29 outubro 2010

CRIATIVIDADE - Como uma pequena livraria sai da crise com ajuda da internet?


A Broadway Books, em Portland, estava prestes a fechar as portas, vítima da crise econômica americana. Até que o Twitter e a blogosfera surgiram em seu socorro, provando que as novas tecnologias podem, sim, resgatar velhos modelos de negócio

Robbie McClaran
Encontro de gerações | Roberta Dyer contou com a ajuda do filho, Aaron Durand, e do seu blog para impedir o fechamento da livraria Broadway Books

Em janeiro de 2009, a crise econômica mostrava sua face mais opressiva. Por toda parte, o que se via eram negócios fechando as portas e funcionários antigos perdendo seus empregos. Era um fim de tarde quando parei na livraria do meu bairro em Portland, estado de Oregon, para pegar alguns livros que minha mulher precisava para um curso. Eu era o único cliente. O silêncio parecia assustador. "Como vão as coisas?", perguntei à proprietária, Roberta Dyer, enquanto ela recebia o meu pagamento. Eu era um cliente habitual da Broadway Books havia mais de uma década, mas há meses não entrava na loja. Roberta fez uma pausa antes de responder, e imaginei o pior. "Nosso ano foi péssimo", admitiu. "Mas, em dezembro, aconteceu um milagre."


Há 17 anos, Roberta enfrentava com coragem o desafio de manter a loja aberta, mesmo diante da concorrência das franquias e das livrarias on-line. Nunca pensei nela como alguém que acreditasse em milagres. Por isso, ao ouvir sua resposta, imaginei que ela ainda estivesse abalada pelos fatos do ano anterior. Qualquer que fosse o golpe de sorte que havia salvado a livraria - uma herança de família, uma doação de um cliente ou outro fato inesperado - , o mais provável era que ainda estivesse muito emocionada para pensar claramente.
Eu estava enganado. A história que ela me contou a seguir era absolutamente surpreendente. Não é todo dia que as novas tecnologias, consideradas as destruidoras das antigas tradições, colaboram para manter de pé dois pilares da velha cultura - os livros e a tradicional loja de bairro, comandada pelo dono. Mas não era só isso. O que eu ouvi de Roberta Dyer era uma história sobre uma mãe e um filho que se conectaram, apesar de sua diferença de gerações; sobre blogs, burritos e tempestades de neve; e sobre o poder de resistência quase místico das pequenas empresas locais. Só o cético mais insensível não chamaria aquilo de milagre.
Tudo começou na manhã de 8 de dezembro de 2008, durante a temporada de compras de fim de ano, quando a Broadway Books normalmente alcança 25% de suas vendas anuais. Sentada atrás do balcão de sua livraria vazia, cercada de pilhas de livros não vendidos, Roberta percebeu que o seu faturamento estava prestes a desabar. Ela havia aberto a livraria em 1992, depois de passar duas décadas trabalhando para uma loja de departamentos. Quando eu me mudei para o bairro, no ano seguinte, a Broadway Books já estava estabelecida. Era pra lá que os moradores do bairro se dirigiam quando queriam encontrar um bom livro.
Foi assim até setembro do ano passado. Mas aí tudo mudou. "Comecei a ver um olhar triste nas pessoas", lembra Roberta. "Era como se elas tivessem perdido a fé nas coisas mais básicas. Ninguém comprava mais nada nas lojas do bairro." Os meses de outubro e novembro foram igualmente sombrios. Diante dos maus resultados do início de dezembro, Roberta começou a perder a fé: talvez fosse mesmo hora de fechar as portas. Antes de tomar qualquer decisão, porém, decidiu ligar para o filho. Precisava dizer a ele que não encontrara aquele livro de música encomendado havia alguns meses. Mas, acima de tudo, precisava ouvir a voz do único filho. Aaron Durand, de 28 anos, estava em seu trabalho, numa empresa de calçados Birkenstock USA em Novato, na Califórnia, quando recebeu a ligação.
"Não consegui aquele livro para você", disse ela. "Tudo bem", respondeu o filho. "Não tenho pressa." Ela insistiu. "Você não entendeu, eu não posso te ajudar. Meus distribuidores não trabalham com essa editora. Você vai ter de entrar on-line, fuçar um pouco e encomendar o livro." Estranhando o tom desanimado da mãe, Aaron perguntou: "Está tudo bem com você?". Ela disse apenas: "Sinto muito, filho, não posso te ajudar". Encafifado, Aaron mandou um e-mail para o pai. "O que está acontecendo com a mamãe?" Foi David Durand quem deu a notícia ao filho: a Broadway Books ia fechar suas portas.
Aaron ficou atônito. Ele tinha 12 anos quando sua mãe abriu a loja. Roberta era tão dedicada à livraria que a família costumava dizer que ela era sua filha. Perdê-la seria um golpe terrível. Sem pensar, Aaron abriu o laptop, entrou em sua página no Twitter e começou a digitar: "Se você estiver em Portland, pode me fazer um favor? Compre um livro na Broadway Books. Não, espere, compre 3...". Ele costumava entrar no Twitter para contar aos amigos que música estava escutando ou falar sobre minigolfe. Mas, naquele momento, as palavras vieram com mais força. Aaron teve uma inspiração, e completou: "...e eu lhe pagarei um burrito na próxima vez que for à cidade", digitou.
Durand e seus amigos usavam burritos (o famoso prato mexicano) como um código. Era mais simpático dizer: "Eu te pago um burrito", do que: "Eu te devo 5 dólares". Ele não sabia por que havia associado os burritos às dificuldades de sua mãe, mas gostou do resultado final. Depois, decidiu que seu blog, chamado Everydaydude, também precisava entrar nessa batalha. O site recebia pouco mais de 20 acessos por mês, mas ainda era a melhor ferramenta que ele tinha à disposição. Naquele dia, escreveu: "A loucura que é a nossa situação econômica não estava me incomodando. O dono da empresa onde eu trabalho havia dito que não ia demitir ninguém. Não tenho ações, nem sequer sei como comprá-las. Vivo um dia de cada vez e gosto que seja assim. Então, foi preciso levar um tapa na cara para acordar. Isso aconteceu comigo ontem, e eu despertei."
Aaron continuou digitando, contando a história da mãe e explicando a importância da Broadway Books, tanto para a comunidade de Portland quanto para Roberta. Contou como havia descoberto que a loja estava em dificuldade. Confessou que quase havia chorado, mas disse que o desespero havia sido substituído pela raiva, e finalmente por uma decisão. "Então, vai ser assim. Vou estar em Portland de 15 a 19 de janeiro de 2009. Encontrem-me no Cha Cha Cha, no dia 16 de janeiro, às seis da tarde. Se você tiver um recibo da Broadway Books de mais de US$ 50, eu te pagarei um burrito. Passe isto adiante. Ganhe um burrito grátis! Apoie as empresas locais! Saia da internet!" Aaron fez uma pausa. Ele não era um escritor, mas sabia que seu texto precisava de um final atraente. "As dificuldades econômicas vão desaparecer. Se você acha isso impossível, tente ver as coisas com mais otimismo. Essa é uma virtude que aprendi com a minha mãe."
Depois de postar a mensagem, Aaron voltou ao Twitter a fim de colocar um link para o seu texto no blog. Seu raciocínio era simples: mesmo que apenas algumas pessoas comprassem na livraria, pelo menos seria um reforço psicológico para sua mãe. Ao entrar no Twitter, viu que sua mensagem havia sido retransmitida por um amigo de Portland. Depois disso, outros amigos "retwitaram" o texto. No total, a mensagem foi repassada 30 vezes.

JOGADA DE MESTRE
A PROMESSA...
No dia 10 de dezembro, Aaron Durand prometeu pagar um burrito a todas as pessoas que comparecessem ao restaurante Cha Cha Cha, em Portland, no dia 16 de janeiro, com um recibo da livraria Broadway Books de mais de US$ 50

A COBRANÇA...
No dia 16 de janeiro, diante de uma equipe de televisão local, Aaron e sua mãe pagaram 80 burritos e o restaurante bancou mais 40 para todos que compareceram. Algumas pessoas, porém, fizeram questão de pagar a própria conta

Nos três dias seguintes, o Everydaydude recebeu três vezes mais visitantes do que o total dos dois meses anteriores. Amigos contaram a Aaron que haviam recebido e-mails de estranhos com um link para o seu blog. Nos escritórios da Nike e da Adidas em Portland, o texto de Aaron foi parar no e-mail de alguns funcionários, que o retransmitiram para toda a empresa. Na agência de publicidade Wieden+Kennedy, em Portland, Jeff Selis, um antigo cliente da Broadway Books, recebeu um e-mail com um link para o blog de Aaron. Selis repassou a mensagem para toda a empresa. Em resumo: o pedido sincero de Aaron havia se tornado viral. Quem não estava colocando nenhuma fé nessa história era sua mãe. "Eu não sabia se era a favor daquilo tudo", diz Roberta. "Fiquei comovida com a atitude do meu filho, mas estava muito abalada com a situação da loja."
Um dia depois da publicação do texto no blog, a Broadway Books teve 12 vendas a mais que na mesma data no ano anterior. O crescimento se manteve nos cinco dias seguintes. Em vez dos clientes habituais da loja, geralmente de meia-idade, os novos clientes tinham 20 ou 30 anos: eram jovens desenhistas de calçados da Nike e da Adidas; pessoas que usavam gorros, fones de ouvido, bicicletas. Todas compraram pelo menos três ou quatro livros - ou seja, estavam atendendo ao apelo de Aaron. Roberta assistia àquilo tudo com surpresa e gratidão, mas não tinha esperança de que as coisas fossem realmente mudar. Assim que a neve chegar, pensou, os clientes vão desaparecer de novo. A primeira tempestade de neve do ano aconteceu na segunda-feira, 15 de dezembro. O ar adquiriu um tom cinza, um vento ártico soprou e o gelo quebrou galhos de árvores e derrubou cabos de eletricidade. Ao ver as ruas cobertas de neve, Roberta teve certeza de que a festa havia acabado. Mal sabia ela que estava apenas começando.

OS TWEETS QUE SALVARAM A LIVRARIA

Se você estiver em Portland, pode me fazer um favor? Compre um livro na Broadway Books. Não, espere, compre três e eu lhe pagarei um burrito
10:42 AM, Dec 10th, 2008 from web

Apoie a sua livraria local. Em Portland, isso significa Broadway Books
12:54 PM Dec 10th, 2008 from web

@betsywhim Uau! Muito obrigado. As respostas que tive para esse post foram muitas e incríveis. Nunca esperei tudo isso
7:45 PM Dec 11th, 2008 from web in reply to portlandmercury

Leia no meu blog: A loucura que é a nossa atual situação econômica… http://tinyurl.com/5vs5oz
7:18 AM December 12th, 2008 from web

"Eu pensei que meus amigos leriam o blog e comprariam alguns livros. Não imaginava essa reação"
Aaron Durand, filho de Roberta Dyer, dona da Broadway Books

Em busca de histórias com clima de Natal, a mídia de Portland decidiu apostar na história emocionante que envolvia livros, blogs e burritos. Um artigo sobre a batalha quixotesca de Aaron para salvar a livraria da mãe foi publicado na edição on-line de um jornal semanal. Uma afiliada de uma rede de TV produziu uma matéria para o noticiário noturno. Enquanto isso, a neve cada vez mais alta impedia que os caminhões entregassem as encomendas da Amazon e de outras livrarias on-line. Dirigir era impossível, mas o Natal se aproximava e as pessoas precisavam comprar. Foi aí que caiu a ficha dos habitantes de Portland: por que não fazer a coisa certa e ir até a livraria do bairro?
Enquanto tudo isso acontecia, Aaron Durand, o autor da mágica, acompanhava o movimento de longe. "Fiquei surpreso com a reação das pessoas", diz. "Achei que meus amigos leriam meu blog, e talvez uns poucos comprassem alguns livros. Jamais imaginei que minha mensagem atingiria tantas pessoas." Ao fechar as contas de dezembro, Roberta percebeu que o impossível havia acontecido: ela havia vendido 7% a mais do que no ano anterior. Mais do que isso: dezembro de 2008 ficaria para a história como o melhor mês de vendas da Broadway Books de todos os tempos. "Ganhei o ano", diz Roberta. "Paguei todas as contas e ainda entrei no ano novo com folga para respirar."
Agora, só faltava Aaron cumprir o acordo que havia feito com a blogosfera e pagar um número desconhecido de burritos para todo mundo que aparecesse no Cha Cha Cha, em Portland. No dia 16 de janeiro, uma equipe de televisão compareceu ao local para registrar o grande evento. Aaron e sua mãe pagaram 80 burritos e o restaurante preparou mais 40. O comparecimento foi pequeno, mas entusiástico: eram principalmente amigos de Aaron e de seus pais. A maioria dos convidados não fez questão de comer de graça, apenas participou da festa. E a equipe de TV conseguiu sua matéria comovente para o jornal da noite.
Terminadas as férias, o filho de Roberta Dyer voltou para São Francisco, na Califórnia, e retomou seu trabalho na Birkenstock USA, em Novato. Em sua primeira manhã de volta, Aaron foi chamado ao escritório do presidente da empresa. "Pensei que ele fosse me despedir, porque eu havia gasto tempo demais no projeto da Broadway Books quando deveria estar trabalhando", diz Aaron. "Em vez disso, ele me deu parabéns e disse que tinha ficado impressionado com a maneira criativa como usei as redes sociais. Depois, me deu um aumento e me promoveu para o departamento de marketing da companhia."
Um mês depois da minha primeira visita, em fevereiro de 2009, retornei à Broadway Books. A livraria estava silenciosa. Um casal de meia-idade parou para fofocar e examinar os lançamentos, mas saiu sem comprar nada. "É assim que são as manhãs", disse-me Roberta. "Os negócios melhoram à tarde e durante o fim de semana. Domingo é nosso dia mais movimentado." Depois de uma breve pausa, ela continuou: "É claro que o que aconteceu em dezembro não salvou a livraria a longo prazo. A reação do público ao blog de Aaron foi uma coisa isolada, e só funcionou porque não foi forçada ou premeditada. Mas serviu para lembrar às pessoas a importância das lojas de bairro. Serviu para lembrar que o lugar onde você compra seus livros é importante. Por falar nisso, o que você está lendo?". Infelizmente, tudo o que havia lido nos últimos meses era a seção de esportes do jornal, respondi. "Venha comigo", ela disse, com um brilho nos olhos. "Acho que tenho uma coisinha aqui que você vai gostar."

MILAGRE NA RUA PORTLAND
A QUEDA...
Entre setembro e novembro de 2008, Roberta Dyer viu o seu negócio chegar ao fundo do poço. Com as vendas em baixa e a livraria deserta, só restava à empresária fechar a Broadway Books

O SALTO...
Depois que a livraria virou notícia na internet, os clientes voltaram com força total. Em dezembro de 2008, vendeu 7% a mais do que no mesmo mês do ano anterior. Foi o melhor mês de vendas na história da loja

26 outubro 2010

ESPORTE - Torneio para pessoas com deficiência física é promovido pela Egalitê em Porto Alegre

Por Guilherme Soares

Nos dias 11 e 12 de dezembro, no Colégio Anchieta, em Porto Alegre, ocorre o 1º Jogos da Igualdade. O objetivo do evento é fazer a integração através do esporte para portadores de deficiência física (PCDs).

São esperados cerca de 300 atletas, divididos em 12 modalidades: futebol, futsal, basquete, bocha, tênis de mesa, esgrima, goalball, vôlei, tiro, xadrez e vela. As provas de tiro serão realizadas na Asasepode e as de vela, no Iate Clube Guaíba.

É a primeira vez que um evento deste tipo será realizado em Porto Alegre. Será uma oportunidade para os paraatletas de se prepararem para os Jogos Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.


A Egalitê é uma empresa focada em Recursos Humanos Especiais, trabalha com a colocação e preparação de PCD´s no mercado de trabalho. A empresa está no mercado desde o início de 2010, quando foi selecionada para participar do projeto PRIME financiado pelo governo. A Inex Marketing presta serviço de assessoria empresarial à Egalitê e teve papel fundamental na criação da marca e do website.

Para saber mais sobre a empresa acesse o WEBSITE ou o BLOG, clicando no link da palavra. 

22 outubro 2010

INSPIRAÇÃO - A volta ao mundo em um carro elétrico

Fonte: Portal Info Abril

A volta ao mundo em um carro elétrico
O veículo da equipe da Suíça.

Começou hoje na Suíça a “The Zero Race”, uma corrida de carros elétricos que visa chamara a atenção para a sustentabilidade dando a volta ao mundo.
As quatro equipes participantes deverão percorrer 30 mil km em 80 dias com veículos produzidos por eles mesmos usando fontes de energia renováveis, como solar, eólica e geotérmica.
O evento deverá passar por 16 países e parar em cerca de 150 cidades, entre elasBruxelas, Berlim, Viena, Kiev, Moscou, Astana, Xangai, Vancouver, São Francisco, Austin e Madrid.
As equipes da Suíça, Coréia do Sul, Austrália e Alemanha tiveram liberdade para produzir os carros que desejassem - há, inclusive, uma moto. No entanto, os veículos devem atender aos seguintes critérios:

VEJA A GALERIA DO FOTOS, DE TODOS OS CARROS, NA ÍNTEGRA AQUI!!

- serem movidos a um motor elétrico
- dirigir ao menos 250km de distância a uma velocidade média de 80 km/h ou mais
- ser capaz de alcançar uma distância máxima de 500 km ao dia, com uma parada para recarga de quatro horas no almoço.
- carregar ao menos dois passageiros

Como a competição Zero Race é sobre transporte sustentável e mobilidade, os participantes serão julgados além da ordem de cruzamento da linha de chegada. Alguns dos critérios são:

-credibilidade: baseada na performance do carro, o número de quebras e reparos necessários durante a corrida
- potência e velocidade: baseado na aceleração e capacidade para terminar a corrida
- eficiência energética: baseado em análise de fabricantes e especialistas
- popularidade do carro: baseada na opinião do público
- segurança: baseada nas avaliações de engenheiros
- design: baseada em pesquisas com espectadores e o público durante a corrida.

VEJA ABAIXO A ROTA DA CORRIDA

20 outubro 2010

INTERNET - A Revolução da "Social Media"

Por Guilherme Soares

Ótimo vídeo sobre o impacto das redes sociais online na vida moderna e sobre tendências. Claro que deve ser levado em conta alguns, vamo dizer "sensacionalismos", mas mesmo assim o vídeo é muito interessante. Vale a pena.

Confira:

CONSUMO - Fácil acesso a serviços bancários gera endividamento de jovens.

Fonte: Agência Namosca

Pesquisa da Namosca aponta forte poder consumidor desta faixa etária

Nunca os jovens tiveram tanto acesso a serviços bancários e também nunca estiveram tão endividados. Estas conclusões são parte de um estudo realizado pela agência Namosca, especialista no universo jovem.
A consulta feita a estudantes de ensino superior das sete principais cidades do país mostrou que 86% possuem conta-corrente, 77,3% conta-poupança, 76,4% cartão de crédito, 84,9% cartão de débito e 62,3% cartão de lojas.
“Ao mesmo tempo em que existe mais estímulo ao consumo, existe também maior endividamento. Os jovens atribuem muita importância à diferenciação por suas posses e as empresas aproveitam isso, viabilizando um consumo intenso através da facilidade de crédito para gente cada vez mais nova”, aponta Marcos Calliari, sócio-proprietário da Namosca. “Em grande parte das categorias de bem de consumo, quanto mais cedo você conquistar seus clientes, mais chances terá de mantê-lo. É por isto que todos os grandes bancos, por exemplo, oferecem produtos específicos para universitários”, completa.

Os produtos bancários também aparecem na lista de itens que os jovens pretendem adquirir. Cerca de 10% querem um novo cartão de crédito, 7,1% pensam em conta-poupança e 6,9% desejam um cartão de loja. Já 6,4% almejam uma conta-corrente e 3,4% cartão de débito.
A forte presença de produtos financeiros entre este público viabiliza a compra de bens. A pesquisa da agência Namosca aponta que 41% desses jovens universitários das principais capitais do país têm carro. O item, aliás, foi apontado como sonho de consumo por 35,3% dos entrevistados.
A diversidade de bens possuída pelos jovens também é grande e, além de veículos como carros e motos (16%), incluem também equipamentos de lazer ou transporte como bicicleta (46%) e skate (22%). A quantidade de alguns bens também é destacada. A maior parte dos jovens tem, em média, quatro pares de tênis e seis calças jeans. Destaque para os aparelhos celulares: 96% possuem ao menos um celular e 32% mais de um.
Outros produtos que os jovens pretendem adquirir são itens de vestuário e informática: 35,1% dos jovens desejam comprar calças jeans de marcas famosos, 34,8% laptops e 28,7% pares de tênis.
Os dados foram obtidos por meio de uma pesquisa realizada pela agência Namosca com 729 estudantes das principais universidades do país nas cidades de São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador.

18 outubro 2010

CRIATIVIDADE - Propaganda "bem bolada" do remédio para dor de cabeça Anador

Por Guilherme Soares, da Inex Marketing

Muito interessante a nova campanha do Anador, para reforçar o novo posicionamento da marca que é “Ação rápida contra a dor de cabeça”, aproximando-se de um público mais jovem. Foi criado um pseudo-concorrente que se diz melhor que Anador, os capacetes Blockpain. Veja o site AQUI e o video a seguir.  



Em resposta às promessas do novo “concorrente” a Anador reafirma-se como a solução simples e confiável no alívio da dor de cabeça para que as pessoas possam manter seu ritmo: "Para dor de cabeça, não inventa. Anador!".

15 outubro 2010

VAREJO - Kaiser: Supermercado para a 3ª idade


Atenta à tendência de envelhecimento da população e as oportunidades que ela traz, a rede de supermercado Kaiser implementou uma série de inovações em suas lojas para melhorar a experiência de compra desse público. Eles não apenas criaram ferramentas para auxiliar seus compradores da 3ª idade como alteraram o design das lojas.

Carrinhos customizados: além de pegadores ergonômicos, os carrinhos possuem assentos para que o comprador possa descansar durante a compra, consequentemente ampliando o tempo potencial que o consumidor passará na loja.


Lentes de aumento foram colocadas nas gôndolas para que eles possam ler as informações. Notem que há uma área vermelha com um botão que pode ser acionado para pedir auxílio.


Ilhas mais baixas e corredores mais largos para facilitar a navegação pela loja. Além disso, toda a sinalização é simples e com tipologia grande.


Degraus para que os produtos possam ser alcançados com mais facilidade.


Ofertas de porções individuais para evitar desperdícios.
Amplo sortimento de produtos funcionais, orgânicos e dietéticos.


Marketing segmentado para o público de 3ª idade.

01 outubro 2010

MARKETING - Emoção, marketing e sustentabilidade

Fonte: Portal PEGN

O crescimento das comunidades on-line abre um espaço novo para as empresas que forem capazes de absorver a genialidade do coletivo e transformá-la em crescimento para seus negócios

Por Claudio Tieghi*

Uma marca é muito mais do que um nome e seu design. Ela representa as atitudes e as características de uma organização, construídas por meio das experiências que as pessoas têm com seus produtos e serviços. E, nos dias de hoje, essa relação passa pelas emoções que tais experiências despertam e pela capacidade de a marca abrir canais para a participação efetiva de seus públicos.

Esta é uma era caracterizada pela colaboração. Enquanto bilhões de pessoas passam a ter acesso ao mercado de consumo, a tecnologia permite a colaboração em massa. O crescimento das comunidades on-line abre um espaço novo e gigantesco para as empresas que forem capazes de absorver a genialidade do coletivo, transformá-la em inovação e crescimento para seus negócios. Nesse contexto, uma atitude ética e transparente com todos os públicos se faz necessária, principalmente nas pequenas empresas, pela proximidade que estabelecem com seus clientes no cotidiano.

Mais democrático, pois não exige cifras vultosas como as mídias tradicionais, o universo digital configura-se em uma grande oportunidade para as pequenas empresas que necessitam de formas diversificadas de exposição da marca em um contexto extremamente competitivo, dominado pelos grandes grupos, que concentram investimentos em veículos de massa.

A comunicação tradicional, como a publicidade, dá lugar a ferramentas que permitem construir uma relação baseada na colaboração, na participação e no vínculo emocional entre o negócio, seus clientes e demais públicos. Por outro lado, as pessoas buscam, cada vez mais, se identificar com as marcas que consomem. Na base dessa identificação está a ligação emocional que cada indivíduo estabelece a partir das suas experiências com a empresa. O grande desafio de uma empresa é criar experiências que tenham o poder de estabelecer conexões emocionais duradoras com seus consumidores. Permitir a colaboração se apresenta como uma alternativa poderosa para a criação de um verdadeiro vínculo emocional entre o consumidor e a marca. Quanto mais forte e positiva for esta conexão, mais adesão a empresa terá de seus públicos.

Pode parecer extremamente complexo construir e cultivar essas relações no universo digital, mas, na verdade, as empresas inteligentes estão estimulando o crescimento de comunidades on-line e atraindo cada vez mais participantes para colaborar com a construção de seus produtos e serviços. E, para isso, há alguns passos importantes a seguir:

• Ser verdadeiro, afinal os consumidores percebem a falsidade à distância.
• Envolver os clientes em decisões importantes, como o aprimoramento e o desenvolvimento de produtos ou serviços.
• Mostrar empatia: ouvir e compreender o que os públicos desejam e ser criativo para responder às suas demandas.
• Recompensar a fidelidade, fazendo alguns gestos espontâneos pelas pessoas que apoiam a sua marca.
• Assumir responsabilidades, não somente em relação aos clientes e colaboradores, mas também em relação à comunidade e ao meio ambiente, afinal, a empresa é parte desse complexo ecossistema econômico e social no qual vivemos.

Portanto, cabe ao pequeno empresário orquestrar as iniciativas que poderão abrir espaço para a participação, a colaboração e a construção de relações verdadeiras e duradoras, contribuindo assim para obter resultados sustentáveis em seus negócios.

*Claudio Tieghi é presidente da Associação Franquia Sustentável (Afras) e gerente nacional de responsabilidade social da rede de escolas de idiomasYázigi Internexus

INEX
| PORTO ALEGRE | SÃO PAULO | BRASIL
www.inexestrategia.com.br