30 agosto 2007

TECNOLOGIA - Empresas prometem banda larga sem fio no Brasil

Fonte: Baguete


A companhia norte-americana de telecomunicações pela Internet PhoneBrasil International anunciou nesta quarta-feira, 29, que fechou um acordo de US$ 1,2 bilhão para a construção de uma rede banda larga sem fio em larga escala no Brasil, informa a Reuters.
O projeto de dois anos será realizado em conjunto com a também norte-americana CityNet Wireless, que opera redes sem fio em 35 cidades dos Estados Unidos, informaram as empresas em comunicado à imprensa.
"Essa rede Wifi vai cobrir literalmente a maioria das grandes metrópoles, áreas, Estados e territórios do Brasil", garante na nota o presidente-executivo da PhoneBrasil, Anderson Dias, na nota.
O texto diz ainda que a empresa, que já iniciou o processo de aprovação pelas autoridades, será responsável pelo trabalho administrativo, como o tráfego de minutos. A CityNet responderá pela plataforma e pelas torres.
As companhias não informaram quando a rede ficará pronta ou quanto será cobrado pelos serviços. A PhoneBrasil tem escritório em Curitiba.
29/08/2007

28 agosto 2007

MARKETING - Serviço ao cliente ou inovação dos produtos?

Fonte: ITOLWEEKLY


Durante muitos anos, embora as empresas tenham investido em serviço ao cliente, elas deram demasiada importância – e até mesmo preferência – à inovação dos produtos, passando a impressão de que um ótimo produto é suficiente para superar qualquer barreira, mesmo quando não é apoiado por um bom serviço ao cliente.
Entretanto, um recente estudo sobre serviço ao cliente, conduzido pela Harris Interactive e apoiado pela Verint Systems (fornecedor de softwares) sugere que esse pensamento pode ser perigoso.
Dentre os 2.300 adultos avaliados no mês de maio, 88% disseram acreditar que uma empresa com um sólido serviço ao cliente é "mais atrativa", quando comparada a outra que oferece os produtos mais "inovadores e avançados". Meros 12% dos avaliados preferem os produtos mais inovadores aos que têm um sólido serviço de atendimento.
"Há muitas discussões sobre como o serviço ao cliente deve ser uma prioridade, mas as empresas têm sido lentas para colocar os conceitos em prática", diz Ryan Hollenbeck, vice-presidente sênior de marketing global da Verint Witness Actionable Solutions. "Para mim, o estudo mostra que as empresas que pensam sobre serviço ao cliente e agem para aprimorá-lo receberão um bom retorno sobre o investimento".
O estudo também revela como as experiências de serviço ao cliente gera marketing boca-a-boca, capaz de influenciar muitos consumidores em suas decisões de compra. Noventa por cento dos pesquisados apontaram que contam suas experiências negativas relativas ao serviço prestado ao cliente para, no mínimo uma pessoa; 85 por cento contam para várias pessoas. Os números são parecidos em relação às experiências positivas: 88 por cento compartilham suas experiências com, no mínimo uma pessoa e 81 por cento falam para várias outras.
"Todos nós gostamos de dar nossas opiniões e, cada vez mais, essas opiniões estão amarradas aos serviços que recebemos", diz Hollenbeck.
Sugestões Úteis
Com base nas descobertas da pesquisa, Hollenbeck sugere várias práticas que podem ajudar as empresas a gerarem opiniões positivas entre seus clientes.
Tanto as empresas que investem no serviço ao cliente, quanto as outras, deveriam medir freqüentemente a satisfação do cliente, com base na experiência que ele teve com a empresa, em relação aos serviços. Enquanto a qualidade dos produtos pode significar que a área de Pesquisa e Desenvolvimento está fazendo um bom trabalho, a qualidade dos serviços da empresa dá uma idéia mais ampla da experiência que o cliente vivencia com a empresa.
De acordo com esse raciocínio, as organizações não deveriam apenas buscar o feedback do cliente, mas também priorizar esse processo, com base nos objetivos da empresa e valor do clientes. "Se alguém se importa com a experiência que teve, a ponto de lhe contar, aí está alguém que pode lhe ensinar algo", afirma Hollenbeck.
As empresas deveriam considerar a eliminação gradativa dos silos de dados isolados, para trabalharem com um foco maior no serviço ao cliente. Todos os feedbacks deveriam ser compartilhados com os departamentos específicos (Desenvolvimento de Produto, Engenharia, Marketing) em vez de serem mandados para uma única área, responsável pelos assuntos relacionados aos clientes.
"As empresas têm muitas informações entrando no call center, mas as que realmente chegam à área apropriada são poucas," diz Hollenbeck. "Se o Marketing está com uma nova campanha no ar e os clientes estão se manifestando sobre isso, compartilhe as ligações com o departamento de Marketing. Se há clientes falando sobre o produto, encaminhe para o departamento de Engenharia. Isso fará com que as áreas tenham maior sensibilidade sobre o que o cliente está sentindo."
Envolvimento Executivo
No futuro, a Verint e o Harris Interactive esperam que mais empresas façam do serviço ao cliente uma parte importante das agendas executivas. Hollenbeck acredita que assim será possível envolver outras áreas e funções que, normalmente, não são associadas ao serviço ao cliente.
"As empresas começarão a pensar em todos os envolvidos nos processos de negócios que têm impacto no cliente", prevê. "O call center é apenas um ponto de contato. E quanto aos processos de back-office, ou faturamento? E quanto às agências bancárias, na caso da indústria financeira? O que trará resultados é um olhar mais cuidadoso, também, para essas outras interações.
28/08/2007

27 agosto 2007

SAÚDE - Vem aí: Marlboro para mascar

Fonte: Newsletter Revista Amanhã


Que os fabricantes de cigarro precisam rever a estratégia para garantir sua sobrevivência, já era sabido. Afinal, é difícil prever o futuro de uma indústria que viu desaparecer quase metade de sua camada de consumidores entre 1989 e 2006. O que surpreende, porém, é a ousadia das companhias de tabaco para encontrar soluções. Nos Estados Unidos, a Philip Morris se prepara para ingressar em um segmento pouco conhecido por aqui: o de fumo de mascar, ou "smokeless tobacco". Por lá, esse mercado já movimenta US$ 3,7 bilhões por ano. Usando o alcance de sua marca mais famosa, a subsidiária norte-americana do Altria Group Inc. batizou o novo produto Marlboro Moist Smokeless Tobacco. Os testes devem começar em outubro deste ano, em Atlanta, na Geórgia. Os consumidores terão dois sabores e duas variedades como opção – original e wintergreen e Long Cut e Fine Cut, respectivamente. O novo Marlboro virá embalado em sachês que podem ser mascados e depois dispensados como chicletes. As latinhas com os sachês devem ser comercializadas a US$ 3.
A novidade não deve demorar a chegar ao Brasil, um dos países onde as restrições ao segmento aumentam rapidamente. Atualmente, a propaganda do produto é proibida e há diversos projetos regionais para coibir o fumo em restaurantes e lojas. "Com a globalização, a tendência é que as empresas busquem alternativas. Produtos como esse devem chegar logo aqui", aposta Ivanor Torres, analista da Corretora Geral. Para Torres, as empresas do setor de fumo têm perdido espaço também pela falta de inovação e de lançamentos. "Esse tipo de fumo pode alcançar novos públicos", aposta o analista. Para os entusiastas da novidade, no entanto, segue o alerta. Pesquisadores norte-americanos detectaram que o produto pode causar tumores no pulmão, pâncreas, mucosa nasal e fígado.
27/08/2007

14 agosto 2007

ESTRATÉGIA - Loja de esportes vende moda para atrair clientela maior

Fonte: Valor Econômico Online
Por Eliane Sobral e Cláudia Facchini



Com 140 lojas espalhadas pelo país, a World Tennis fechou a compra da Oxto, rede de moda esportiva com 18 lojas em cidades como São Paulo, Campinas e presença em mais oito estados. "Não conseguiria mais sobreviver sozinho neste mercado", disse ao Valor o fundador da Oxto, Nabil Khaznadar, que fez da Oxto uma loja multimarcas misturando Adidas, Puma, Everlast, Miss Sixty e Diesel. O valor do negócio não foi informado.
Outra novidade que mistura esportes e moda é a decisão da Umbro International de entrar no segmento casual. A marca inglesa, cuja origem está no futebol, está investindo US$ 1 milhão para distribuir sua linha "life sytle" em todo o Brasil. "É um segmento novo para nós e como esta intersecção entre moda e esportes é uma tendência irreversível, não poderíamos ficar de fora", diz Paulo César Verardi, diretor geral da Umbro no Brasil.
Desde que as marcas esportivas saíram das academias de ginástica e dos campos de futebol para ganhar as ruas, tanto as marcas quanto o varejo de material esportivo vêm passando por transformações no Brasil e a segmentação parece ser uma saída para ambos os lados. "Todas as lojas de esportes acabaram se envolvendo demais com a venda de tênis. Isto fez com que mesmo as lojas com propostas diferentes entrassem em conflito pois vendiam basicamente os mesmo produtos e marcas", afirma Cláudio Vaz, superintendente do Shoping Villa-Lobos.
Lojas mais tradicionais como a própria World Tennis e a concorrente Centauro estão em busca de diferenciais. No caso da primeira, ter um braço na moda foi a saída. Já a Centauro, investiu forte em design para fazer de suas 83 lojas uma espécie de shopping center dos esportes. "Tem mercado para tudo, mas é preciso passar uma mensagem clara ao consumidor", avalia o diretor de operações da Centauro, Cláudio Assis. "O mercado está meio confuso e tem varejista que não sabe se é segmento esportivo ou se é moda", afirma. O resultado dessa confusão, diz o executivo, é um grande número entrando e saindo do mercado por pura falta de identidade. "Não dá para atuar nos dois lados".
Diagnóstico já percebido pelas marcas. A Umbro, que está chegando agora ao mercado de moda casual, quer deixar claro para o consumidor a diferenciação entre a linha esportiva - que continuará sendo vendida nas lojas de material esportivo - e os modelos de "life style" - que serão distribuídos apenas em lojas multimarcas. "O varejo de material esportivo já é bastante concentrado e tende a ser ainda mais. Já as lojas multimarcas não trabalharão exclusivamente com esporte como aconteceu até pouco tempo. A tendência aí é ser multimarca mas não exclusivamente esportiva", afirma.
Luciano Kleiman, diretor de marketing da Adidas, diz que o crescimento da linha casual segue o mesmo ritmo da de material esportivo e que foi a combinação dessas duas linhas de atuação que fez com que a unidade brasileira da empresa passasse da 53ª posição, em 2002, para o atual 15º lugar no ranking global da Adidas internacional, que tem operações em 116 países.
Segundo Kleiman, o varejo de material esportivo amadureceu muito no Brasil na última década. "Essas empresas, que eram essencialmente familiares, buscaram a profissionalização, investiram pesado no aperfeiçoamento administrativo e desenvolveram visão estratégica do negócio. A Centauro foi rápida em perceber que não havia loja de material esportivo como âncora de shopping center e foi a primeira nesse setor. Já a World Tennis cresceu com um modelo de negócio centrado em franquias", diz o executivo.
Mas o executivo da Adidas - que também atua na linha casual com a marca Adidas Original -aposta em uma maior segmentação no varejo esportivo. "Há shoppings onde é possível encontrar até dez lojas desse mesmo segmento", afirma ele.
A rede Roxos & Doentes aposta na segmentação. Com 14 lojas espalhadas por São Paulo, a rede já nasceu voltada exclusivamente para o futebol. Vende camisas oficiais de seleções e clubes de futebol do mundo inteiro e nada praticamente sozinha nessa seara. "Hoje há espaço para as grandes redes que têm espaço físico para trabalhar com várias modalidades esportivas, mas não cabe mais o modelo de loja que quer vender tudo ao mesmo tempo", afirma Eduardo Rosenberg, presidente da Roxos & Doentes.
Maurício Prado, diretor de marketing da rede Everlast no Brasil, diz que a marca norte-americana que nasceu com o boxe também está apostando mais firmemente na linha casual. "Hoje estamos em aproximadamente 600 pontos de venda com um forte apelo para o 'life style'". Segundo Prado, a linha casual amplia as possibilidades de trabalho da marca. "O casual nos permite trabalhar com um mix maior de produtos, a cada estação temos coleções novas para atrair o consumidor. Já no esporte, essa variação praticamente não existe e o nosso trabalho fica um pouco mais limitado, até em questão de cor", diz ele.
14/08/2007

INTERNET - Second Life: 4% dos internautas são freqüentadores

fonte: baguete


Segundo uma pesquisa divulgada pelo site Computerworld, 4% dos internautas brasileiros navegam uma vez por semana no Second Life, freqüência mínima para serem considerados usuários ativos. Outros 11% já entraram, mas não mantém a mesma freqüência.
Outros 13% já entraram no site, mas não completaram o cadastro. Os que já ouviram falar do site, mas não fizeram qualquer outra aproximação somam 44%. Por fim 28% não sabem o que é o universo virtual em 3D Second Life.
Realizada em parceria pelo IDG Now! e pelo Qualibest, divulgada com exclusividade no Digital Age 2.0, o estudo foi feito através de 850 entrevistas na web.
O metaverso tem 8,7 milhões de residentes, sendo 1,6 milhão ativos (que acessaram o serviço nos últimos 60 dias). De acordo com a reportagem o Brasil já é uma das maiores comunidades do SL, com cerca de 40 mil residentes - atrás apenas dos Estados Unidos e Alemanha.

13/08/2007


ESTRATÉGIA - Grifes investem em versões populares de seus produtos para driblar pirataria

Fonte: O Globo Online


RIO - Às vésperas do Dia dos Pais - comemorado no próximo domingo - marcas de grifes diversificam a produção e investem em versões populares para driblar a pirataria. A Nike, por exemplo, passou a vender este mês uma réplica do novo modelo de camisa do Flamengo. Dispensando detalhes dos uniformes usados pelos atletas profissionais, como tecido especial, a empresa baixou o preço do produto em 46%: de R$ 150 para R$ 80. Segundo a Nike, os produtos populares são inspirados nos artigos desenvolvidos e usados por atletas.
O drible na pirataria pelo preço menor foi a estratégia adotada também pelas grandes gravadores de CDs. Maiores vítimas da falsificação, as empresas não ficaram atrás e começaram a vender CDs com número reduzido de músicas, todas escolhidas pelos próprios artistas. Com base nos antigos compactos com uma, duas ou até cinco faixas, a Sony & BMG, por exemplo, produziu CDs com poucas músicas ao preço econômico de R$ 9,99.
Segundo a Sony & BMG, ainda não é possível avaliar o impacto da novidade nas vendas. Mas a empresa pretende lançar mais CDs com faixas reduzidas de artistas como Wanessa Camargo e Brandi Carlile.
Quem quiser economizar para dar presente para o pai, mas não abre mão de marcas conhecidas, tem também à disposição as lojas de fábrica, que concentram grande quantidade no Rio. Na Adidas, por exemplo, a loja outlet, que fica no Shopping Nova América, oferece materiais das coleções passadas e, também, algumas peças que não passaram no controle de qualidade.
06/08/2007

MARKETING - Embalagens se transformam em anúncios tridimensionais

Fonte: Meio&Mensagem

Vida média das embalagens cai para dois anos

As empresas agora transformam seus próprios produtos em peças publicitárias. Alguns exemplos são a Pepsi, que este ano mudará a aparência de suas latas a cada intervalo de algumas semanas; os rótulos das cervejas Coors Lights ficam azuis quando o conteúdo está gelado e os recipientes de sabonete líquido Henry the Hippo, da Huggies, têm uma lâmpada que pisca durante 20 segundos para indicar as crianças por quanto tempo devem lavar as mãos. As informações são do Estado de S. Paulo desta segunda-feira, 13.
Os fabricantes passaram a ver suas embalagens como anúncios tridimensionais para atrair a atenção dos compradores. Esta mudança de visão se deve à internet e proliferação dos canais de televisão, deixando as companhias sem muita certeza de que os consumidores verão seus comerciais. Até a década de 90 a maioria dos desenhos das embalagens era mantida por sete anos ou mais. Agora, a vida média diminuiu para dois anos.



13/08/2007

13 agosto 2007

INOVAÇÃO - Teclado de silicone pode ser enrolado

Fonte: INFO Online


SÃO PAULO - O fabricante Multilaser exibiu um novo modelo de teclado feito com silicone para usuários de notebooks.


Aberto, o equipamento tem as dimensões de um teclado completo, mas pode ser “enrolado”, o que facilita seu transporte. O periférico foi desenvolvido para uso em notebooks e, segundo a Multilaser, é impermeável, resistindo ao contato com água, café e outros líquidos.

O produto será vendido no varejo com preço sugerido de R$ 39,90.

Felipe Zmoginski, do Plantão INFO


10/08/2007




MARKETING - Ações de atitude de marca já consomem 21% dos investimentos em comunicação

Fonte: Portal da Propaganda
A pesquisa “As atitudes de marca nas maiores empresas do País”, apresentada na quinta edição do Com:Atitude, evento sobre comunicação de marcas, aponta que 21% da verba de comunicação das maiores empresas e anunciantes do País já é destinada a ações de atitude, ou seja, investimentos em projetos nas áreas cultural, social, ambiental, esportiva, de comportamento e de entretenimento. A pesquisa foi realizada no universo das 500 maiores empresas, dos 100 maiores bancos e dos 300 maiores anunciantes do Brasil.
“Buscamos identificar os motivos, investimentos, critérios e processos de ação e comunicação institucional e mercadológica das marcas para entender como o mercado está se posicionando e, assim, propagar tendências e ações diferenciadas”, afirma em comunicado à imprensa Alexandre Borges, sócio da Significa, agência responsável pelo planejamento da pesquisa.
Para 80% dos entrevistados, segundo aponta o estudo, o retorno das ações de atitude de marca está crescendo, enquanto 14% deles acreditam que o retorno continua estável. Apenas 5% da amostra entende que o retorno está diminuindo.
As áreas em que as empresas desenvolvem ações são: social (95% das empresas) – área que, inclusive, teve um aumento maior de investimento este ano; cultural (76%); ambiental (74%); esportiva (49%), entretenimento (39%); e comportamento (19%).
A pesquisa aponta também quais públicos em potencial as empresas esperam atingir. Em primeiro lugar, destaca-se a comunidade da região onde a empresa está inserida; seguida por ações que sejam direcionadas a colaboradores e funcionários, clientes e consumidores.
Nenhum tipo de indicador para medir o retorno de investimento em ações de atitude é utilizado por 49% dos entrevistados. “Isso acontece porque o patrocínio normalmente vem associado a outras ferramentas de comunicação, como publicidade e promoções; e uma grande parcela das empresas não sabe ainda como isolar as ações de atitude para verificar seu grau de eficácia”, afirma Alexandre Borges.
Atitude de marca nos Estados Unidos
O seminário Com:Atitude contou este ano com a presença de Jim Andrews, vice-presidente do IEG – organização de pesquisa, consultoria, análise e treinamento em patrocínio. Ele apresentou um estudo sobre quanto e como as empresas americanas investem em patrocínio empresarial, fazendo um paralelo com a pesquisa realizada com as maiores empresas brasileiras.
Enquanto a taxa de crescimento das ações de patrocínio nos Estados Unidos foi de 10% em 2006, as ações de promoção de venda, em contrapartida, cresceram apenas 3% nos últimos três anos. “A tendência é que esse número aumente ainda mais, porque as empresas estão percebendo que as ações de patrocínio representam um ganho adicional no que tange às ferramentas de comunicação convencionais”, afirma Andrews no estudo realizado por sua empresa.
De acordo com a percepção dos estadunidenses, as empresas que mais investem em ações de atitude de marca são as de bebidas não-alcoólicas (36%), bancos (31%), empresas automotivas (30%), empresas de cerveja (22%) e empresas de comunicação (22%). As marcas que mais se destacam no imaginário popular são Pepsi e Coca-Cola, ambas com 12%.
Para 53% das empresas do país, o retorno das ações de patrocínio cresceu; 24% das empresas não sabem mensurar; 21% acreditam que continua da mesma forma; e 4% avaliam que o retorno diminuiu. Os principais objetivos dessas ações são: reforçar a lealdade do público à marca, criar consciência e visibilidade, e mudar ou reforçar a imagem.
“As empresas sempre se preocuparam em criar consciência e visibilidade. As ações de patrocínio não servem apenas para estampar a imagem da marca na cara das pessoas. Se o objetivo principal for apenas gerar impacto junto ao consumidor, o patrocínio não é a melhor opção. Neste caso, é mais apropriado investir em propaganda”, explica Andrews.
Segundo dados do IEG, o mercado mundial de patrocínio já movimenta cerca de US$ 28 bilhões, sendo que US$ 14,9 bilhões são investidos na América do Norte, US$ 10,6 bilhões na Europa, US$ 7,4 bilhões no Pacífico, US$ 3 bilhões na América do Sul e Central, e US$ 1,8 bilhão em outras regiões.
Para finalizar, o vice-presidente do IEG apontou os sete passos para o sucesso em ações de patrocínio. Seriam eles: identificar o público e seus interesses, definir quais os valores da empresa, fazer uma ampla análise do mercado, determinar os benefícios que se pretende alcançar, envolver o público interno, estabelecer um plano de ações e, finalmente, determinar métricas para avaliar o resultado.
Confrontando com os dados brasileiros, percebe-se que o problema de mensuração de resultados das ações de atitude de marca acontece lá também. “Apesar de o mercado de patrocínios dos EUA estar na frente do brasileiro, em termos de valores investidos, a mensuração também é um problema”, conclui Andrews.
09/08/2007

09 agosto 2007

INOVAÇÃO - Flamengo ingressa no automobilismo


Fonte: Meio&Mensagem


Clube anunciou oficialmente nesta quarta-feira, 8, sua participação na Superleague Formula, modalidade de automobilismo ligada aos times de futebol.
O Clube de Regatas do Flamengo confirmou oficialmente nesta quarta-feira, 8, sua participação na Superleague Formula, nova categoria de automobilismo mundial que será disputada por equipes de futebol. O torneio é homologado pela Federação Internacional de Automobilsmo (FIA).
O vice-presidente de marketing do rubro-negro, Ricardo Hinrichen, não quis revelar valores, mas elogiou a quantia que a participação renderá aos cofres do clube. O Flamengo terá direito às receitas de transmissão (TV e internet), com os espaços de publicidade no macacão do piloto e no carro e com os produtos licenciados com a sua marca ligados ao evento.
Ainda segundo o departamento de marketing , os clubes participantes não terão custos para participar. A organização do evento irá arcar com os salários de pilotos e mecânicos e toda a manutenção do carro. A primeira temporada será disputada em 2008 e terá seis etapas de rodada dupla. Já estão confirmados na competição as equipes do Milan, Porto, PSV Eindhoven, Olympiacos, Borussia Dortmund e Anderlecht. Ao todo serão 20 carros na dispusta.


08/08/2007

TECNOLOGIA - Falta inovação na TI dos bancos e seguradoras

Fonte: IT Web
por Ligia Sanchez


Conclusão é de analista da IDC a partir de pesquisas realizadas entre 2006 e 2007 no Brasil

A importância da tecnologia da informação como propulsora da inovação no mercado financeiro é reconhecida tanto pelos altos dirigentes como pelos principais executivos de TI. “No entanto, a participação da TI não é muito cobrada em termos de inovação, e as áreas de negócios continuam a considerá-la como suporte”, analisa Mauro Peres, a partir de duas pesquisas realizadas pela IDC entre 2006 e 2007, para medir o grau de inovação da TI nos bancos e seguradoras brasileiras.
Peres destaca a necessidade de que a TI seja mais proativa em relação à inovação. Uma das conclusões da pesquisa mostra que os CIOs do mercado financeiro consideram como tecnologias mais inovadoras a Web 2.0, mobile banking, IPTV, virtualização, teleconferência e VoIP, entre outras. No entanto, quando questionados sobre as previsões de investimentos para 2008/09, mostraram-se conservadores: as tecnologias mais maduras, como VoIP e digitalização, aparecem no topo das prioridades. “Apenas 20% deles planejam iniciativas relacionadas a Web 2.0”, comenta Peres.
O equilíbrio aparece apenas em relação à arquitetura orientada a serviço (SOA), já que a mesma proporção de CIOs que a consideram como inovação tem projetos na área. Outra conclusão do estudo é que grande parte dos dirigentes de TI reconhecem que deveriam ser mais inovadores. “Eles apontam falta de tempo e cultura interna como os principais obstáculos à inovação”, explica o pesquisador.

Os CIOs entrevistados afirmam que, em média, 14% do orçamento de TI destina-se à inovação. “Mas este índice só faz sentido quando observamos quais tecnologias são consideradas inovadoras por eles. É questionável o quanto VoIP, por exemplo, ainda é novidade”, avalia Peres. Em sua opinião, a TI precisa começar a olhar mais para o negócio da companhia e lançar as bases da inovação mais em termos de produtos e ofertas ao cliente, em vez de concentrar todos os esforços em si mesma.



09/08/2007

07 agosto 2007

CARREIRA - Para achar trabalho, limpe seu nome na rede.

Fonte: INFO Exame

NOVA YORK - Além do currículo bem feito, conseguir um emprego exige dos candidatos melhorar sua imagem online.
Para isso, contam com uma nova categoria de empresas destinadas a limpar e criar imagens na internet.
Por 10 dólares ao mês, o ReputationDefender.com, por exemplo, realiza buscas com o nome do cliente em inúmeros sites, incluindo os de acesso restrito, e fornece um relatório sobre o que encontra.
Pagando um pouco mais, por 30 dólares, a companhia elimina as referência desfavoráveis ao cliente, assegurando que todos os links relacionados a elas não apareçam durante uma busca online.
Especialistas em recrutamento aconselham profissionais à procura de emprego a fazerem uma busca por seus nomes no Google, a fim de determinar se ela revelaria um post de blog defendendo a legalização da maconha ou fotos mostrando uma noitada regada a álcool com os amigos.
"A Internet acrescenta uma nova dimensão ao processo de encontrar emprego. Ela ocasionalmente pode ajudar, mas também pode ser fonte de problemas", observou Jennifer Sullivan, porta-voz do site de emprego Careerbuilder.com.
Diversas pesquisas indicam que os empregadores estão usando buscas na Internet para verificar potenciais candidatos, especialmente agora que alguns dos primeiros internautas viraram patrões.
Um estudo realizado entre 1.150 mil gerentes de seleção conduzido pelo Careerbuilder.com descobriu que 26 por cento deles usaram ferramentas de busca como o Google em seu processo de contratação. Além disso, 12 por cento declararam ter contado com sites de redes sociais como o Facebook para o processo.
Reuters
06/08/2007

INSPIRAÇÃO - OpusMúltipla cria blue zone para Curitiba

Fonte: Adonline
A OpusMúltipla transformou a fachada histórica da Rua Brigadeiro Franco, em Curitiba, em uma blue zone, área coberta por sinal bluetooth (tecnologia para comunicação sem fio entre dispositivos eletrônicos) desde 4 de agosto A ação faz parte da original campanha do Shopping Curitiba para Dia dos Pais.
Os clientes que pararem em frente ao shopping no período de 4 a 12 de agosto e ativarem o recebimento de mensagens do seu celular bluetooth serão surpreendidos com mensagens supostamente enviadas pelos pais, estimulando seus filhos a comprarem o presente no Shopping Curitiba.
Ao abrir a mensagem, o cliente receberá um código que dará direito a três horas de estacionamento gratuito durante ao período da campanha, bastando para isso apresentar o código da mensagem no balcão de informações.
Para complementar as ações diferenciadas da campanha de Dia dos Pais, o shopping contará ainda com outdoors com aplique e front light com painel eletrônico transmitindo mensagens de pais para filhos com sugestões de presentes que desejam ganhar, além de ampla mídia interna. Toda a campanha, desenvolvida pela agência curitibana OpusMúltipla, utiliza como tema o slogan “Escute o seu pai, ele está querendo um presente do Shopping Curitiba”.
6/8/2007

03 agosto 2007

AMENIDADE - Tudo do que você lembra é verdade?

Fonte: Revista Super interessante
Natalia Yudenitsch

Não. Nem sempre a sua lembrança de um fato é garantia de que ele aconteceu. As experiências que vivemos são processadas por grupos de neurônios em diferentes partes do cérebro. Esses neurônios classificam nossas memórias por critérios visuais, olfativos, tácteis e auditivos. Por exemplo, uma fruta como a tâmara seria fichada por sua cor ocre, seu gosto agridoce, seu formato alongado e casca rígida. "O registro de onde está cada pedaço que forma a memória fica numa área do cérebro chamada hipocampo. Depois de algum tempo, o cérebro não precisa mais recorrer a ele e a ativação de qualquer uma das partes pode levar à reconstrução da rede toda, ou seja, à lembrança do fato", explica a neurocientista Suzana Herculano-Houzel. Só que a forma como essa reconstituição é feita pode alterar sua lembrança. Se ao ver uma tâmara pela primeira vez você estava tomando suco de laranja, por exemplo, o córtex pode puxar a lembrança desse sabor e fazer você pensar que tâmaras têm gosto cítrico.

Elementos externos, como a pressão de uma autoridade, também podem confundir a reconstituição. Digamos que alguém viu um crime, mas não enxergou claramente o criminoso. Se essa pessoa estiver amedrontada e o interrogador fizer perguntas como "ele tinha uma tatuagem no braço?", ela pode "lembrar-se" de algo que não aconteceu. "Diante de uma sugestão forte, podemos criar algo com tamanha riqueza de detalhes que a ativação interna do cérebro confunde essas imagens com fatos reais, criando a memória falsa", diz Suzana.

Nas décadas de 1980 e 90, quando cientistas ainda não sabiam da existência de memórias falsas, um método conhecido como terapia de recuperação da memória, que consistia em fazer regressões ou hipnoses em supostas vítimas, foi muito utilizado em investigações policiais. Um exemplo dos resultados desastrosos da técnica foi o caso da Escola Base, em São Paulo, quando professores foram acusados de molestar alunos a partir de memórias sugeridas às crianças por pais e terapeutas. Não é à toa que hoje lembranças que surgem em terapias ou interrogatórios só valem no tribunal após uma longa investigação.

02 agosto 2007

ARTIGO - O poder de compreender o que os consumidores não querem

Fonte: Portal HSM Online
Por Carlos Ricardo*

Uma simples pergunta pode iniciar uma jornada interessante de inovações.

É muito comum ouvir a expressão simplista que, para se ter sucesso nos negócios, é necessário descobrir o que o consumidor quer. Não deixa de ser verdade, mas é também improvável esperar que consumidores expressem com clareza o conceito de um produto que eles jamais viram ou experimentaram. Quando se trata da difícil tarefa de encontrar insights que possam orientar uma estratégia inovadora, vale a pena perguntar aos consumidores o que eles não querem… o que os deixa indiferentes… o que os irrita.
Normalmente, as empresas investem tempo e recursos para saber tudo sobre o que, onde, quando, por que e como os consumidores adquirem certos produtos ou serviços. Mergulhamos fundo em busca de dados para descobrir todo tipo de métricas relacionadas às nossas categorias. E devemos fazer isso.
Entretanto, muitas vezes não utilizamos o mesmo rigor para descobrir o que os consumidores não gostam em nossos produtos. Quais são as frustrações que eles sentem em relação aos serviços prestados por nós e pela concorrência? Quais são as coisas que os desagradam em nossa comunicação de marca? O que eles simplesmente detestam em nossas categorias e como essas frustrações podem gerar uma mudança em seu comportamento de consumo? Que produtos ou soluções alternativas eles estão buscando? De que maneira essas alternativas podem ameaçar a existência de uma categoria? Existem oportunidades fantásticas de negócios escondidas nas respostas a essas perguntas.
Outro dia, almocei com o presidente de uma empresa. Ele disse passar várias horas a cada semana, ouvindo os consumidores em seu call center… determinado a transformar queixas em oportunidades relevantes de negócios. Não é mera coincidência que sua empresa seja líder em sua área, muito admirada por formadores de opinião aqui e no exterior. É espantoso como algumas das idéias mais inteligentes são, muitas vezes, tão simples e de baixo custo.
A descoberta de que os consumidores se sentiam frustrados por pagarem 18 dólares por um CD com apenas duas ou três músicas que eles gostavam, mudou o mercado fonográfico para sempre. É pouco provável que há 10 anos um consumidor tivesse chegado à solução tecnológica que existe hoje, caso uma gravadora tivesse perguntado aos amantes da música o que eles mudariam no modelo de negócios dessa indústria.
Durante minha gestão liderando uma marca de refrigerantes, realizamos muitas pesquisas com consumidores do mundo todo e nos últimos anos introduzimos uma pergunta que causou grande impacto em nosso pensamento estratégico: “Por que você está reduzindo seu consumo de refrigerante?” Uma pergunta simples, que nos levou a repensar, reestruturar e, inclusive, a desenvolver um conceito de produto inovador, que está criando uma tremenda conexão emocional com consumidores em mercados tão diferentes como Portugal, Irlanda, México, Argentina e Brasil.
Observar as mudanças comportamentais que afetam as categorias e traduzir o que o consumidor não gosta em insights, podem levar a conceitos poderosos. É, no mínimo, um excelente ponto de partida. Igualmente desafiador é o trabalho de P&D na formulação de produtos e soluções que, mais do que simplesmente atender às expectativas de um conceito novo, possam mobilizar pessoas, mudar comportamentos de consumo, surpreender.
No difícil processo de inovação, esteja preparado para falhar ao longo do caminho. Na verdade, um aprendizado importante nesse processo é que falhar é bom. O erro nos força a ir mais fundo, a formular novas hipóteses, a desafiar paradigmas e crenças que todos temos como verdade e nos motiva a testar, testar e testar. Falhar, aprender, corrigir e se superar nos torna melhores marketers, mais preparados para desenvolver as idéias transformacionais, aquelas que verdadeiramente fazem a diferença nos mercados hiper-competitivos em que operamos.
A boa notícia é que, após um árduo trabalho, há um momento crucial no processo de inovação em que todas as peças se encaixam. O momento mágico em que: o conceito está fundado num insight super relevante, este conceito fortalece o posicionamento e a estratégia da marca, encanta o consumidor alvo e se materializa num produto excepcional e inspirador. E o melhor de tudo... nenhum concorrente percebeu isto antes.
Sim, é extremamente importante conhecer as percepções que consumidores têm em relação às nossas marcas, serviços e categorias. Mas, na busca por insights que possam levar a conceitos verdadeiramente inovadores, descobrir o que os consumidores não querem pode ser até mais importante. Pode ser o primeiro e valioso passo de uma longa e compensadora jornada de inovação.
24/07/2007

Ricardo, Carlos
Diretor de marketing para a PepsiCo do Brasil a PepsiCo (Divisão Elma Chips). Formou-se em Administração pela Universidade Regional de Blumenau. Ele inovou com a decisão estratégica de atacar o mercado crescente de águas, trazendo sabor, refrescância e um pouco do gás dos refrigerantes para o mundo comoditizado das águas. O resultado foi H2OH!

01 agosto 2007

CONSTRUÇÃO - A febre imobiliária da internet

Fonte: Portal EXAME
Por Ricardo Cesar

Para Pietro Rocchi, proprietário de uma companhia que negocia planos de saúde na região de Jundiaí, no interior de São Paulo, escolher imóveis pela internet virou rotina. Há cerca de quatro anos, o empresário compra apartamentos na capital paulista como uma forma de investimento. Não demorou para ficar claro que a web era a maneira ideal de garimpar as melhores oportunidades. Hoje, Rocchi recebe quase 150 e-mails mensais com detalhes de lançamentos que podem ser de seu interesse, além de dedicar algumas horas semanais a navegar pelos sites das maiores construtoras e incorporadoras do país. Foi assim que ele adquiriu dois apartamentos próximos à avenida Paulista, um na rua Oscar Freire, outro vizinho da avenida Rebouças e um quinto em frente ao Parque do Ibirapuera. O analista de sistemas Daniel Casares, de 25 anos, tem um perfil bem diferente. Em janeiro, decidido a comprar seu primeiro imóvel, ele começou a pesquisar empreendimentos compatíveis com sua renda. Num domingo à tarde, enquanto navegava na internet, entrou na página da construtora Setin e conversou via chat com um atendente que lhe mostrou algumas opções. Nos dias seguintes, recebeu por e-mail informações detalhadas de algumas unidades que atendiam a suas expectativas. Um mês depois, Casares assinava o contrato de compra de um apartamento no bairro do Mo rumbi, em São Paulo.

Assim como Rocchi e Casares, milhares de pessoas estão usando a internet como canal preferencial para procurar e iniciar o processo de compra de imóveis. Não há um número exato, mas cerca de um em cada cinco negócios fechados pelas maiores construtoras e incorporadoras é decorrência de um atendimento que começou online, via chat ou e-mail. Isso fez da web um canal responsável por al go em torno de 2 bilhões de reais em vendas de imóveis residenciais no ano passado apenas na região metropolitana de São Paulo. E não há dúvidas de que esse montante cresce velozmente. Em 2006, a Cyrela, uma das construtoras com atuação mais agressiva na rede, vendeu 200 milhões de reais com o auxílio da internet. Embora a empresa não confirme oficialmente, só na primeira metade deste ano o número saltou para 320 milhões de reais. Esses dados consideram apenas imóveis que de fato começaram a ser negociados online. Embora seja a melhor, essa não é a única forma de medir a dimensão que a internet está tomando para o setor. Muitos apartamentos são descobertos por seus futuros proprietários durante uma navegação nos sites das construtoras, mas, por um ou outro motivo, os interessados preferem estabelecer contato por telefone ou pessoalmente. Um levantamento da Setin mostra que 89% das pessoas que chegam ao plantão de vendas de um imóvel consultaram o produto previamente no website da empresa -- número que, com pequenas variações, repete-se em quase todas as grandes construtoras.
É claro que comprar apartamentos na internet não é a mesma coisa que adquirir um livro, um DVD ou uma batedeira em varejistas eletrônicos como Amazon ou Americanas.com. No caso do imóvel, os últimos estágios de negociação sempre exigem a presença física das partes interessadas, e a transação nunca é efetuada online. Trata-se de uma venda que envolve valores elevados, muita burocracia e, não raro, financiamento bancário. Isso, contudo, não significa que a importância da rede seja secundária nesse mercado. "A venda não é efetuada pela internet, mas é aí que ela pode ser conquistada ou perdida", diz Rafael Rossi, responsável pelo marketing institucional da construtora Rossi. "A web será cada vez mais o ambiente no qual os clientes decidirão suas compras." Para se preparar, a Rossi está investindo na reestruturação de seu site, que hoje é o ponto de partida de 20% dos negócios que a empresa fecha.

Não é difícil entender por que esse movimento está acontecendo. A rede mundial é o canal de vendas que proporciona o menor custo de captação de clientes. Tanto que, do orçamento de marketing de 30 milhões de reais da Tecnisa, apenas 2 milhões de reais vão para a web. O retorno? Quase um terço das vendas -- por enquanto, já que a participação da internet não pára de aumentar. Mesmo a gigante Cyrela gasta 6 milhões de reais online, o que parece uma pechincha para quem deve bater, com folga, a marca de meio bilhão de reais em vendas iniciadas via atendimento eletrônico neste ano. Na Setin, a verba para a web não passa de 5% do total. Há, portanto, uma flagrante desproporção entre o que a internet significa para as vendas das construtoras e quanto é investido nesse meio.

Os custos tornam-se ainda mais baixos porque tudo é terceirizado, desde a manutenção dos sites até os profissionais que fazem atendimento via chat. A Tecnisa, por exemplo, fechou um acordo para o desenvolvimento e a atualização de sua página virtual com um fornecedor de Curitiba, que cobra menos da metade do preço estabelecido por empresas similares em São Paulo. Na maioria dos casos, o atendimento eletrônico só passa aos profissionais da própria construtora após uma filtragem inicial feita por operadores da central de atendimento. Isso elimina os curiosos e otimiza o tempo da equipe de vendas. "Os corretores pegam os melhores contatos pela internet e só convidam o interessado para ir ao plantão quando a conversa está avançada", afirma o diretor de marketing da Tecnisa, Romeo Busarello. "Fica tudo mais eficiente."

Pela web, as construtoras conseguem munir os potenciais clientes de um amplo cardápio de informações. Os sites empregam diversos recursos para seduzir os interessados, desde fotos até representações em três dimensões, vídeos e serviços de mensagem em tempo real. A Tecnisa chegou a criar uma área dentro do Second Life, espécie de jogo online que simula um mundo virtual -- e o mais surpreendente é que dois apartamentos já foram vendidos dessa forma. "A idéia é que o comprador procure a empresa já bem munido de informações", diz Luiz Turano, diretor-geral da Oficina da Imagem, agência de marketing que se especializou na construção de sites de imóveis e tem 40 construtoras como clientes. Uma delas é a Gafisa, que fecha um em cada três negócios no Rio de Janeiro com a ajuda da internet.

A web também é uma comodidade para o cliente. Uma das vantagens é a possibilidade de tirar dúvidas via chat fora do horário comercial. A Tecnisa oferece serviço de corretores online das 8 horas da manhã até a meia-noite, "porque os hábitos estão mudando", explica Busarello. Atualmente, 16% do tráfego no website da empresa é registrado após as 21 horas. A internet facilita ainda o atendimento a clientes de outras cidades e até do exterior. No ano passado, 6% das vendas online da Tecnisa foram para pessoas que moram fora do país. E o conforto não acaba com a assinatura do contrato. Os melhores sites oferecem serviços de pós-venda, como histórico das parcelas já pagas e o que falta para quitar a dívida ou fotos atualizadas mensalmente que mostram o estágio da construção de imóveis comprados na planta. Para o chefe de análises da Bradesco Corretora, Carlos Firetti, a migração para a internet também está relacionada com a onda de abertura de capital do setor nos últimos 12 meses -- hoje, 16 empresas dessa área estão na Bovespa. Esse movimento está concentrando os lançamentos nas mãos das construtoras que conseguiram se capitalizar em bolsa. "São justamente as maiores, que têm sites bem estruturados. Talvez por isso as compras estejam naturalmente passando para o meio online", diz.

Essa montanha de vantagens, entretanto, não significa que a web seja a solução para todas as necessidades das construtoras. A publicidade offline ainda é extremamente importante. Uma prova disso é a audiência dos sites, que costuma aumentar muito na segunda-feira graças à blitz de mídia dos fins de semana. Esse casamento de meios de comunicação é o que se chama de cross media no jargão dos marqueteiros. Por enquanto, essa parece a receita ideal para que cada vez mais consumidores como Rocchi e Casares usem a internet para decidir onde e como -- e com quem -- comprar um imóvel. Quem diria que a nova febre imobiliária ocorreria num lugar onde o espaço é infinito.
26.07.07

CONSTRUÇÃO - Mercado imobiliário brasileiro: bolha ou boom?

Fonte: Newsletter Revista Amanhã
Fernanda Arechavaleta

O setor imobiliário dos Estados Unidos vive um período de incerteza. Os baixos juros e a grande oferta de crédito imobiliário [baseada em hipotecas] levaram os norte-americanos a enfrentar uma bolha no setor. Com a perspectiva de que a taxa Selic termine o ano beirando um dígito, o aumento de crédito e o crescente lançamento de empreendimentos, as dúvidas também recaem sobre o mercado brasileiro. Afinal, será que o Brasil vive um “boom” ou já está entrando numa “bolha” imobiliária?

Cláudio Teitelbaum, diretor de qualidade e relacionamento com o cliente do Escritório de Engenharia Joal Teitelbaum, acredita que, em breve, o Brasil experimentará uma bolha imobiliária, principalmente, no mercado de imóveis destinados à média e baixa renda. “Estamos vendo mais lançamentos para esse segmento do que o necessário – estimulados pela abertura de novas linhas de crédito”, pondera Teitelbaum. “Hoje, é mais rentável dar entrada num imóvel próprio e pagar as parcelas, do que gastar com aluguel”, acrescenta ele. Carlos Macedo, analista da Unibanco Corretora, não é da mesma opinião. Para ele, a oferta de crédito ainda é muito baixa – representa menos de 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Quanto ao lançamento de empreendimentos, Macedo analisa que, talvez, haja uma sobreoferta para o mercado de alta renda. “Nos setores de rendimentos mais baixos, ainda há muita demanda para ser suprida”, analisa Macedo. Além disso, ele acredita que as incorporadoras já estão planejando uma diversificação.

Consolidação do mercado?
– Vários setores brasileiros vivem dias de consolidação. Para Cláudio Teitelbaum, as grandes empresas do setor imobiliário focadas na média e baixa renda também passarão por esse processo. “Apenas aquelas que diversificarem os segmentos de atuação permanecerão no mercado”, observa Teitelbaum. Já Macedo assegura que enquanto as incorporadoras conseguirem capital no mercado – com emissão de ações ou debêntures – não haverá consolidação. “Quando o dinheiro ficar difícil será o momento de avaliar a necessidade de consolidação”, ressalta Macedo.

31/07/07

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