movimentado para cima ou para baixo. Quando o pavilhão é fechado o teto desce ao nível do chão, desmontando a estrutura.É possível ver uma animação que demonstra como funcionará o pavilhão no site do projeto.

20/07/07

VAREJO - Sensação de liberdade faz consumidor elogiar varejo

VALOR ECONÔMICO Online
Tainã Bispo
O maior índice de satisfação do consumidor latino-americano é dentro de lojas varejistas. Diante das prateleiras de farmácias, supermercados ou shopping centers, o cliente tem a opção da escolha imediata de produtos de diversas marcas. Essa possibilidade faz com que ele tenha um grau de contentamento maior do que quando utiliza outros tipos de serviços, como abastecimento de água, telefonia fixa e crédito pessoal.
"Nos setores onde o consumidor tem mais mobilidade, há uma tendência de maior satisfação", afirma José Roberto Labinas Oliveira, diretor regional da América Latina da Ipsos Loyalty, braço do grupo francês Ipsos que mede a satisfação de clientes. Ele lembra, também, que a alta competitividade no setor varejista estimula a oferta de um serviço de melhor qualidade.
A conclusão é de um estudo da Ipsos Loyalty que mensurou o nível de satisfação dos consumidores em 18 tipos de serviços. O instituto fez uma pesquisa com 36,8 mil pessoas com mais de 18 anos em oito países da América Latina. São eles: Brasil, México, Panamá, Venezuela, Porto Rico, Colômbia, Chile e Argentina.
No extremo oposto do ranking, estão aqueles serviços com menos mobilidade e, portanto, com índices mais baixo de satisfação. Os consumidores, no geral, queixaram-se da água fornecida nas residências, da telefonia fixa e da energia elétrica. Por serem serviços muito presentes no dia-a-dia, o corte de água e energia elétrica é muito sentido pelo consumidor, avalia Oliveira. Além disso, observa ele, ainda há uma memória da época em que a telefonia fixa, por exemplo, era estatal e considerada deficiente no Brasil.
O fato de "Chile, Porto Rico, Brasil e Argentina ficarem abaixo da média no índice de satisfação geral" demonstra, para Oliveira, populações mais exigentes e críticas quanto aos serviços utilizados - já que os países que participaram da pesquisa recebem, em algumas áreas, serviços das mesmas multinacionais. Segundo o executivo, o nível de crítica encontrado no estudo não é reconhecido nem pela própria população brasileira, nem pelas empresas aqui instaladas.
O brasileiro demonstrou ser um dos mais exigentes quando o assunto é dinheiro. O serviço oferecido em bancos tradicionais foi criticado pela maioria dos países. Porém, o maior índice de insatisfação foi obtido pelos brasileiros e pelos argentinos. Para Oliveira, há, nesses dois países, um "ranço" desse tipo de serviço. "É sinônimo de capitalismo e poder econômico. Além disso, foi um serviço utilizado pelos movimentos políticos, em disputas entre a direita e a esquerda", explica. "Acredito que há uma contaminação cultural e não objetiva em relação a esse índice."
As financeiras também foram um dos serviços mais criticados pelos brasileiros. Para Oliveira, a alta taxa de juro e a facilidade de obter crédito nos últimos anos fez com que o consumidor tenha tido problemas em quitar suas dívidas. "O brasileiro ainda está aprendendo a lidar com o crédito."
Já os mexicanos demonstraram-se nada satisfeitos com os postos de gasolina do país. A distribuição do produto é estatal. Portanto, há, apenas, uma rede de postos de gasolina, a Petróleos Mexicanos.

20/07/2007

TECNOLOGIA - Herval de olho na TI corporativa

Fonte: Baguete
O Grupo Herval acaba de lançar uma operação focada na TI corporativa. Batizado de HervalTech, o novo negócio estará focado em soluções da HP.
A idéia da empresa é concentrar as vendas nos vales dos Sinos, Paranhana e Caí, onde estão idades como Canoas, Novo Hamburgo, Dois Irmãos, Igrejinha, Venâncio Aires, Sapiranga, Campo Bom, Parobé e Três Coroas.
"Acreditamos que as companhias dessa área podem e devem ser melhor atendidas", resume Rogério Marks, gerente de Vendas da HervalTech. Segundo Marks, a idéia de criar o empreendimento surgiu da dificuldade de acesso a grandes fornecedores que a própria Herval, sediada em Dois Irmãos, já enfrentou.
Marks diz que já fechou vendas para empresas de apenas cinco e até quinze mil usuários e tem metas altas para os próximos meses. "Vamos investir forte em empresas parcerias da Herval, assim como em toda economia dessa região, que é muito rica", explica o executivo que faz mistério quando aos números, mas, revela que pode fechar o ano "na casa dos oito dígitos".

20/07/2007

CONSTRUÇÃO CIVIL - Na dura disputa pelo consumidor, estande chega a custar R$ 3 milhões

Fonte: O Estado de S. Paulo
Marili Ribeiro

Um show de Caetano Veloso em petit comité seguido de jantar. Um show de Rita Lee em área aberta com mais de três mil pessoas. Uma apresentação do enólogo-cantor Ed Motta acompanhada de degustação de vinhos. Um bufê com delícias requintadas, como ovas de salmão e boeuf bourguignon, preparados pelo chef francês Emmanuel Bassoleil. E ainda uma série de espetáculos com a Turma do Cocoricó para crianças.
A lista acima não é uma relação de eventos patrocinados por cervejarias ou instituições financeiras para promover suas marcas, como reza a tradição no ramo. São ações de marketing desenvolvidas nos últimos tempos por construtoras e incorporadoras para vender imóveis residenciais. A intenção tem sido a de cativar compradores para unidades com valores que oscilam entre R$ 300 mil e R$ 5 milhões, dependendo da área e da localização.
Nunca na história do setor imobiliário se caprichou tanto, nem se aplicou tantos recursos, para atrair atenção para o negócio. 'Acabou a era das velhas Kombis estacionadas com placas e setas indicativas dos empreendimentos nas redondezas', brinca Romeo Busarello, diretor de marketing imobiliário da Tecnisa - embora promotoras ainda permaneçam nas redondezas dos empreendimentos convidando o público a visitar os estandes de vendas.
'Os investimentos em propaganda e marketing vêm crescendo com o uso de mídias alternativas em busca de se ampliar a comunicação do negócio, porque o setor imobiliário ganhou nova dimensão para a economia nacional', diz Ubirajara Spessoto, diretor de incorporações da Cyrela.
Uma projeção dos gastos com ações de marketing feita para este ano, considerando apenas as dez maiores empresas no ranking do segmento - onde se situam Tecnisa, Cyrela, Camargo Corrêa e Gafisa, entre outras -, aponta para algo em torno de R$ 480 milhões. Uma verba a ser aplicada não só nos tradicionais anúncios e comerciais impressos, como também em entretenimento nos locais de venda, assim como em sofisticados estandes com áreas de lazer para crianças. Isso sem falar nos elaborados catálogos dos lançamentos, que mais se assemelham a catálogos de arte.
A conta, para se chegar a ao montante aplicado, é simples: as dez líderes do segmento passaram a reservar entre 5% e 6% da receita total gerada com as vendas em marketing. Em 2007, a previsão é que elas faturem R$ 8 bilhões.
Somente nos dois últimos anos, 16 empresas do setor entraram no mercado acionário. Boa parte do dinheiro injetado na movimentação desse negócio veio de fundos de investimento estrangeiros. A participação desse capital passou a exigir maior transparência na atuação das construtoras e incorporadoras no País, com práticas de governança corporativa e apresentação de balanços trimestrais. Um dos efeitos dessa mudança tem sido a estruturação das áreas de marketing, antes até inexistentes.
Além dos recursos abundantes - as incorporadoras e imobiliárias levantaram R$ 11 bilhões na Bolsa de Valores -, o cenário do segmento foi favorecido pelo aumento da oferta de crédito para a compra de imóveis.
A conjunção dessas duas variáveis - dinheiro e crédito - tem feito o volume de empreendimentos mais que dobrar. E, por conseqüência, a disputa pelo consumidor mais acirrada.
O fenômeno já está registrado no balanço dos investimentos publicitárias no ano passado ante o anterior. Dados cruzados a partir da combinação de volume de recursos do setor, colhidos pelo Ibope Monitor, com os estudos do Projeto Inter-Meios, que baliza o meio publicitário, exibem uma variação positiva de 26% no aumento da verba publicitária do setor imobiliário em 2006 ante 2005. A Cyrela, por exemplo, apresentou crescimento de 112% no período, e a Gafisa aumentou 36% os seus investimentos em publicidade no ano passado. Empresas dizem que, hoje, inovação é fundamental'.
A gente vende mais do que um apartamento, a gente vende um sonho que o comprador vai realizar somente em três anos quando entregarmos a obra', diz Roberto Perroni, diretor-superintendente da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário. E, segundo ele, para vender sonhos é fundamental um marketing sedutor.
É o que a empresa vem fazendo num projeto em um bairro até então abandonado - a Vila Andrade, uma extensão do Morumbi na zona sul de São Paulo. Para esse projeto, a Camargo Corrêa recorreu ao glamour das músicas do maestro Tom Jobim, cujos nomes batizam os condomínios que constrói na área.
Para obter a autorização da família, a empresa empenhou-se no desenvolvimento de um projeto que conta com três praças com mais de 20 mil m2, já que a natureza era uma paixão declarada do maestro. Mas também investiu em calçadas ecológicas, com maior absorção das águas de chuva - são cerca de 4 quilômetros na Vila Andrade. No final do projeto, serão cerca de R$ 15 milhões em infra-estrutura. Tudo isso para realizar cerca de R$ 1 bilhão em vendas em duas mil unidades.
Com tanta oferta qualificada, chamar a atenção requer cada vez mais criatividade. 'Sabemos que disputamos a atenção do comprador no fim de semana, e tínhamos de oferecer atrações no estande que distraíssem os filhos enquanto os pais avaliam a compra', diz Julio Cesar Gomes Pedro, diretor de Marketing da Gafisa.
Daí a instalação por não mais de seis meses de estandes que são verdadeiros parques de diversão para crianças, com shows infantis e profissionais especializados para cuidar da gurizada enquanto os pais estudam os planos da nova moradia. Espaços que têm áreas de café e e simulação de variações de plantas de apartamentos. Só esses estandes chegam a custar R$ 3 milhões.
'O marketing do setor imobiliário estava tão parecido, com a mesma linguagem visual que o consumidor já não prestava mais atenção', diz Maurício Magalhães, presidente da agência Tudo, do grupo YPY, que se dedica a montar eventos para a Gafisa. 'Era fundamental mudar.' E para isso, as grandes empresas puseram a mão no bolso. De palestras de figuras renomadas - como jogadores de basquete, treinadores esportivos, chefes de cozinha ou autoridades em moda e boas maneiras - até show musicais, vale tudo para vender imóveis hoje.

23/07/2007

MARKETING - Marca já é concedida em 18 meses no INPI

VALOR ECONOMICO Online
Josette Goulart
O engenheiro Jorge Ávila foi confirmado na semana passada como presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) depois de oito meses ocupando o cargo como interino. E assumiu já afirmando que os pedidos de registros de marcas que entrarem hoje no órgão levarão apenas 18 meses para serem analisados - prazo que salta aos olhos se levado em consideração que, quando assumiu a vice-presidência do INPI em 2004, este período era de seis anos. Entidades e advogados contestam os números de Ávila e dizem que o prazo varia entre três e quatro anos ainda hoje. Independentemente da fórmula usada para o cálculo do tempo em que uma marca demora a ser concedida no Brasil, o fato é que em 2007, pela primeira vez em dez anos, os examinadores do INPI analisam mais pedidos de registro do que depósitos que entram.

Os números são relevantes. Entre janeiro e junho deste ano foram depositados pouco mais de 45 mil pedidos e analisadas mais de 126 mil marcas. A última vez que o número analisado foi maior do que o de pedidos foi em 1997. De lá para cá (ver tabela ao lado), os dados estatísticos revelam o descaso com que os governos trataram o órgão, a ponto de deixá-lo marcado pela ineficiência de se conceder uma marca em longos seis anos.

A última edição da Revista da Propriedade Industrial traz publicada a concessão de registros de marcas que foram depositadas em 2003 e 2004 - o que daria subsídio para a conta de que o prazo ainda é de até quatro anos. Mas Ávila explica que os 18 meses podem ser auferidos com a seguinte conta: são hoje 350 mil o número de marcas no estoque do INPI, ou seja, depósitos a serem analisados. Neste ano, a média mensal de análise foi de 21 mil processos. "Divida os cerca de 350 mil que temos de marcas no estoque com os 21 mil de exames mensais e o prazo para analisar todos os pedidos é até menor que os 18 meses", diz Ávila. Ou seja, ainda que as marcas depositadas há três ou quatro anos estejam somente agora sendo concedidas, as que entrarem agora seguem o prazo de 18 meses para análise.

A média mundial está justamente neste patamar e, ao atingi-la, o INPI se torna apto para que o Brasil possa assinar o Protocolo de Madri, que prevê a integração de sistemas para um depósito único de marca que vale em dezenas de países. Mas apesar dos números, as críticas ao INPI ainda são grandes. A grande produtividade dos examinadores, por exemplo, se deve não só à contratação de novos funcionários feita nos últimos meses. Segundo Ávila, isso aconteceu também porque hoje os processos estão todos digitalizados. Mas, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI), Gustavo Leonardos, a produtividade aumentou em função do exame simplificado das marcas que está sendo feito hoje - preocupação compartilhada com a candidata à presidência da entidade, Juliana Viegas. Para Leonardos, a instrução de serviços que orienta os examinadores ao exame simplificado traz um potencial de contencioso significativo. Ele cita o exemplo da parte da instrução que diz que fica suspensa a verificação de atividade da empresa que faz o depósito. O artigo 128 da Lei de Propriedade Industrial diz que o registro só poderá ser requerido por empresa que atue no ramo do produto da marca em análise. Ávila diz que de forma alguma a lei está sendo desrespeitada pelo INPI e que apenas não se está exigindo que a empresa comprove seu ramo de atividade. Ou seja, se a empresa mentir, ela é quem estaria desrespeitando a lei.
24/07/2007

ENTREVISTA - "Os burros são raros"

Fonte: Revista Veja

O psicólogo americano diz que a maioria das pessoas é inteligente para algumas áreas do conhecimento e que o teste de QI não expressa esse fato

"Com esforço, a inteligência humana pode ser aprimorada apenas até um certo ponto. A genialidade é para poucos"

O psicólogo americano Howard Gardner deu um passo adiante na compreensão da inteligência humana ao concluir, com base em duas décadas de estudos, que a mente é composta de múltiplas capacidades independentes entre si. Ele descreveu cientificamente oito tipos de inteligência: a lingüística e a lógica (medidas em testes de QI), além da espacial, musical, corporal, naturalista (a habilidade de compreender os fenômenos naturais), intrapessoal (a de reconhecer os próprios defeitos e qualidades -- e tomar decisões com base neles) e interpessoal (a de interpretar as intenções alheias e exercer a liderança). A teoria de Gardner, que na década de 90 passou a influenciar acadêmicos e educadores, teve o mérito de subverter a visão de que a humanidade se divide basicamente entre seres iluminados e aqueles desprovidos de inteligência. Diz o psicólogo: "Há infinitas nuances. Pablo Picasso foi um gênio da pintura, mas era péssimo aluno". Aos 64 anos, professor da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e autor de vinte livros sobre o assunto, Gardner tem viajado o mundo para proferir palestras nas quais fala sobre genialidade, liderança e sala de aula. Ele concedeu a seguinte entrevista a VEJA.

Veja – Há pessoas menos inteligentes do que outras?
Gardner – Cada um tem uma mistura singular dos vários tipos de inteligência, o que torna a questão bem mais complexa do que dividir a humanidade entre burros e inteligentes. A observação científica mostra que o mundo está cheio de gente que se destaca no pensamento lógico, mas não tem inteligência suficiente para expressar uma idéia com começo, meio e fim. Ou de pessoas que são brilhantes ao filosofar sobre as grandes questões do mundo moderno e não têm nenhum traquejo para executar exercícios físicos de jardim-de-infância. Conclusão: a maioria das pessoas é, ao mesmo tempo, inteligente para algumas áreas do conhecimento e limitada para outras. Estou me referindo à média. Bem mais raros são os casos de gente desprovida de qualquer inteligência. Mas eles existem.

Veja – Até que ponto é possível desenvolver a inteligência?
Gardner – Essa é uma questão que vem intrigando os especialistas há séculos. Nas sociedades asiáticas influenciadas pelo confucionismo, vigora a idéia de que as pessoas diferem pouco no intelecto. Mais importante para seu sucesso é o esforço despendido por cada um. No Ocidente, por sua vez, circula a visão de que a inteligência é inata e de que quase nada se pode fazer para mudá-la. O fato é que a ciência já reuniu evidências suficientes para concluir que a inteligência é resultado dos dois fatores: a genética e a experiência de cada um. Ainda não se sabe qual deles tem mais peso. Algumas habilidades, como o raciocínio lógico e o talento para a música, sofrem maior influência da genética. Mas, no geral, tudo indica que os genes e o ambiente contribuam em igual proporção na formação da inteligência humana. Certamente não estão determinadas no berçário todas as capacidades intelectuais das pessoas, o que quer dizer, sim, que é possível esculpir a inteligência – ainda que haja limitações para isso.

Veja – Quais são os limites mais evidentes para o desenvolvimento da inteligência?
Gardner – A primeira barreira é imposta pela própria biologia: o tempo de vida de um indivíduo, em média de 70 anos, é curto para certos desafios intelectuais. O segundo ponto é que, quanto mais velha uma pessoa, mais dificuldade ela tem para mudar seu perfil de inteligência. Está demonstrado por meio de extensas pesquisas que a fase em que a experiência causa mais impacto ao cérebro é até os 20, 25 anos de vida. As pessoas podem até ficar mais sábias depois disso, mas não mais inteligentes. A única exceção a essa lógica é quanto às inteligências pessoais, aquelas que definem as capacidades de autoconhecimento e de lidar com seus semelhantes. Há evidências de que apenas estas se aperfeiçoam ao longo da vida. Um terceiro problema é que as chances de alguém sair das trevas numa determinada área de conhecimento também dependem de sua condição socioeconômica.

Veja – Como a classe social influencia na construção da inteligência?
Gardner – Está claro que um menino pobre do Brasil tem menos probabilidade de desenvolver suas múltiplas inteligências do que uma criança rica dos Estados Unidos. O jogo é desigual por uma razão simples: onde existem carências de recursos, há falta de estímulos. Feitas essas ponderações, não restam dúvidas de que, à custa de esforço, é possível alcançar bons resultados no aprimoramento da inteligência. Mas, na discussão sobre esse tema, há ainda outro aspecto que considero bastante interessante: o da genialidade. Os estudos indicam que é impossível tornar-se genial numa área para a qual não se tem talento natural.

Veja – Por quê?
Gardner – Está suficientemente demonstrado que são vários os fatores que atuam ao mesmo tempo para produzir tais talentos excepcionais – e não apenas um. Ao estudar trinta grandes gênios de áreas distintas, descobri uma característica em comum entre eles: são pessoas que exibem um conjunto de pelo menos dois tipos de inteligência em que sobressaem. Numa delas, têm desempenho extraordinário. Albert Einstein (físico alemão, 1879-1955), por exemplo, mostrava um fantástico raciocínio lógico-matemático e se destacava nas capacidades espaciais. Além de um talento especial para a música, Igor Stravinsky (compositor russo, 1882-1971) demonstrava outras inteligências artísticas, o que provavelmente explica sua carreira eclética: foi um grande compositor de balés, era capaz de musicar textos e tornou-se um dos comentaristas mais incisivos de sua época. Gosto também de citar o futebol. Se você nasce sem grande potencial nas áreas do pensamento espacial e do raciocínio lógico, pode treinar 365 dias por ano, ao longo de uma década, para, enfim, se tornar um bom jogador de futebol. Mas jamais será um Pelé.

Veja – Entre os oito tipos de inteligência que o senhor descreve, há um que seja mais determinante para o sucesso nas sociedades modernas?
Gardner – Certamente a inteligência mais valorizada hoje é a que defino como lógico-matemática. Digo isso com base num fato concreto: a maioria das grandes empresas procura, no mundo inteiro, gente capaz de observar padrões, manipular números e produzir análises objetivas. São pessoas com uma cabeça mais científica. Não estamos falando aqui apenas de matemáticos e engenheiros, mas de um jeito de atuar em diversas profissões. O pensamento lógico representa para a sociedade moderna o que significava a habilidade lingüística quinhentos anos atrás. Naquele tempo, as explicações mais convincentes para os fenômenos se propagavam por meio de relatos – contados ou escritos. Saber empregar um idioma com desenvoltura era, por essa razão, um bem incomparável. Com o advento da ciência, o raciocínio lógico passou a ser cultuado. Mas é bom que se ressalte: esse tipo de inteligência, isolada, dificilmente fará alguém alçar vôos mais ambiciosos – a não ser que o objetivo seja seguir carreira como matemático ou analista de sistemas.

Veja – Existe, então, uma combinação de habilidades mais admirada no mercado de trabalho?
Gardner – A união do pensamento lógico à capacidade de lidar com as pessoas tem resultado em carreiras de sucesso nas grandes empresas. O que não dá é para interpretar esse tipo de constatação como uma espécie de fórmula para o êxito. Em minhas palestras, faço questão de enfatizar dois pontos aparentemente óbvios. Primeiro, afirmo que mesmo os profissionais mais brilhantes precisam ter como motor a ambição para crescer. Cheguei a uma conclusão intrigante sobre muitos deles: apesar do talento fora do comum, são pessoas que tendem a ficar acomodadas em suas áreas de interesse. Acabam se tornando superespecialistas, mas, ironicamente, não costumam deixar nenhuma marca no mundo das idéias. O segundo ponto é que às vezes os melhores não dão certo quando chegam ao topo de uma organização, porque a eles, também, falta alguma espécie de inteligência fundamental para exercer o cargo de liderança.

Veja – Qual a lacuna mais comum entre os vários tipos de chefe?
Gardner – A muitos deles falta uma capacidade essencial à liderança – a inteligência para detectar suas forças e fraquezas. Isso não ocorre com os líderes mais eficientes, que têm um cérebro moldado para entender o que considero básico: como qualquer outra pessoa, não sabem tudo, estão sujeitos a errar e, por essa razão, se cercam de gente melhor do que eles em áreas nas quais se saem pior. Os líderes menos eficazes, por sua vez, pecam pelo excesso de orgulho e pela cegueira sobre suas reais capacidades. O presidente americano George W. Bush é o melhor exemplo de ausência desse tipo de inteligência – a que me refiro como inteligência pessoal – e por isso é incapaz de produzir uma auto-avaliação mais realista. Bush também esbarra numa outra deficiência comum entre pessoas que ocupam função de liderança: a de não pensar nas grandes questões existenciais, mas ater-se somente aos problemas mais imediatos do dia-a-dia.

Veja – Essa é uma limitação e tanto.
Gardner – Sem dúvida. Sabe-se que, desde o tempo das cavernas, os homens apresentavam um cérebro capaz de imaginar o infinito e de considerar questões cosmológicas, muito além da preocupação com a própria sobrevivência. Vários dos líderes modernos, no entanto, não exibem essa capacidade. Eles têm dificuldade de pensar num espectro mais amplo. Está claro que as pessoas mais eficazes em cargos de comando são aquelas que conseguem despertar nos outros a sensação de que fazem parte de um projeto maior. É uma característica que separa os líderes que ficarão na história dos que logo serão descartados da memória coletiva. Dois bons exemplos são o indiano Mahatma Gandhi (1869-1948) e Nelson Mandela (ex-presidente sul-africano). Adolf Hitler (1889-1945) e Mao Tsé-tung (1893-1976), ambos ditadores, respectivamente, na Alemanha e na China, alcançaram o mesmo efeito em suas platéias – sem ter feito, claro, o uso positivo de suas capacidades intelectuais.

Veja – A inteligência tem alguma relação com a moral?
Gardner – Definitivamente, não. As inteligências são moralmente neutras. Tome-se como exemplo a comparação entre Joseph Goebbels (1897-1945), o ministro da Propaganda de Hitler, e o poeta Goethe (1749-1832), ambos mestres no emprego da língua materna: o alemão. Em poder do mesmo tipo de inteligência, Goebbels disseminou o ódio e Goethe criou obras de arte. O estudo que fiz sobre os trinta personagens com atuação acima do comum em suas respectivas áreas, ao longo da história, ajuda a enfatizar a idéia da inteligência amoral. Tirando Gandhi, nenhuma das figuras por mim pesquisadas teve uma vida pessoal digna de ser classificada como exemplar. Pablo Picasso (pintor espanhol, 1881-1973), T.S. Eliot (poeta inglês, 1888-1965) e até Einstein, para citar alguns, lamentavelmente demonstraram insensibilidade moral em muitos aspectos da vida. Com base nesses argumentos, repito o que pode parecer óbvio: o principal desafio da humanidade não é apenas produzir um exército de pessoas com suas múltiplas inteligências afiadas – o maior avanço será vê-las usadas de forma mais ética.

Veja – O senhor acha que é viável contemplar as diferentes inteligências nas escolas?
Gardner – Concordo com meus adversários no campo acadêmico: é difícil transpor toda essa teoria à realidade das salas de aula. Ensinar as matérias de sete ou oito maneiras distintas seria uma tarefa para loucos, e não é isso que eu proponho. Mas acho que aplicar em sala de aula ao menos dois jeitos diferentes de ver um mesmo problema já terá sido um tremendo avanço em relação ao que se vê hoje no mundo todo: escolas atrasadas educando as crianças para o século passado. Com base em dezenas de viagens pelo mundo, afirmo que as escolas estão, no geral, cometendo o mesmo erro: elas ensinam as crianças a ler, escrever e usar o computador como um fim em si, quando essas são apenas ferramentas para aprofundar o conhecimento sobre temas mais relevantes.

Veja – Como é possível identificar oito tipos de inteligência se há apenas medidores para duas ou três delas?
Gardner – A neurociência já produziu um sólido conjunto de evidências para comprovar minha tese. Por meio da observação do cérebro em funcionamento, essas pesquisas revelam que a mente humana abriga, sim, capacidades intelectuais independentes entre si. É da combinação delas que surgem os mais diversos perfis de inteligência. Infelizmente, as sociedades modernas não assimilaram o que a ciência descortinou décadas atrás. Elas seguem com uma visão antiga – valorizam apenas os tipos de inteligência que podem ser medidos em testes de QI, como as habilidades para a matemática e a lingüística. Em relação às demais capacidades humanas que descrevo em meu trabalho, elas ainda são desprezadas pela maioria das pessoas.

25/07/07

INTERNET - Second Life perde força no meio corporativo

Fonte: Revista Amanhã
Fernanda Arechavaleta
O Second Life (SL) mal começou a ser utilizado como ferramenta comercial e de marketing e algumas empresas já optaram por deixar o ambiente virtual de lado. Segundo informações da revista Forbes, multinacionais como Coca-Cola, IBM, Reebok e Toyota estariam desistindo de seus investimentos no mundo virtual criado pela Linden Labs – empresa desenvolvedora do SL. "Uma série de companhias entrou no ambiente com a idéia de fazer mídia gratuita, mas não conseguiu criar um serviço suficientemente interessante para o público do Second Life. Então, elas decidiram sair de cena", evidencia Vinícius Pinheiro, diretor da Vialak – empresa desenvolvedora de ambientes virtuais no "metauniverso".

Mesmo assim, especialistas acreditam que muitos programas parecidos com o Second Life devem proliferar nos próximos anos. Além disso, o aparente ceticismo das empresas norte-americanas em relação ao metauniverso ainda não se reflete nas companhias do Brasil. Na última semana, a editora paulista Aleph lançou seu primeiro livro via Second Life; e a Datasul anunciou sua estréia no mundo virtual. "Hoje, não temos a intenção de vender nada, apenas reforçar a imagem da nossa marca", destaca Marcelo dos Santos, diretor de marketing corporativo da Datasul. Além disso, a companhia utilizará o software para fazer treinamentos e como canal de comunicação com os clientes.
26/07/07

MARKETING - Os segredos das marcas mais poderosas

Valor Econômico Online
Chris Martinez

A Starbucks iniciou sua história vendendo café em carrinhos, tal como se vendiam picolés tempos atrás. Mas conseguiu voar alto e tem mais de dez mil ao redor do mundo. O segredo? A empresa de Seattle entendeu que o consumidor buscava bem mais do que um simples café. Queria uma experiência de compra diferenciada, com um ambiente amigável e "cool". A veterana Toyota sensibilizou os fregueses ao apostar em um automóvel com forte apelo ambiental. O segredo? A montadora japonesa lançou um carro "verde", o Prius, que tem sistema híbrido - pode ser movido a gasolina ou a eletricidade. Criado pelos inventivos "meninos da Califórnia", o Google tornou-se um sinônimo de busca na internet. O segredo? Conseguiu interagir com o consumidor, oferecendo um produto eficiente e gratuito.

Colocados em prática, esses conceitos abarrotaram de dinheiro os caixas dessas empresas e, mais que isso, fizeram delas marcas bilionárias. A Starbucks está avaliada em US$ 3,6 bilhões, a Toyota em US$ 32 bilhões e o Google, US$ 17,8 bilhões. Essas informações fazem parte do mais aguardado ranking de avaliação das cem marcas mais poderosas do mundo, elaborado pela inglesa Interbrand, braço de avaliação de marcas do grupo Omnicom.

"Esse ranking passou a ser olhado praticamente por todas as empresas e se eu te contasse quantos telefonemas estamos recebendo hoje de pessoas e executivos ansiosos querendo saber em que posição estão as suas marcas, você não acreditaria", disse o presidente da Interbrand, Jez Frampton, confortavelmente sentado no escritório localizado na 5ª avenida, em Nova York. " Muitos executivos tem seus bônus atrelados ao desempenho da marca, então fazer esse ranking é uma responsabilidade enorme."

Para classificar as marcas mais valiosas, a Interbrand estabeleceu, como critério, somente avaliar empresas que tenham informações financeiras e de marketing públicas. Também utiliza relatórios de instituições financeiras como JP Morgan, Citi e Morgan Stanley.

Frampton, inglês que se divide entre os escritórios de Londres e Nova York, estava animado com o resultado da pesquisa, embora as dez mais importantes marcas do mundo não tivessem sofrido grandes alterações.
Como acontece há anos e anos, a Coca-Cola ainda está no cume do ranking e repetiu um feito ruim: desvalorizou-se em 3%, em relação a 2006, quando já havia perdido 2% em comparação com 2005. Ainda assim, a "grife" norte-americana de refrigerantes vale US$ 65,3 bilhões.
As quatro primeiras posições se mantêm inalteradas: seguidas pela Coca-Cola, estão Microsoft (US$ 58,7 bilhões), IBM (US$ 57,09 bilhões) e General Electric (US$ 51,5 bilhões). Mas, entre as "top five", apenas a Coca-Cola perdeu valor. O que, de fato, vem arranhando a empresa de Atlanta?
"As pessoas em geral estão preferindo alternativas mais saudáveis, mais leves e mais nutritivas", disse, enquanto sorvia um gole de água mineral na própria garrafa. A Coca-Cola já identificou o seu problema e, em comunicado público, no ano passado, o presidente mundial da empresa deixou claro o firme propósito da multinacional de investir em outros tipos de bebidas, que não refrigerantes. Nesse movimento, comprou no Brasil a Sucos Mais e em parceria com a sua maior engarrafadora na América Latina, a mexicana Femsa, adquiriu a Dell Vale. A empresa também vem sendo pressionada em razão da obesidade infantil.
De modo geral, alguns problemas globais se transformaram em fantasmas para algumas empresas. Mas parte delas conseguiu tirar proveito disso. A japonesa Toyota despejou suas fichas na causa ambiental e pulou da sétima para a sexta posição no ranking da Interbrand. "O motivo não foi apenas o carro, a empresa incutiu uma filosofia de preocupação e de constante busca pela eficiência", disse, destacando que a montadora gasta menos papel, menos água e menos energia.
"As últimas enchentes em Londres foram atribuídas ao aquecimento global e o consumidor atual está atento a essas questões." Soma-se a isso, ainda, o fato de a gasolina vir aumentando de preço em muitos países e os carros elétricos são mais econômicos e igualmente eficientes. De um ano para o outro a Toyota valorizou-se em 15% e hoje a marca esta "cotada" em US$ 32 bilhões.
A causa verde não é importante apenas na Toyota. Segundo Frampton, o mesmo acontece com a Ikea, varejista sueca com lojas de decoração semelhantes às brasileiras Etna e Tok&Stock, que investe, não apenas em madeiras certificadas, como na criação de uma nova mentalidade de consumo. Desde de 1999, a empresa faz um trabalho de cooperação com o "World Resources Institute" para traçar mapas das florestas naturais ainda virgens, com intuito de preserva-las. Também criou em 2001 uma bolsa para estudantes da Rússia, Polônia, Letônia e Estônia e Lituânua estudarem silvicultura no Instituto Sueco de Ciências. Iniciativas como essa fizeram a Ikea subir três degraus de 2006 para 2007: saiu da 41ª para 38ª posição, com uma valorização de 15%. A marca vale US$ 15 bilhões e é a única do seu setor presente no ranking.
Mas não basta abraçar apenas uma causa para construir uma marca valiosa. Tem que ter um tempero há mais. Pode parecer óbvio, mas como reforçou Frampton, a empresa precisa ser inventiva, trazer produtos inovadores, tratar bem o cliente, ter uma cadeia de distribuição boa e saber olhar com cuidado as suas finanças, além em de investir pesadamente em marketing e propaganda.
O Google entendeu isso e rapidamente se tornou uma estrela em ascensão. Este ano foi, de novo, a que mais brilhou no ranking. Seu valor cresceu 44%, para US$ 17,8 bilhões, subindo quatro posições. "O Google é sem dúvida um modelo de negócio bem sucedido e sua ferramenta de busca é o seu produto mais importante, mas se vier alguém com algo mais rápido e mais preciso, ele pode ter a sua posição ameaçada". O Yahoo! que até recentemente era uma marca em constante crescimento não evoluiu no ranking. Manteve-se no 55º lugar, avaliado em U$S 6,06 bilhões.
Nessa era de interação avassaladora na internet há varias alternativas de busca para quem quer pesquisar sobre um ou outro assunto. Um desses exemplos é o "Wikipédia" , um tipo de enciclopédia alimentada pelos internautas. Recentemente, foi lançado um livro nos Estados Unidos, batizado de "Wikinomics", escrito por Don Tapscott e Anthony D.Williams, que ressalta que a colaboração em massa na web pode alterar os rumos dos negócios de grandes corporações. "Lembre-se que hoje ninguém mais usa fax", afirmou, fazendo um sinal para um espaço vazio na estante de sua sala que antes hospedava um desses aparelhos.
Frampton bate na tecla de que, assim como as pessoas, as empresas precisam se adaptar a mudanças culturais. Do contrário, correm o risco da estagnação. Ford, Gap e Motorola são algumas das que perderam posições.
O McDonald's , por sua vez, conseguiu reverter o quadro negativo. A maior cadeia de fast-food do mundo alterou o seu cardápio e passou a oferecer saladas, frutas, além de ter se livrado da gordura trans. Na pesquisa deste ano subiu da 9ª para 8ª posição, com valorização de 7%. Sua marca está avaliada em US$ 29,39 bilhões.
As empresas também precisam, diz Frampton, provocar desejos constantes no consumidor. Neste caso, a Apple é, indiscutivelmente, um dos melhores exemplos. Os seus iPods "vestiram-se" de novas cores, foram apresentados em diferentes tamanhos, com ou sem tela de vídeo até chegar no festejado iPhone.
Segundo dados da pesquisa, o iPhone foi o produto mais aguardado pelos consumidores nos últimos tempos e ajudou até mesmo a revigorar as vendas do Mac, o computador da Apple. A empresa comandada por Steve Jobs tem a sua marca com valor na casa de US$ 11 bilhões, com uma alta de 21% em relação ao estudo do ano passado.
A japonesa Nintendo igualmente soube fisgar o freguês e elevou a sua posição de 51ª para 44ª, e o valor da marca é de US$ 7,7 bilhões. A chave para essa subida chama-se Wii, um jogo que vem com sensores capazes de captar os movimentos dos usuários: se for uma partida de tênis, por exemplo, o aparelho capta o movimento da "raquetada" do jogador. Tornou-se uma febre. A companhia anunciou que o Wii ajudou, em boa parte, a quintuplicar o lucro do segundo trimestre deste ano, para cerca de US$ 668 milhões.
Apesar de serem revolucionárias ou terem produtos atraentes, algumas empresas não aparecem no ranking das marcas mais valiosas da Interbrand. Não há, por exemplo, nenhuma marca brasileira, o que não quer dizer que elas não sejam conhecidas. "Há muitas candidatas brasileiras", disse, alegando conhecer as Havaianas, da São Paulo Alpargatas, cujos chinelos são usados pela sua esposa e filha. "Temos critérios de avaliação que as vezes não possibilita isso."
Para ser qualificada, a marca tem que valer mais de US$ 1 bilhão (a última colocada deste ano, por exemplo, a Hertz, de aluguel de automóveis, vale US$ 3,026 bilhões); tem que obter mais de 20% de seu faturamento fora do país de origem e, obrigatoriamente, ter suas informações financeiras públicas.
Maior empresa do mundo, o Wal-Mart não esta entre as cem, justamente porque ainda não é uma empresa totalmente global. A varejista ainda está concentrada nos Estados Unidos e sua expansão para outros países vem sendo gradual. "O mesmo acontece com empresas chinesas que são gigantes em seus países, mas não mundialmente", afirmou o executivo. Ele acredita, porém, que em pouco tempo algumas marcas "made in Brazil" estejam brilhando na constelação da Interbrand, como Itaú e Bradesco.

27/07/2007

TECNOLOGIA - Papel do YouTube cresce com a aproximação de eleição dos EUA

Fonte: Reuters

Em 2004, o YouTube não existia. Três anos mais tarde, os políticos aprenderam a temer e reverenciar o site de vídeos que se tornou parte vital da campanha para a eleição presidencial norte-americana em 2008.Da rápida disseminação de tropeços políticos, freqüentemente em tom cômico, a uma nova onda de vídeos musicais estrelados por mulheres sumariamente vestidas que cantam as virtudes de seus candidatos presidenciais favoritos, o YouTube.com despertou novo interesse pela política entre os usuários norte-americanos.Mais de 2,5 milhões de pessoas viram o vídeo I've Got a Crush... on Obama (eu tenho uma "queda" pelo Obama) sobre o senador Barack Obama, desde que foi postado no site, no mês passado. Um outro vídeo, que mostra mulheres brigando por Obama e pelo mais forte pré-candidato republicano, Rudy Giuliani, foi assistido por mais de 500 mil pessoas em quatro dias.Embora boa parte do conteúdo do YouTube --adquirido pelo Google, o líder entre os serviços de busca na web, por 1,65 bilhão de dólares, no ano passado-- se direcione às audiências norte-americanas, agora existem sites locais do YouTube, como reflexo do fato de que mais de metade de sua audiência vem de fora dos Estados Unidos.Candidatos incorporam YouTube – Muitos candidatos que estão na disputa pela indicação de seus partidos à Presidência decidiram incorporar as inovações tecnológicas, realizando pesquisas, pedindo sugestões para campanhas e divulgando comunicados por meio de vídeos postados no YouTube."No passado, as campanhas se limitavam a tocar de leve na tecnologia e na inovação --isso representava um pequeno detalhe do que estava acontecendo", disse Phil Noble, fundador do site Politics Online."A diferença na atual eleição é que a tecnologia se tornou fundamental. Todas as campanhas descobriram formas de usar o YouTube o tempo todo."Não são apenas os candidatos que estão ativos. Os usuários regulares do YouTube também estão participando, com milhares de pessoas encaminhando perguntas em vídeo para debates promovidos pela CNN e YouTube que devem ser realizados em breve.
23/07/2007

5. AMENIDADES

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Comportamento

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26 julho 2007

INTERNET - Pesquisa: o comportamento do internauta na AL

Fonte: IT Web
25/07/2007

Brasil é campeão em quantidade, mas Chile garante o primeiro lugar em penetração entre a população total
Uma pesquisa realizada pela comScore aponta que o Brasil possui a maior população online da América Latina, com 15,8 milhões de internautas no mês de julho, o que significa 11% da população com mais de 15 anos.
No entanto, o Chile, com população online menos representativa, apresenta 45% de penetração, o que lhe garante o posto de país da região com maior parte dos cidadãos com mais de 15 anos com acesso à internet.
A comScore ainda identificou que a média de tempo gasto por usuários na internet na América Latina ficou em 29 horas durante o mês de junho, quatro horas a mais do que a média global de 25 horas por mês.
Os internautas argentinos são os mais ativos da região, acessando a internet por 18 dias no mês. Já os internautas brasileiros, visualizam, em média, 3,371 mil páginas durante o mês, 40% a mais do que a média da região, de 2,3 mil visualizações mês.
A pesquisa da comScore, sobre o uso da internet na América Latina, é baseada em coleta de dados através do método World Metrix audience ratings service. O estudo avaliou os hábitos de usuários de internet, com mais de 15 anos, com acesso à internet, de casa ou do trabalho, em junho de 2007.


CARREIRA - A vida (profissional) chega ao ápice aos 40

As transformações trazidas pela globalização e o impacto nas relações de trabalho. Esse é o tema da palestra de Moisés Balassiano, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e PhD em Psicologia Quantitativa pela Universidade de Illinois (EUA), em Santa Catarina. Criador do conceito “baby gamer” – uma referência aos profissionais nascidos no final da década de 80, Balassiano esteve na noite desta quarta-feira (25), na Sociedade Educacional de SC (Sociesc), em Blumenau, apresentando a palestra “A gestão de carreira no século 21”.
Confira abaixo alguns trechos da entrevista concedida a AMANHÃ Online:

De que maneira a globalização afetou o planejamento da vida profissional?
Um fato notável em todo o mundo é a redução do número de empregos e um crescente índice de pessoas que passam a trabalhar por conta própria. Outra questão que observo é que as pessoas estão ingressando no mercado de trabalho cada vez mais cedo. Por conta disso, atingem o ápice de suas carreiras ainda muito jovens, por volta dos 38, 40 anos. Trata-se de uma grande mudança. Não podemos pensar que a morte começa aos 40 só porque com esta idade chegamos ao topo da carreira. A competição internacional é outro fator determinante – que deixou o plano corporativo para chegar também ao profissional. Hoje, o profissional precisa estar preparado para atuar sem fronteiras. Há cerca de 15 anos, os profissionais brasileiros precisavam se preocupar apenas com os seus concorrentes nacionais. Atualmente, há um grande número de executivos estrangeiros migrando para o nosso mercado.

Em seus estudos, o senhor apresenta o conceito de “baby gamers”. Como ele altera a realidade do mercado de trabalho?
Este conceito emerge do acompanhamento que estou realizando com 128 jovens nascidos no final da década de 80 e que agora começam a ingressar no mercado de trabalho. A idéia é analisar de que maneira o maior acesso à tecnologia e aos jogos eletrônicos produziu mudanças no comportamento e nas competências destas pessoas. Trata-se da geração pós-revolução tecnológica, em uma comparação ao conceito de “baby boomer”, como ficou conhecida a geração nascida pós-segunda guerra mundial. Mas ainda não posso adiantar nada sobre os resultados.

Fonte: Newsletter Revista Amanhã - Júlia Pitthan

INOVAÇÃO - Roupa inteligente que reproduz abraços chega ao mercado em setembro

Valencia - Roupa esportiva HugMe reproduz abraço de companheiro por meio de vibrações pelo tronco e terá preço médio de 300 dólares na web.

As primeiras peças de roupas que utilizam tecnologia para integrar redes de comunicação e vestuário chegarão ao mercado em setembro. A Cute Circuite, empresa especializada em roupas inteligentes, anunciou, nesta quarta-feira (25/07), durante a Campus Party 2007 que começará a vender sua linha esportiva em dois meses.Apelidada de HugMe, a coleção de roupas esportivas é composta por uma fina camada de Lycra entrelaçada com fios de prata que conduzem sinais elétricos a partir de uma central com sensor Bluetooth e bateria, que fica nas costas da roupa.Um casal que estiver vestindo HugMes pode repassar abraços um para o outro - apertões, afagos e carinhos são supostamente reproduzidos por meio de sensores que vibram em contato com a pele da outra parte do casal.Junto às peças, a empresa oferecerá um aplicativo para celulares em que usuários poderão transmitir abraços já definidos para seu par. O "abraço" é repassado pelas redes telefônicas até o aparelho do namorado, que então transmite a sensação por Bluetooth à roupa.Segundo Ryan Genz, CEO da Cute Circuit, as peças começarão a ser vendidas a partir de setembro com preço médio de 300 dólares pelo site da companhia, que oferecerá distribuição global dos vestuários.A coleção esportiva não teve todos seus modelos revelados por Genz, que afirmou que a roupa, em sua versão final, terá mudanças pontuais em relação ao protótipo demonstrado na feira espanhola, como tecidos mais leves e peso menor.
*O repórter viajou a convite da Telefônica.
Fonte: IDG Now

25 julho 2007

MODA - Jeans caros estão fora de moda e o básico volta com mais força

Decidida a reduzir sua coleção de dezenas de jeans de marcas renomadas, Julie Mathis, uma executiva de relações públicas de Los Angeles, tentou recentemente vender seu Antik Denim, de US$ 400, em uma loja local de segunda mão. Imaginava que iriam arrancá-lo de suas mãos. Não foi assim. "Eles disseram algo como: 'ninguém está mais usando desses'", conta Mathis.
A mania pelo jeans, que esquentou as vendas das fabricantes de roupas e lojas de departamento nos últimos cinco anos, parece estar, enfim, arrefecendo.
No ano passado, as vendas de jeans femininos caíram 1,8%, para US$ 7,5 bilhões, o primeiro declínio em cinco anos, segundo a empresa de pesquisas de mercado NPD Group. Há dois anos, o negócio de jeans para mulheres estava em uma espiral de crescimento de mais de 10%, puxada em grande parte pela categoria mais elevada, a de peças de mais de US$ 100. Pode-se culpar o cansaço dos consumidores e o fluxo de jeans baratos, que mesmo os especialistas reconhecem não serem tão ruins.
Várias ondas de entusiasmo pelo denim chegaram e partiram. A marca de Los Angeles "7 for All Mankind" desencadeou a mais recente, iniciada em 2000, com seu jeans no estilo "derrière-hugging", de US$ 114. Em pouco tempo, os elegantes jeans japoneses e italianos tornaram-se lugar comum e todos estavam obcecados por estilos (corte bota, boca larga), tipos de lavagem do tecido e elaborados acessórios, como aplicações de cristais Swarovski. Pagar US$ 200 por vestimentas com raízes operárias tornou-se tão aceitável como tomar um café com leite de US$ 3,50 no Starbucks.
Foi uma grande onda. A True Religion Apparel, de Los Angeles, obteve vendas de US$ 139 milhões no ano passado, cinco vezes mais do que em 2004. A margem de lucro operacional no ano passado foi de 28%. A Polo Ralph Lauren teve margens de 15% e a Liz Clairbon, de 9%.
As marcas de alto padrão, talvez, devessem ter percebido que a situação começava a perder força quando a gigante industrial Levi Strauss finalmente recuperou o vigor e colocou novas linhas no mercado em 2006, minando as vendas dos jeans de estilistas. As vendas da True Religion subiram 1,5% no primeiro trimestre deste ano, para US$ 36 milhões. As da Blue Holding, fabricante da marca Antik, caíram 18% no mesmo período.
Outro golpe veio quando os jeans baratos, mas elegantes, causaram furor na Europa. A Cheap Monday, marca criada por uma loja de roupas de Estocolmo que encabeçou a tendência, agora está disponível nos Estados Unidos, em lojas chiques por apenas, relativamente, US$ 65. Outras empresas seguem o mesmo caminho. A J.C. Penney começará a vender jeans de US$ 35 este ano, dos estilistas Chip & Pepper, de Los Angeles. A Guess vende jeans por US$ 50.
Nesse meio tempo, as mulheres começaram a desviar os dólares do denim para vestidos e bolsas. A True Religion agora vende sapatos e camisas; a 7 for All Mankind, bolsas de US$ 500. Ambas também oferecem suéteres e casacos. Loretta Soffe, diretora da varejista Nordstrom, diz que os estilistas ainda precisam provar que podem fazer a transição. "Não vou mentir", diz. "A especialidade deles é o denim."

Valor Econômico

CONSTRUÇÃO CIVIL - Porto Alegre tem a primeira revista brasileira de segurança de condomínios

No dia 30 de julho entra em circulação a ‘Condomínio Segurança’, primeira revista brasileira especializada em segurança de condomínios. Com tiragem de 10 mil exemplares, a publicação é destinada àqueles que buscam informação de qualidade técnica sobre o planejamento da segurança em residências condominiais, como arquitetos, engenheiros, profissionais da segurança, construtoras, incorporadoras, moradores e administradores de condomínios.
Nesta primeira edição, a reportagem de capa aborda os motivos que levam muitos a trocar de endereço e os aspectos técnicos de segurança que auxiliam nessa decisão. A importância da união entre os projetos de iluminação e de segurança é tema debatido entre profissionais das duas áreas de atuação no primeiro Encontros com a Segurança, que busca qualificar os espaços condominiais através da integração. As matérias sobre o golpe do falso seqüestro e o furto de cabos de cobre revelam as ameaças que essas ações representam ao sistema de segurança dos condomínios. As conseqüências psicológicas ocasionadas pela violência também são abordadas em reportagem.

A revista – distribuída através de mala-direta, pelo telefone (51) 3222.6909 ou através de faleconosco@condominioseguranca.com.br – traz, além de reportagens, artigos técnicos de profissionais da segurança, que buscam complementar a bibliografia escassa sobre o tema.

Terça-feira, 24 de Julho de 2007 09:47 - Coletiva.net

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