31 outubro 2008

COMPORTAMENTO - Estudo revela comportamento do consumidor

Fonte: Meio&Mensagem

Limo Inc. apresenta novo perfil do consumidor brasileiro por meio do documentário "Breakonsumers.
O desenvolvimento econômico do País nos últimos dez anos não modificou apenas os negócios das empresas e a renda das famílias como também os hábitos e comportamento das pessoas, e não só na hora da compra. Os consumidores passaram a ter novas conquistas e anseios por produtos que antes não imaginavam ter a possibilidade de adquirir, e esse novo cenário obriga o mercado a se adaptar a essa nova realidade, seja com novos produtos ou com uma comunicação diferente. Esse perfil do consumidor brasileiro foi o foco do estudo realizado pela Limo Inc. e apresentado ao mercado através do documentário "Breakonsumers".
"Queríamos realizar um trabalho que mostrasse o próximo passo do consumidor e que fosse além de uma abordagem sobre o desenvolvimento sócio-econômico no Brasil ou que revelasse a nova classe C", afirma Laura Chiavone, diretora-geral da Limo. A pesquisa revelou que a melhora econômica do País nos últimos anos aproximou o comportamento das pessoas que integram as classes A, B e C, e também aumentou o poder de escolha das marcas para 85% das pessoas entrevistadas - seja pelo maior poder aquisitivo ou pelo maior número de opções presentes nas prateleiras.
Através dos resultados obtidos no estudo, a empresa classificou o consumidor brasileiro em três níveis: estáveis, que são os que buscam a manutenção do seu status quo e do seu emprego a qualquer custo e não procuram grandes mudanças de vida; emergentes, são as pessoas insatisfeitas, que estão se beneficiando do atual momento do Brasil para crescerem e que creditam o sucesso a um esforço próprio; e o engajados, que enxergam o momento atual como um fator importante para a transformação pessoal e coletiva, e que possuem mais afinidade com consumo cultural e responsabilidade sócio-ambiental. "As pessoas têm mais consciência do que podem ter acesso, o consumo não é mais novidade para eles", diz Laura.
Desafios para o mercado
O estudo da Limo detectou ainda que o aumento no consumo aliado ao boom de novos produtos colocados no mercado provocou um anseio por parte dos consumidores por mais orientação daqui pra frente. "Com o desenvolvimento econômico houve um crescimento desenfreado em compras, e agora as pessoas querem informações sobre tudo aquilo que ela adquire", afirma a diretora-geral, ao comentar sobre as mudanças na comunicação das empresas nesse novo cenário.
Para realizar o estudo, a empresa realizou uma pesquisa qualitativa que reuniu 30 entrevistas etnográficas e com especialistas na cidade de São Paulo, além de uma pesquisa quantitativa com 2.016 pessoas das classes A, B e C com idades entre 15 e 50 anos de seis grandes capitais do País. O trabalho contou ainda com parceria das empresas Lado B Digital Films, Atakk, Ginga Brasilis, Jump e Livraria Cultura.
Você acha que se tornou uma pessoa mais exigente nos últimos anos?
SIM - 80%
NÃO - 20%
Comparando hoje com 10 anos atrás, você acha que no mercado existem mais opções de compra?
SIM - 85%
NÃO - 15%
A que você credita questões como alcoolismo, obesidade e anorexia:
Falta de informação - 32%
Fraqueza - 27%
Falta de uma família ou um lar - 25%
Falta da presença de Deus - 25%
Mídia e Propaganda - 19%
Problemas de cada uma - 19%
Desemprego - 15%
Falta do que fazer - 12%
31/10/2008

30 outubro 2008

MARKETING - Produtos demoram a deslanchar no Brasil.

Fonte: Meio&Mensagem

Segundo estudo, Japão, Noruega e Suécia são os países onde os produtos se popularizam mais rápido. A China foi a última colocada e o Brasil o 23º entre os 31 pesquisados.
O melhor lugar para se lançar um novo produto é o Japão, onde ele leva 5,4 anos em média para 'pegar'. O pior é a China. Essas são algumas das conclusões da edição setembro/outubro do estudo 'Global Takeoff of New Products: Culture, Wealth or Vanishing Differences', que se diz o primeiro de alcance global para este tipo de dado. Os autores analisaram lançamentos em 16 categorias de produtos em 31 países.
O Brasil ficou na 23ª posição, atrás também de três países latino-americanos: México, Chile e Venezuela (confira o ranking na tabela abaixo). Para um dos co-autores do estudo, Deepa Chandrasekaran, da Universidade de Lehigh, a velocidade com que os países abraçam os novos produtos são um indicativo do grau de inovação de cada um.
Alguns países acabaram ficando fora do estudo, por não oferecem dados suficientes em pelo menos 10 categorias de produto. Dentre eles estão Argentina, Austrália, Colômbia, Hong Kong, Malásia, Nova Zelândia, Cingapura, África do Sul e Turquia.
Para o estudo, o ponto onde ocorre o deslanche é na fronteira do ciclo de vida do produto entre a introdução e o estágio de forte crescimento e popularização.
Além de apontar os países mais propícios para os produtos, o estudo indicou quesitos que podem fazer a diferença para que o produto 'pegue' de maneira mais rápida. As duas questões principais consideradas foram a econômica, já que os países oferecem diferentes oportunidades de riqueza, o que pode limitar a possibilidade de compra de novos produtos; e a cultural, pois as atitudes e inclinações variam de lugar para lugar, acelerando ou freando a aceitação por esses produtos.
O estudo se aprofunda em diversas questões que podem causar variações, sendo que uma delas é a religião, com a conclusão de que em lugares com religiosidade maior os produtos podem demorar mais para pegar.
Outro detalhe interessante do estudo é que o tempo para a explosão das vendas é menor para produtos categorizados como de diversão, o que pode ser telefone móvel, MP3 Players, câmeras digitais e serviço de internet banda larga, com sete anos em média nos países pesquisados; e maior para produtos de trabalho, como forno microondas, limpadores de prato, freezers e máquinas de lavar, com 12.
Gerard J. Tellis, professor de marketing na Universidade do Sul da Califórnia e líder do estudo, diz que os produtos 'divertidos' são mais glamourosos e visíveis, por isso brilham mais depressa. 'Nós não andamos casa a casa perguntando sobre os limpadores a vácuo, mas fazemos isso com os celulares', disse ele.
Com informações do AdAge.
Segue o ranking:
Posição País
1 Japão
2 Noruega
3 Suécia
4 Holanda
5 Dinamarca
6 Estados Unidos
7 Suiça
8 Áustria
9 Bélgica
10 Canadá
11 Finlândia
12 Alemanha
13 Coréia do Sul
14 Venezuela
15 Reino Unido
16 França
17 Itália
18 Espanha
19 Chile
20 México
21 Portugal
22 Grécia
23 Brasil
24 Tailândia
25 Egito
26 Marrocos
27 Índia
28 Filipinas
29 Indonésia
30 Vietnã
31 China

28 outubro 2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Mercado imobiliário brasileiro está longe de abismo visto nos EUA, diz economista

Fonte: Folha de São Paulo

O mercado imobiliário brasileiro está longe de cair no abismo criado pela crise financeira dos Estados Unidos, na avaliação do economista Eduardo Gianetti da Fonseca. Segundo ele, o único perigo aqui é uma parada súbita de capital de giro em projetos já em andamento.
Para Gianetti da Fonseca, a situação do mercado imobiliário no Brasil é "totalmente diferente" dos EUA, em que o setor esteve na raiz da crise financeira.
"O setor imobiliário está apenas começando o ciclo de expansão do crédito. Não existe bolha e inadimplência de mutuários. As empresas estão de modo geral capitalizadas. O quadro aqui é totalmente diferente", disse o economista, no 4º Fórum Nacional de Sustentabilidade da Construção, em São Paulo.
Ele advertiu, porém, para a dificuldade de empresas em ter capital de giro para projetos em execução. "Aqui, o único perigo é uma parada súbita de capital de giro em projetos em finalização. Mas é perfeitamente administrável. Até mesmo com algumas ações de bancos estatais. Não vejo ameaça de crise emergencial."
Entre as medidas governamentais possíveis, ele apontou a criação de oferta de seguro de crédito imobiliário e a redução do compulsório que incide sobre a caderneta de poupança, que compensaria as dificuldade de captação de recursos das empresas, como no lançamento de ações.
Segundo informou o secretário extraordinário de Reformas Econômico-Fiscais do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, ao colunista Guilherme Barros na Folha desta segunda-feira, o governo --assim como o setor privado-- já estuda a criação de seguro de crédito imobiliário. Conforme Appy, os estudos sobre o tema indicam para uma forma de garantir recursos para o crédito habitacional. A nova modalidade de seguro daria mais proteção ao credor contra a inadimplência. Desta forma, os financiadores poderiam reduzir juros e elevar o valor financiado dos imóveis.
Em entrevista para a Folha no último fim de semana, o ministro Guido Mantega (Fazenda) descartou problemas imediatos da construção civil, mas admitiu a necessidade de injeção de recursos para capital de giro no ano que vem. Segundo Mantega, serão mais R$ 3 bilhões além dos R$ 20 bilhões disponíveis para a Caixa Econômica Federal.
Para 2009, com a perspectiva de ritmo menor da expansão da economia brasileira, Gianetti da Fonseca afirmou que o setor da construção deverá passar por algum ajuste, como a revisão de programas muito agressivos de investimento.
"Em vez de crescer espetacularmente, provavelmente vamos crescer moderadamente. O setor precisa se preparar para isso. Não é o melhor dos mundos, mas é um cenário razoável"'
Neste novo cenário, Gianetti da Fonseca vê o encarecimento do crédito e prazos menores de financiamento. "As empresas vão ter mais dificuldade de levantar recursos, por exemplo, lançando ações. Todo acesso a capital do Brasil vai ficar durante um tempo um pouco mais restrito. Não vai sumir, mas vai encarecer. Mas o quadro ainda é positivo", acrescentou.
28/10/2008

TI - O desafio de lidar com as expectativas em projetos de TI.

Fonte: HSM Online

Quem trabalha com prestação de serviços sabe quanto é difícil corresponder às expectativas dos clientes. Por outro lado, quem contrata serviços sabe quanto é duro ter suas expectativas compreendidas e atendidas. Se falarmos em expectativas, adentramos a esfera das relações humanas. Quando o assunto são projetos na área de Tecnologia da Informação (TI), a questão do relacionamento é mais delicada que na maioria dos serviços: os investimentos são altos, os contratantes desconhecem as nuances técnicas do trabalho e os usuários dos serviços são diversos e diversificados. Tudo isso somado e mal gerido pode levar um projeto ao fracasso.

A fim de estudar esse ambiente, a Dynamic Markets e a Tata Consultancy Services realizaram uma pesquisa com 800 executivos de oito países: Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Índia, Japão, Singapura e Suécia. O levantamento mostrou que um em cada três projetos de TI não atinge as expectativas dos contratantes. Além disso, o estudo aponta que 43% dos gestores de TI dizem que os demais gestores de suas organizações vêem os problemas nos projetos como um mal necessário.

Gerando e gerindo expectativas – Muitas expectativas são germinadas nos clientes por meio de ações de marketing e de vendas. Se o cliente perceber uma lacuna negativa entre as promessas de vendas e o que lhe é entregue, a frustração virá. Ana Carla Ferreira, uma brasileira que atua na Espanha como analista de suporte da empresa SSA Global España y Portugal, afirma que tal situação não é incomum. Acrescenta, porém, outro fator gerador de expectativas: a comparação com um sistema que já exista na empresa. “Os contratantes esperam que o novo sistema seja bem melhor do que o atual, mas nem sempre isso ocorre. Para evitar tal frustração, a análise cuidadosa de ambos os produtos deve ser feita. Sobre o sistema proposto, pode-se pedir referências dos clientes que o contratam”, explica Ana Carla.

Para evitar frustrações, é recomendável que se registre o que é combinado durante a venda. À parte do que é a praxe de qualquer contrato –objeto, preço e prazo, especialistas recomendam que seja elaborado um Acordo de Nível de Serviço (ANS ou Service Level Agreement –SLA), que contemple as expectativas do cliente e do prestador de serviços, bem como meios de medir o serviço que é entregue.

Combinar é preciso. Planejar também – Oswaldo Alves, sócio responsável pela FREGEL Corretora de Seguros, tem larga experiência em contratação de projetos. Para ele, o principal no desenvolvimento de um projeto de TI é a definição correta do que se espera ao final dele. Ele conta que já se sentiu frustrado com projetos do qual fez parte, quando ainda era executivo: “Quando eu trabalhava para uma multinacional, tive oportunidade de acompanhar um projeto, voltado a controlar vendas, que nunca terminou, porque surgiam infindáveis necessidades durante o seu desenvolvimento”. Para Alves, planejamento adequado e simulações do sistema são cruciais ao sucesso da empreitada.

Ao comparar o ambiente espanhol com o brasileiro, Ana Carla considera que o comportamento dos clientes e dos fornecedores é muito similar. A especialista considera que a falta de planejamento, principalmente em relação ao prazo de entrega, é freqüente. A pesquisa realizada pela Dynamic Markets e pela Tata Consultancy Services confirma a constatação de Ana Carla: 62% dos entrevistados apontaram a entrega fora do prazo como um problema que enfrentam com a área de TI. Além disso, 49% citaram problemas no orçamento, 47% citaram a manutenção e os custos acima da expectativa e 25% disseram que os usuários relutam em adotar os novos sistemas.

Vendendo o projeto em todos os níveis – A respeito dessa relutância, um dos motivos apontados por Ana Carla é a falta de participação dos usuários no planejamento do projeto: “Deveria ser feito um trabalho de incentivo, no qual os futuros usuários fossem ouvidos e se sentissem parte do projeto”. Ela também aponta que o treinamento precário dado aos usuários, que começam a utilizar os sistemas sem saber o que estão fazendo, leva à desmotivação. Gera, também, uma alta demanda sobre o pessoal de suporte, onerando e desgastando contratante e contratado.

Alves tem um conselho que pode ser útil para estimular a aceitação dos novos sistemas, além de contribuir para o bom relacionamento: “Recomendo que não se inicie um projeto de TI sem que seja designado um usuário muito experiente, para ficar disponível em tempo integral para atender e acompanhar o profissional de desenvolvimento”.

Abrangência do ANS - O ANS deve prever quando o serviço estará disponível para os clientes; que volume de serviços será oferecido; os procedimentos de acompanhamento e controle; limitações do projeto; a forma de comunicação de problemas ou sugestões e as revisões periódicas. Durante a fase pós-venda, as referências constantes no ANS facilitarão ao prestador do serviço acompanhar as expectativas do cliente e lidar com elas, na hipótese de haver discrepâncias entre o combinado e o esperado. O ANS pode ser utilizado, inclusive, se os fornecedores do serviço são internos, isto é, se há um departamento de TI na própria empresa.

Se o tema é pós-venda, contudo, fala-se em atendimento ao cliente. Nesse ponto, o perfil mais técnico e racional dos profissionais de tecnologia tende a revelar alguns déficits. Nada que não possa ser contornado com bons treinamentos e bons exemplos por parte dos seus líderes. Afinal de contas, o cliente quase sempre tem razão. E, quando não tem, deve ser tratado com igual interesse e consideração.

28/10/2008

23 outubro 2008

GESTÃO - Governança corporativa é vantagem competitiva

Fonte: Administradores

As empresas que querem se perenizar, participarem do crescimento brasileiro e se inserirem no mercado global estão aderindo cada vez mais aos conceitos e práticas de excelência em gestão voltados à governança corporativa. Existem várias opiniões sobre isso. Porém, todos possuem suas semelhanças. Estudiosos como Shleifer e Vishny (1997), acreditam que é o "conjunto de mecanismos pelos quais os fornecedores de recursos garantem que obterão para si o retorno sobre seu investimento". Para o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC/2005), "é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas/cotistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal". No caso da Comissão de Valores Mobiliários (CVM/2005), trata-se do "conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o desempenho de uma companhia ao proteger todas as partes interessadas, tais como investidores, empregados e credores, facilitando o acesso ao capital".
A governança corporativa teve início na Inglaterra, em 1992, com a edição do relatório Cadbury. No Brasil, o primeiro referencial foi com a criação do IBGC, em 1995, que tem como objetivo fomentar esta prática nas empresas. Outros fatores também foram benéficos para a governança corporativa no país, como a aprovação da Lei n° 10.303, de 31/10/01, conhecida como a nova lei das S.As; a aprovação da Lei n° 11.638, de 29/12/2007; a criação dos níveis 1 e 2 de governança corporativa e do novo mercado pela Bovespa; e a definição, pelo BNDES, da adoção de práticas de boa governança corporativa como um dos requisitos para a concessão de financiamentos.
Sabemos que uma estrutura de governança corporativa ajuda a empresa a conquistar uma vantagem competitiva em um ambiente com muitos e complexos desafios, como manter o crescimento e melhorar a rentabilidade; otimizar a estrutura e o custo de capital; promover as capacitações necessárias para enfrentar a concorrência; aumentar os ativos intangíveis e o estoque de capital humano; identificar novas oportunidades de atuação nos mercados nacional e internacional; e incentivar a inovação e estratégias de competição.
Por um outro viés, a governança corporativa assegura direitos de todos dentro de uma empresa, dando tratamento equânime aos acionistas, inclusive minoritários e estrangeiros. Dos stakeholders, deve-se reconhecer os direitos das partes interessadas, conforme previsto em lei. O incentivo a cooperação ativa entre empresas e partes interessadas na criação das riquezas, empregos e na sustentação de empresas economicamente sólidas é imprescindível na aplicação do conceito.
A estrutura de governança corporativa deve também assegurar a divulgação oportuna e precisa de todos os fatos relevantes referentes à empresa, inclusive situação financeira, desempenho, participação acionária e governança da empresa. O Conselho da empresa deve garantir a orientação estratégica da organização, fiscalização efetiva dos membros e a prestação de contas. Algumas organizações, para evoluírem mais rapidamente para os patamares de boa governança, buscam apoio de consultorias especializadas que por serem externos, têm maior êxito na análise, planejamento e implementação dos processos necessários, dando suporte à mudança da cultura organizacional com eficácia.
Por fim, uma boa estrutura de governança corporativa contempla disciplina, transparência, independência, accountability, responsabilidade, eqüidade e responsabilidade social. Ela é fundamental para estimar e reduzir riscos de investimentos e o custo de capital, itens fundamentais hoje de crescimento de qualquer empresa.
22/10/2008

MARKETING - O poder do subconsciente na compra.

Fonte: Meio&Mensagem




Publicitário americano lança livro sobre neuromarketing que garante que as mensagens em maços de cigarro tem efeito contrário sobre a mente dos fumantes.

O publicitário norte-americano Martin Lindstrom lançou o controverso livro Buyology: Truth and Lies About What We Buy, que traz à tona os três anos de um estudo de US$ 7 milhões sobre neuromarketing, conduzido por ele próprio. Com um time de pesquisadores de Oxford, ele utilizou tecnologias como ressonância magnética e eletro-encefalograma em 2 mil pessoas de cinco países num esforço para melhor entender o comportamento dos consumidores.

O diferencial do estudo foi poder analisar a eficácia de mensagens de alerta de saúde em produtos, efeitos do product placement e de mensagens subliminares, dentre outras coisas.

Uma descoberta é que os consumidores são dirigidos não somente por motivações conscientes, mas subconscientes também. "A maioria das decisões que tomamos todos os dias ocorrem basicamente numa parte do cérebro onde não estamos sequer cientes delas", afirma. "Eu realmente quis encontrar o que faz uma marca ter apelo para nós. Você não pode perguntar isso para a mente consciente ou depender de uma resposta verbal".

Mas você pode depender do cérebro, diz ele, lembrando o porquê de o chamado neuromarketing, que é o estudo de como o cérebro responde ao marketing, ter vindo para ficar.

Lindstrom afirmou que uma das descobertas mais surpreendentes envolveu os maços de cigarro com mensagens fortes. Quando os pesquisadores perguntavam se o aviso funcionava, a maioria disse que sim. Essa era a resposta do consciente. Mas o subconsciente trouxe respostas diferentes. Isso porque quando os pesquisadores repetiram a mesma pergunta e exibiam flashes de imagens de embalagens com fotos fortes, tudo captado pela ressonância magnética, a imagem do exame ativava "manchas de desejo" no cérebro, indicando que os avisos fazem os fumantes quererem fumar mais, e não menos, como se supõe.

Em outros estudos, pesquisadores também apontaram que os anúncios anti-fumo tem efeito contrário.

A "Comprologia" também diz que o logo de uma marca não é tão importante como muitos julgam ser. O senso de som e cheiro dos consumidores pesquisados era muito mais poderoso que o senso de visão.

Outra conclusão é que o product placement nem sempre funciona. Por exemplo, quando os pesquisadores de Lindstrom analisaram essa estratégia em American Idol descobriram que a Coca-Cola foi mais efetiva na hora de cativar os consumidores do que a Ford, mesmo sabendo-se que ambas pagaram valores próximos a US$ 26 milhões em suas campanhas. A razão: a marca Coca-Cola e suas cores foram vistas continuamente, enquanto a Ford, que patrocinou videos no programa, era menos visível e integrada à ação.

Lindstrom compreende que as pessoas podem ter medo de usar o neuromarketing, mas segue convencido de que isso pode ser usado, desde que de maneira ética. A dvertising Research Foundation não vai comentar o assunto até ter acesso ao livro.


22/10/2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Caixa poderá comprar participação acionária de construtoras, diz Mantega

Fonte: G1

Com isso, governo também será sócio de empresas de construção.Segundo Mantega, objetivo é capitalizar empresas e manter obras.

O governo federal autorizou, nesta quarta-feira (22), a Caixa Econômica a comprar a participação acionária de construtoras, segundo informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A MP 443, publicada no Diário Oficial da União, também autoriza a Caixa e o Banco do Brasil a comprarem participação de instituições financeiras em dificuldades, ou seja, a estatizar instituições privadas.

A MP é assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Paulo Bernardo, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Medida semelhante já foi adotada pelo governo dos Estados Unidos, que comprou participações em algumas instituições financeiras, como as empresas Freddie Mac e Fannie Mae, ligadas ao crédito imobiliário - cerne da crise financeira atual.

"É como hoje faz o BNDES. O BNDESpar pode ter participação acionária das empresas e foi muito útil no período de consolidação das empresas brasileiras. Quando eram mais frágeis, o BNDES participava. Isso significa capitalizar as empresas para elas levaram adiante seus projetos. Estamos fazendo isso direcionado para o setor de construção. Vai haver uma CaixaPar", informou Mantega a jornalistas, sobre a participação da Caixa Econômica nas construtoras.
Segundo o ministro da Fazenda, essa autorização se deve à crise financeira internacional, que pode interromper o fluxo de capitalização destas empresas. "Diante dessa crise, podemos ter uma interrupção desse fluxo de capitalização. De modo que elas possam ter problemas para dar continuidade aos projetos. Resposta para dar continuidade aos projetos de construção habitacional", disse ele.

O ministro acrescentou que o governo tem dado "importância grande" ao setor imobiliário brasileiro. "É um pólo importante da economia. Tem peso pequeno do ponto de vista do PIB. Do ponto de vista do financiamento, estamos falando de algo como de 3% a 3,5% do PIB. Outros países têm 30%, 40% ou até 50% do PIB. Portanto, essa medida vem no sentido de reforçar o setor habitacional", concluiu.

Instituições financeiras
Também nesta quarta-feira o governo anunciou que a Caixa, e o Banco do Brasil, poderão adquirir instituições financeiras em dificuldades. Essa já é a segunda medida adotada pelo governo federal para dar apoio a instituições financeiras com problemas de caixa. A primeira foi a MP 442, que autoriza o Banco Central a comprar a carteira de crédito de instituições financeiras com problemas de caixa.
Já a MP 443, divulgada hoje, informa que o BB e a Caixa, os dois principais bancos públicos do país, poderão fazer este tipo de operação diretamente ou por intermédio de suas subsidiárias. As instituições que poderão ser compradas são públicas ou privadas. A autorização inclui ainda empresas do ramo de seguro, previdência e capitalização, entre outros. Nos processos, será dispensada a licitação. "A realização dos negócios jurídicos mencionados [compra de participações de outros bancos] poderá ocorrer por meio de incorporação societária, incorporação de ações, aquisição e alienação de controle acionário, bem como qualquer outra forma de aquisição de ações ou participações societárias previstas em lei", informa o texto da MP. Para efetuar essa compra, o BB e a Caixa poderão contratar empresas avaliadoras especializadas, informa o texto da MP, por meio de processo de consulta de preço, sempre observada a compatibilidade com o mercado.

Quebra de bancos
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou também nesta quarta que exista alguma instituição financeira "quebrando". "O sistema financeiro brasileiro é sólido, mas tem problemas de liquidez. Se não tivesse esse problema, o Banco Central não estaria devolvendo compulsório e permitindo a compra de carteiras de crédito. Estamos irrigando o sistema para que não haja problemas", disse ele a jornalistas.
Segundo ele, a medida anunciada nesta manhã responde à uma necessidade momentânea de liquidez, por conta da crise financeira, e, posteriormente, poderá ser revertida.
23/10/2008

22 outubro 2008

SAÚDE - Quando a saúde se torna um ótimo negócio

Fonte: News Amanhã




Alimentos orgânicos revelam um mercado em crescimento no Brasil.

Quando esteve no Brasil pela primeira vez, em 1993, o alemão Gerhard Dannapel sentiu falta de um tipo específico de alimentação. Eram os alimentos orgânicos, que, naquela época, já se mostravam bastante populares em sua terra natal. Alguns anos depois, Dannapel decidiu retornar ao Brasil para ficar de vez, acreditando haver do outro lado do Atlântico uma grande possibilidade de negócios. Em 2005, ele abriu a Samurai Tofu, indústria de alimentos (foto) sediada em Santa Catarina, que desenvolve produtos orgânicos - ou seja, que seguem diversos padrões de qualidade e comprometimento, tais como a não utilização de pesticidas, fertilizantes artificiais ou que não podem ser geneticamente modificados, por exemplo.

Como para todos os tipos de negócio a matéria-prima é, obviamente, um fator-chave, a Samurai Tofu optou por abrir suas portas em Florianópolis. É que Santa Catarina é destaque nacional por causa da grande quantidade de pequenos produtores que cultivam orgânicos, de acordo com Angélica Fonseca, gerente comercial da Samurai Tofu. Aliás, é sediada no mesmo estado, só que em Pomerode, que a fábrica de chocolates Nugali lançou uma linha de chocolates orgânicos em setembro passado. "Demoramos para desenvolver o produto porque queríamos um chocolate que não perdesse em nada no sabor para os produtos que já fabricamos", explica Maitê Lang, dona da empresa. Ela acredita que a novidade irá contribuir para o incremento previsto para as vendas ainda neste ano, de mais de 50%. "É um tipo de alimentação que gera a própria demanda, pois sua presença na loja, por si só, já desperta interesse", afirma.

Tanto a empresa do alemão Dannapel quanto a de Maitê Lang pegam carona em um mercado crescente no Brasil. Mesmo que a participação brasileira na produção mundial, mercado que movimenta US$ 40 bilhões ao ano, ainda seja muito tímida - de apenas 0,63% -, as perspectivas se revelam animadoras. O país já ocupa a primeira colocação no ranking dos maiores produtores de soja, café e açúcar orgânicos, o que rendeu negócios de US$ 250 milhões em 2007. Desse total, US$ 120 milhões foram provenientes de exportações, segundo dados da Agência de Promoção das Exportações e Investimentos do Brasil (Apex-Brasil).
20/10/2008

17 outubro 2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Construção desacelera e deve crescer 5% em 2009.

Fonte: PiniWeb

Diante da crise no mercado de capitais, empresas terão de buscar outras alternativas de financiamento, como o mercado secundário.

SindusCon-SP
A consultora da FGV Projetos Ana Maria Castelo avaliou durante workshop sobre os efeitos da crise na construção, realizado em 16 de outubro no SindusCon-SP, que o crescimento da construção deve se confirmar em 10,2% em 2008, mas deverá desacelerar para 5% em 2009. "Além dos recursos do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), o BNDES tem elevado os investimentos em infra-estrutura. E, diante da crise no mercado de capitais, será necessário buscar outras alternativas de financiamento, como o mercado secundário", afirmou.

De acordo com o diretor de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, a desaceleração da atividade econômica provocada pela crise financeira obrigará a uma maior eficiência das construtoras nos próximos meses.

"Teremos alguma turbulência, mas as empresas que investirem em qualidade e produtividade, realizando ajustes, vão ultrapassar esse período. O crédito será mais seletivo e escasso, mas os bancos não deixarão de emprestar, eles terão de fazê-lo. E vamos continuar com uma grande demanda por habitação e infra-estrutura nos próximos anos, geração de emprego, financiamento habitacional e investimentos de governo assegurados", comentou.

Para o consultor da FGV Projetos Robson Gonçalves, os bons fundamentos da economia farão o País voltar a crescer após a crise. Ele avaliou que há espaço para uma redução dos juros, uma vez que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) já está em queda. "Os juros no mundo inteiro caíram, aumentando ainda mais a diferença em relação aos juros no Brasil. O Copom poderia começar a cortar juros na próxima reunião, embora não acredito que ele faça isso", finalizou.
16/10/2008

16 outubro 2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Preços de imóveis também vão desacelerar, dizem especialistas.

Fonte: Exame

Com a crise, consumidor se mostra menos animado para comprar e bancos, menos dispostos a financiar.
Os economistas costumam dizer que em momentos de muitas incertezas a melhor decisão é não tomar nenhuma decisão. A julgar por um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o conselho foi bem recebido por grande parte dos consumidores. O levantamento mostra que 34% dos entrevistados em setembro optaram ao menos por adiar seus planos de aquisição de bens duráveis, como veículos ou imóveis. O posicionamento reflete a insegurança gerada pela crise financeira e deve ajudar a colocar um freio no forte movimento de valorização de casas e apartamentos verificado nos últimos anos, afirmam os especialistas.
"Para os imóveis de até 350 mil reais, que são financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), a expectativa é de manutenção dos preços, enquanto os imóveis de alto padrão poderão ter seus valores de venda reduzidos", avalia o advogado especializado em mercado imobiliário Renato Mirisola, sócio do escritório Bicalho e Mollica Advogados. A provável queda nos preços dos imóveis de alto padrão é justificada pela tendência de encarecimento do crédito imobiliário, já que fora do SFH os juros variam de acordo com as condições de mercado. Como a crise financeira enxugou os recursos disponíveis para empréstimos, os bancos devem passar a cobrar mais pelos financiamentos nos próximos meses. "Além disso, as instituições estão mais rigorosas na concessão de crédito", ressalta Mirisola.
Em São Paulo, os números já apontam desaquecimento na demanda. Um estudo realizado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP) junto a 1.538 imobiliárias de 37 cidades do estado mostra que as vendas de imóveis caíram 8,55% em agosto. Na capital e no litoral o recuo foi mais acentuado: 19,18% e 34,94%, respectivamente.
Se por um lado o mercado imobiliário sofre com o encarecimento do crédito, por outro, ganha com a volatilidade da Bolsa. No segmento de imóveis comerciais, geralmente preferido pelos investidores por proporcionar retornos mais atraentes, não houve e não deve haver queda na demanda, afirma o diretor de Vendas da consultoria Jones Lang LaSalle, André Rosa. "Existem pouquíssimos imóveis comerciais à venda e em alguns casos há até investidores aguardando oportunidades", diz.
Assim como outros especialistas do setor, Rosa acredita que, devido à crise financeira, parte dos recursos que seriam aplicados pelos investidores em ações deve ser redirecionado ao setor imobiliário. "O brasileiro vê nos imóveis um investimento seguro", afirma.
Mesmo os imóveis na planta, que no passado fizeram muita gente perder dinheiro, atualmente são considerados um investimento de baixo risco. As ações das construtores tiveram forte desvalorização na bolsa, mas especialistas descartam a possibilidade de falência das empresas. Além disso, a legislação hoje é mais favorável ao comprador. Casos como o da construtora Encol, que faliu na década de 1990 deixando milhares de casas e apartamentos inacabados, não devem se repetir. Atualmente os empreendimentos são constituídos como sociedades de propósitos específicos (SPE) ou adotam o patrimônio de afetação – instrumento que permite separar do patrimônio da construtora os recursos da obra. Dessa forma, mesmo que a construtora decrete falência, o empreendimento terá seus recursos garantidos. "Nesse caso, o condomínio poderá contratar outra construtora para terminar a obra", explica João Crestana, presidente do Secovi-SP.
Além disso, analistas consideram exageradas as desvalorizações de ações de construtoras como a Inpar, que já supera 90%. Segundo Eduardo Silveira, analista da corretora Fator, os papéis estão valendo menos que o patrimônio das empresas. "Isso não faz sentido", afirma. Em sua avaliação, as construtoras devem reduzir o ritmo de lançamentos nos próximos meses, mas não parar de construir. Se faltar recursos para os projetos, há mais duas formas de consegui-los: por meio de novas parcerias ou pela venda de terrenos e outros ativos. No pior dos cenários, haveria uma fase de consolidação do setor, com as empresas mais fortes comprando as mais fracas - um movimento que para Rosa seria "natural e saudável".
15/10/2008

GESTÃO - Na busca pelo sincronismo organizacional.

Fonte: News Amanhã

O consultor e professor Paulo Rocha explica o que é “sincronismo organizacional” – segundo ele, uma prática cujo maior objetivo é fazer com que processos e pessoas convirjam para um objetivo comum.
O diretor da RGB Consultores, Paulo Sérgio Sanches Rocha, tem procurado difundir um conceito batizado por ele mesmo como "sincronismo organizacional". O empresário, que também é professor do Instituto Mauá de Tecnologia (SP) e da Fundação Fritz-Muller (SC), garante se tratar "um novo conceito de gestão". O modelo, segundo ele, se sustenta no alinhamento entre processos e pessoas para cumprir uma estratégia com sucesso. O consultor explica na entrevista abaixo um pouco mais sobre o tema.

De onde surgiu este conceito?
Durante minha experiência como executivo e empresário, sempre me chamou a atenção o fato de que muitas empresas, embora tivessem em seus quadros pessoas bem intencionadas, com currículos invejáveis e com dedicação total e exclusiva, não atingiam os resultados esperados. Sempre me pareceu um contra-senso o esforço gerencial não ser compatível com o resultado global da empresa. Da indignação, surgiu o interesse em pesquisar o assunto e, deste estudo, nasceu o conceito que posteriormente registrei como Sincronismo Organizacional.

Mas afinal, o que é e para que serve este sincronismo organizacional?
Trata-se do alinhamento de três grandes níveis organizacionais: Estratégia, Processos e Pessoas. De nada adianta se ter uma estratégia clara do futuro da organização se os processos apontam para outra direção, disputando energia com a própria estratégia. Pelo mesmo raciocínio, também de nada adianta os processos estarem alinhados com a estratégia se as pessoas continuam trabalhando como de costume, ou seja, não levando em conta no seu dia-a-dia as diretrizes definidas. Outro fato que constatei foi que as pessoas conhecem bem a parte da empresa em que atuam e desconhecem de maneira geral a própria organização para a qual trabalham. Isto causa um forte desequilíbrio, onde cada um enxerga o mundo por sua ótica e cria regras particulares para nortear suas atuações diárias. Por exemplo, têm pessoas que pensam em fidelização de clientes e outras em corte de custos. São movimentos internos conflitantes, em que um quer gastar e o outro que cortar. Isto rouba energia da companhia, assim como um bom e velho fusca desregulado: você acelera e ele não anda.

Como implementar o conceito na prática?
Para reverter este ciclo vicioso, o primeiro passo é dotar as pessoas da organização de uma visão sistêmica, em que ela possa perceber seu papel no contexto organizacional e deixar de ver o mundo por uma janela - a sua janela. O segundo passo é alinhar os indicadores, para que todos eles estejam vinculados aos objetivos estratégicos e também não sejam conflitantes entre si, pois muitas vezes o sucesso de um indicador significa o insucesso de outro. O terceiro passo é redesenhar os processos-chave em função dos indicadores e, por último, readequar o perfil das pessoas no sentido de capacitá-las aos novos requisitos exigidos por uma empresa sincronizada.
Como perceber que a empresa precisa rever seu sincronismo?
Da mesma forma que um motorista percebe claramente que seu fusca esta fora do ponto, o dirigente também percebe sua empresa fora do ponto. Aliás, os sintomas são bem parecidos. Tenho instalado nas organizações alguns indicadores que avaliam o nível de sincronismo. Um deles refere-se à velocidade de resposta, que mede o tempo entre o pedido do cliente e a sua efetiva entrega. Como este tempo é o resultado da intervenção de diversos atores internos, seu monitoramento permite a avaliação não só do sincronismo como também do nível de stress para obtê-lo.

É possível dar alguns exemplos de experiências bem-sucedidas?
Como minha vida hoje gira em torno deste tema, são inúmeros os exemplos. Na Região Sul, todas as empresas que fazem parte do programa Parceiros para a Excelência (PAEX), da Fundação Dom Cabral, são capacitadas neste conceito. Embora não esteja autorizado a citá-las nominalmente, estamos trabalhando em empresas em que, com a implantação deste conceito, estão diminuindo significativamente seus prazos de entrega de produtos ou serviços.
15/10/2008

10 outubro 2008

NACIONAL - Inteligência de mercado: o Marketing da vez.

Fonte: HSM Online


Não tem como discordar de que uma das facilidades que a internet trouxe a todos os seus usuários ao redor do mundo foi a possibilidade de intercambiar, em tempo real, uma profusão de dados até então impensada.

Mas o desafio que se impõe aos empresários de hoje não consiste na acumulação de dados, simplesmente. A dificuldade está na capacidade de convergí-los para informações úteis que servirão de base para a formulação de uma estratégia empresarial à altura do mercado competitivo. Afinal, de que adianta reter quilômetros de dados se não puderem ser utilizados a favor da empresa? Se bem administrados, tais dados podem ser içados à categoria de conhecimento, o que representa uma vantagem competitiva diante da concorrência.

Mas infelizmente ainda há muita corporação por aí que não está em sintonia com essa realidade. Não é raro encontrar executivos que agem de forma reativa aos problemas que surgem na sua empresa, sem qualquer preocupação em traçar uma análise preditiva do mercado em que seu negócio está inserido. Parecem confiar em seus “feelings” ou intuições negociais.

A despeito de inexistir uma receita pronta que garanta sobrevivência às empresas, usufruir dos avanços tecnológicos atualmente disponíveis pode influir diretamente no sucesso de suas trajetórias, evitando que sejam tragadas pela ferocidade dos competidores. E é justamente neste contexto que retomamos à questão de converter simples dados em informações estratégicas.

Ferramentas analíticas de marketing são verdadeiros sistemas de inteligência de mercado que traçam um panorama preciso e detalhado dos clientes. Elas têm o poder de analisar minuciosamente e integrar, de forma sincronizada, múltiplos canais ligados à estrutura da empresa, fornecendo elementos atitudinais valiosos para compor uma estratégia adequada às necessidades de cada um deles. Todo evento que diz respeito a relacionamentos interempresariais (B2B) ou entre os produtos adquiridos por cada cliente (B2C) são captados e armazenados de forma coerente, de modo a balizar o teor das futuras decisões tomadas pela diretoria da empresa.

Para se ter uma idéia do quanto essas ferramentas estão em consonância com as exigências atuais do mercado, basta pensarmos na linha evolutiva por que o Marketing passou nas últimas décadas. Do marketing de massa, em que o produto ainda é o foco principal da campanha, passou-se a adotar o marketing por segmento, que procura atingir as afinidades existentes entre grupos de consumidores. Aos poucos, analistas da área perceberam que a comunicação baseada em eventos, por meio da qual consideram-se as experiências individuais dos clientes, era ideal para que se obtivesse uma margem de retorno sobre o investimento (ROI) ainda maior, reduzindo assim desperdícios com campanhas generalizadas.

O raciocínio é simples: cada cliente deve ter seu comportamento compreendido a partir de uma análise rica em detalhes, visto que essas experiências individuais são elementos essenciais para agregar valores à estratégia de competição de uma corporação, a ponto de fazê-la sobressair perante as demais.

Especialistas do setor são praticamente unânimes em dizer que uma das saídas para que uma empresa prospere financeiramente nos tempos atuais é escapar da chamada comoditização dos serviços. E parece óbvio constatar que uma visão mais particular de cada cliente facilita em muito a personalização e a customização da prestação de serviço, afinando o plano estratégico da empresa de acordo com os reais interesses de cada um dos usuários do serviço.

E a tendência daqui para frente é que companhias com perfil de liderança adotem cada vez mais a comunicação sincronizada de multi-canais, através da qual todas as informações e comportamentos do consumidor são analisados em tempo real. Trata-se de um cenário propício para que se criem mecanismos de fidelização do cliente (redução do “churn”), que hoje tem a seu dispor uma infinda lista de opções de compra. E não basta apenas adotar essas práticas. Há de se dar continuidade a elas, conferindo sinergia entre todos os departamentos envolvidos.

O empresário que estuda minuciosamente o comportamento do seu consumidor tem reais chances de retê-lo. Para tanto, ou passa a adotar a inteligência de mercado a seu favor, ou reza piamente para que suas intuições sejam certeiras.


10/10/2008

ECONOMIA - Cérebros de São Paulo.

Fonte: Folha de São Paulo

Em meio ao caos, à barbárie e à ignorância, a capital paulista vai aprendendo a nutrir talentos em diversas áreas.
DEPOIS DE FAZER UM MACACO mover um computador apenas com o cérebro, Miguel Nicolelis virou uma estrela mundial das neurociências e entrou na lista dos candidatos ao Prêmio Nobel de medicina. Não há centro de pesquisa que não lhe abra as portas, mas um dos seus projetos é abrir a porta da escola pública em que estudou, transformando-a num laboratório para estimulação de cérebros.Graduado na USP, Nicolelis mudou-se ainda bem jovem para os Estados Unidos. Recentemente, foi se reconectando profissionalmente com São Paulo, onde criou, no ano passado, com o hospital Sírio-Libanês, um centro de neurociências que, entre outras coisas, vai implantar chips em cérebros de vítimas de paralisia capazes de acionar próteses ligadas ao corpo.Ficar mais tempo na cidade levou-o a rever o colégio Napoleão de Carvalho, em Moema, onde cursou até a oitava série. Saiu da visita com vontade de desenvolver ali um projeto para aproximar os pedagogos das descobertas da neurociência. Na semana passada, seu projeto ganhou o nome provisório de "Escola do Cérebro".A mistura de chips em vítimas de paralisia e um laboratório de neurociência numa escola pública falam mais dos movimentos do cérebro da cidade de São Paulo do que os debates feitos pelos candidatos à prefeitura -afinal, esse debate, por enquanto, como mostrou a TV Bandeirantes na semana passada, é basicamente composto de obviedades, banalidades e pegadinhas de marketing.
Há uma São Paulo que ainda nem remotamente apareceu no debate eleitoral. Em meio ao caos, à barbárie e à ignorância, São Paulo vai aprendendo a nutrir talentos.Candidata-se a ser um dos centros planetários da chamada economia criativa, uma das atividades globais mais prósperas -a produção de riquezas que vai de software, música, teatro, cinema, passando por design, publicidade, até dança, arquitetura e moda.Ainda estamos engatinhando, se comparados a Nova York, Londres ou Milão. Mas há sinais estimulantes de vários lados -alguns deles inesperados. Na semana passada, o coreógrafo Ivaldo Bertazzo inaugurou um teatro-escola no ponto mais degradado da já muito degradada cracolândia. O governo estadual anunciou a criação de uma escola para formação das mais diferentes atividades ligadas ao teatro (do ator ao iluminador) na não também menos degradada praça Roosevelt, convertida nos últimos anos em pólo alternativo de cultura.
A descoberta de uma vocação vai, aos poucos, mudando a paisagem urbana, como na cracolândia ou na praça Roosevelt. Dezenas de milhares de jovens voltam à região central, atraídos pelas universidades, centros culturais ou vida noturna.Galpões abandonados com o desaparecimento das indústrias em bairros como a Barra Funda e a Vila Leopoldina estão abrigando estúdios e ateliês para as mais diversas produções culturais. Se alguém olhar essas áreas de helicóptero, notará que todas as regiões, separadas, começam a se conectar por uma vocação.Toda essa movimentação é assegurada porque, aos poucos, espalham-se cursos em ensino superior, voltados ao mercado de trabalho.São vários os cursos superiores voltados à moda, ao design, ao marketing e à informática, que atraem não só acadêmicos, mas também profissionais de sucesso. Exemplos: Alexandre Herchcovitch, um dos mais famosos estilistas brasileiros, virou professor; Cláudio Haddad, depois de ficar milionário nos negócios, abriu uma escola de administração; Alex Atala, considerado um dos melhores chefs de cozinha do mundo, vai ensinar, no Instituto do Câncer, da USP, como desenvolver uma nova culinária hospitalar. Está na agenda de Paulo Borges, criador da São Paulo Fashion Week, lançar um centro de estudos de moda.
Estão em andamento inovações curriculares que fazem uma Fundação Getúlio Vargas preparar advogados para os negócios, a Faap treinar produtores culturais, o Senac formar gestores em arte, a ESPM ensinar marketing aplicado à internet, a PUC oferecer uma graduação apenas em multimeios. A USP tem uma graduação dedicada apenas ao lazer.Aí está uma das bases para que se assegure que a economia criativa se transforme na vocação de uma cidade, mas ainda é muito pouco -é necessário um arranjo que envolva iniciativa privada, universidades, governos federal, estadual e municipal, a exemplo do que vemos na Inglaterra, onde existe um ministério apenas para a economia criativa.Devido à geração de bons empregos, poucas coisas seriam tão importantes do que um prefeito pensar grande e dizer como poderia facilitar a indústria da criatividade -a prova da falta de criatividade da campanha (e dos políticos) é a ausência de uma proposta que nutra cérebros.
PS- Coloquei em meu site (www.dimenstein.com.br) textos sobre economia criativa. Um deles é do embaixador Rubens Ricupero sobre a importância da economia criativa. Como ex-secretário da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), ele ajudou a colocar o tema na agenda do comércio mundial. Aliás, Ricupero é mais um exemplo de professores antenados com o mercado: passou por importantes cargos na diplomacia brasileira e internacional e, agora, dá aula em São Paulo. Uma de suas idéias, que começa a sair do papel neste semestre, é um curso de economia criativa na Faap.
10/10/2008

GESTÃO - Mais para os melhores

Fonte: EXAME

Porto Alegre mostra que funcionário público pode — aliás, deve — perseguir metas e ser recompensado quando consegue atingi-las.
Em junho deste ano, 15 funcionários da prefeitura de Porto Alegre passaram duas semanas nos Estados Unidos. Não, esta não é mais uma daquelas histórias escandalosas de servidores públicos que fazem turismo à custa do contribuinte. Nesse caso, servidores, todos concursados, participaram de um treinamento na escola de negócios da Universidade George Washington, na capital americana, uma referência mundial na área de gestão pública. Durante o curso, os alunos assistiram a quase uma dezena de palestras sobre questões como o impacto da globalização no setor público e o funcionamento de parcerias público-privadas. Também visitaram várias instituições, entre elas o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial, onde aprenderam como esses organismos funcionam e o tipo de financiamento que oferecem a governos de todo o mundo. A experiência teve um sabor especial para os participantes: o do reconhecimento, algo raríssimo no ambiente do funcionalismo. “Sou concursada há 19 anos e nunca tinha feito um curso fora do país”, afirma Viviane Maria Loss, pedagoga de 44 anos e primeira colocada na seleção dos funcionários premiados com a viagem a Washington. “Além do aprendizado, não dá para negar o orgulho de sermos reconhecidos pelo nosso trabalho.”
A experiência da prefeitura de Porto Alegre merece destaque justamente por se basear no conceito de meritocracia, prática quase inexistente nos órgãos de governo brasileiros. Viviane e os outros 14 servidores que participaram do curso nos Estados Unidos formam uma espécie de tropa de elite da capital gaúcha. Eles foram os primeiros colocados entre 131 inscritos no Sistema de Reconhecimento e Capacitação, competição criada pela prefeitura no início do ano com o objetivo de capacitar funcionários com cargo de chefia. Os que tiveram melhor avaliação foram premiados com o curso de duas semanas em Washington, e os 20 seguintes foram a Brasília para participar de um congresso de três dias sobre gestão pública. “Foi uma satisfação receber esse grupo, por saber como e por que essas pessoas chegaram aqui”, diz James Ferrer, diretor do centro para assuntos latino-americanos da Universidade George Washington. “Sabíamos que o curso era um prêmio dado a pessoas avaliadas com base em critérios objetivos, não por serem parentes ou afilhadas de algum político.”
De fato, o grupo passou por uma maratona de provas. Os 131 foram avaliados em três fases. Primeiro, pelo desempenho obtido em um curso de gestão de projetos elaborado pela prefeitura em parceria com entidades e escolas do setor privado: o Movimento Brasil Competitivo, o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade e a Escola Superior de Propaganda e Marketing. A avaliação também considerou o desempenho das áreas em que cada um trabalha. Por fim, todos foram entrevistados por auditores de consultorias privadas especializadas em gestão. Nessa fase, os auditores testaram não apenas se os funcionários tinham conhecimentos de gestão mas também se os aplicavam no dia-a-dia. “Um dos grandes méritos desse sistema de avaliação foi a transparência em todas as fases do processo”, afirma Luiz Pierry, presidente do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade. A maneira de aumentar a transparência foi encontrada na parceria com as três entidades independentes, que participaram desde a definição de quem poderia entrar na competição até a forma de dar nota aos concorrentes. Uma das regras estabelecidas foi que só profissionais concursados pudessem participar. “O objetivo é que o conhecimento adquirido nos treinamentos permaneça na prefeitura, o que não aconteceria se profissionais comissionados participassem, pois eles vão embora quando o prefeito muda”, diz Pierry.
O Sistema de Reconhecimento e Capacitação de Porto Alegre faz parte de um programa mais amplo, que começou a ser implantado em 2005, de modernização da administração municipal. A descrição das transformações e a maneira como elas foram realizadas até agora são, no mínimo, surpreendentes. “Pelo menos os conceitos e as tecnologias de gestão estão afinados com o que há de melhor nas empresas privadas”, diz Carlos Arruda, professor da escola de negócios Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte. O primeiro passo das mudanças foi a definição de três grandes objetivos para nortear os quatro anos de mandato do atual prefeito José Fogaça. São eles: garantir o equilíbrio das contas públicas, promover a inclusão social e fazer isso tudo buscando a sustentabilidade ambiental. A partir daí, foram estabelecidos 21 programas estratégicos como meio de alcançar os objetivos — todos geridos por funcionários de carreira. Esses 21 programas, por sua vez, desdobraram-se em mais de 470 ações de trabalho, atreladas a metas e indicadores. Em suma, foi criado um mapa estratégico, implantado por meio do que se chama balanced scorecard, metodologia de gestão de estratégia elaborada pelos americanos David Norton e Robert Kaplan e utilizada por muitas das maiores empresas globais.

Aos vencedores, o reconhecimento
Para promover a melhoria dos serviços à população, a prefeitura de Porto Alegre está inserindo o conceito de meritocracia entre os funcionários públicos municipais
O desafio
No primeiro semestre deste ano, foi lançada uma espécie de competição entre os servidores que ocupam postos de chefia em 21 programas municipais considerados estratégicos
A avaliação
Os 131 servidores inscritos participaram de um curso de gestão e fizeram entrevistas e provas. Além disso, foi avaliado seu desempenho à frente dos programas que administram
Quem avaliou
Uma comissão externa, formada por representantes do Movimento Brasil Competitivo, do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade e da faculdade ESPM
Os prêmios
Os 15 primeiros colocados ganharam um curso de duas semanas na Universidade George Washington, e os 20 seguintes participaram de um congresso de gestão pública em Brasília
Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre
A adoção do sistema de mapa estratégico pela prefeitura tem um valor adicional: o aumento da transparência que essa metodologia de trabalho exige. Um dos elementos-chave é a divulgação do mapa para que ele possa ser acompanhado por todos os envolvidos no trabalho — no caso de Porto Alegre, o mapa está publicado no portal da prefeitura na internet, aberto a qualquer pessoa. As avaliações regulares, também obrigatórias, são fundamentais para a elevação da transparência. A evolução do mapa estratégico é acompanhada mensalmente, com notas dos resultados de cada programa. Fora isso, a cada três meses os gerentes dos projetos e os secretários municipais prestam contas ao prefeito, às instituições e aos empresários que participaram da elaboração e do financiamento do novo modelo de gestão. “Com esse tipo de exposição, não dá para um secretário não se envolver com o batente e ficar apenas fazendo política”, afirma Pierry.

Entre os resultados mais visíveis da mudança administrativa está a virada das contas de Porto Alegre, que saiu de um déficit de 81 milhões de reais em 2004 e mantém superávit financeiro há três anos, sem aumentar impostos. Com isso, a prefeitura se habilitou a pedir empréstimos estrangeiros, como um financiamento de 83 milhões de dólares do Banco Interamericano de Desenvolvimento, destinado a ampliar o tratamento de esgoto na cidade. “Nesse caso, o eixo financeiro tornou possível a melhoria ambiental e de qualidade de vida”, diz Clóvis Magalhães, secretário de gestão e acompanhamento estratégico.

Um resultado que só será computado no próximo ano é o aumento do número de salas de aula com equipamentos para ensino de crianças surdas, cegas ou com deficiência mental. Em agosto, o Ministério da Educação aprovou recursos para a criação de mais dez salas desse tipo em 2009. A conquista foi resultado do curso realizado na Universidade George Washington. “Durante a visita ao BID, descobri que o programa do MEC destinado a aumentar a inclusão de crianças com deficiência é patrocinado pelo banco”, afirma Viviane Loss, líder da ação responsável pela ampliação do atendimento escolar a estudantes com necessidades especiais. Assim que chegou ao Brasil, Viviane entrou em contato com o ministério e, após algumas ligações, recebeu a resposta de que teria recursos para cinco novas salas. Ela não se satisfez: “Eu sabia que poderia reivindicar mais devido às características da cidade e do nosso programa”. Após novas negociações, Viviane recebeu a aprovação para o dobro de salas.
É claro que Porto Alegre não é um modelo acabado de gestão pública, e os próprios servidores reconhecem isso. “Ainda temos muito a fazer e nem sabemos se vamos continuar nos mesmos cargos quando a prefeitura mudar”, afirma Júlio Abrantes, gerente do programa Gestão Total, responsável pela colocação em prática das mudanças de gestão. “Mas a experiência que adquirimos ao trabalhar no novo modelo torna mais difícil um retrocesso na prefeitura.” O que dá para afirmar, por enquanto, é que a cidade começou a trilhar o caminho da modernidade da gestão pública — uma das batalhas mais prementes que o Brasil terá de travar para ocupar um lugar no mundo desenvolvido.
10/10/2008

BUSINESS - Vida mais longa aos novos negócios.

Fonte: News Amanhã

Brasil aparece na nona colocação entre os maiores empreendedores do mundo, segundo pesquisa de instituições estrangeiras.
Que os brasileiros são empreendedores, já é um fato notório, comprovado recentemente pela pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada pela London Business School e pelo Babson College (EUA), na qual o país aparece como o nono maior empreendedor do mundo. A novidade registrada nos últimos anos é o grande aumento da taxa de sobrevivência dos negócios abertos no país, antes "calcanhar de Aquiles" do ciclo de renovação econômica.

De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, entre 2003 e 2005, chegava a 78% o índice das novas empresas que continuavam existindo depois de cinco anos de vida. Na pesquisa anterior, entre os anos de 2000 e 2002, a taxa de sobrevivência era bem menor: 50,6%. Mas o que mudou nesse período? "Nos últimos anos, o empresário tem procurado se informar mais e se qualificar melhor para gerir os negócios", diz José Carlos Braga, consultor de projetos in company e gerente da filial sul da Integração Escola de Negócios.

"Muitas vezes, as pessoas têm o ímpeto de abrir um negócio próprio, mas não sabem o caminho. Com preparação adequada, tudo fica mais fácil." Ele destaca, também, a criatividade de quem procura alternativas de renda imediata, mesmo que seja na economia informal. "Em todos os setores, percebemos o interesse pela informação, para que se possa fazer negócios de forma planejada." O perfil empreendedor, segundo ele, não é importante somente para os gestores de negócios, mas faz diferença em todos os níveis da empresa. "A gestão de talentos, assim como a adaptação rápida a mudanças, são importantes para o sucesso dos negócios."
10/10/2008

09 outubro 2008

ECONOMIA - John Williamson e a busca pelo capitalismo civilizado

Fonte: News Amanhã




O formulador do Consenso de Washington admite que a crise pode fortalecer os defensores do intervencionismo estatal. Mas alerta: o sistema mais eficiente ainda é o capitalismo europeu – que desperta a cobiça, porém distribui renda.

Em 1989, no embalo da queda do Muro de Berlim, algumas das instituições financeiras mais importantes do mundo se reuniram em Washington e formularam um conjunto de medidas liberalizantes para – em tese – acelerar o desenvolvimento dos países emergentes. O receituário ficou conhecido como “Consenso de Washington”, de acordo com a síntese elaborada pelo economista inglês John Williamson. Hoje, 20 anos depois, o Consenso é visto por muitos críticos como o receituário que definiu os contornos do “neoliberalismo”, que prega o Estado Mínimo e a desregulamentação da economia. Como fica esse ideário ante a crise que abala o mundo das finanças, atualmente? Os ideais neoliberais estão condenados? O mundo está próximo de sofrer uma guinada regulatória para evitar um novo desmoronamento dos mercados? Para responder essas e outras perguntas, AMANHÃ procurou o próprio John Williamson, nos Estados Unidos. O formulador do Consenso de Washington esclarece que é a favor de um “capitalismo civilizado” e que nunca defendeu o fundamentalismo de mercado, como fazem crer os críticos de suas idéias. Confira a íntegra da conversa:


O que mudou no mundo, tal como se apresenta agora, ante aquela realidade de 20 anos atrás, quando o senhor formulou a expressão "Consenso de Washington"? A grande mudança é o reconhecimento da importância das instituições. Esta questão pouco apareceu no consenso original, porque não estava em discussão naquela época. Aliás, eu pensava que o "market fundamentalism" (fundamentalismo de mercado) já tivesse morrido com o fim do governo Reagan. Não imaginava que pudesse voltar, como aconteceu no governo de George W. Bush. O Consenso não celebrou as idéias de Reagan - apenas discutiu o que sobreviveu das idéias dele, após o seu governo.

Como assim? Reagan começou com várias idéias que, hoje, estão descritas como neoliberais: a defesa do Estado Mínimo, a visão de que a maneira de restaurar a disciplina fiscal deve ser o corte das despesas do governo, uma taxa de câmbio flutuando livremente, a eliminação de controle de câmbio, as privatizações, etc. O governo de Bush (pai) tinha abandonado a maioria desses ideais. O que eu incorporei no Consenso foram só aquelas idéias que sobreviveram, como privatização.

Que evidências o senhor vê de que o fundamentalismo de mercado ressurgiu no governo de George Bush?Principalmente, o fato de que Bush não mostrou nenhum interesse na distribuição de renda - o que está demonstrado por sua decisão de cortar impostos em benefício, em primeiro lugar, de gente que já havia ganhado muito. Em segundo lugar, o fundamentalismo de mercado se evidencia pelo viés de interpretar desregulamentação como a simples eliminação de regulamentos de todo tipo...

A intervenção do governo americano em grandes instituições financeiras abrirá precedente para uma maior participação do Estado na economia dos Estados Unidos? Duvido. Intervenções podem acontecer, mas como medidas isoladas. Os princípios de uma economia de mercado são preponderantes nos Estados Unidos. E entre estes princípios está o reconhecimento de que, às vezes, uma empresa está fadada a fracassar porque uma outra competidora se tornou mais eficiente que ela, e a longo prazo todo mundo se beneficiará caso a velha companhia não seja salva.


Essa crise deverá gerar um aumento da regulação dos fluxos de capitais? Quais restrições deverão surgir a partir de agora? Não acredito que a crise levará a um controle regular dos fluxos de capitais. Mas acho que pelo menos ela poderá diminuir a pressão que vinha existindo no sentido de que os fluxos de capitais devessem ser liberados rapidamente.

Nas crises anteriores, que tinham como origem os países emergentes, os capitais buscavam proteção nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos. Desta vez, serão os países emergentes que se beneficiarão com a atração de capitais em busca de novas e mais sólidas oportunidades?Duvido outra vez. Os capitalistas vão se sentir desconfortáveis em todo o lugar - nos Estados Unidos, é claro, mas também nos países emergentes.


Quais serão as conseqüências desta crise sobre a credibilidade das convicções liberais? Os defensores de uma intervenção mais forte do Estado sobre os mercados ganham argumentos com a atual crise?Infelizmente, é bem provável que os defensores de uma intervenção forte do Estado venham a ganhar mais influência. Embora seja difícil argumentar neste momento, eu ainda acho que o sistema preferível é o "capitalismo civilizado", como em geral ocorre na Europa


O que caracteriza o modelo europeu como um "capitalismo civilizado"? Com a ressalva de que há diferenças entre os vários países, em geral o modelo europeu favorece a utilização do capitalismo na produção e, assim, viabiliza a exploração do interesse próprio, ou "greed" (ambição, gula), em vez de combatê-lo, recorrendo a impostos mais altos para operar uma grande redistribuição de renda.


Caminhamos para um novo modelo, um novo consenso, na sua opinião? Ou estamos ingressando numa nova era de disputa ideológica e ausência de acordos?Sou muito cético sobre a emergência de um novo consenso. O ano de 1989 foi muito especial, até porque havia um clima mais favorável ao consenso naquele momento. Hoje, porém, está bem claro que eu exagerei no grau de consenso. Parece que nós vamos debater permanentemente, inclusive sobre assuntos que deveriam ser objeto de entendimento. Acho que o Consenso de Washington, tal como eu o descrevi em 1989, ainda é relevante, mas eu gostaria de adicionar, hoje, o fortalecimento das instituições - e não simplesmente das políticas.


Na sua avaliação, que importância terão os países emergentes, como Brasil e China, nos fóruns mundiais de debate sobre soluções para a normalização dos mercados? Os países emergentes são cada vez mais importantes, mas ainda num sentido negativo. Ou seja, eles têm a habilidade de vetar soluções, mas não de criar novos caminhos de acordo.

Na medida em que os países emergentes tiverem mais peso nas instituições multilaterais, pode-se esperar que eles se tornem mais propositivos para a criação de novos consensos?Espero que sim, mas não ficarei surpreso se for necessário esperar o resto da minha vida para ver isso acontecer!


O termo "Consenso de Washington" acabou sendo utilizado de maneira incorreta, na sua avaliação? O termo vem sendo utilizado de várias maneiras. Eu gostaria que todo mundo comecasse a usá-lo da mesma maneira que eu. Mas já reconheci, há muito tempo, que isso nao vai acontecer e que é necessário aceitar usos diferentes.


09/10/2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Mesmo com crise, governo diz que quer ampliar financiamento imobiliário.

Fonte: UOL

O Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, declarou que o governo pretende ampliar o financiamento imobiliário no País, mesmo em meio à crise financeira internacional.
Segundo Bernardo, o financiamento habitacional no Brasil estaria crescendo de forma saudável, sustentável e seria completamente diferente do sistema norte-americano, onde a crise iniciou-se.“
O mercado imobiliário brasileiro não tem nenhum tipo de problema (...) os bancos brasileiros têm muita capacidade de investir e financiar, além de existir demanda”, disse, conforme publicado pela Agência Brasil.
O ministro falou, também, que ainda há muita gente que não pode financiar um imóvel, e que apenas seria preciso compatibilizar os juros, as prestações e condições de financiamento com a renda da população.
Financiamento
De acordo com o explicado por Bernardo, o foco maior dos financiamentos brasileiros está nos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), que têm regras próprias para a concessão de créditos para a aquisição de imóveis.
Em São Paulo, no oitavo mês do ano, segundo pesquisa divulgada pelo Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), 43,86% dos imóveis foram comprados por meio de financiamentos.
A CEF (Caixa Econômica Federal) atingiu, em agosto, 28,07% das vendas, sendo a principal instituição de financiamento. As demais instituições ficaram com participação de 15,79%.
09/10/2008

CONSUMO - Consumidor brasileiro se mostra fiel às marcas.

Fonte: Propmark

Pesquisa do Ibope Mídia também revela que mulheres são as que mais consomem
O brasileiro é um consumidor fiel às marcas, segundo a pesquisa Consumidor do Século XXI, realizada pelo Ibope Mídia. Dos entrevistados, 72% afirmaram que não trocam as marcas que confiam por outras. A personalidade forte é outra característica do brasileiro: apenas 15% é influenciado pela presença de celebridades em campanhas publicitárias. “A experiência individual do consumo e qualidade são fundamentais. Ele conhece e exige seus direitos. O que realmente diferencia este consumidor é a sua atitude”, afirma Juliana Sawaia, gerente de marketing do Ibope Mídia e uma das responsáveis pelo estudo.
As ações posicionadas em pontos-de-venda também aparecem como um fator importante e muitas vezes decisivo na hora da compra, principalmente no que se refere a roupas (38%), alimentos (36%) e celulares (35%). Mas o ‘boca-a-boca’ ainda é o meio mais procurado pelos consumidores no momento de adquirir um produto: 34% dizem que conversam bastante com muitas pessoas diferentes sobre produtos de interesse antes de efetuarem a compra e 34% concordaram que é bastante provável que consigam convencer outras pessoas a respeito de determinados produtos com suas opiniões.
O hábito de ir às compras cresceu 12% nos últimos quatro anos no País. Em 2002, os brasileiros que iam às compras com freqüência mínima de 30 dias somavam 60% da população. Atualmente, este montante chega a 67%, ou seja, 35 milhões de brasileiros saem às compras periodicamente. E os maiores compradores são mulheres (71%) entre 25 e 34 anos da classe AB (77%). E Belo Horizonte (MG) é a cidade onde as pessoas mais fazem compras (71%) e Fortaleza aparece como a cidade brasileira com a menor incidência de compras no período dos últimos 30 dias (63%).
08/10/2008

MARKETING - Novo produto? Pergunte aos shapers.

Fonte: News Amanhã

As empresas precisam ficar de olho nos consumidores que experimentam de tudo nos supermercados: os future shapers

Eles são capazes de antecipar como será a receptividade dos produtos. Movidos pela curiosidade genuína e seguindo tendências de consumo, se informam e se envolvem pessoalmente com as marcas antes de se tornarem fiéis a elas. E, uma vez "aprovadas", têm disposição de espalhar aos quatros ventos as novidades que encontra nas gôndolas.

Uma pesquisa feita no Brasil detectou que a maior parte dos future shapers são mulheres (68%) e solteiros (62%). Karina Milaré, diretora de planejamento de consumo da consultoria paulista TNS InterScience, afirma que as companhias devem procurar por esse tipo de consumidor, e não pelos clientes comuns, no momento de testar novos produtos e serviços. É que o consumidor comum, muitas vezes, não está preparado para entender o espírito das novidades.

"Algumas boas idéias acabam engavetadas porque as empresas e agências de publicidade não descobriram o público certo para fazer a pesquisa de um novo produto", aponta. No Brasil, ainda há poucas empresas que se baseiam nos shapers para fazer pesquisas sobre o consumo - entre elas está a Ajinomoto. Ao redor do mundo, um caso notável de experiência com consumidores mais antenados é a Unilever.
08/10/2008

INOVAÇÃO - Cabine 'cornofônica' faz sucesso em bar de SP.

Fonte: G1
Ela tem opções que simulam barulho de trânsito, aviões, tiros e até gemidos. Foi criada para 'salvar' clientes que não querem revelar que estão em um bar.

Cabine instalada em bar simula sons para despistar o real paradeiro dos clientes (Foto: Carolina Iskandarian/G1) Tarde da noite. Preocupada, a mulher liga para saber o paradeiro do marido. Ele atende o telefone e, ao fundo, barulho de carros, buzina, avião, tiroteio e até gemidos. Na verdade, o homem está em um bar, mas corre para a cabine cornofônica, onde pode falar 'tranqüilamente' e acionar os ruídos para disfarçar e tentar enganar a esposa ou namorada. A cabine, também usada pelas clientes, foi montada em um estabelecimento nos Jardins, área nobre de São Paulo, e vem atraindo curiosos.

A idéia foi do proprietário do Boteco Brasil, Leopoldo Buosanti Neto, de 40 anos. 'Eu via o pessoal saindo desesperado até a rua para atender o celular porque não queria que a mulher descobrisse que ele estava em um bar', explicou. O empresário jura que a invenção tem feito sucesso até mesmo entre as mulheres. 'A opção que mais usam é do (barulho) trânsito'.

Para chamar a atenção, a cabine cornofônica é vermelha, lembra as de telefone usadas na Inglaterra e fica logo na entrada do bar, inaugurado em 1964. Para o consultor Leonardo de Andrade, 23, não tem como não enganar a companheira. 'A mulher acredita. Se eu não avisasse minha namorada de que estou aqui, ia dizer que estava em Cumbica, indo para Manaus. Ela ia ficar maluca', brincou ele.

Para isso, Andrade apertaria o botão 'aeroporto', em que uma voz simula as que anunciam vôos pelo alto-falante. 'Eu nunca vi isso em lugar nenhum. É a cara do brasileiro. É zoeira', disse. Se escolhesse a opção 'chute o balde', gemidos intensos de mulher poderiam ser ouvidos.

09/10/2008

06 outubro 2008

COMUNICAÇÃO - PHOTO BIKES

Fonte: Revista PIX

A campanha “Comece a usar roxo” lançada pelo Yahoo gringo tem a proposta de encontrar meios inovadores e bacanas para celebrar a excentricidade da vida. Vinte bicicletas foram customizadas com painéis solares e celulares com câmera a prova d’água instalados no guidão para compor “Pedais Roxos”, uma das ações da campanha.

As câmeras da “ybike” foram programadas pra tirar fotos a cada 60 segundos, que são automaticamente publicadas no Flickr de cada uma das 20 bikes. O resultado é uma galeria de fotos incrível, que retrata a vida urbana de cidades como Nova Iorque e Copenhague:

YBike COPENHAGUE- Flickr

Saiba mais sobre a campanha aqui

03/10/2008


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