Fonte: Portal Amanhã
Marcelo Spaziani, vice-presidente de Vendas da IBM Brasil diz que a evolução do tradicional conceito de business intelligence (BI) para business analytics (BA) permite não apenas o gerenciamento da informação, mas sua análise preditiva em uma visão em tempo real da empresa
O ritmo acelerado do mundo corporativo, impulsionado por tendências como fusões e aquisições, tem resultado em uma conscientização cada vez maior sobre a importância da informação como diferencial competitivo – e como ela pode contribuir para uma atuação ágil na tomada de decisões. Para ser mais eficaz, é preciso ter maior controle no gerenciamento e acesso aos dados de negócio.
Uma das questões mais críticas hoje é o excesso de informação. Segundo previsão do CAGR (Compound Annual Growth Rate), a base de informações no mundo dobra a cada 11 horas. E esta informação, volumosa, veloz e com formatos variados vem tanto estruturada como não estruturada (em GPSs, blogs, vídeos, podcasts e tweets etc).
Dados são úteis quando colocados nas mãos corretas e no contexto exato. A má informação pode mudar totalmente o foco de um negócio
As informações, antes acessíveis a poucos, ficaram agora disponíveis para muitos e de maneira mais rápida e desestruturada. Mas quem acha que isso facilitou a vida dos executivos se engana. Dados são úteis quando colocados nas mãos corretas e no contexto exato. A má informação pode mudar totalmente o foco de um negócio.
Hoje, as organizações precisam de respostas mais rápidas para as demandas que surgem. Hoje, muitas empresas ainda operam com pontos cegos e tomam decisões importantes sem acessar informações corretas. Segundo pesquisas feitas pela IBM Global Business Services, um em cada três líderes empresariais frequentemente decide sobre temas críticos sem ter acesso a informações adequadas.
Nesse contexto, temos que recorrer à tecnologia. E as ferramentas de análise de dados se tornam peça chave. Identificamos, por exemplo, uma evolução no tradicional conceito de BI (Business Intelligence) – que surgiu na década de 80 para revolucionar o processo de organização dos dados corporativos – para o BA (Business Analytics), que permite não apenas o gerenciamento da informação, mas sua análise preditiva em uma visão em tempo real da empresa. O BA permite a transformação de dados em informações úteis que funcionam como uma bússola para a empresa mensurar riscos e prever resultados. São tecnologias capazes de extrair o que realmente for relevante para a corporação.
Duas em cada três organizações já reconhecem essa oportunidade e começam a utilizar ferramentas analíticas, mas apenas uma em cada oito companhias está adiantada nesse processo
Uma pequena rede de supermercados, por exemplo, pode utilizar ferramentas de análise de dados para gerenciar inventário e administrar o relacionamento com fornecedores e clientes por toda a cadeia de lojas, possibilitando uma identificação mais exata dos padrões de compra dos consumidores. Já em uma empresa do setor de saúde, no qual a precisão na informação é fundamental, elas podem ser úteis para obter um acesso aos registros de pacientes, convênios e hospitais, permitindo a análise dos dados de milhares de pacientes – definindo os critérios e processos mais indicados para cada caso.
Duas em cada três organizações já reconhecem essa oportunidade e começam a utilizar ferramentas analíticas, mas apenas uma em cada oito companhias está adiantada nesse processo. No entanto, o mercado identifica uma rápida aceleração nas taxas de adoção dessas tecnologias aplicadas à otimização das empresas.
Em um mercado onde percebemos o enfraquecimento de diferenciais competitivos tradicionais, as empresas precisam buscar outras formas de se destacar
O resultado desta adoção é uma visão integrada das informações corporativas, criando um novo tipo de inteligência, capaz de agilizar o processo de tomada de decisões dentro da organização. No Brasil, o impacto dessa “nova inteligência” pode ser visto em uma variedade de segmentos, como finanças, varejo, telecomunicações e governo, nas decisões sobre áreas a serem investidas, nichos de mercado que devem ser explorados e tendências de negócios.
Em um mercado onde percebemos claramente o enfraquecimento de diferenciais competitivos tradicionais, como preço e qualidade dos produtos e serviços, as empresas precisam buscar outras formas de se destacar frente à concorrência. Deixar de tomar decisões baseadas na intuição e ter fatos relevantes e concretos é uma questão de sobrevivência. Com a informação estratégica em mãos, os líderes terão a oportunidade de transformá-la em decisões sábias que gerem progresso e sustentabilidade para os negócios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário