30 janeiro 2008

COMPORTAMENTO - População com maior renda familiar confia mais na mídia.

Fonte: Coletiva.net

Vinte e cinco por cento da população brasileira com maior renda familiar tem mais confiança na mídia (64%) do que em empresas (61%), ongs (51%), instituições religiosas (48%) ou até mesmo em seu próprio governo. Os dados, divulgados pelo portal Comunique-se, fazem parte do Estudo Anual de Confiança da Edelman, empresa de relações públicas. De acordo com o levantamento, o Brasil é o terceiro país onde a imprensa tem maior índice de credibilidade, ficando atrás apenas do México (66%) e da Índia (65%).

A pesquisa ouviu 3.100 entrevistados entre 35 e 64 anos, com formação superior e renda familiar entre as 25% maiores de seus países. Considerado um estudo entre líderes de opinião, por parte da consultoria, a pesquisa abrangeu 18 países, como China, Irlanda, Rússia, Estados Unidos, Índia, França, Espanha e Brasil. Concluiu-se que essa parte da população, em todo o mundo, possui muito interesse em assuntos relacionados à mídia, economia e política.
Os brasileiros recorrem mais aos jornais impressos (87%) e à TV (82%) como primeira fonte de informação. Em seguida, procuram as informações na Internet (52%). Mas a maioria deles (41%) lê tanto a versão impressa quanto a versão online dos jornais - em outros países existe a preferência pela versão impressa. Para procurar notícias das empresas, os brasileiros preferem ler artigos em revistas de negócios (81%), jornais (79%) e noticiários na TV (77%).
Ao acessar a internet, a primeira procura envolve notícias e depois pesquisas. No Brasil, 93% vão atrás de notícias, 85% fazem pesquisa e e-commerce empatou com mensagens instantâneas (79%). A credibilidade nos blogs chamou a atenção. A Rússia foi o país que mais mostrou credibilidade, com 34%, seguida pela China (33%), Índia (29%) e Brasil (21%). Quando entram na internet, 46% dos brasileiros já lêem blogs.
29/01/2008

24 janeiro 2008

ARQUITETURA - Envelope Transparente

Fonte: Especial PINI 60 anos - Fachada-cortina


Sinônimo de contemporaneidade arquitetônica, as fachadas-cortina progrediram nas últimas décadas tanto tecnologicamente quanto em design. Entretanto, um novo salto evolutivo é aguardado, com a fachada deixando de ser apenas um invólucro para contribuir efetivamente para o bom desempenho térmico da edificação.


Arquitetos como Mies van der Rohe e Gordon Bunshaft, entre 1940 e 1970, já exploravam a transparência e fluidez singulares proporcionadas pelas amplas fachadas envidraçadas. O que eles talvez não desconfiassem é que a tecnologia relacionada à fachada-cortina fosse avançar tanto – e tão rápido. Nas últimas décadas, sem detrimento da capacidade de vedação, métodos de fixação mais avançados permitiram abreviar o tempo de instalação, assim como o ocultamento dos perfis metálicos, agregando leveza visual principalmente à arquitetura corporativa e ao chamado International Style. Além disso, enquanto no passado a estanqueidade era garantida por acessórios importados ou produzidos sob medida por fabricantes de esquadrias, hoje há fábricas especializadas em sistemas modulares de fachada-cortina.

Os componentes, por sua vez, também melhoraram permitindo às fachadas atuais usar menos náilon e mais aço inoxidável, ter os ajustes de freios mais eficientes e, finalmente, qualidade mais uniforme graças à produção em série.

Definida como um sistema de vedação vertical formado por placas ou painéis fixados externamente por uma subestrutura auxiliar – e aí a vedação pode ser tanto vidro quanto outros materiais, como pedras –, a fachada-cortina apresenta evolução progressiva ao longo do tempo. No Brasil, a primeira aplicação do sistema aconteceu no Centro Cândido Mendes, na rua da Assembléia, centro do Rio de Janeiro. No prédio de 43 andares projetado nos anos 1970 pelo arquiteto Harry Cole, os vidros foram encaixilhados com perfis de alumínio, formando quadros presos por ganchos às colunas contínuas e travessas. "Nesse tipo de fachada, as colunas ficavam externas, marcando a vertical do edifício e interferindo bastante com a arquitetura do prédio", comenta Luis Cláudio Viesti, consultor técnico da Afeal (Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio).

Segundo Viesti, já naquela época os arquitetos ansiavam por fachadas mais neutras, sem elementos que evidenciassem tanto a verticalidade como a horizontalidade. Foi isso que motivou o desenvolvimento do sistema pele de vidro poucos anos depois. A coluna agora se voltava para o interior do edifício e a área visível de alumínio na face externa pôde ser minimizada, chegando a aproximadamente 38 mm ao longo de todo o perímetro do quadro. Embora o vidro permanecesse encaixilhado com o apoio de gaxetas e ganchos, foi possível que as folhas móveis da pele de vidro fossem instaladas sem marcar a fachada, ao contrário do que ocorria até então.

Apesar do avanço, menos de dez anos depois uma nova solução, o structural glazing, foi criada em Miami, nos Estados Unidos, em resposta à demanda dos arquitetos que queriam eliminar de vez a interferência visual dos perfis de alumínio e obter uma fachada que revelasse apenas vidro. "A novidade foi que toda a estrutura de alumínio pôde ser finalmente ocultada no interior do edifício. Os vidros passaram a ser fixados por meio de silicones estruturais pela face externa dos caixilhos, tornando as fachadas mais leves e transparentes", conta o engenheiro e consultor Amaury Siqueira, diretor técnico da Techné Engenharia. Tal resultado estético, entretanto, não deve prescindir do desempenho da fachada, ressalta Siqueira, lembrando que a colagem não pode ser feita aleatoriamente e requer o dimensionamento da profundidade e altura do silicone obtida em cálculos que consideram a espessura, peso e dimensões do vidro.

Até por possibilitar uma extensão maior de vidro nas fachadas, o sistema sempre teve seu desempenho térmico diretamente associado à qualidade do material utilizado e ao uso de perfis com barreira de fluxo térmico. Nesse sentido, segundo Siqueira, a indústria aprimorou sua oferta, em especial, de vidros laminados com polivinilbutiral (PVB) e refletivos que, além de assegurar isolamento térmico, garantem segurança às fachadas. Outra opção para agregar qualidade térmica às fachadas-cortina é o vidro duplo insulado com persiana interna. Essa composição, aliás, é apontada pelo engenheiro Nelson Firmino, consultor e diretor da Aluparts Engenharia, como tendência em função da crescente exigência por conforto ambiental e economia de energia.

Estado-da-arte
A atenção ao desempenho das fachadas e a procura pela racionalização dos processos construtivos propiciou, nos últimos vinte anos, o desenvolvimento de duas soluções cada vez mais exploradas.

A primeira, conhecida no mercado como Spider Glass (SGG), foi especificada no Brasil em projetos como o Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo, do escritório Botti & Rubin, e depois se disseminou, marcando presença em fachadas de pequeno e médio porte mas de alto impacto visual. Nesse sistema, que dispensa caixilhos e silicone estrutural, os vidros são presos pontualmente por peças articuladas fixadas a uma estrutura portante metálica.

Outra recente evolução das fachadas-cortina foram os módulos unitizados, que chegaram ao País no final da década de 1990 e rapidamente se incorporaram ao repertório de soluções para arquitetura comercial e institucional. Nesse sistema, a fachada é composta por painéis independentes estruturados com vidro, porcelanato ou granito, içados com o auxílio de guindastes e fixados com ancoragens reguláveis. A montagem é mecanizada e dispensa balancins, abreviando o cronograma e reduzindo custos com mão-de-obra. "O sistema unitizado de perfis com vidros tem contribuído para incrementar o emprego de fachada-cortina", afirma Firmino. Os painéis são totalmente pré-fabricados, o que aumenta o controle tecnológico e garante maior qualidade de fechamento à fachada. "Com isso, diminui-se a probabilidade de infiltração além de racionalizar o processo construtivo da fachada", ressalta Amaury Siqueira.

Após incrementos tecnológicos que além de melhorar o desempenho das fachadas, ampliaram as possibilidades de design, a evolução das fachadas-cortina tem rumo certo: a introdução de requisitos relacionados ao conforto ambiental e a economia de energia. De acordo com a arquiteta Cíntia Mara de Figueiredo, especialista em fachadas, tais requisitos devem fazer as fachadas-cortina incorporarem dispositivos para controlar a transferência de calor entre o meio externo e os ambientes internos tanto pelos perfis de alumínio quanto pelos vidros, além de controlar a acústica, aproveitar a iluminação natural e principalmente utilizar a ventilação natural. "Já é possível perceber a preocupação de alguns arquitetos em projetar construções sustentáveis, em busca do Leed, certificação norte-americana para edifícios-verdes", acrescenta Siqueira, que acredita que tal contexto é favorável à especificação de soluções como as fachadas ventiladas com placas de grês porcelanato. "A camada de ar que se forma entre as placas e a estrutura do edifício funcionam como isolante térmico entre o exterior e as paredes, eliminando as pontes térmicas, diminuindo o consumo de energia para o condicionamento do ar no interior da construção e os efeitos da dilatação térmica da estrutura", diz o consultor.

O desenvolvimento de fachadas fotovoltaicas também é visto como tendência, já que mais do que envolver o edifício, aproveitam a radiação solar como energia, contribuindo para o melhor desempenho energético-ambiental para as edificações. No Brasil, a indústria da construção civil ainda não absorveu o sistema. Mas na Europa, a fachada fotovoltaica está entre as soluções utilizadas para ganhos em eficiência energética e altíssimo desempenho ambiental das edificações, informa Figueiredo.

Uma mostra disso é a formação de um pool de empresas (Basf, Bosch, Merck e Schott) que tem trabalhado com o apoio do governo alemão para incrementar o uso desse tipo de sistema em grandes áreas e desenvolver em grande escala, até 2015, películas transparentes e flexíveis, capazes de transformar luz em energia. A idéia é obter um material que, diferentemente das rígidas células fotovoltaicas atuais, possa ser curvado, enrolado e conformado.
24/01/2008

MARCA - Fiat 500 "voa" no céu de Londres

Fonte: Meio&Mensagem


Para lançar o novo modelo no Reino Unido, a montadora colocou o carro em uma cápsula no London Eye.


Com uma ação inusitada, a Fiat do Reino Unido está atraindo os olhares do público para o novo Fiat 500. O modelo foi colocado em uma cápsula do London Eye, a gigantesca roda que é um dos ícones de Londres. O carro deu seu primeiro giro na noite de segunda-feira, 21, às 20h, horário local, com show do cantor Mika e das bandas The Feeling e The Vibrants e presença de celebridades. A escolha do horário foi essencial para a ação: completou-se naquele momento um total de 500 horas do início do ano.
O Fiat 500 permanecerá "no ar" por duas semanas, dando uma volta de aproximadamente 135 quilômetros. Durante esse período de vôo, uma competição de design interativo estará disponível a quem for conferir a cápsula. O prêmio é um Fiat 500.

23/01/2008

23 janeiro 2008

TECNOLOGIA - Celular inova com tela de papel eletrônico

Fonte: Meio & Mensagem
Misto de celular e leitor de ebooks, o Readius chegará ao mercado internacional ainda neste ano.

A empresa holandesa Polymer Vision, da qual a Philips Electronics detém 25%, anunciou nesta terça-feira, 22, que o primeiro celular do mundo com tela dobrável - ou "enrolável" - será lançado comercialmente em meados deste ano. Trata-se do Readius, um celular e leitor de ebooks apresentado ainda na fase de testes em 2007 durante a conferência 3GSM na Espanha, e que pretende disputar simultaneamente os mercados do iPhone (Apple) e do leitor de ebooks Kindle (Amazon).

Os principais trunfos do Readius, diz a Polymer Vision, são as cinco polegadas em diagonal do display de "papel eletrônico" quando totalmente aberto (o dobro da área dos maiores celulares atuais), a bateria com 30 horas de duração (cerca de seis vezes a dos celulares comuns), o peso de apenas 115g (um terço da média dos outros leitores de ebooks), a conectividade à internet via redes celulares de terceira geração, o processador ARM11 de 400MHz, a capacidade de armazenamento de até 8GB, recursos DVB-H, acesso a email, notícias online, podcasting, audio books, etc - tudo compactado em um aparelho de tamanho equivalente ao dos outros celulares e que funciona ao toque de apenas oito botões SimpleTouch.

"As pessoas estão demandando mais opções e flexibilidade no acesso instantâneo a conteúdo e informações pessoais. Elas já não se satisfazem com telas pequenas e não querem se preocupar com duração de baterias, com telas que não podem ser lidas à luz do sol ou aparelhos desajeitados que não cabem no bolso. O Readius resolve todos esses problemas e está gerações a frente de tudo que existe hoje no mercado", disse o CEO da empresa, Karl McGoldrick.

Segundo o comunicado, a versão final do Readius será exibida no próximo Mobile World Congress, que acontecerá em Barcelona entre 11 e 14 de fevereiro.
Mais informações: http://www.polymervision.com/






23/01/2008

18 janeiro 2008

INTERNET - Internautas brasileiros crescem 48,4% em 2007, afirma Ibope//NetRatings

Fonte: IDG Now!


São Paulo - Brasil atinge 21,4 mi de internautas residenciais em 2007, com acesso a serviços de comércio eletrônico crescendo 50% em relação a 2006.

O volume de internautas residenciais ativos no Brasil chegou 21,4 milhões em dezembro de 2007, crescimento de 48,4% na comparação entre 2007 e 2006, quando o país registrava cerca de 14,4 milhões de usuários, segundo informações divulgadas pelo Ibope//NetRatings nesta quinta-feira (17/01).

O crescimento de quase 50% na base de internautas poderia ter sido melhor - em dezembro, o número de usuários sofreu uma queda de 0,7% em comparação a novembro.

Segundo a consultoria, o principal destaque da internet brasileira em durante 2007 foi o crescimento da categoria “Comércio Eletrônico” que, ao ver seu número de usuários saltar de 8,1 milhões de visitas únicas em 2006 para 12,2 milhões em 2007, experimentou crescimento de 50%.

Serviços de e-commerce atingiram 57% dos internautas, crescimento de 2,5 pontos percentuais em comparação com novembro de 2007, de acordo com o Ibope.
Os números indicam claramente, segundo o Ibope, que o comércio eletrônico cresce mais que a própria internet.

O Brasil se manteve, em dezembro, como o país com maior tempo médio de navegação residencial - 22 horas e 59 minutos por usuário. O número representa queda de cinco minutos em relação ao mês anterior e uma hora e 20 minutos a mais do que em dezembro de 2006.
A França é a segunda no ranking, com tempo de navegação de 20 horas e 34 minutos por usuário, seguida pelos Estados Unidos, cujos usuários registraram 19 horas e 47 minutos no período.

O número de usuários com 16 anos de idade ou mais que acessam a rede em todos os ambientes - telecentros, trabalho, residência, escolas e outros - continuou na marca total de 39 milhões de internautas, registrada no terceiro trimestre de 2007.

O melhor desempenho foi obtido pela categoria “Ocasiões Especiais”, que cresceu 23,2%, alavancada pelo envio de cartões de Natal.

O setor “Automotivo” cresceu 6,3%, enquanto o acesso à categoria “Casa e Moda” aumentou 3,6%, seguido pelo aumento de 3% de “Finanças, Seguros e Investimentos”.
Se considerado o período de um ano, a categoria líder em crescimento foi “Automotivo” - 70,4% -, seguida de “Casa e Moda” - 70,1% - e, na terceira posição, “Computadores e Produtos Eletrônicos”, com acesso 50,9% maior.
17/01/2008

COMUNICAÇÃO - Investimento mundial em publicidade poderá crescer 4,6% em 2008

Fonte: Portal da Propaganda

A Universal McCann, agência de mídia sediada em Nova Iorque, realizou recentemente um estudo para avaliar mundialmente os investimentos em publicidade durante o ano de 2007 e prever os números para 2008. De acordo com o relatório, serão investidos US$ 653,9 milhões globalmente em comunicação publicitária, o que representa um aumento de 4,6% em relação a 2007. O estudo aponta que, apesar de uma eminente recessão nos EUA, o país conseguirá manter seu volume de investimento graças a acontecimentos como o Super Bowl (grande final de futebol americano, evento mais assistido no mundo inteiro), a Olimpíada de Pequim e a eleição presidencial estadunidense.
Estima-se que nos EUA o crescimento será menor do que no restante do mundo, alcançando acréscimo de 3,7% com relação à 2007, quando foram investidos cerca de US$ 294,4 milhões. O estudo afirma que, no geral, “a economia local crescerá com relação ao ano anterior, porém, não tanto como alguns esperam e não tão pouco como temem muitos”. O informe acrescenta que, no país, certamente o investimento esperado para 2008 não irá se repetir em 2009, certamente porque no próximo ano não haverá Olimpíadas ou eleições presidenciais.
Com relação ao ano de 2007, o único aumento em investimento nos EUA foi registrado na internet e em outras formas de marketing digital, que alcançaram um acréscimo de 20% na comparação com 2006. Por sua vez, o setor automobilístico foi um dos que obtiveram o pior desempenho, caindo 18% em relação ao exercício anterior.
De acordo com o estudo, o restante do globo terá um desempenho superior ao dos EUA, sobretudo Argentina, China e Rússia – com expectativa de crescimento na casa dos dois dígitos. O Brasil também foi mencionado no estudo como um dos países que registrarão um bom desempenho quanto aos volumes de investimento publicitário para este ano.
Para alguns países específicos, o ano de 2007 teve porcentagens de crescimento representativas na comparação com o ano anterior. A Argentina apresentou o maior crescimento, com 35%. A China obteve 28%, enquanto a Rússia ficou em terceiro lugar, com 15,8%. A Polônia apresentou crescimento de 12,8%; Filipinas e Índia tiveram 10%. O Brasil aparece na 7ª posição, com um crescimento em investimento de 9%.
Maiores crescimentos da história
Segundo o estudo, após os investimentos mundiais em publicidade terem atingido os US$ 275,9 milhões em 1990, quinze anos mais tarde esses números dobrariam, sendo que os anos de 1995 e 2004 foram os que apresesentaram os maiores volumes desses últimos tempos, atingindo um crescimento percentual na casa dos dois dígitos.
17/01/2008

17 janeiro 2008

VAREJO - IBGE: crédito impulsionou vendas no varejo em 2007

Fonte: Amanhã / Agência Estado
O "extraordinário" aumento das vendas do varejo no acumulado do ano passado até novembro (9,7%) responde especialmente às boas condições de crédito, principalmente ao alongamento de prazos de financiamento, segundo avaliação do técnico da coordenação de serviços e comércio do IBGE, Nilo Lopes. Segundo ele, os longos prazos de pagamento, com prestações que cabem no bolso do consumidor, além do aumento da renda, levaram a uma incorporação das classes C e D ao consumo de bens duráveis, como eletrodomésticos, nos últimos anos.

Ele observou que os segmentos com maior magnitude de crescimento em 2007, de janeiro a novembro, são vinculados a crédito. São eles: equipamentos de informática (27,9%); veículos, motos, partes e peças (23,6%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (22,4%, inclui brinquedos, ótica, lojas de departamento) e móveis e eletrodomésticos (15,5%).

Lopes disse que, depois do crédito, as importações foram o principal fator a gerar impacto positivo nas vendas do setor, já que possibilitaram aumento da concorrência e queda de preços, estimulando o consumo. Outro fator importante citado por Lopes é o bom desempenho do mercado de trabalho, que sinaliza para manutenção do emprego, gerando confiança dos consumidores para contratação de financiamentos. (Jacqueline Farid)
17/01/2008

15 janeiro 2008

MARCA - Skol em sua maior versão redonda

Fonte: Mundo do Marketing


Em mais uma ação redonda, a Skol, marca de cerveja que pertence a AmBev, prepara uma grande novidade para o público consumidor do produto. A Roda Skol já está praticamente pronta para a inauguração, dia 20 de janeiro, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. Engana-se quem pensa que a marca apresentará um parque de diversões na orla da cidade. Mais do que isto, a Skol anuncia um novo espaço destinado à arte, diversão e lazer dentro de um projeto de conteúdo para marca.

De acordo com Milton Seligman, diretor de relações corporativas da AmBev, a Skol tem total identificação com o Rio de Janeiro, o que fez com que a escolha do local para o evento fosse facilmente definida. “Além do carinho com o Rio, em todas as atividades da Skol, o consumo responsável faz parte e está presente”, diz Seligmen. Até 9 de fevereiro, a roda-gigante estará somente na cidade maravilhosa. O motivo de o evento ser realizado em apenas uma cidade é explicado por Marcel Marcondes, Gerente Nacional de Marketing da Ambev. “A Roda Skol será somente aqui porque a marca mora aqui. O Rio é a casa da Skol”, afirma o executivo.
Além desta, literalmente, grande novidade, Marcondes adianta que em breve chegará ao mercado a nova lata termo-sensível, que assim como a garrafa, informa pela cor quando a cerveja está gelada. Desta forma, a Skol pretende presentear o seu maior público consumidor em todo o país. “A nossa retribuição é fazer com que esta marca participe da vida das pessoas”, conta Marcel Marcondes, em entrevista coletiva no Forte de Copacabana.

Experiência e entretenimento ao gosto do consumidorPara Leonardo Byrro, Gerente de Produto da Skol, a Roda é a materialização de momentos felizes para o consumidor. Com funcionamento separado por dois turnos, as crianças menores de 14 anos também poderão curtir o evento entre 13h e 17h, de terça-feira a domingo, desde que acompanhadas pelos pais ou responsáveis. Para os maiores de 18 anos, o evento oferece, além da roda-gigante, o Olhar Redondo, uma projeção de imagens disponibilizadas diariamente a partir das 20h30 em uma das faces da Roda, com 30 metros de diâmetro.

Outra novidade é o Bar da Roda, onde as mesas terão jogos diferentes para entreter o público, sinuca, entre outras atrações que integram o ambiente característico dos botequins da cidade. Fechando o ciclo de novidades, haverá também o Bar da Pista, com uma pista wi-fi silenciosa com canais de rock, disco e house. A idéia é que os interessados possam escolher o que desejam ouvir sem incomodar ninguém, já que estarão disponíveis diversos fones de ouvido para o público.

Além desta possibilidade de ouvir o estilo musical preferido em um bar, o público poderá conectar, dentro das cabines da Roda, aparelhos para ouvir suas músicas e compartilhar com os amigos que os acompanham no passeio. “Além desta novidade, quem não levar o aparelho poderá ouvir a música ambiente da Roda Skol”, diz Leonardo Byrro.

Consumo responsável e qualidade juntos pela experiênciaDe olho também no consumo responsável de cerveja durante o evento, a produção da Roda Skol preparou um carimbo para marcar as mãos do público maior de 18 anos, lembrando sobre a responsabilidade de não misturar bebida e direção. Para reforçar esta idéia, na saída dos banheiros do evento, os espelhos mostrarão mensagens sobre o consumo responsável de bebidas alcoólicas. Para provar que a marca realmente está preocupada com o bem-estar dos consumidores, a organização do evento não destinou nenhum centímetro dos 6.000m2 para estacionamento. Tudo para evitar que as pessoas tenham que dirigir após a diversão.

Marcel Marcondes garante que esta é uma grande oportunidade de conhecer e vivenciar algo marcante na vida dos consumidores do produto. “Nossa proposta é gerar relacionamento com nosso público. A experiência que eles terão transcende o produto Skol, vai além de beber uma cerveja”, acredita. Segundo o Gerente Nacional de Marketing da Ambev, este espaço oferece um momento diferente para as pessoas. “O objetivo não é aumentar volume de vendas ou market share. O que nós queremos é gerar um relacionamento com estas pessoas”, conclui. “Queremos retribuir o carinho com o público, que este evento seja enriquecedor para a cidade e que contribua de alguma forma com o turismo do Rio de Janeiro”, aponta Leonardo Byrro.

Para Paulo leal, Diretor Geral da Dream Factory, agência de promoção, eventos e geração de conteúdo que criou e produziu a idéia da Roda Skol, este é um dos maiores projetos criativos da empresa desde sua inauguração, em 2001. “Este talvez seja o projeto mais bem sucedido de experiência de marca e um dos mais inovadores do Brasil”, diz o diretor.


De acordo com Leal, a Roda foi desenvolvida durante seis meses, o que mostra que não basta para uma marca falar só dos seus atributos e diferenciais: ela precisa saber se expressar. “Em uma das reuniões de brainstorm da agência, falamos sobre as roda-gigantes que voltaram à tona em diversos países. Foi aí que tivemos a idéia de fazer uma roda-gigante para a Skol”, explica. Paulo Leal afirma que o objetivo da Dream factory não é realiza diversos eventos, mas poucos que sejam marcantes. “Nós não somos um banco de eventos, mas sim uma boutique de eventos”, provoca o Diretor Geral da agência.

15/01/2008



ECONOMIA - Financiamento longo para carros chegou ao limite.

Fonte: O Estado de São Paulo
A festa do crediário de longo prazo para a compra de veículos, principal responsável pelo boom das vendas de carros novos em 2007, chegou ao limite, afirmam especialistas. Um dos motivos apontados é o endividamento crescente dos consumidores. Mesmo antes do aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em vigor a partir deste mês, já se esperava redução no tempo dos contratos, que hoje chegam a sete anos e, em promoções especiais, atingem até oito anos.

Pesquisa feita com 2,3 mil consumidores em concessionárias e feirões de São Paulo indica que 98% dos que adquiriram carros novos sem entrada, para pagamento em longas prestações, estão com toda a renda comprometida, levando-se em conta gastos com moradia, alimentação, despesas diversas (educação, condomínio, plano de saúde) e dívidas em geral (crediários). Esse grupo representa 58% dos pesquisados ouvidos nos últimos meses de 2007 pela empresa MSantos, especializada no varejo de veículos.

"Ocorreu uma bonança de crédito fácil, mas tudo indica que o balão que subiu agora começará a murchar?, diz o economista e consultor da MSantos, Ayrton Fontes. Entre os demais pesquisados, aqueles que deram em média 30% de entrada do valor do veículo afirmaram que têm 65% da renda comprometida. Para os que pagaram à vista, o comprometimento é de 48% do rendimento mensal com despesas do dia-a-dia.

De acordo com o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, o aconselhável é comprometer no máximo 25% do orçamento familiar com financiamentos em geral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
07/01/2008

14 janeiro 2008

SAÚDE - Genômica de consumo

Fonte: Portal EXAME

Sete anos depois de decifrado o genoma humano, começam a surgir as primeiras aplicações práticas. Testes que examinam o DNA dos indivíduos para indicar os riscos de desenvolver doenças já estão sendo comercializados e são o prenúncio de uma mudança no que se entende por medicina, autoconhecimento - e, também, privacidade.
Em 2001, os cientistas conseguiram decifrar por completo o quadro de informações do código genético humano, o genoma -- e o anúncio, feito pelo americano Craig Venter, da Celera, foi um marco na história da medicina. Desde então essa massa de informações que compõem a receita básica do homem é estudada nos laboratórios, em busca do Santo Graal da genômica: estabelecer relações entre o conjunto de genes de uma pessoa e a predisposição que ela tem para determinada doença. Já existiam testes para identificar genes ligados a problemas específicos, como o câncer de mama. Mas 2007 viu o nascimento de quatro empresas que oferecem um serviço diferente: um mapeamento amplo do DNA para o consumidor comum. Por 1 000 dólares e com uma amostra de saliva enviada pelo correio, a empresa americana 23andMe faz a análise de uma parte do genoma do cliente em cerca de um mês. Os resultados podem ser consultados no site da empresa e indicam, em termos percentuais, se o cliente tem predisposição para desenvolver doenças, como diabetes e doença de Crohn, por exemplo. Essa nova geração de testes de DNA, com um mercado estimado em 12,5 bilhões de dólares em 2009, tem o potencial de transformar o que se entende por medicina -- e levanta importantes questões a respeito da privacidade.

Os benefícios potenciais de um mapa genômico são enormes. Quem sabe que corre riscos de ter um problema cardíaco não terá mais desculpas para evitar as atividades físicas regulares. Quem descobrir ter propensão a câncer de cólon, por exemplo, pode fazer colonoscopias preventivas. "A idéia é que, no lugar de um mapa astral, as pessoas terão o mapa genético, com todas as predisposições ao que podem desenvolver listadas, e vão poder adaptar o estilo de vida ao seu genoma", diz o médico geneticista Sérgio Danilo Pena, de Belo Horizonte. Num futuro um pouco mais distante, a descrição genética de cada indivíduo será parte integrante das consultas médicas: os diagnósticos vão levar em conta a história narrada pelo paciente e também aquela escrita pela decodificação de seu DNA. E o sonho dourado da nascente indústria da genômica de consumo é a correção: terapias gênicas e remédios feitos sob medida para uma única pessoa poderiam, em tese, corrigir os desvios identificados como problemáticos nos mapas genéticos.

Mas esse dia ainda está distante, e não só por causa do desafio científico. O genoma humano já foi lido, mas ainda não é inteiramente compreendido. Numa comparação simples, o que há hoje é uma lista de todas as letras que formam o código genético, mas é necessário identificar o que a combinação delas, ou os genes, significa. Ou seja, ainda há um universo enorme do DNA humano a ser traduzido. Sem um acompanhamento médico, o mapa genético pode ser confundido com um diagnóstico -- quando, na realidade, ele apenas aponta a probabilidade de desenvolvimento de determinadas doenças. Além disso, muitas delas dependem mais de fatores ambientais do que da predisposição genética. Outra questão importante é cultural. Trata-se de um mercado muito novo. É difícil saber quantas pessoas gostariam de fazer um exame que pode apresentar a elas uma probabilidade grande de desenvolver o mal de Alzheimer, para o qual ainda não existe cura. Mas também há um grupo de pessoas que certamente terá interesse em descobrir seu futuro genético: quem já tem um histórico familiar de doenças graves, por exemplo. É com esse misto de angústia e curiosidade que as novas empresas de genômica de consumo vão jogar. "Todo ser humano é um consumidor potencial do serviço de genoma personalizado. As limitações seriam o preço ou o nível de conforto da pessoa para fazê-lo", disse a EXAME Linda Avey, uma das fundadoras da 23andMe.

Mas a questão mais importante diz respeito à privacidade. Com a sofisticação dos exames e a possibilidade de resultados mais precisos, a segurança do mapa genético do indivíduo será cada vez mais importante. Cenários que pertenciam apenas à ficção científica já parecem plausíveis. Imagine empresas que exijam o mapa genético de seus funcionários no ato da contratação, ou então planos de saúde que criem preços diferenciados para aqueles que apresentem mais probabilidade de sofrer de câncer. Imagine, ainda, um roubo de informações do banco de dados de uma empresa que faça esses testes. São três situações novas e complexas, que exigirão mudanças culturais e de legislação. Uma forte regulamentação desse setor é tida como certa, e nos Estados Unidos já está em andamento um projeto de lei para garantir o sigilo das informações genéticas de cada indivíduo. Apesar de todas as questões que cercam a genômica, não há dúvidas: o conhecimento do genoma vai mudar para sempre a vida dos seres humanos -- basta usá-lo com responsabilidade.
27/12/2007

ESTRATÉGIA -Preço baixo e o que mais?

Portal EXAME

As grandes potências dos descontos agressivos são obrigadas a mudar -- e a oferecer mais vantagens aos clientes.
Desde o início dos anos 90, três corporações americanas se transformaram em ícones do que os especialistas em marketing chamam de "poder do preço baixo". Cada uma à sua maneira, a rede de supermercados Wal-Mart, a companhia aérea texana Southwest e a fábrica de computadores Dell ajudaram a criar a mística em torno dos hard discounters -- empresas que, graças ao poder de compras em escala gigantesca e à estrutura extremamente enxuta, são capazes de oferecer produtos e serviços por preços muito abaixo da média. Com um apelo irresistível ao bolso do consumidor, Wal-Mart, Southwest e Dell tornaram-se casos de estudo de especialistas de marketing e tiveram suas estratégias copiadas por empresas do mundo inteiro. Agora, essas mecas do preço baixo começam a rever suas fórmulas vencedoras em seu principal mercado, os Estados Unidos. O motivo é prosaico. Os rivais que sobreviveram ao massacre promovido por essas empresas não apenas aprenderam com elas como melhoraram seus modelos. Assim, parte das vantagens competitivas dos pioneiros simplesmente evaporou e os resultados pioraram. Em 2006, a Southwest teve queda de 9% nos lucros, enquanto uma nova concorrente, a AirTran, ganhou o dobro do registrado em 2005. No mesmo período, os lucros da Wal-Mart cresceram 0,5%. Os da Target, 15%. "O que essas companhias estão tentando é uma fórmula híbrida, em que o formato de descontos é complementado com vantagens que não existiam", diz o consultor Alberto Serrentino, sócio da Gouvêa de Souza Associados, consultoria de São Paulo especializada em varejo e consumo.

Mudar uma fórmula de sucesso, em empresas de qualquer porte, exige coragem e determinação. Numa companhia gigantesca, com vários níveis hierárquicos e opiniões de todo tipo, esse esforço é ainda maior. A rede Wal-Mart, maior corporação do mundo, com faturamento de 351 bilhões de dólares em 2006, é o melhor exemplo dessas dificuldades. A empresa tenta reverter a queda no ritmo de crescimento das vendas de suas lojas nos Estados Unidos, principalmente as abertas há menos de um ano -- um indicador importante do setor de varejo. Enquanto em 2005 as novas lojas apresentavam crescimento mensal de 3,6%, em 2007 o índice não passou de 1,5%. Parte desse desempenho se deve à pressão de redes como Costco e Target, que também mantêm o apelo do baixo custo, mas oferecem produtos mais sofisticados e marcas de prestígio. Há um ano, o Wal-Mart tentou mudar de perfil -- instalou até sushi bar e área wi-fi nas lojas. A estratégia foi um fiasco. Os clientes de renda mais alta não compareceram e os compradores tradicionais rejeitaram as novidades. A rede voltou a focar os preços, mas passou a investir também em serviços nas lojas, como clínicas médicas onde os consumidores podem passar por consultas mais baratas. "É um caminho de longo prazo até conseguirmos acertar esse novo modelo", diz o vice-presidente de marketing do Wal-Mart, Stephen Quinn.

MUDANÇAS DE TAL PORTE e com tamanho impacto raramente nascem espontaneamente. A regra é mudar apenas quando a situação se agrava de tal forma que não haja alternativa. Antes que isso aconteça, e de maneira acertada, as gigantes do preço querem se antecipar a esse cenário. Desde que foi fundada por Michael Dell, em 1984, a fabricante de computadores Dell caracterizou-se pela produção e venda de máquinas confiáveis e de baixo preço, o que a transformou na maior fabricante de PCs do mundo. Boa parte desse sucesso decorre de um sistema de venda direta que elimina a intermediação de varejistas e distribuidores -- e derruba os custos. Desde o ano passado, quando a empresa perdeu a liderança mundial do setor para a HP, seus executivos experimentam novos formatos. Para enfrentar a concorrente, a Dell fechou contratos com grandes varejistas e investiu também em produtos mais caros. Da mesma forma, os executivos da companhia de aviação Southwest Airlines, uma das primeiras a adotar o modelo de baixo custo, não titubearam -- mesmo diante de todos os riscos -- em subverter a idéia básica sobre a qual o negócio foi construído. A Southwest tem uma política tão espartana que em seus vôos não há lugar marcado. Escolhe o assento quem chega primeiro. A empresa acaba de criar uma espécie de classe executiva estilo low cost. Por uma taxa extra de 30 dólares, os passageiros têm mordomias como o direito de embarcar antes dos demais e se sentar nos melhores lugares do avião.

Apesar do forte simbolismo, as alterações realizadas por Wal-Mart, Dell e Southwest não significam que o modelo de baixo custo esteja comprometido. Na verdade, a busca pelo menor preço se tornou uma tendência irreversível e a cada dia entram mais empresas nessa disputa. As três gigantes enfrentam o que os especialistas chamam de "ônus do pioneirismo". Depois de criar mercados e um novo conceito de venda no mundo dos negócios, seus modelos foram intensamente copiados por velhos e novos concorrentes. Agora, elas precisam transformar o formato que as consagraram para garantir a mesma dianteira confortável do passado. "O modelo de preços baixos só tende a crescer", diz o analista Caio Dias, do banco Santander. "E, se todo mundo oferece preço baixo, é preciso diferenciar-se de outra maneira."
27/12/2007

MARKETING - Empresas não conseguem atender expectativas.

Fonte: Portal PEGN

Pesquisa conduzida pela consultoria Accenture em sete países (Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, China, Austrália, Brasil e França), para checar o índice de satisfação de mais de 3,5 mil consumidores, permitiu concluir que os brasileiros são os mais insatisfeitos com o nível de serviços prestados por empresas de diversos setores econômicos, com um índice de reprovação de 75%, informou o site InfoMoney.

O problema central é o atendimento ruim, que compromete a fidelização do cliente a marcas, apesar de essa ser uma tendência global em progresso a cada dia. Em cada dez consumidores no Brasil, um afirma que a qualidade dos serviços nacionais é péssima (em particular, aqueles que pertencem às classes média e alta).

Além disso, 67% confirmaram que suas expectativas são raramente atendidas. O percentual deixa o Brasil com o pior índice de satisfação na comparação com os outros seis países, posicionado na frente da Austrália (52%), Reino Unido (52%), França (51%), Estados Unidos (42%), Canadá (41%) e China (31%).

Análise globalDe acordo com o estudo, mais da metade (52%) dos consumidores dos cinco continentes afirmou que suas expectativas por melhores serviços aumentou nos últimos cinco anos. E 33% responderam que possuem expectativas mais altas hoje do que no ano passado.

Essas expectativas aumentam especialmente para os consumidores de economias emergentes. Cerca de nove em cada dez chineses, por exemplo, afirmaram que houve uma alta de expectativas nos últimos cinco anos. No Brasil, 48% dos entrevistados deram essa mesma resposta.

Conclui-se que as empresas mundo afora estão se esforçando pouco para corresponder a esse otimismo das pessoas. Globalmente, 47% dos consumidores afirmaram que suas expectativas são atendidas "às vezes", "raramente" ou "nunca", lembrando que o Brasil foi o pior colocado no quesito.

Mas até mesmo em nações desenvolvidas, onde as empresas têm direcionado bilhões em melhorias do serviço prestado ao consumidor, o nível de insatisfação continua alto. Por exemplo, mais da metade dos participantes da pesquisa no Reino Unido deu as respostas "às vezes", "raramente" ou "nunca".

Muitos consumidores deixaram de comprar, em especial, do Brasil e da China, pela insatisfatória qualidade dos produtos. "Os consumidores estão mais sábios e estão se deparando com mais opções do que nunca, o que está fazendo muita diferença na balança de poder pesando mais para o lado do consumidor. Novos desafios estão sendo incorporados pelas companhias", afirmou o diretor da Gerência de Relação com o Consumidor da Accenture, Woody Driggs.
11/01/2008

10 janeiro 2008

COMUNICAÇÃO - Web bate TV na Inglaterra em 2009.

Fonte: Baguete

Os investimentos em publicidade online no mercado inglês vão superar os aportes destinados à TV em 2009, fazendo da Inglaterra a primeira entre as grandes economias a experimentar esse quadro, informa o site Online Media Daily. Até lá, o share do investimento publicitário na web será de 24,8%, contra 26% da TV. A previsão é do Group M, braço de pesquisas da multinacional de marketing WPP. As cifras representam US$ 7 bilhões e US$ 6,7 bilhões, respectivamente.A projeção está baseada na estimativa de que a publicidade online vai crescer quase 31% este ano no mercado inglês, contra apenas 1% de crescimento dos investimentos em TV. Ainda segundo o Group M, na Suécia, a internet deve se tornar o meio dominante ainda este ano e a Dinamarca deve seguir a Inglaterra.
09/01/2008

08 janeiro 2008

MARCA - Xerox reformula logotipo para fugir de imagem tradicional.

Fonte: Portal EXAME

A um custo de milhões de dólares só no Brasil, a empresa subsituirá o logotipo tradicional por um novo, na expectativa de se associar a outros setores, além das fotocópias.

Uma das 60 marcas mais valiosas do mundo, segundo o ranking da revista americana Business Week, a Xerox anunciou nesta segunda-feira (07/01) a reformulação de seu logotipo, num lance que a própria empresa classificou como "a maior mudança na identidade corporativa da história da companhia".

O novo logo mostra o nome da empresa com uma fonte mais arredondada que a do anterior, além de um globo vermelho cortado por dois traços que se cruzam, numa menção à letra "x", a primeira do nome da empresa, e ao conceito que a empresa pretende reforçar, no processo de reposicionamento de marca, o de "conexão entre empresas, consumidores e mercados" (veja abaixo a comparação do logotipo anterior, à esquerda, com o novo, à direita).


"A mudança (do logo) é uma forma de refletir o que somos atualmente, uma empresa com foco no cliente, idéias inovadoras e serviços de documentação e conteúdo, e não mais uma provedora de máquinas de fotocópia", explica o diretor executivo de marketing da Xerox no Brasil, Fábio Neves.

Hoje os negócios da empresa estão concentrados em três grandes áreas de atuação: fornecimento de impressoras para venda no varejo, processamento de documentos para empresas e impressões em grande volume para companhias de setores como o gráfico e o publicitário.

No entanto, a imagem da empresa segue bastante associada à de fabricante de fotocopiadoras, as "máquinas de xerox", como muitas vezes são chamadas, num exemplo claro de associação entre o produto e a marca.

A expectativa, segundo Neves, é que a Xerox consiga expandir a confiança do consumidor na marca para produtos de outros setores e, de quebra, conquiste um reconhecimento de melhora de imagem por parte dos investidores.

Custo milionário

A matriz americana da Xerox esclarece em nota que a substituição do logotipo anterior pelo novo em todos os espaços onde o primeiro aparece – documentos, banners, fachadas, sites, entre outros – será realizada gradualmente e pode levar até 18 meses para ser concluída em todo o mundo. No Brasil, a previsão é de que a mudança nos mais de 200 itens onde deve ocorrer seja concluída até o fim de 2008.

A companhia não divulga o custo do processo de reformulação, mas o custo estimado, apenas no Brasil, é de "alguns milhões de dólares", segundo Fábio Neves.


08/01/2008

07 janeiro 2008

ECONOMIA - Casas à venda nos Estados Unidos: a ressaca ianque deve provocar um efeito dominó e afetar economias da Ásia e da Europa.

Fonte: Portal Exame.

A cada virada do ano, os analistas econômicos se dedicam a um esporte de alto risco: fazer previsões sobre índices muitas vezes imprevisíveis, como o crescimento do produto interno bruto e as futuras oscilações da taxa de juros, do câmbio e da bolsa de valores. Para 2008, a bola de cristal dos economistas traz uma revelação inequívoca: depois da tempestade das hipotecas subprime nos Estados Unidos, chegou a hora da faxina. "O primeiro semestre será crítico para determinar o desfecho da crise, com mais bancos vindo a público para admitir e assimilar grandes perdas", diz David Wyss, economista-chefe da agência de classificação de risco Standard&Poors. "Se os bancos centrais conseguirem garantir liquidez aos mercados, ao mesmo tempo em que as pressões inflacionárias nos Estados Unidos sejam contidas, é possível que o segundo semestre seja mais promissor." Caso contrário, a economia americana poderá viver uma recessão significativa, com estragos ainda mais graves do que os já provocados pela desaceleração em curso -- hipótese levada cada vez mais a sério pelos analistas. Nas últimas semanas, aumentou o número de economistas que já falam abertamente na possibilidade de uma contração mais forte. O mais recente relatório do banco de investimentos Merril Lynch avalia que a chance de recessão em 2008 é de 100%. O banco Bear Stearns, um dos mais castigados pela tormenta, acaba de registrar o primeiro prejuízo trimestral, de 854 milhões de dólares, em seus 84 anos de história. Para Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve, o banco central americano, a economia do país começa a viver os primeiros sintomas de "estagflação", termo usado para indicar um período de ausência de crescimento associado à alta de preços. O clima de apreensão é tamanho que o presidente Bush declarou que, se há prejuízos a contabilizar, os bancos "precisam fazer isso agora". Como era de esperar de um sistema global, a ressaca ianque tende a provocar um efeito dominó, castigando economias que também produziram bolhas imobiliárias nos últimos anos, caso de parte da Europa, da Ásia e da Austrália.


Mesmo no caso de países como o Brasil, com contas externas em dia e política monetária austera, a crise deverá trazer respingos negativos. "Num ambiente externo desfavorável, o atual crescimento da economia brasileira, na casa dos 5%, é insustentável," diz John Welch, vice-presidente de estratégia soberana do banco de investimentos Lehman Brothers de Nova York. "Se o governo Lula tiver uma reação responsável ao fim da CPMF, limitando os gastos públicos, o Brasil deverá crescer em torno de 4,4% em 2008". Há quem trace cenários bem menos otimistas, como o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, para quem o Brasil crescerá apenas 3%. Segundo ele, o aumento do consumo interno não será suficiente para compensar os efeitos de uma retração na demanda externa, causada sobretudo pela possível queda na exportação de commodities para países como a China.


Diante de tal piora nos humores, muita gente tem se voltado para os chamados países do Bric -- Brasil, Rússia, Índia e China --, indagando se eles serão capazes de gerar um crescimento econômico suficiente para compensar a crise nos países desenvolvidos. A percepção é de que, se a economia americana efetivamente embicar para baixo, será pedir demais às quatro nações emergentes que contrabalancem desde já o baque na maior potência do mundo. De acordo com o economista Robert Shiller, célebre por vaticinar que a "exuberância irracional" do mercado de ações americano nos anos 90 acabaria mal, o peso dos emergentes na criação da riqueza global tem sido exagerado, num efeito semelhante ao da ilusão de ótica. "Na realidade, as economias da China e da Índia são apenas uma fração minúscula do PIB mundial -- juntas, representam 7%", escreveu Shiller num artigo para o jornal The New York Times. Por outro lado, apesar de ter uma participação declinante, os Estados Unidos ainda representam 28% do PIB global. É, portanto, na terra do Tio Sam, onde a crise eclodiu, que o seu destino também deverá ser decidido.


Até agora, o efeito mais perverso da desaceleração americana, com certo grau de contágio na Europa, é a contração do crédito. Traumatizados pelos calotes dos mutuários de baixa renda, perdas estimadas em mais de 400 bilhões de dólares, os bancos americanos estão se recusando a conceder novos empréstimos, travando o sistema financeiro. Segundo Jan Hatzius, economista-chefe do Goldman Sachs, uma instituição que até agora tem escapado ilesa da crise, o prejuízo dos bancos provocará uma contração de crédito nos Estados Unidos da ordem de 2 trilhões de dólares. É por isso que os bancos centrais dos países ricos têm injetado liquidez no sistema. Recentemente, o Banco Central Europeu emprestou mais de 500 bilhões de dólares a juros camaradas para bancos em dificuldades. Mas a maioria dos analistas questiona os resultados de tal estratégia.


Se o futuro parece incerto, mais seguro é olhar para o passado e tentar tirar lições. Um ensinamento é a noção de que os chamados ciclos do sistema capitalista -- flutuações na atividade econômica, alternando períodos de rápido crescimento com fases de declínio e recessão -- sempre estiveram conosco, e talvez seja prudente imaginar que continuarão a pleno vapor no século 21. "Essa é uma crise clássica que marca o fim de um ciclo, aquilo que os americanos chamam de crisis by the book", diz o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros. "Assim como no passado, essa crise também foi motivada por questões de mercado, como a baixa taxa de juros americana no começo da década, que fomentou a especulação hipotecária." A novidade dessa vez foi a chamada securitização, mecanismo financeiro pelo qual os investidores repassam e diluem os riscos assumidos. Ao contrário do que se previa, a securitização do mercado subprime não levou à redução dos riscos, mas a prejuízos colossais. Muitos bancos tornaram-se menos criteriosos na concessão de empréstimos, pois agora podem transferir o risco de seus clientes. "À medida que os mercados se tornam mais sofisticados, certos investidores passam a se arriscar cada vez mais", diz Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central. Segundo ele, os ciclos são dominados por dois sentimentos opostos: a ganância, nos tempos áureos, e o medo, nas horas de crise. E se é verdade que o medo serve à auto-preservação, por outro lado, a ganância é a mãe do empreendedorismo. Nos próximos dois ou três anos, Mendonça de Barros crê que os investidores irão adotar uma postura cautelosa. Mas para o futuro ele tem outra profecia: "Com o passar do tempo, quando julgarem que estão com baixa rentabilidade, alguns vão fazer bobagem, dando a largada para a próxima crise."

07/01/2008

04 janeiro 2008

INOVAÇÃO - Leitura obrigatória.

Fonte: Portal EXAME

Um dos maiores desafios de qualquer empresa que queira alcançar ou se manter na liderança de seu mercado é ser a primeira a enxergar ou (ainda melhor) a determinar tendências. É o que muitos chamam de inovação. E inovar,por mais que isso soe batido,nunca foi tão vital para o mundo dos negócios. Mas o que o c onsumidor de 2008 deseja ardentemente,às vezes sem nem mesmo saber? Para mostrar quais as principais tendências de consumo que estão se delineando e que devem pautar parte do mercado daqui para a frente,EXAME ouviu especialistas em marketing,pe squisou cerca de 300 lançament os que prometem ser sucesso em 2008 e selecionou 16 deles. Essa lista de produtos está relacionada com as quatro principais tendências enxergadas por executivos de algumas das maiores e mais inovadoras empresas de consumo do mundo. A primeira delas é a simplicidade: altíssima tecnologia combinada à beleza sem ostentação ou exageros e, sobretudo,à facilidade de manuseio. A segunda tendência está diretamente ligada ao apelo da sustentabilidade ambiental e econômica. Cada vez mais consumidores buscarão,s egundo os especialistas,ec ologia com economia.A terceira trata da convergência de duas características aparentemente opostas — o luxo em produtos de massa.A última tendência reflete a recuperação de valores do passado como fonte de inspiração para o futuro.
Tendência
Tecnologia sem mistérios.
É o que esperam mais e mais os consumidores quando estão diante de um notebook, um smartphone ou um celular de terceira geração. E nenhum produto incorpora mais essa tendência que o iPhone, da Apple, o aparelho eletrônico mais desejado de 2007.C om sua tela sensível ao toque, o iPhone abriu caminho para uma torrente de produtos parecidos que chegarão ao mercado em 2008.Na era dos produtos intuitivos, os botões tornaram-se obsoletos. O mercado vive dias nos quais sobretudo as empresas de alta tecnologia procuram aproximar o homem da máquina. A indústria de câmeras digitais, por exemplo, criou facilidades, como dispositivos que diminuem os efeitos dos tremores naturais ou acionam automaticamente a máquina ao detectar um sorriso no rosto do fotografado.A japonesa Fuji, por exemplo, investe em média 450 milhões de dólares por ano em pesquisa de tecnologias que podem levar até dois anos para chegar ao mercado.C omo se vê, nunca foi tão complicado — e caro — ser simples.

O pedal reinventado.
A bicicleta Lime, criada pela empresa americana Trek, é considerada uma das gr andes promessas para 2008. Seus projetistas eliminaram os tradicionais cabos e criaram um câmbio automático e eletrônico, em que as três marchas são trocadas de acordo com o ritmo de pedaladas do ciclista. A inovação tecnológica, feita em parceira com a japonesa Shimano, faz com que o modelo pareça mais simples do que as bicicletas fabricadas três ou quatro décadas atrás. Lançada há três meses, a Lime se tornou sucesso de vendas nos Estados Unidos. Preço: 600 dólares.

O filhote de iPhone.
Com apenas 8 milímetros de espessura, o novo tocador de MP3 da Apple é um filhote do iPhone — a única diferença é que não é um celular — e sucessor dos iPods tradicionais com disco de navegação. O novo aparelho tem conexão à internet por sistema Wi-Fi e tela sensível ao toque (recurso cada vez mais usado em produtos eletrônicos). Preço: 1500 reais.

Uma foto em 39 segundos.
Ao criar a impressora Photosmart A826, a gigante da informática HP materializou o sonho dos fotógrafos amadores que querem imprimir suas fotos em casa.O aparelho permite que qualquer fotografia seja facilmente manipulada por meio de dispositivos da própria impressora, sem a necessidade do uso do computador. A máquina, que custa 250 dólares, também é rápida: leva 39 segundos para imprimir uma foto.

Computador certificado.
Desenvolver modelos que consumam menos energia transformou-se em algo vital para a indústria mundial de computadores. A americana Dell saiu na frente com o D630, primeiro equipamento a figurar na lista de aparelhos amigáveis ao meio ambiente, elaborada pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. O computador, com preço de 8 800 reais, consome o equivalente a 75% da energia gasta por outras máquinas e sua bateria foi configurada para ter o dobro de vida útil de uma bateria convencional.

Tendência
Verde e econômico.
O verde é pop. Surge, e ganha força cada vez maior, um mercado derivado das discussões sobre o aquecimento global e do medo de escassez dos recursos naturais. É gente sofisticada, formadora de opinião, muito diferente dos românticos ativistas ambientais do passado e alvo de qualquer bom profissional de marketing. Esse novo consumidor verde busca ecoeficiência, vantagens econômicas que justifiquem facilmente sua compra. São essas características que estão, por exemplo, por trás do sucesso do etanol brasileiro e da tecnologia dos carros de motor flex. O mesmo acontece com uma nova geração de produtos que economizam, principalmente, energia. Para as empresas, cada vez mais as ameaças.

Bolsa energética.
A bolsa Fusion, criada pela empresa americana Eclipse, é ecologicamente correta por dois motivos. O primeiro é o material reciclável com que é produzida. O segundo é um pequeno painel solar que permite recargas de baterias de celulares, computadores de mão, smartphones e iPods. Preço: 150 dólares.

Lanterna auto-suficiente.
A lâmpada solar Sun Jar, produzida na Inglaterra, ilumina o ambiente sem necessidade de pilhas ou eletricidade. O aparelho, que custa 50 dólares, se vale de uma pequena célula solar na tampa que alimenta uma lâmpada instalada na parte interna. É só deixar a lanterna exposta ao sol durante o dia para iluminar o ambiente à noite. Automática, a lâmpada acende assim que escurece e apaga quando há outra fonte de luz no ambiente.
Carro elétrico.
A montadora japonesa Mitsubishi apresentou recentemente em Tóquio o iMiEV, modelo elétrico esportivo movido a baterias de íon-lítio. Para recarregá-las, o veículo dispõe de painéis solares no teto, um gerador instalado na grade dianteira e um sistema que transforma a energia cinética dispersada nas frenagens em eletricidade. O iMiEV é movido por três motores elétricos — dois na parte dianteira e o último entre as rodas traseiras —, pode alcançar velocidade máxima de 180 quilômetros por hora e possui autonomia de até 200 quilômetros. O carro, que custará em torno de 25 000 dólares, começa a ser vendido no fim de 2008, inicialmente apenas no Japão.

Tendência
Luxo acessível.
Poucos segmentos crescem tanto no Brasil quanto o de produtos de luxo. Um relatório da consultoria Bain & Company divulgado no início de dezembro, aponta que entre 2005 e 2006 o aumento no volume de vendas foi de 35%. Trata-se de um fenômeno global impulsionado pela contínua massificação de produtos associados a grifes de prestígio, como Giorgio Armani, Louis Vuitton, Cartier, Bulgari e Chanel, que ao longo dos últimos anos passaram de butiques exclusivas a braços de grandes corporações globais. Da mesma forma, produtos de massa associados ao uso pessoal, como celulares, ganham prestígio — e preços mais altos — quando vendidos sob uma marca de luxo ou associados a uma característica de exclusividade.“Acompra de um produto associado ao luxo, ainda que não seja dos mais caros, funciona como um atestado de ascensão social”, diz Raquel Siqueira, do instituto de pesquisa Ipsos. Essa é uma tendência que ganha peso principalmente em países emergentes como Brasil, Índia, China e Rússia, onde o desejo de status acompanha o ritmo da formação de uma nova elite econômica.
Tiffany classe média.
Associadas à sofisticação ímpar de Audrey Hepburn, as jóias da Tiffany sempre foram para poucos. Isso até a empresa descobrir que luxo e massa poderiam conviver e aumentar o faturamento.Aempresa lançou uma linha mais popular de jóias, de prata, réplicas de algumas de suas peças em ouro. Um dos exemplos é o bracelete Charm, que custa a partir de 810 reais.
Giorgio Armani sobre rodas.
O estilista italiano que já emprestou seu nome para hotéis e produtos para o lar inova ao lançar um par de patins como parte de sua coleção 2008. O artefato foi feito em parceria com uma empresa de artigos para esportes radicais da Nova Zelândia. Além do desenho arrojado, o modelo é feito de material ultraleve, o que garante velocidade. Custará cerca de 160 dólares em lojas da grife na Europa e nos Estados Unidos.

Mini-Vuitton.
Em meio a uma coleção de bolsas, jóias, sapatos e malas cujos preços chegam facilmente aos cinco dígitos, a miniagenda de couro com acabamento de verniz da Louis Vuitton é uma espécie de modelo 1.0 em meio a uma frota de Rolls-Royces. Mesmo assim, trata-se de um produto de estirpe, valendo 625 reais.

Água com preço de vinho.
Até mesmo um produto banal como água mineral pode ser convertido em símbolo de status. É o caso da Evian Palace, versão da prestigiada marca de água francesa Evian vendida nos restaurantes e hotéis mais luxuosos da Europa e dos Estados Unidos por 25 dólares, o preço de um vinho de boa qualidade. A garrafa de cristal lembra um vidro de perfume e traz o desenho dos Alpes, origem do produto.

Celular de grife.
O celular Serenata é o exemplo típico de um produto de massa com embalagem de luxo. A tecnologia é da coreana Samsung. O design é assinado pela dinamarquesa Bang & Olufsen, conhecida por seus belíssimos — e também caríssimos — aparelhos de som.O celular tem pequenas caixas de som estéreo embutidas que o transformam em um tocador de MP3 com som de alta qualidade.É vendido na Europa por 1 000 euros e não há previsão de lançamento no Brasil.

Tendência
Volta à tradição.
Um dos mais aguardados lançamentos da indústria automobilística de 2007 foi uma reedição de um pequeno carro italiano lançado em 1957, o Fiat Cinquecento. Saudado como um símbolo de recuperação da saúde financeira da marca italiana e premiado com o título Auto Europa 2008 pela imprensa especializada européia, o Cinquecento também materializa uma tendência de nostalgia retrô aliada à moderna tecnologia.A volta ao passado e aos produtos tradicionais — pelo menos na aparência — tornou-se uma espécie de reação à frieza decorrente dos excessos tecnológicos, ao estresse da vida moderna.“Depois de se abrir tanto para as novidades, os consumidores passaram a se interessar por produtos que lembrem o tradicional, a infância e o aconchego da casa da avó”, diz Daniela Giavina - Bianchi, diretora de inovação e estratégia de marca da consultoria FutureBrand. O que aparentemente era um modismo passageiro, uma reação temporária, finalmente se transformou em tendência consolidada, como comprovam os produtos nestas páginas.

Frigobar retrô.
É o primeiro minirrefrigerador criado na filial brasileira da Whirlpool, dona da marca Brastemp, para atender aos fãs do estilo vintage. Inspirada nas geladeiras dos anos 50 e 60, o modelo tem pés palito cromados e interior compatível com os refrigeradores mais modernos da marca, com portalatas, separador de garrafas e congelador.Acapacidade é de apenas 76 litros, mas o preço é de geladeira grande: 1 000 reais.

Rádio rejuvenescido.
O ar antigo e ultrapassado do rádio Tivoli esconde um potente equipamento de som com entrada para iPod. É também o mais novo e elegante modelo entre dezenas de aparelhos de áudio que imitam aparelhos do passado, como gramofones e vitrolas — quase todos de gosto duvidoso. O Tivoli é feito de madeiras nobres e uma das versões tem o mesmo acabamento envernizado aplicado em pianos. À venda por 200 dólares na rede de lojas americana Target.
A avó das cafeteiras.
O design da cafeteira italiana Achille Gaggia foi desenvolvido pela empresa Saeco para comemorar os 60 anos do lançamento da primeira máquina de café expresso do mundo. O nome homenageia seu inventor. Feita de aço inoxidável, inclusive a caldeira, tem tecnologia de ponta que dispensa a tradicional pausa entre o preparo de um cafezinho e outro nas máquinas domésticas. A cafeteira chega ao Brasil em março de 2008 ao preço de 3 900 reais.
Easy Rider.
A motocicleta Texas Chopper, produzida pela American Ironhorse, foi especialmente criada para aqueles que sonham viver seus dias de Dennis Hopper e Peter Fonda no clássico do cinema dos anos 60.Amotocicleta é montada de um kit aplicado sobre um modelo original Harley Davidson. O comprador pode escolher cores que levam nomes como verde atômico ou violeta violento e uma extensa variedade de acessórios, como banco, roda, espelho, escapamento, luzes em geral, guidão e suspensão. O preço, dependendo da configuração, pode chegar a 30 000 dólares.
04/01/2008

ARQUITETURA - Presidente Lula veta criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo.

Fonte: Revista AU e Revista Construção.
O presidente Lula vetou, no último dia 31 de dezembro, o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, no dia 5 de dezembro último, que criaria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), tornando a representação profissional dos arquitetos independente do sistema Confea/Confea, que reúne mais de 300 modalidades profissionais.
A justificativa para o veto é a de que o projeto teria de ser de autoria do Executivo. Os ministérios envolvidos no tema deverão, agora, elaborar outro projeto para ser encaminhado ao Congresso Nacional. De qualquer forma, tudo indica que a questão pode voltar à estaca zero, pois um novo projeto teria de ser enviado ao Congresso e passar de novo pela lenta tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. O presidente Lula disse que teria aprovado o projeto, não fosse o problema da autoria do Executivo, e se comprometeu a encaminhar rapidamente a questão.
O projeto
O projeto (PLS 347/03) é de autoria do senador José Sarney (PMDB-AP). O novo órgão, formado por arquitetos e urbanistas, cuidaria de todas as questões que envolvem a profissão, desde formação, registro e fiscalização, até a conduta ética, responsabilidades, atribuições e atuação diante do poder público.Para os representantes das entidades de arquitetura, que davam como certa a aprovação do CAU pelo presidente Lula, foi uma ducha de água fria bem no final do ano. Conheça a opinião de alguns arquitetos:

"Sempre há distintas visões e interpretações jurídicas. O Congresso entendeu que a iniciativa não era do Executivo. Agora estamos estudando alternativas para agilizar o projeto. Procuramos uma solução prática."Gilberto Belleza, presidente do IAB-DN

"Isso de não ter sido feito pelo Executivo é desculpa. Não me surpreendo de o Lula ter feito isso. Sempre disse que desse mato não saía coelho. É preciso começar tudo de novo. Mas em outro governo. Isso deveria ter sido tentado no governo do Fernando Henrique Cardoso. Quem marcava a agenda do FHC era um arquiteto da FAU-USP. Havia outra visão. A visão do Lula é de sindicalista. Para ele, não faz diferença se os arquitetos têm um conselho próprio ou não. Mas ele não resolve sozinho. Têm assessores petistas ligados a órgãos do governo que querem manter as coisas do jeito que estão".Arquiteto Sérgio Teperman

"É horrível. Lamento que este tenha sido o pior presente que o Lula tenha dado ao seu amigo Oscar Niemeyer. Essa luta tem 49 anos. Começou em 1958, com Vilanova Artigas e Eduardo Kneese de Mello, e seguiu ininterrupta até hoje. E, quando tudo parecia que ia dar certo aconteceu o veto. Estamos desalentados. Mas o projeto deveria ter sido apresentado pelo Executivo. Não entendo porque o IAB não encaminhou pelo executivo. Todos sabiam que era inconstitucional. Ficaram todos procurando convencer cada uma das instâncias pela qual o projeto passou de que não era inconstitucional. Foi uma estratégia temerária. Quem nos advertiu disso foi Albano Volkmer, ex- presidente do Confea e do IAB-RS, que infelizmente faleceu em 2007. Agora, é preciso retomar, sim, e pelo Executivo. Não é culpa do Lula. Não é ele que é mau. Os arquitetos criaram problemas para o CAU. O que atrapalha a criação do CAU são os próprios arquitetos. Principalmente aqueles que têm benesses do sistema Crea-Confea, para quem o conselho não é útil, pois são funcionários do sistema. É preciso bater em retirada, reorganizar e retomar".Arquiteto Miguel Pereira

"Não esperávamos o veto, pois a nota técnica superava qualquer questionamento. Entretanto, o parecer da assessoria presidencial não entendeu assim. Mas, ao mesmo tempo em que vetou, o presidente Lula se comprometeu-se pessoalmente a fazer o possível para acelerar o pedido. Há apoio amplo da Câmara e do Senado. Há uma simpatia e compreensão para com a nossa causa. Desde Aluízio Mercadante a José Sarney (autor do projeto de lei), todos apostam na aprovação. Nossa expectativa é de que isso seja resolvido neste ano."Arquiteto Haroldo Pinheiro"Com o aniversário de 100 anos de Niemeyer, que coincidiu com o envio do projeto para sanção do presidente Lula, estava tudo certo. Esperava que com os festejos de 100 Anos de Niemeyer não houvesse veto. É uma péssima notícia para os arquitetos!."Arquiteto Eduardo Martins Ferreira.
04/01/2008

INTERNET - O que esperar da internet brasileira em 2008?

Fonte: IDG Now!


São Paulo - Após números animadores de 2007, executivos do setor revelam suas expectativas sobre os caminhos da internet brasileira durante 2008.

Os números não mentem – o ano de 2007 foi especialmente dourado para a internet brasileira. Impulsionada pela queda de preços inerente a tecnologias anteriores no mercado de TI e pelos programas de inclusão digital promovidos pelo Governo Federal, nos quais camadas menos abastadas tiveram oportunidade de se conectar à grande rede no ano passado pela primeira vez.
Os reflexos estão estampados nas estatísticas referentes ao período, como aumento de 49,1% entre os usuários domésticos de internet no Brasil entre novembro de 2006 e novembro de 2007, segundo o IBOPE//NetRatings, totalizando 21,5 milhões de usuários até dezembro.
O aumento de usuários se traduz também em aumento de receita online, como indica previsão da IAB Brasil de que o mercado publicitário deverá movimentar 470 milhões de reais no Brasil em 2007, 30% a mais que o ano anterior.
Após os bons números de 2007, o a internet brasileira pode esperar de 2008? O IDG Now! Ouviu executivos de portais e serviços brasileiros e pesquisadores para criar um apanhado de impressões sobre como o mercado tupiniquim de internet se comportará no ano que começa. Confira as opiniões:
“Nossa expectativa para o e-commerce em 2008 continua sendo muito otimista, pois além dos fatores tradicionais que continuarão alavancando as vendas, temos a possibilidade da entrada de grandes players do varejo tradicional que certamente irão fomentar ainda mais as vendas virtuais, aumentando a competitividade e oferecendo ainda mais opções de compras para os consumidores virtuais.”Pedro Guasti, presidente do e-bit

"Com o lançamento da TV Digital no Brasil, a queda do dólar e o aumento das políticas de créditos nas empresas, além da maior conscientização dos brasileiros da praticidade e segurança das compras feitas pela internet, estamos confiantes de um crescimento significativo para o comércio eletrônico em 2008".Romero Rodrigues, fundador e presidente do Buscapé
"Temos fé que 2008 será um bom ano! Acreditamos que o crescimento do mercado de Internet seguirá o bom ritmo que conferimos em 2007, com a acelerada inclusão de novos usuários que se beneficiarão do potencial da internet e mais empresas e anunciantes desenvolvendo sua comunicação com seus públicos através desse meio. Veremos uma Internet ainda mais social e também o surgimento de novos e atraentes aplicativos em plataformas móveis". Alexandre Hohagen, diretor geral do Google no Brasil
"O ano de 2008 será marcado principalmente pela expansão do acesso à Internet fora das classes A/B, pelo crescimento da banda larga e pela consolidação da publicidade online entre os grandes investidores de mídia no Brasil. Privacidade e segurança estão cada vez mais na pauta dos consumidores e a integração de serviços disponíveis na web com os produtos instalados no desktop ou no celular, farão a vida dos usuários mais simples, consolidando a tecnologia no mercado de consumo".Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor do grupo de serviços online da Microsoft Brasil
"Nossa previsão é de que 2008 será mais um ano de crescimento para o mercado da Internet. Apesar de ainda estarmos em fase de consolidação dos resultados de 2007 e de planejamento para o próximo ano, acreditamos em um incremento do mercado de cerca de 30%, além de um aumento de 16% no número de usuários da rede. Outra estimativa é de que a publicidade online alcance 4% de participação do share publicitário".Guilherme Ribenboim, gerente geral do Yahoo! no Brasil
"A internet em 2008 se consolidará como o Aleph do conto do (escritor argentino Jorge Luís) Borges: um ponto onde tudo acontece simultaneamente, o passado, o presente e o futuro. Quem a experimenta, se transforma e quem não a tem, fará do acesso seu plano para 2008!"Alexandre Magalhães, analista do IBOPE//NetRatings
"Se fosse escolher uma palavra para indicar a tendência da Internet em 2008, seria 'integração', a ênfase da parte "inter" da internet. Tanto as comunidades virtuais e redes sociais, vindo de baixo para cima, como ferramentas e conceitos como a Web 2.0, vindos de cima para baixo, tenderão a integrar as iniciativas na rede. As comunidades se interligarão e interagirão, assim como é a tendência que vemos nos equipamentos. Cada vez mais, nada é 'exclusivo' na rede".Demi Getschko, diretor do Núcleo de Informação e Coordenação do NIC.Br e pai da internet no Brasil.
"Estamos olhando 2008 com muito entusiasmo. Do lado mais estrutural, o crescimento da penetração da internet e a explosão do tempo online no Brasil indicam um potencial enorme para esta mídia. Imaginamos que os recordes de crescimento de audiência que atingimos este ano nos segmentos de notícias, esportes e entretenimento sejam ampliados. Cada vez mais estamos aprendendo a trabalhar (o conteúdo das empresas das Organizações Globo) na web"Gustavo Ramos, diretor de marketing da Globo.com
"2007 assistiu a consolidação da Internet como mídia especialmente através da Internet TV. Em 2008 teremos uma explosão do uso da Internet Mobile, em função dos novos modelos que permite uma navegação mais interessante e da chegada da banda larga aos celulares".Paulo Castro, diretor geral do Terra no Brasil
03/01/2008

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