30 janeiro 2009

COMUNICAÇÃO - Circulação de jornais cresce 5% no Brasil

Fonte: Meio&Mensagem

Dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC) apontam aumento na circulação paga dos jornais diários do País em 2008.
Os jornais brasileiros encerraram o ano de 2008 com uma circulação 5% maior daquela registrada em 2007. Os dados foram retirados do consolidado anual divulgado pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC), entidade que audita a tiragem, distribuição e circulação das publicações a ele filiadas.
No último ano, a circulação média paga de todos os jornais do País alcançou a marca dos 4.351.400 milhões de exemplares por dia, número 5% maior do que a circulação registrada no ano de 2007, de 4.144.149 milhões de exemplares diários. O mês de maior força do meio jornal foi o de abril de 2008, quando a circulação bateu a casa dos 4.469.054 milhões de exemplares diários. A menor taxa de circulação diária foi registrada no último mês de dezembro, quando os jornais alcançaram o patamar médio de 4.217.909 milhões de exemplares pagos diariamente.
Embora tenha conseguido encerrar o exercício com um crescimento, a variação da circulação de 2008 (5%) foi bem menos expressiva do que a computada em 2007, quando a circulação média dos jornais do Brasil aumentou 11,8% em relação ao índice verificado em 2006.
A variação de circulação de jornais no País ainda é maior do que os dados relativos ao crescimento global do meio jornal. De acordo com dados da World Association of Newspapers (WAN), a circulação média de jornais em todo o planeta no ano de 2007 cresceu apenas 2,7% em relação à taxa registrada em 2006.
Títulos nacionais
De acordo com os dados do IVC referentes ao último mês de dezembro, o ranking dos títulos nacionais - em termos de circulação - ficou da seguinte forma:
1º- Folha de S.Paulo (SP) - 299.427 mil exemplares/dia
2º- O Globo (RJ) - 293.287 mil exemplares/dia
3º- Super Notícia (MG) - 282.213 mil exemplares/dia
4º- Meia Hora (RJ) - 234.253 mil exemplares/dia
5º- Extra (RJ) - 221.911 mil exemplares/dia
6º- O Estado de S.Paulo (SP) - 220.032 mil exemplares/dia
7º- Zero Hora (RS) - 187.220 mil exemplares/dia
8º- Diário Gaúcho (RS) - 167.125 mil exemplares/dia
9º- Correio do Povo (RS) - 157.543 mil exemplares/dia
10º-Lance (RJ) - 121.820 mil exemplares/dia
30/01/2009

29 janeiro 2009

SUSTENTABILIDADE - Experimento usa luz do Sol para limpar ar

Fonte: Info line


Um experimento em teste na Suíça promete transformar desertos em áreas mais capazes de tirar Co2 do ar que densas florestas.

Uma das vilãs do aquecimento global é a destruição de matas. Afinal, com menos árvores no planeta, menos vegetação transforma gás carbônico em oxigênio.
Em contraposição às florestas cheias de biodiversidade, os desertos são considerados quase que totalmente estéreis para o planeta e para o combate ao aquecimento global.
Um experimento desenvolvido pelo pesquisador Aldo Steinfeld no Instituto de Tecnologia da Suíça propõe inverter esta equação, usando desertos a favor da despoluição do planeta.
Partes de carbono por milhão
Medições em diferentes pontos da Terra indicam que nossa atmosfera possui hoje 385 partes por milhão de dióxido de carbono. Para muitos cientistas, esta já é uma proporção ruim e a concentração de moléculas de carbono estão ao menos 100 partes por milhão acima do que estava há um século. Esta proporção, aliás, tende a crescer com a crescente queima de combustível fóssil por carros, fábricas e usinas de eletricidade.
A ideia de Aldo é desenvolver máquinas que possam sequestrar carbono e devolver à atmosfera apenas ar limpo, livre das substâncias que geram o aquecimento global. Estas tecnologias, na verdade, já existem mas enfrentam um grave obstáculo: são caras e demandam muita energia.
O processo básico envolve concentrar uma grande quantidade de ar poluído num cilindro com hidróxido de sódio. Se este meio for aquecido a temperaturas superiores a 400º C, as moléculas de carbono reagem com o hidróxido de sódio e são transformadas em carbonato de cálcio. Assim, o oxigênio fica livre do gás carbônico e pode ser liberado na atmosfera. O resultado da reação são apenas resíduos não tóxicos, que podem ser enterrados.
O dilema elementar desta tecnologia é que para aquecer o ar a 400º C é preciso tanta energia que os benefícios para o planeta acabam anulados pela maior necessidade de gerar eletricidade.
A ideia de Aldo é usar energia solar para fazer esta reação e, de quebra, reciclar os resíduos transformando-os em hidróxido de sódio, substância fundamental para realizar a operação.
Deserto produtivo
Assim, um sistema com grandes parabólicas capta a energia solar e a usa para aquecer cilindros onde o ar poluído da atmosfera é concentrado. Lá dentro, o ar reage com uma solução de hidróxido de sódio e separa o oxigênio do gás carbônico.
Numa segunda fase, os resíduos da operação são submetidos a uma temperatura de 1000ºC em meio a uma solução com hidróxido de cálcio. O resultado é a conversão dos desetos em hidróxido de sódio reciclado, uma substância fundamental para alimentar a “usina de oxigênio”.
Como só funciona sob Sol forte, o experimento deveria ser instalado em desertos, propõe o professor. Isto transformaria desertos em áreas economicamente interessantes para uma futura economia de créditos de carbono.
Na opinião de Aldo, seu invento poderia se somar a outras atitudes como a adoção de energia limpa nas fábricas e o uso de combustível fóssil nos carros. Mais do que simplesmente impedir que mais gás carbônico seja lançado na atmosfera, o recurso consegue reverter os males já causados à atmosfera, retirando moléculas de CO2 dela.
Para ser efetivo, porém, o projeto precisaria ser aplicado em larga escala nos desertos do mundo. O pesquisador acha isso plenamente possível se os governos do mundo onerarem as fábricas e usinas poluentes, obrigando-as a financiar estes projetos.


29/01/2009

ECONOMIA - Brasil vai crescer 1,8% no ano, em nova projeção do FMI.

Fonte: Amanhã

Já a previsão para o crescimento do PIB mundial em 2009 foi revista, caindo de 2,2% para 0,5%.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu novamente as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) das diversas economias mundiais em relação às projeções feitas pela instituição em novembro de 2008, um mês depois de seu encontro anual. A previsão para o crescimento do PIB mundial em 2009 foi revista de 2,2% para 0,5%. A projeção para o Brasil foi cortada de um crescimento de 3% para 1,8%, mas ainda acima da alta média mundial, assim como nos relatórios anteriores do Fundo. "Estes são tempos difíceis", reconhece o diretor-adjunto do Departamento de Pesquisa do FMI, Charles Collyns.

A projeção para o crescimento do PIB do mundo neste ano "é a menor desde a 2ª Guerra", de acordo com a divulgação na revisão do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), hoje.

Para 2010, o FMI vê retomada gradual do crescimento mundial para 3%, taxa 0,8 ponto porcentual mais baixa do que a projetada no relatório anterior, mas adverte que uma recuperação sustentada só será possível com restauração do sistema financeiro e desbloqueio dos mercados de crédito. Também em 2010, o Brasil deve continuar com taxa de crescimento superior à do mundo, uma vez que o FMI prevê alta do PIB em 3,5%.

As economias avançadas estão registrando a pior recessão desde a 2ª Guerra Mundial, diz o FMI ao rever para baixo a projeção para o PIB destas economias de -0,3% para -2% em 2009. Para o ano que vem, as economias avançadas como um todo devem crescer 1,1%.

O Fundo revisou a projeção de PIB dos Estados Unidos de -0,7% para -1,6% em 2009. Para 2010, a expectativa é que o país cresça 1,6%. O PIB da zona do euro é projetado em -2% ante -0,5% em 2009. Para 2010, o número previsto é 0,2%.

A Alemanha teve a projeção reduzida de -0,8% para -2,5% em 2009. Para o ano seguinte, a projeção é de expansão do PIB de 0,1%. A previsão do PIB do Japão foi reduzida de -0,2% para -2,6% neste ano. Para 2010, a expectativa é que o país cresça 0,6%. O Reino Unido teve a projeção revista de -1,3% para -2,8% em 2009. Para o próximo ano, o FMI prevê alta do PIB de 0,2%.

Novamente, as únicas economias da América Latina com projeções abertas no WEO foram Brasil e México. Para o México, a projeção de PIB foi reduzida de 0,9% para -0,3% neste ano. Para 2010, o país deve crescer 2,1%. A estimativa para o restante da região está compreendida na previsão para o chamado Hemisfério Ocidental, cuja projeção foi rebaixada de 2,5% para 1,1% em 2009. Para 2010, o PIB é estimado em 3,0%.

Para as economias emergentes como um todo, o FMI cortou a projeção de PIB de 5,1% para 3,3% em 2009. Para 2010, o crescimento destas economia é estimado em 5,0%. A previsão para a expansão do PIB chinês foi reduzida de 8,5% para 6,7% em 2009 e é de 8,0% em 2010. A taxa de crescimento da Índia foi cortada de 6,3% para 5,1% em 2009 e é projetada em 6,5% em 2010.
Para o cálculo destas projeções, o FMI utilizou projeção do petróleo em US$ 50 por barril em 2009, abaixo da projeção anterior de US$ 68. Para 2010, o preço estimado é de US$ 60. "O risco para estas projeções é de baixa", reconhece o FMI.
29/01/2009

28 janeiro 2009

TURISMO - Turismo global pode encolher até 2% em 2009

Fonte: Amanhã

Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o fluxo de visitantes totalizou 924 milhões de pessoas ao redor do mundo em 2008.
O turismo mundial poderá encolher até 2% em 2009, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT). A organização, que tem sede em Madri, afirma que os reflexos da recessão econômica já chegaram à indústria do turismo que, no final de 2008, contabilizou um crescimento menor do que o esperado, de 2%, totalizando 924 milhões de visitantes ao redor do mundo.

No primeiro semestre do ano passado, a movimentação de turistas no mundo cresceu 5%, mas no segundo semestre caiu 1%. Segundo a OMT, a última retração anual do setor foi registrada em 2003, quando diminuiu 1,4%.

A OMT indica que a América e a Europa serão as regiões mais afetadas em termos de resultados, uma vez que esses mercados já entraram em recessão. O porta-voz da instituição, Geoffrey Lipman, tenta minimizar as previsões negativas, indicando que dentro de quatro anos o setor retomará o crescimento.

No Brasil, o mercado do turismo registrou uma arrecadação recorde em 2008, com gastos de estrangeiros no Brasil da ordem de US$ 5,78 bilhões no encerramento do ano. Em dezembro de 2008, o montante foi 12,3% maior ante o mesmo mês de 2007, quando os turistas estrangeiros deixaram US$ 469 milhões no país, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. Segundo o Ministério do Turismo, o País cresceu mais que o dobro da média mundial ao ano, calculada pela OMT em 2%.

Para 2009, ainda que as previsões sejam negativas para as Américas, o Ministério do Turismo acredita que o turismo brasileiro não sofrerá perdas. Segundo a assessoria do órgão, o País deverá registrar crescimento, mas ainda não é possível prever o porcentual. A expectativa de crescimento é feita com base na campanha de incentivo ao turismo realizada pelo governo brasileiro.
28/01/2009

COMPORTAMENTO - Ibope traça perfil dos 'heavy users' da web

Fonte: G1

Na semana passada, durante a realização do evento Campus Party, o Ibope entrevistou 600 participantes do encontro de internet em São Paulo para traçar um perfil dos heavy users (“usuários intensivos”, em tradução livre) de tecnologia no país.

De acordo com o levantamento, 90% desse público está envolvido com tecnologias colaborativas – seja como consumidores ou produtores de conteúdo. Fazem parte dessa categoria as redes sociais, os sites colaborativos como a Wikipedia, os blogs e outras páginas que permitem interação.

Dos entrevistados, 87% possuem perfil em algum site de relacionamento, 17% atualizam as informações dessas páginas pelo menos uma vez ao dia, 91% têm interesse em blogs, 31% são autores desses diários virtuais, 21% contribuem diariamente com fóruns de discussão, 38% já colaboraram pelo menos uma vez na edição de artigos “wiki” (como a Wikipedia), 87% utilizam “wikis” como fonte de informação, 24% estão no microblog Twitter e 28% são adeptos aos agregadores de notícia.

Os principais chamarizes das tecnologias colaborativas para esse público são diversão (29%), desenvolvimento profissional/vantagens financeiras (25%) e aprendizagem e educação (24%).

Consumo
Uma informação importante para o comércio é o fato de 46% dos 600 participantes da pesquisa sempre lerem comentários de outros internautas antes de fazerem compras – sejam elas on-line ou off-line. Também fica em 40% a porcentagem de internautas que sempre visitam o site do fabricante ou do fornecedor antes de uma aquisição. Cerca de 20% dos entrevistados postam opiniões sobre produtos e serviços com freqüência, enquanto 57% deles já fizeram isso pelo menos uma vez.

A categoria que lidera o ranking de sonhos de consumo dos participantes da Campus Party é a de viagens (52%). Em seguida aparecem computador/hardware (48%), automóvel (28%), máquina fotográfica digital (25%), software (23%), telefone celular (20%) e smartphones (16%).

“Embora não seja representativo do internauta brasileiro em geral, o levantamento permitirá aperfeiçoar uma metodologia de classificação de hábitos e atitudes em relação à mídia social e às motivações que levam as pessoas a criar conteúdo compartilhado, seja para diversão ou para expressar opiniões sobre marcas, produtos e até candidatos políticos”, afirmou Marcelo Coutinho, diretor de análise de mercado do Ibope Inteligência.
28/01/2009

INOVAÇÃO - A Filarmônica vai à web

Fonte: Revista EXAME

Uma das orquestras mais conceituadas do mundo, a Filarmônica de Berlim começa a transmitir seus concertos ao vivo pela internet.

Fundada em 1882, a Filarmônica de Berlim é uma das mais conceituadas orquestras do mundo. Sua fama foi catapultada nos 35 anos em que foi regida pelo maestro austríaco Herbert von Karajan, morto em 1989. Sob seu comando, a Filarmônica de Berlim colocou-se na vanguarda da popularização da música clássica. Conta-se que Karajan teve participação decisiva no formato final do CD. Segundo a lenda, a capacidade de memória dos primeiros CDs foi estendida para 74 minutos de música por exigência do maestro - só assim um disco poderia conter a Nona Sinfonia de Beethoven inteira. O maestro e sua orquestra acabaram vendendo centenas de milhões de CDs no mundo inteiro. Vinte anos após a morte de Karajan, a Filarmônica de Berlim aparenta manter sua vertente popularizadora. Desta vez, a plataforma escolhida é, claro, a internet. Em janeiro, entrou em operação a transmissão ao vivo dos concertos da orquestra. Basta ter um computador com uma conexão decente à internet para ser possível ver e ouvir em casa o que se passa na Philharmonie, sede da orquestra, no centro de Berlim. "Estamos inaugurando uma nova era não só para a música clássica mas também para a história da distribuição da música", disse a EXAME Tobias Möller, diretor da Filarmônica de Berlim e organizador do projeto.


A orquestra oferece aos interessados três pacotes básicos. O mais simples deles custa 9,90 euros (cerca de 30 reais) e dá direito a um concerto ao vivo. Por 48 horas, o interessado terá acesso ao arquivo digital da orquestra, com exibições antigas. O segundo pacote, que oferece os concertos do restante da temporada 2008-2009, sai por 89 euros, ou cerca de 270 reais. E o terceiro, que custa 149 euros (cerca de 450 reais), vale para os 30 concertos da temporada 2009-2010, que começa em agosto. As transmissões são feitas por câmeras comandadas por controle remoto. A ideia surgiu há três anos, mas só em meados do ano passado os organizadores sentiram-se confiantes na capacidade de transmitir vídeo e áudio na alta qualidade desejada - recomenda-se, inclusive, ligar o computador no aparelho de home theater. Para a apresentação de estreia, no dia 6 de janeiro, a orquestra regida pelo inglês Simon Rattle tocou a Primeira Sinfonia do compositor alemão Johannes Brahms. Foram vendidos 2 500 ingressos para espectadores via internet - 100 a mais do que a capacidade do teatro-sede da orquestra.


O projeto da Filarmônica de Berlim segue uma trilha aberta pela mais tradicional casa de ópera dos Estados Unidos, o Metropolitan de Nova York. Há pouco mais de dois anos, a instituição começou a exibir ao vivo suas apresentações em salas de cinema nos Estados Unidos. No primeiro ano, 98 salas mostraram seis produções a um público de 325 000 pessoas. Já em 2008, foram 11 espetáculos exibidos em 850 salas de 28 países, com uma plateia de 1,2 milhão de pessoas. Hoje, cada apresentação conta com um público de cerca de 100 000 pessoas nos cinemas, enquanto no próprio Met cabem apenas 3 700 espectadores. A partir do dia 1o de fevereiro, o Brasil vai entrar nesse circuito. Aqui, a exibição começará em São Paulo e no Rio de Janeiro. Mas, segundo os organizadores, as transmissões logo se estenderão a outras 20 cidades. Nos primeiros seis meses, no entanto, as apresentações serão gravadas, e não ao vivo. As sessões serão noturnas e sempre aos domingos, às segundas e às terças-feiras. A ópera que abre o projeto é La Rondine, de Puccini. "Para transmitir as óperas ao vivo, devido ao fuso, seríamos obrigados a exibi-las aqui às 14 horas de sábado, um horário ingrato", diz Fábio Lima, sócio- fundador da MovieMobz, empresa responsável pelo projeto no Brasil. Os ingressos custarão até 30% mais que uma entrada de cinema.

Direto de Berlim
Virou chavão no último século jogar pedras nos meios de comunicação de massa - responsáveis, segundo a teoria, pelo emburrecimento geral da população mundial. Iniciativas como as transmissões da Filarmônica de Berlim e do Metropolitan, porém, mostram que a realidade é, como sempre, bem mais complexa. O enorme interesse do público é uma prova de que a demanda pelas artes tidas como "de elite" é maior do que os mais pessimistas imaginavam. Nos últimos oito anos, o número de visitantes aos museus da Inglaterra quase dobrou. E a plataforma encontrada pelos maiores museus do mundo para atender a esse interesse crescente é, de novo, a internet. No início do ano, o Museu do Prado, em Madri, criou, em parceria com o Google, uma ferramenta por meio da qual é possível analisar as 15 maiores obras-primas de sua coleção - em altíssima resolução, 1 400 vezes maior do que a de uma foto digital. Estão lá, entre outras, o Jardim das Delícias, do holandês Hieronymus Bosch, e obras de Rubens e Velázquez. Outros museus devem seguir caminho semelhante. "A internet nunca vai substituir uma visita pessoal, mas a demanda por ingressos na sala de concerto é sempre maior do que podemos atender", diz Möller, da Filarmônica de Berlim. "Iniciativas como essa são uma espécie de compensação."

28/01/2009

TECNOLOGIA - Mercado brasileiro de tecnologia movimentou R$ 60,2 bilhões em 2008

Fonte: IDG Now

São Paulo - Estudo mostra que houve crescimento de 11% sobre resultados de 2007, mas que crise diminui investimentos e compras em 2009.

O mercado de tecnologia brasileiro movimentou 60,2 bilhões de reais em 2008, afirma estudo da IT Data e do Instituto Sem Fronteiras. O número revela crescimento de 11% sobre os resultados de 2007.Do total, segundo o levantamento, 49 bilhões estão relacionados a investimentos de empresas e 11,2 bilhões são relativos a compras de pessoas físicas.O mercado corporativo não sofreu o impacto da crise em seu orçamento no ano passado - pelo contrário, cresceu 10%, priorizando projetos de governança, ERP (Enterprise Resource Planning) e BI (Business Inteligence).Mas a crise afetou os investimentos para este ano. Um levantamento com 400 Chief Information Officers aponta que o orçamento para 2009 será quase o mesmo de 2008, o que interrompe cinco anos de crescimento acima de 10% no mesmo, devido ao desfavorecimento do dólar.No caso das compras de pessoas físicas, o crescimento em 2008 foi de 14% em relação a 2007, mas poderia ter ultrapassado os 20% sem a crise econômica.
28/01/2009

27 janeiro 2009

TECNOLOGIA - Mercado mundial de celulares encolherá 9% este ano

Fonte: HSM Online


O mercado mundial de celulares encolherá 9% em 2009, no primeiro declínio desde 2001, e o primeiro semestre será especialmente difícil, de acordo com a Strategy Analytics (SA).

"Esperamos que o primeiro semestre de 2009 será muito fraco, com o setor sob o efeito do duplo problema da queda de embarques depois dos meses de festas nos mercados desenvolvidos e da desaceleração da demanda durante o período do Ano Novo chinês", previu a SA nesta sexta-feira.

O grupo SA estimou vendas de 1,08 bilhão de celulares este ano, ante 1,18 bilhão em 2008. Se confirmada, será a primeira queda anual desde os 6% registrados em 2001 --única ocasião em que o mercado de celulares havia registrado um recuo desde que os aparelhos surgiram, em 1983.

A desaceleração econômica provocou no último trimestre de 2008 o mais fraco desempenho do setor desde o quarto trimestre de 2001, com 10% de queda nos embarques, para 295 milhões de unidades.

Foi a primeira ocasião em que a SA registrou queda no normalmente vigoroso trimestre final do ano, em relação ao total do terceiro trimestre.

"O varejo reduziu estoques e promoveu liquidações de produtos, em função da compressão de crédito, e os consumidores adiaram compras por medo da recessão", afirmou a empresa.


27/01/2009

26 janeiro 2009

INOVAÇÃO - Blogs vão virar jornal nos Estados Unidos

Fonte: Meio&Mensagem

Semanal e gratuito, Printed Blog reunirá as principais postagens de blogs de todo o mundo; a princípio, veículo será distribuído em Chigaco e San Francisco.
Um dos canais que mais renovou a mecânica da comunicação e da interatividade nos últimos anos, o blog será alçado a um patamar de importância ainda maior pela empresa norte-americana Printed Blog.
Defensora da idéia de que é inviável manter as imprensas tradicional e online desvinculadas, a editora deve lançar, na próxima semana, nas cidades de Chicago e San Francisco, o primeiro jornal produzido apenas por postagens de blog, fóruns e de outros canais de mantidos por usuários comuns da web.
Com o mesmo nome da editora - Printed Blog - o jornal será distribuído gratuitamente e, a princípio, em edições semanais. Entretanto, a expectativa do fundador e editor chefe do novo veículo, Joshua Karp, é de que, em pouco tempo, o jornal passe a ser distribuído duas vezes ao dia, graças ao ilimitado conteúdo de noticiário e postagens que são publicadas a todo o momento na internet.
A ousada iniciativa apóia-se, sobretudo, nas incertezas que pairam sobre o futuro da mídia impressa, principalmente no mercado dos Estados Unidos. Com um noticiário infindável disponível a um clique do mouse, os leitores estariam cada vez mais desinteressados em adquirir os jornais impressos pagos. Oferecer uma publicação gratuita que materialize a velocidade e a pluralidade de informações que circulam na internet seria uma tentativa de cativar esse novo público receptor de conteúdo.
O Printed Blog terá o formato 28cm X 43cm e abrirá espaço para anúncios publicitários de empresas e de prestadores de serviços locais. Em vez do formato tradicional, sua diagramação seguirá os padrões dos próprios blogs, incluindo até os comentários postados por leitores. O plano é que a primeira edição do novo veículo chegue as ruas já na próxima terça-feira, 27.
Com informações do The New York Times.
26/01/2009

SUSTENTABILIDADE - Harvard ataca Google

Fonte: ISTOÉ

Estudo da universidade americana diz que o maior site de buscas da internet gera emissão de poluentes e é um dos vilões do aquecimento global.

A cada toque no teclado, os computadores aumentam a emissão de gases poluentes na atmosfera da Terra agravando o maior problema ambiental que enfrentamos: o aquecimento global. Mais precisos, rápidos, eficientes, menores e imprescindíveis nos dias de hoje, muitos deles consomem uma quantidade maior de energia à medida que são aprimorados e, consequência inevitável, superaquecem e precisam ser refrigerados. Dispositivos internos e automáticos de refrigeração cumprem essa função, mas, em contrapartida, gastam ainda mais energia, formando dessa maneira um círculo vicioso que sai caro à natureza. "Nosso cotidiano está pleno de armadilhas. Procurei desarmar pelo menos uma", diz o físico Alex Wissner-Gross, da Universidade de Harvard, nos EUA. Ele coordenou, entre outros estudos, uma série de pesquisas sobre o impacto ambiental provocado pela utilização do Google, a maior ferramenta de busca da internet. Os resultados aos quais chegou explodiram na semana passada nos principais jornais do mundo: "Duas buscas no Google geram tantos gases quanto ferver água numa chaleira elétrica. Parece pouco, mas multiplique isso por 200 milhões de buscas diárias feitas em todo o planeta. O desastre é enorme e está feito", diz Wissner-Gross.



Na Universidade de Harvard ele descobriu que uma busca típica no Google em um computador de mesa (consome menos energia que um notebook) gera cerca de sete gramas de dióxido de carbono. Valendo-se de equipamentos que medem o consumo médio de energia a cada comando dado em um computador, Wissner- Gross chegou a suas conclusões. "A chaleira emite cerca de 14 gramas de dióxido de carbono, o equivalente a dois cliques para realizar uma pesquisa." O Google é um dos sites mais rápidos do mundo e é justamente nessa excelência de serviço que mora o problema: a sua eficiência e a rapidez só são possíveis porque ele utiliza diversos bancos de dados ao mesmo tempo - como aciona mais fontes simultaneamente, produz mais dióxido de carbono em relação a outros sites que lhe fazem concorrência, mas não dispõem da mesma agilidade e quantidade de informações.


Nos dias de hoje usamse computadores para tudo. No campo ambiental, por exemplo, eles são vitais a um rigoroso monitoramento de devastação das florestas. Ironicamente, porém, ele próprio atua como um predador. A empresa de consultoria Gartner Group revela que o setor é responsável por 2% de todas as emissões de dióxido de carbono na atmosfera. O estudo ainda afirma que, caso nada seja feito, essas emissões tendem a crescer na casa dos 5% ao ano. Preocupado com essas questões, o Google lançou a versão "verde" do seu site de buscas. Chamado Blackle, ele possui fundo preto e isso economiza o equivalente a 14 watts por acesso. Não é suficiente para anular a alta emissão de poluentes, mas o próprio Google dá o caminho: "Se cada um fizer a sua parte, podemos salvar o planeta."


A INTERNET E A POLUIÇÃO

26/01/2009

BUSINESS - Gerador de conhecimento

Fonte: ISTO É DINHEIRO

Siemens usa a experiência acumulada nas áreas industrial e de energia para vender consultoria aos clientes. O foco é a redução de custos.

LIÇÕES DO COTIDIANO: conhecimento obtido com a produção de turbinas (foto) e materiais de transporte é um dos grandes ativos da Siemens.

A ALEMÃ SIEMENS É uma potência que fatura US$100 bilhões por ano. O montante é obtido com a fabricação de produtos tão díspares quanto turbinas para usinas hidrelétricas, trens de alta velocidade, equipamentos médicos, lâmpadas e sistemas de vigilância remota. Desde sua fundação, em 1847, o conglomerado germânico acumulou um conhecimento fantástico nestas áreas. Tanto que resolveu usar esse ativo intelectual para desenvolver um outro negócio: a área de consultoria. No Brasil, onde as receitas líquidas da Siemens somaram R$ 4,6 bilhões em 2008, a empresa está apostando suas fichas em dois nichos específicos: manutenção e gestão eficiente de energia. Segmentos que geralmente não entram no foco estratégico dos gestores, mas que podem, em muitos casos, definir se uma operação vai ser lucrativa ou não. Especialmente em momentos de crise. "Nos últimos meses, a demanda por esses serviços cresceu cerca de 50%", diz Bruno Pereira de Abreu, consultor da área de manutenção e engenharia da Siemens. Ele administra uma carteira composta por 20 clientes de grande porte, como a petroquímica Braskem, para a qual está desenhando um projeto de eficiência energética com foco na redução das emissões dos gases que causam o efeito estufa. Ao optar em fortalecer o setor de serviços, a corporação alemã segue os passos de conglomerados com atuação global, como a IBM. A empresa americana é talvez o mais radical exemplo de migração da área produtiva para a de serviços. A IBM já foi sinônimo de mainframes e computadores pessoais, itens que viraram commodity, e hoje "vende inteligência". No caso da Siemens, o objetivo é agregar valor aos produtos por meio do capital intelectual.


Para dar conta do serviço, Abreu, da Siemens, conta com uma equipe de 15 técnicos, a maioria engenheiros. Eles fazem um completo mapeamento do sistema energético das empresas, com foco nos motores, para identificar possíveis falhas e recomendar as correções necessárias. Segundo Abreu, um dos pontos fortes da metodologia criada pela Siemens é sua capacidade de antecipar, com precisão, o ganho que será obtido ao final do processo. "Temos tanta confiança em nossa metodologia que, em muitos casos, cobramos de acordo com a economia obtida pelo cliente", destaca o executivo. Nos trabalhos realizados até agora em 16 companhias, a redução nos gastos com essa rubrica oscilou de 7% a 28%. Números, sem dúvida, expressivos quando lembramos que a "conta de luz" responde por até 15% dos custos de uma empresa. Esse, contudo não é o único filão explorado pela divisão de consultoria da Siemens.

Oportunidades de negócio também foram detectadas no segmento de manutenção de plantas industriais. Para esse nicho, a Siemens dispõe do software Maintenance Business Review, desenvolvido em 2002 e atualizado no ano passado. A manutenção é uma área crítica na qual os gastos das corporações cresceram 10%, ao ano, na última década, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Manutenção. Apenas em 2007, as empresas desembolsaram R$ 90,3 bilhões. Com a queda na demanda, a expectativa é de que, em vez de comprar novos equipamentos, as indústrias deverão apostar em extrair o máximo de seu parque atual. É aí que entra a turma de Abreu. O trabalho do consultor de engenharia da Siemens consiste em analisar o modo de operação de um cliente. As informações são comparadas com outras 160 companhias existentes no banco de dados da Siemens. A partir daí são determinados os padrões de eficiência operacional. O objetivo é eliminar as paradas não programadas de equipamentos, reduzir a ocorrência de acidentes de trabalho e até os possíveis passivos ambientais.

26/01/2009

23 janeiro 2009

ECONOMIA - Juro, nada. O inimigo é o spread

Fonte: News Amanhã

Indústrias do Sul apóiam o corte nos juros, mas esperavam mais. Paulo Tigre quer saber se o crédito vai ficar acessível na ponta. Agora, a guerra é contra o spread bancário.
As federações das indústrias do Paraná e do Rio Grande do Sul - Fiep e Fiergs - até consideram positiva a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de baixar em 1 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic) - agora em 12,75% ao ano. "O Banco Central está dando sinais de uma preocupação maior com o nível de atividade, num momento crítico para a produção e o emprego", reconhece Paulo Tigre, presidente da Fiergs. Ainda assim, Tigre entende que o BC fez apenas parte do serviço. "Será preciso reduzir os spreads para que o crédito se torne, de fato, acessível na ponta", cobra.

A questão do spread bancário - diferença entre o juro que o banco paga para captar dinheiro no mercado e o juro que ele cobra para emprestar este recurso aos tomadores de crédito - passa a ocupar o centro dos debates. O alto spread bancário praticado no Brasil (veja, logo a seguir, manifestação do ministro Guido Mantega a respeito) ajuda a entender porque uma redução ousada na taxa de juros - como a decidida na terça-feira pelo Copom - tem praticamente impacto zero no custo do dinheiro que os bancos emprestam aos brasileiros na ponta do consumo. "É importante que os spreads sejam reduzidos também, pois estão excessivos, o que pesa no custo das empresas", reivindicou o presidente do Sistema de Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Ardisson Akel.

Ainda no Paraná, o presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures, expressou desagrado com a falta de ousadia do Banco Central que, na sua opinião, teria todas as razões para cortar a Taxa Selic não em um, mas em dois pontos percentuais. "Seria a melhor sinalização de que há preocupação em evitar uma recessão no País", disse ele. Akel, seu colega da Faciap, lembra que a crise já levou países desenvolvidos a reduzir substancialmente suas taxas de juros. "O Banco Central deveria ser mais incisivo. Vamos esperar a ata do Copom para ver se a tendência será de baixa. Em março há uma oportunidade de se mexer novamente na taxa", explicou Akel, em referência à próxima reunião do Copom, marcada para os dias 10 e 11 de março.
Mantega: "patamares inadmissíveis"

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que os spreads bancários chegaram a patamares "inimagináveis, inadmissíveis" para um país que precisa de crédito para crescer. Segundo ele, recentemente houve reduções nas taxas de juros cobradas pelos bancos, mas o movimento é "insuficiente e incompatível para uma expansão dos investimentos".
23/01/2009

22 janeiro 2009

MARCA - Skol traz "Sensation" ao Brasil

Fonte: Meio&Mensagem

Evento que é já realizado em mais de 20 países chega ao Brasil; festa será realizado no dia 4 de abril, em São Paulo.

Uma experiência única, do começo ao fim. Essa é a promessa do "Skol Sensation", evento mundial que chega ao Brasil por meio de uma parceria da marca da Ambev com a Playcorp e com a produtora holandesa ID&T. O "Sensation", que nasceu na Holanda, em 2000, e hoje atravessa 22 países do mundo, é uma mistura de música, arte e sensações. Depois de cerca de um ano e meio de difíceis negociações, ele aterrisa em São Paulo, no Pavilhão do Anhembi, no dia 4 de abril deste ano, para cerca de 40 mil pessoas.

"A Skol procura sempre inovar e levar coisa diferentes e bacanas para os consumidores. E o Skol Sensation vai mostrar o que é o coração da Skol", conta Sérgio Eleutério, gerente de plataforma jovem da marca. "Nunca vi nada parecido em toda minha vida. Mudará a forma de vivenciar a noite", promete Fernando David Elimelek, diretor geral da Playcorp, um dos principais responsáveis pela vinda do evento ao Brasil, e que já acompanhou algumas das festas pelo mundo.

A idéia principal é levar ao público - detalhe: todos vestidos (obrigatoriamente) de branco, como numa grande festa de Réveillon - cerca de oito horas de apresentação de DJs, acrobacias, efeitos especiais e performances teatrais. "O evento é mais do que o line-up dos Djs. É levar essa experiência diferente a todos os presentes. E no Brasil teremos o mesmo show que é apresentado em mais de 20 países. Ele, inclusive, está vindo de navio de Melbourne", conta Duncan Stuttrheim, fundados do projeto. A ID&T, produtora responsável pelo "Sensation" no mundo todo, é uma das principais promotora de eventos da Holanda.

Com o tema "Tree of Love", uma árvore de cerca de 45 metros de diâmetro será montada em São Paulo. E o Anhembi foi o lugar escolhido por ser o único local, no País, com a possibilidade de receber o evento - por ser coberto e possuir uma altura mínima. A Playcorp será a responsável pela montagem de toda estrutura. "Esta será a primeira vez, em mais de 30 anos, que o Parque de Exposições do Anhembi receberá um espetáculo de entretenimento", conta Elimelek. "E toda a montagem será feita em menos de uma semana. Será um grande desafio para todos nós", finaliza o executivo da empresa.

A Skol aposta, num primeiro momento, na comunicação pela internet - no site brasileiro, que já estreou. "O ambiente é a grande vedete da divulgação, com músicas pela rádio Skol Sensation, vídeos, pílulas de outros eventos e downloads de ringtones", explica Eleutério. A campanha de mídia, que levará assinatura da F/Nazca, deve entrar em mídia somente após o Carnaval. Os executivos da marca afirmaram que a realização do "Sensations" não deve interferir na realização do Skol Beats, programado para o segundo semestre deste ano.

Já é sensação

"Fico muito feliz que conseguimos vir para São Paulo. É um sonho que se torna realidade, graças à Skol. Ficamos muito felizes com a parceria", explica Stuttrheim. A Playcorp é a principal responsável pela realização do evento no Brasil - mas a concretização da parceria com a ID&T só foi possível com o patrocínio da Ambev. Estão abertas cotas para co-patrocinadores e apoios para a passagem da festa por aqui.

Atualmente, o evento é realizado, por exemplo, em 13 países da Europa - Holanda, Bélgica, República Tcheca, Alemanha, Austria, Suíca, Portugal, Polônia, Lituânia, Letônia, Dinamarca e Espanha - com o patrocínio da Samsung. Na América do Sul ele também será realizado pela segunda vez em Santiago do Chile, em 14 de março, com patrocínio da operadora Entel PCS. Segundo a organização, 750 mil pessoas já conferiram as apresentações.

Ingressos

As entradas já estarão à venda a partir deste sábado, 24, pelo site da Ticketmaster e em pontos-de-venda em sete cidades diferentes. São três tipos: 36 mil ingressos de Pista, a R$ 160,00 (com meia entrada para estudante); três mil de Camarote Premium a R$ 320,00 (com acesso exclusivo, serviço de garçom, open bar de cerveja e refrigerante e lounge) e apenas mil entrada para o Camarote Diamond, a R$ 1.000,00 (que oferecerá jantar, serviço de limusine de ida e volta, open bar e deck para descanso).



21/01/2009

21 janeiro 2009

ECONOMIA - Ipea: economia pode crescer de 1% a 4% em 2009

Fonte: Portal PEGN

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê, em simulações incluídas em estudo divulgado nesta terça-feira (20) sobre a crise financeira mundial, que o grau de contaminação do Brasil pode interromper o recente ciclo de crescimento econômico e social. Com as ressalvas de que ainda não é possível traçar um quadro preciso dos efeitos da crise e de que, por isso, a simulações são feitas 'por meio de valores arbitrários', o Ipea projeta três possibilidades para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009: crescimento de 4%, ou de 2,5%, ou de 1%, informa a Agência Estado.

Segundo o estudo, não existem 'parâmetros precisos' para se medir o grau de contaminação da economia brasileira pela crise internacional e, por isso, as simulações de desempenho são 'um exercício técnico preliminar'. O Ipea está vinculado ao Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

No pior cenário traçado pelo estudo para este ano - crescimento do PIB de apenas 1% -, seriam criados 320 mil novos empregos, mas, ao mesmo tempo, o universo de desempregados aumentaria em 1,126 milhão de trabalhadores, ficando em 8,754 milhões, ou 8,6% da população economicamente ativa (PEA).

No cenário mais otimista - crescimento de 4% -, o instituto prevê que seriam criados cerca de 1,3 milhão de novos empregos, e o universo de desempregados seria ampliado em 154 mil trabalhadores, totalizando 7,782 milhões, ou 7,7%.

No cenário intermediário (2,5%), seriam criados 800 mil novas vagas, mas o número de desempregados aumentaria em 806 mil, somando 8,272 milhões, ou 8,1%.

Segundo o Ipea, esses números mostram que, em 2009, o contingente de trabalhadores empregados aumentaria, mas não o suficiente para atender ao crescimento do total de trabalhadores entrando no mercado, que poderá ser de cerca de 1,45 milhão de pessoas.

O estudo prevê ainda que a participação da renda do trabalho na renda nacional passará a ser de 49,2% no caso de um crescimento de 4% do PIB; de 48,8% no caso de 2,5%; e de 47,6% se o aumento do PIB for de apenas 1%.

Os técnicos do Ipea ressaltam que a crise internacional afeta 'de maneira mais intensa' o mercado de câmbio, com a cotação do dólar saltando de cerca R$ 1,60 para R$ 2,30 e que esse movimento, além de prejudicar os exportadores, terá efeitos sobre os preços domésticos e na inflação.

O estudo enfatiza, porém, que o impacto do câmbio no comportamento futuro da taxa de inflação 'é uma grande incógnita' e que o repasse da desvalorização cambial para os preços 'é muito duvidoso'. Observam os técnicos, porém, que a mesma queda no preço das commodities, de cerca de 40% entre agosto e outubro de 2008, 'representa um choque positivo de oferta, arrefecendo, provavelmente, as pressões inflacionárias.
20/01/2009

20 janeiro 2009

TECNOLOGIA - Configurar novo celular é dificuldade para 95% das pessoas

Fonte: IDG Now!

São Paulo - Maioria das pessoas nos EUA e no Reino Unido deixa de usar novos serviços móveis devido a dificuldades na configuração.

A complexidade de recursos e serviços dos novos celulares pode se voltar contra a indústra da mobilidade. Uma pesquisa da Mformation com 2.000 pessoas nos Estados Unidos e 2.000 pessoas do Reino Unido apontou ainda que 95% dos entrevistados experimentariam os novos serviços móveis se o uso fosse mais fácil. Já 61% disseram que configurar um celular é tão frustrante quanto mudar de conta bancária.
Em média, as pessoas disseram que gostariam que a configuração de um novo celular não levasse mais de 15 minutos, mas a tarefa geralmente leva cerca de uma hora. O resultado é que 45% dos entrevistados evitam trocar seus celulares por modelos mais novos e sofisticados.
Serviços básicos como e-mail (46%), navegar na internet (40%), instant messenger (30%) e enviar fotos (29%) estão entre os aplicativos e serviços que não funcionam assim que se troca de telefone, disseram os entrevistados. A tarefa de migrar dados e contatos do velho para o novo aparelho também foi apontada como uma das mais complicadas.
Como resultado, 61% dos entrevistados disseram que param de usar aplicativos móveis porque não conseguem resolver os problemas com eles.
Segundo a Mformation, as operadoras devem acabar com as barreiras para uso de novos serviços de dados, já que eles devem representar grande parte da sua receita no futuro.
20/01/2009

TECNOLOGIA - Entenda o que significa "blog content"

Fonte: Folha Online

Para entender melhor por que uma empresa pagaria pelo conteúdo de um blog pessoal, vale dizer que o principal motivo é que é um ótimo negócio, informa a Folha Online.

Imagine o seguinte: você tem um blog sobre um assunto que ama, como carros, e pesquisa e escreve com frequência sobre o tema. Além disso, tem uma vasta rede de contatos que lotam seus comentários, é mencionado em outros blogs e participa ativamente de comunidades. Pronto, você é popular e já tem um "ramo" na blogsfera.

Agora, se uma montadora quer fazer um blog para se aproximar do consumidor final, ela pode contratar uma agência, que vai contratar um jornalista especializado e, depois, vai divulgar o site para que ele tenha visibilidade. Que pode dar certo, ou não. Isso é chamado "blog content" e já existem até pessoas cuidando especificamente disso dentro de agências. Sim, porque é muito vantajoso: a empresa que quer fazer a ação e a agência já sabem como é o seu texto, que seu blog já tem leitores, que você tem moral na web e que já tem material para saber se quer associar a marca a você.

Além de evitar surpresas, contratar blogueiros é opção econômica. Como a maioria escreve sobre uma paixão, quando surge alguém querendo pagar pelos textos que já seriam publicados, qualquer valor parece vantajoso.
20/01/2008

COMUNICAÇÃO - H2OH! lança outdoor reciclado em Porto Alegre.

Fonte: Coletiva.net

A H2OH! inovou em sua campanha. Para chamar a atenção do público e de seus consumidores sobre a importância da reciclagem e da sustentabilidade, a marca lança os outdoors reciclados. Eles foram construídos com 3,5 mil garrafas Pets para incentivar a reciclagem de embalagens plásticas. Esta peça de mídia exterior ficará exposta até o final do mês na Avenida Cristiano Fischer, 1341, em Porto Alegre, além de outras capitais.

Na semana passada, o público viu apenas um painel verde com a imagem de uma garrafa de H2OH!, um copo com a bebida e o logo. A cada dia foi aparecendo uma letra 'escrita' apenas com garrafinhas de H2OH!. No fim de semana, surgiu a palavra "Recicle”. Todas as garrafas de H2OH! utilizadas na produção deste outdoor foram recolhidas em ações apoiadas ou patrocinadas pela marca, como, por exemplo, o ponto de coleta do Prêmio Contigo de Teatro 2008.

Para cada outdoor, foram utilizadas 700 garrafinhas de H2OH!. Os outdoors fazem parte da campanha "H2OH! Escolha um mundo mais leve", lançada pela marca recentemente, cujo foco é a sustentabilidade e o incentivo à reciclagem de uma maneira leve e divertida.
19/01/2009

CONSTRUÇÃO CIVIL - Universidade alemã cria casa feita de papel

Fonte: G1

Segundo criador, objetivo era criar uma casa prática e barata.Primeiras casas de papel devem ser construídas no Zimbábue.

Modelo da casa de papel idealizada por Gerd Niemöller em conjunto com a Universidade de Bauhaus. (Foto: Reprodução/Der Spiegel)

Em parceria com a Universidade de Bauhaus (Alemanha), Gerd Niemöller criou uma casa feita de papel. O material utilizado na construção segue o padrão usado na fabricação de aviões e outros produtos em que o peso e a resistência são fatores importantes, segundo a revista alemã "Der Spiegel".

Gerd Niemöller, um dos fundadores da empresa suíça "The Wall AG", que detém a patente do material utilizado na construção de casas de papel, disse que cada residência vai custar cerca de US$ 5 mil (R$ 11,9 mil).

"Desde o começo, nosso objetivo era criar uma casa prática, ecologicamente sustentável e, mais importante, barata para as favelas da Terra", disse Gerd Niemöller, que desenvolveu o material utilizado nas casas.

A partir do processamento do papel, Niemöller criou painéis finos, leves e fortes. Segundo seu criador, o material é um excelente isolante, além de ser flexível, o que o torna adequado para zonas de risco de terremoto. As primeiras casas de papel devem ser construídas no Zimbábue, no continente africano, com o auxílio da organização alemã "World Vision". Segundo a revista "Der Spiegel", a Nigéria também já encomendou 2,4 mil casas.

19/01/2009

19 janeiro 2009

COMUNICAÇÃO - Nestlé muda comunicação de produtos infantis

Fonte: Meio&Mensagem

Pais são novos público-alvo da comunicação publicitária e de marketing integrado dos produtos infantis da marca.
A partir deste mês, a Nestlé adota nova política de comunicação na publicidade infantil, no País. A principal mudança está no público-alvo. A marca passa a dirigir campanhas de publicidade e ações integradas de marketing apenas aos pais. Mas isso vale somente para o target de crianças de zero a seis anos. A alteração tem reflexos diretos no plano de mídia da fabricante que deixará de veicular filmes publicitários em programas infantis com esse target (com audiência mínima de 50% do público de até seis anos) e passa a privilegiar a veiculação em programas para adultos.
As agências (W/, Publicis, Mc Cann Erickson, JWT e Giovanni+DraftFCB) já foram comunicadas da mudança bem como os principais fornecedores. As campanhas publicitárias também já começaram a ser refeitas. São atingidos pela mudança produtos como Chamyto, Petit Suisse, Ninho Soleil e Nesquick. Junto com a mudança, pode crescer ainda mais o interessante da Nestlé pela fabricação e comunicação de alimentos mais saudáveis para conquistar ainda mais os pais. Em meados de 2008, foi lançado um desses produtos, o Nescau Nutri Júnior, produto enriquecido com ferro, cálcio entre outros ingredientes. Uma saia justa para os criativos no entanto, é a de conciliar os benefícios do produtos industrializado sem desestimular o consumo de produtos não industrializados pelas crianças.
O diretor de comunicação e marketing da Nestlé, Izael Sinem, acredita que a comunicação de produtos do target de 0 a 6 anos voltada totalmente para os pais não traz necessariamente impactos sobre o orçamento de publicidade e marketing da empresa. "A Nestlé tem um conjunto de meios e diversas opções para falar com o consumidor. Não necessariamente vai acarretar num desembolso maior de investimentos", afirma. Uma das opções para atrair pais de crianças de zero a seis anos, sem pesar mais o orçamento publicitário, seria investir mais na internet.
As novas normas de publicidade praticadas pela Nestlé incluem ainda regras para crianças de até 12 anos. Segundo a fabricante, a comunicação deve encorajar a moderação no consumo, hábitos alimentares saudáveis e atividade física; não deve diminuir a autoridade dos pais; não deve criar expectativas irreais; não deve criar dificuldades na diferenciação do conteúdo do programa infantil e da publicidade; não deve utilizar personagens de programas que não sejam licenciados pela marca e pode promover atividades em escolas apenas com consentimento prévio da administração da escola, entre outras regras.
A nova política da fabricante será aplicada mundialmente, após a assinatura do termo de compromisso EU-Pledge, assinado por algumas das maiores empresas de alimentação do mundo, entre elas Burger King, Genral Mills, Coca-Cola, Danone, Ferrero, Kellogg´s, Kraft, Mars, Nestlé, Pepsico e Unilever - que representam mais de 50% do mercado de publicidade na União Européia. Os termos são rígidos e voluntários com apenas dois critérios mínimos: ausência de publicidade de produtos para crianças abaixo de 12 anos em TV, mídia impressa e internet, com exceção de produtos com específica característica nutricional e comprovação científica desses benefícios e ausência de comunicação relacionada a produtos em escolas infantis, salvo se houver solicitação ou aprovação da própria escola. "O acordo demonstra como a auto-regulamentação continua a responder em tempo apropriado e de uma forma proativa às preocupações da sociedade", afirma o diretor da World Federation of Advertisers (WFA), Stephan Loerke.
"Não se trata de pressão. Pelo nível de respeito que a Nestlé tem com o consumidor, seria uma negligência fechar os olhos para o que está acontecendo no mundo. A Nestlé tem uma preocupação com qualidade de vida, bem-estar, saúde e prazer", afirma Sinem.
16/01/2009

COMPORTAMENTO - Neofrugalismo

Fonte: Revista EXAME

Em um cenário de crise econômica, recessão e gastos comedidos, uma nova tendência promete nortear o universo do consumo em 2009: o neofrugalismo.
Às vésperas do Natal, o banco Merrill Lynch, um dos mais atingidos pelo cataclismo financeiro que abalou o mundo, divulgou seu relatório anual de grandes tendências - uma tradição de fim de ano da instituição. No documento, técnicos do banco analisam os fatos mais relevantes do ano que acaba e traçam as perspectivas para o seguinte. A versão de 2008 foi batizada com o sugestivo título O Futuro Frugal (The Frugal Future) - iniciativa que poderia passar como uma pérola de cinismo, dado o histórico recente da maioria dos banqueiros de investimento. Em bases gerais, o relatório se propõe a analisar o impacto da crise no dia-a-dia dos americanos e seus desdobramentos no próximo ano. "Ao contrário do que ocorreu em episódios recessivos anteriores, testemunhamos mudanças épicas na maneira como as pessoas comuns se posicionam em relação a seus gastos e orçamentos, especialmente no que diz respeito a despesas supérfluas e dívidas", diz o economista David Rosenberg, autor de O Futuro Frugal. Segundo ele, a farra consumista dos últimos anos está definitivamente sepultada e em 2009 os consumidores valorizarão cada centavo gasto nos produtos que compram - seja num frasco de xampu, seja num aparelho de TV. "Comportamentos como gastos comedidos, poupança e até a disposição para certo sacrifício passaram a ser altamente valorizados nos últimos meses. E essa mudança não é um fenômeno episódico. Ela veio para ficar", diz Rosenberg.
Com seu relatório, o economista do Merrill Lynch tornou-se mais um entre os vários teóricos do neofrugalismo, tendência de comportamento que começou a ser observada por especialistas americanos em marketing e consumo após a crise das hipotecas podres, no fim de 2007. Com a quebra do Lehman Brothers e todo o turbilhão financeiro que se seguiu, o neofrugalismo cresceu e já começa a ganhar escala internacional - consumidores têm adotado comportamento semelhante em países europeus em recessão. "Os consumidores, mesmo em países que ainda não sofreram com a crise, como o Brasil, tornaram-se mais seletivos e passaram a buscar produtos e serviços com diferenciais tangíveis", diz o designer paulista Marcos Roismann, consultor na área de inovação. Em 2009, segundo as novas teorias de marketing, as pessoas devem passar mais tempo em casa como forma de economizar em despesas supérfluas e isso abre uma perspectiva a toda uma gama de produtos voltados para a diversão doméstica - vasta categoria que envolve de computadores que funcionam como central de entretenimento a videogames e sistemas de som digital.
As veteranas TVs de plasma e LCD, por exemplo, têm lugar de destaque nessa tendência e, da ótica do neofrugalismo, ganham status de investimento com retorno garantido. Hoje é possível comprar uma TV de LCD de 42 polegadas equipada para receber sinais de alta definição por um quarto do preço de três anos atrás. Os sucessivos aperfeiçoamentos na imagem e os novos recursos tecnológicos mantiveram as TVs de tela fina entre os objetos mais desejados pelos consumidores - seja nos Estados Unidos, seja no Brasil. Uma pesquisa da filial brasileira da Philips com consumidores das classes A e B em São Paulo e no Rio de Janeiro constatou que metade desses consumidores que ainda não têm TV de tela plana (cerca de 80% do total) pretende comprar uma nos próximos meses - com crise ou sem crise. A reboque das telonas, seguem os videogames e os aparelhos de home theater. "Com essas telas conectadas a outros aparelhos, as pessoas passam a ter uma espécie de milhagem extra do televisor, a um custo interessante", diz o consultor americano Mark Anderson, presidente da Strategic News Service, empresa de pesquisa de tendências na área de tecnologia. Parte dessa "milhagem extra" pode ser obtida, por exemplo, de programas de TV e filmes baixados gratuitamente da internet ou de games jogados por toda a família.
Exigente por definição, o consumidor neofrugal não abrirá mão de requisitos básicos, como inovação, design e simplicidade de operação, na hora de abastecer o carrinho de compras. "A preferência por produtos fáceis de usar e inovadores continuará em alta e o preço competitivo entrará como elemento extra", diz Charles Bezerra, diretor excutivo da GAD’Innovation, consultoria brasileira especializada em projetos de inovação. O produto mais cobiçado de 2008, o iPhone 3G, deve se manter como objeto de desejo global com seu design simples e apelo tecnológico - agora com a vantagem do preço, que em um ano já caiu pela metade nos Estados Unidos e deve seguir o mesmo caminho em outros países, como Brasil. No entanto, o telefone-computador-MP3 player da Apple tem agora a companhia de uma série de concorrentes com desenho e tecnologia semelhantes. Na área de computadores, 2009 deve ser marcado pelo avanço dos netbooks, aparelhos portáteis, pequenos, leves e com memória reduzida - apenas o suficiente para navegação na internet. Com preços até 30% menores que um notebook convencional no Brasil, esses computadores são a grande aposta da indústria tanto para mercados maduros como para países emergentes. Apenas em 2008, o segundo ano desse tipo de produto no mercado, foram vendidos cerca de 5 milhões de netbooks, de acordo com dados da consultoria Gartner. Em 2012, a mesma consultoria prevê que o número de netbooks vendidos chegará a 50 milhões. "Essa é a categoria de computadores que mais deve crescer nos próximos anos e isso já é um assunto fora de discussão no setor", diz Anderson, da Strategic News Service. "Todo mundo vai ter um desses netbooks. A única questão passível de dúvida vai ser a cor do computadorzinho." Crises costumam ser campos férteis para explosões de inovação. Todas as tendências valem apenas até surgirem outras. Eis uma das belezas do capitalismo.
Lazer em casa
A diversão doméstica ganha novo status em tempos de crise econômica. Uma nova geração de aparelhos como computador, TVs de alta definição e home theater forma verdadeiras centrais de entretenimento
Pequenos e econômicos
Inovação, preço competitivo e facilidade de uso tornaram-se requisitos obrigatórios dos produtos de tecnologia. É essa combinação que garante o apelo de produtos como a câmera Flip, os netbooks e os celulares derivados do iPhone, que continua em alta
Luxo sem exagero
Gastos com carros superesportivos, iates e aviões não pegam bem em momentos de crise. No entanto, o esportivo Nissan GT-R, o avião Icon A5 e a lancha Frauscher - com preços entre 77 000 e 185 000 dólares cada um - são as apostas da indústria para atrair os consumidores .
19/01/2009

15 janeiro 2009

CONSTRUÇÃO CIVIL - A onda de prédios verdes chegou definitivamente no País

Fonte: Construção Mercado

Conforme dados do Green Building Council Brasil, o número de empreendimentos registrados junto ao USGBC (U. S. Green Building Council) para a obtenção da certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) cresce exponencialmente. O movimento da construção sustentável já faz parte da agenda mundial e felizmente não há mais como desprezar esse movimento. Ou as empresas do mercado se atualizam ou vão ficar obsoletas em um futuro próximo.

Hoje no País há cerca de 70 empreendimentos registrados em vários Estados brasileiros buscando a certificação de desempenho ambiental para seus empreendimentos, com uma previsão de ultrapassar 100 empreendimentos no final do ano. E até 2010, a meta mundial é que 100 mil construções estejam em processo de certificação Leed.

Para receber a certificação, o empreendimento deve atender pré-requisitos e recomendações que avaliam o tipo de terreno, a localização, a infra-estrutura local, o uso racional de água, eficiência energética, qualidade do ar interno, reciclagem e diversas outras medidas que garantam eficiência operacional ao usuário e preservação do meio ambiente, antes, durante e após a obra. Todos esses critérios começam a impulsionar e a transformar o mercado da construção civil e têm se tornado uma importante ferramenta educacional e de comunicação com o consumidor, além de criar parâmetros de qualidade para o mercado.
Impactos e medidas
Os impactos que o mercado da construção civil gera no planeta são imensos. O setor é responsável por até 40% das emissões de CO2 diretas ou indiretas em todo o mundo; as edificações no Brasil consomem cerca de 21% de toda a água tratada, 42% da energia produzida e geram cerca de 70% dos resíduos.

A construção civil começa a demonstrar que está se adequando cada vez mais aos conceitos de sustentabilidade que estão sendo impostos em todos os setores da economia e que a cada dia passam a ser uma exigência da sociedade, principalmente da nova geração. Os mais jovens estão começando a exigir de seus fornecedores uma postura mais correta em relação ao meio ambiente, desenvolvendo um dos maiores desafios corporativos deste milênio: o consumo consciente.

Consultores, grandes construtoras de imóveis, empreendedores e incorporadores tanto comerciais quanto residenciais, fornecedores de materiais, insumos e tecnologias, estão, aos poucos, desenvolvendo expertise nessa área, em um movimento que ganhou força nos últimos cinco anos e que hoje já começa a criar uma nova demanda no mercado da construção civil no Brasil.

Além da certificação, que com certeza tem um peso importante nessa transformação, mas por si só não será capaz de resolver todos os problemas, é muito importante o desenvolvimento de iniciativas educacionais para disseminar informações sobre as melhores práticas e tecnologias sustentáveis, a fim de capacitar os envolvidos na concepção, construção, operação e manutenção das edificações e espaços construídos. Toda essa nova visão começa a demandar mais especialistas em áreas como, por exemplo, de comissionamento de sistemas de energia, profissionais especialistas em softwares de simulação energética e profissionais capacitados em consultoria para green buildings que no caso do Leed são os Leed AP's.

Além disso, é imprescindível o engajamento do governo nesse processo de transformação, por meio de incentivos, bons exemplos e políticas públicas focadas no desenvolvimento da construção sustentável. O governo, seja ele federal, estadual ou municipal, é detentor de um grande percentual das edificações construídas e também responsável por uma importante parcela das novas construções, podendo, além de praticar esses conceitos em suas construções, impulsionar o mercado para essa transformação, por meio de exemplos ou na criação de legislações que viabilizem e estimulem as novas construções ou reformas.

Um empreendimento sustentável pode reduzir em 30% o consumo de energia, 50% o consumo de água, 35% das emissões de CO2 e até 70% o descarte de resíduos. Se os clientes finais também mudarem sua postura e passarem a exigir das construtoras uma posição mais sustentável, certamente veremos um movimento muito maior do mercado nessa direção. O futuro da construção civil já tem um caminho traçado e a sustentabilidade não será apenas um modismo. As boas práticas do mercado devem ser disseminadas, assim como o maior número de informações possíveis sobre as soluções implantadas.

A construção sustentável veio para ficar, talvez um pouco tarde, mas com o engajamento de toda a sociedade, revendo nossas ações e atitudes, certamente alavancará a formação de uma nova cultura baseada na visão sistêmica preconizada pela sustentabilidade.
15/01/2009

INTERNET - Web consolida posição estratégica

Fonte: HSM Online

Com a explosão de fenômenos como YouTube, Google, redes sociais e a mania de todo mundo querer se ver na internet e buscar informação na rede, a web assumiu posição estratégica no plano de comunicação dos anunciantes e não dá mais para ficar fora dela - afinal, cerca de 65 milhões de brasileiros estão conectados à rede.
Apesar de concentrar apenas 4,5% do investimento publicitário no País (em torno de R$ 1 bilhão), a previsão é de que dentro de dois anos a mídia on-line detenha 10% do bolo, à frente de meios tradicionais como o rádio e TV paga. Na Inglaterra, a estimativa é que neste ano os investimentos em publicidade na web ultrapassem a TV aberta. O movimento é irreversível e traz um cenário de transformações na relação das marcas com o consumidor e na forma de se comunicar que mexeu com o mercado em 2008 e deve mudar mais este ano. "No ano passado, a publicidade on-line se estabeleceu como uma estratégia real de comunicação para as marcas. Ela, definitivamente, saiu do banco do carona e passou a segurar o volante das marcas junto com as outras mídias", avalia Eco Moliterno, vice-presidente de criação da Wunderman.
Outro fato relevante é que as classes C e D agora também têm acesso à internet - hoje são mais de 90 mil lan houses no Brasil. Isso significa que a web deixou de ser uma mídia que alcança apenas as classes A e B. A crise econômica também promete favorecer a publicidade on-line este ano, já que o custo é menor. "Poucos anunciantes chegaram perto de 10% de investimento em internet, mas a tendência é que aumente mais. De 2007 para 2008 houve um crescimento de 40%. Por conta da crise, talvez haja corte de budget, mas não para internet", diz Valdiney Victor Viçossi, presidente da VM2.
Experimentação
Para os especialistas, 2009 também será o ano da implantação de projetos diferenciados tanto para internet como em mobile marketing, que praticamente engatinhou no último ano. "Este ano terá um caráter de experimentação com projetos diferenciados. O mobile marketing foi pouco explorado e para este ano, promete ter novos formatos, liberação do consumidor para receber essa publicidade. A utilização da capacidade do processamento dos celulares será outra novidade", conta Luiz Fernando Vieira, sócio e diretor de mídia da Africa.
A Y&R anunciou que no último ano, os investimentos da agência em ações digitais cresceram 300%, na comparação com 2007.
Marcelo Sant'Iago, diretor geral da MídiaClick, chama a atenção para o baixo investimento, apesar da audiência elevada dos meios digitais. "Se compararmos o número de pessoas on-line e o tempo que elas passam conectadas, deveria haver mais investimento", diz Sant'Iago. "Principalmente em um País com audiência recorde e onde há mais pessoas on-line do que lendo revistas ou assinando jornais", alerta.
14/01/2009

COMUNICAÇÃO - Search marketing lidera investimentos

Fonte: HSM Online

Em 2009, o search marketing (ou links patrocinados) vai liderar os investimentos na internet, com melhorias como o refinamento da busca e novas tecnologias para identificar o comportamento de navegação do usuário. Segundo o eMarketer, está previsto um investimento de US$ 10,4 bilhões em anúncios de buscas no mundo - praticamente o dobro do que será investido em banners.
Raul Órfão, diretor geral da Tribo Interactive, ressalta que nos próximos anos as buscas devem se tornar mais pertinentes e focadas. "Há um movimento grande para oferecer às pessoas o que procuram de maneira mais rápida e conhecer melhor seus hábitos de atitudes, para que a mensagem seja mais focada", observa.
O mercado de busca é responsável, conforme Marcelo Sant'Iago, diretor geral da MídiaClick, pela retomada do crescimento da publicidade on-line no mundo todo. "Nos Estados Unidos e Inglaterra, o search marketing é maior do que a soma de todos os formatos de mídia display juntos (banner, vídeo, patrocínio, e-mail e rich media). É nos sites de busca que a batalha final pelo cliente é travada", diz Sant'Iago.
Outra expectativa do mercado é emplacar a publicidade em game. Segundo Raul Órfão, novas tecnologias para games vão proporcionar maior imersão e diversão com a marca. "Há estudos que apontam que determinados conteúdos são mais eficientes dentro de uma linguagem de game, do que na forma de um texto", fala ele.
A Tectoy, que no final do ano passado lançou o videogame Zeebo, aposta que a publicidade será uma das principais fontes de receita do novo console. "Enxergamos um potencial muito grande para advertising nesta plataforma. Vamos comercializar espaço, sim", afirmou Fernando Fischer, diretor-presidente da Tectoy.
Tendências
Independente do formato de anúncio, criar engajamento com o consumidor continuará sendo a principal estratégia para a publicidade na internet. Outra tática será a contextualização da mensagem. "É necessário conseguir engajar o usuário de tal maneira que ele fique entretido com a peça. A publicidade não pode ser intrusiva, tem de ser contextualizada, de acordo com o comportamento de navegação do usuário", diz Peter Gerzai, gerente geral da RealMedia.
De acordo com João Muniz, sócio-presidente da LOV, as ações para celular representam a maior tendência do mercado internacional e também no Brasil. "É um aparelho que acompanha as pessoas em todos os lugares. Por isso é um instrumento muito poderoso e há uma infinidade de comunicações que podem ser realizadas via celular", diz Muniz.
Mas graças à globalização da informação, o Brasil não fica atrás dos países desenvolvidos no que se refere às novas tecnologias. "Não há uma grande tendência lá fora que não tenha aqui. Mensuração, análise de dados, ROI, convergência de dados... tudo isso nós temos", diz Renato de Paula, diretor regional da OgilvyOne na América Latina e diretor geral da OgilvyOne Brasil.
QR Code
Outra ferramenta que promete fazer sucesso e tornar-se mais presente na vida dos consumidores brasileiros é o QR Code, a nova versão do código de barras no qual o consumidor manda um SMS do celular com o código impresso no anúncio e faz o download do arquivo QR Code. A partir daí, basta tirar foto do QR Code do anúncio, que o leva para o site WAP do produto/campanha. "Talvez neste ano isso [QR Code] pegue. A Ásia já se utiliza do QR Code nos PDVs, em outdoors e embalagens", comenta Renato de Paula.
14/01/2009

13 janeiro 2009

CONSTRUÇÃO CIVIL - Investimentos em imóveis devem crescer em 2009

Fonte: Portal Exame

NOVA YORK (Reuters) - Investidores estrangeiros em imóveis devem ampliar os gastos em 2009 acima do volume despendido em 2008, segundo um relatório anual que acompanha o interesse dos investidores institucionais. O Brasil foi apontado como o segundo melhor país em termos de valorização de capital, atrás dos Estados Unidos.

Tanto financiadores internacionais como investidores em ativos planejam aumentar os investimentos globalmente e nos Estados Unidos, alvo favorito, afirmaram membros da Associação de Investidores Estrangeiros em Imóveis (AFIRE, na sigla em inglês).

Os concessores de financiamento devem ampliar o investimento em 54 por cento globalmente e em 58 por cento nos Estados Unidos, enquanto investidores em ativos preveem aumentos de 40 por cento globalmente e 73 por cento nos EUA.

Os Estados Unidos têm mais apelo este ano, mesmo depois do tumulto econômico de 2008, e apesar do doloroso impacto da crise de crédito sobre os imóveis comerciais, afirmou Jim Fetgatter, presidente-executivo da AFIRE.

As vendas nos EUA de propriedades comerciais caíram 73 por cento, para 139,43 bilhões de dólares em 2008 ante 2007, segundo a empresa de pesquisa de mercado Real Capital Analytics.

Mas o apetite dos investidores por imóveis nos EUA apenas ficou mais acentuado diante dessas dificuldades porque os problemas são um fenômeno global. Os Estados Unidos continuam a maior economia do mundo e os membros da AFIRE consideram o país o mais seguro para o mercado imobiliário, disse Fetgatter.

"Se você vai ser um investidor internacional vai querer ter uma parte significativa do seu portfólio no maior mercado", acrescentou.

Por ampla margem, os consultados pela pesquisa consideram os EUA o país que fornece os investimentos em imóveis mais seguros e estáveis, com 53 por cento considerando o país como o número um nessa categoria.

Enquanto isso, cerca de 37 por cento dos membros da AFIRE consideram os EUA como o país que tem as melhores oportunidades de valorização de capital. O Brasil aparece em segundo, com 16 por cento, superando a China, que caiu para a terceira posição. O Reino Unido saltou da nona para a quarta colocação depois que os preços dos ativos do país caíram. A Índia caiu da terceira para a quinta posição.

Cerca de metade dos 200 membros da AFIRE, sediada em Washington, respondeu a 17a pesquisa anual da entidade. Os membros da associação são de 21 países e controlam cerca de 1 trilhão de dólares em imóveis, incluindo 371 bilhões de dólares nos EUA.
12/01/2009

12 janeiro 2009

TECNOLOGIA - CES: as principais novidades

Fonte: meio & mensagem

Maior feira de eletrônicos do mundo, a Consumer Eletronics Show 2009 traz as tendências para os próximos anos.
Depois da apresentação do Windows 7, novo sistema operacional da Microsoft, a Consumer Eletronics Show 2009, que está sendo realizado em Las Vegas até o próximo domingo, 11, trouxe outras novidades que demonstram as tendências de eletrônicos para os próximos anos. Confira as atrações de cada fabricante:
Lenovo: está trazendo para o mundo dos laptops a tecnologia do Nintendo Wii, já que seu novo aparelho pode ser comandado por controle remoto que tem sensor de movimento;
LG: a fabricante monstrou na feira o celular 3G embutido em um relógio de pulso, o LG Watchphone;
Motorola: trouxe ao mercado o "celular verde" Moto V223 Renew, baseado em plástico reciclado de garrafas. A novidade sustentável gasta 20% a menos de energia para ser produzida;
Palm: lançou o seu concorrente para o iPhone, o Pre, com tela sensível ao toque, suporte a redes 3G, Wi-fi e Bluetooth, além de 8Gb de armazenamento, câmera de 3 megapixels com flash e um teclado que se fica embaixo do aparelho. O aparelho será vendido somente pela operadora Sprint, nos EUA;
Samsung: a mania desta edição do CES sem dúvida foram as televisões com espessura minúscula. Pois o recorde acabou sendo atingido por esta fabricante, que mostrou um aparelho de somente 6,5 mm. A Samsung trouxe também a tela semi-transparente AMOLED, que pode ser usada em carros;
Sony: apresentou a Cyber-shot G3, primeira câmera Wi-fi com navegador embutido que, por enquanto, vale apenas para pontos da operadora AT&T nos EUA. O acesso é gratuito apenas a Sony Easy Upload Home Page (que oferece acesso a sites como Picasa e YouTube.) O seu presidente Howard Stringer disse que até 2011 90% dos produtos da empresa estarão conectados à internet. Outra novidade da Sony são os óculos que projetam imagens 3D na lente, ao mesmo tempo em que possibilitam visualizar através delas. A comercialização deve começar em alguns anos, segundo o Guardian.
Com informações de IDG Now, AP e Terra.
12/01/2009

BUSINESS - O modelo slow de produção.

Fonte: portal PEGN

Na Itália, um grupo de empresários descobriu que ser pequeno pode ser a alma do negócio.
"Não tenha pressa. Mas não perca tempo." Quando o escritor português José Saramago escreveu esta frase, provavelmente não se referia ao mundo empresarial. Mas hoje já existem empreendedores que pensam assim e têm como foco não mais o crescimento contínuo e a alta produtividade e sim a qualidade de todo o processo produtivo, das matérias-primas ao produto final. São empresas que adotam um novo modelo de trabalho inspirado na filosofia slow. Para entender como funcionam esses negócios é preciso voltar no tempo e ir até a Itália, onde tudo começou.

Em 1986, o italiano Carlo Petrini criou o Slow Food, uma associação cujo objetivo é valorizar culturalmente os alimentos e o prazer de comer bem e, desse jeito, fazer frente à dominação do fast-food. Mais do que se opor ao paradigma da velocidade, o Slow Food defende um novo conceito de qualidade, que leva em conta não apenas o sabor, mas também como e por quem o alimento foi produzido. A partir daí surgiu a definição de que um produto deve ser "bom para o consumidor, limpo para preservar o meio ambiente e justo ao respeitar os trabalhadores."

O Slow Food cresceu. Hoje são 100.000 sócios em mais de 130 países. A palavra slow ganhou autonomia e virou tendência. Do Japão à Noruega, dos Estados Unidos à Holanda, surgiram movimentos como slow città, slow design, slow home, slow money, slow manager, slow Europe, slow life. Até que a filosofia slow começou a inspirar também o modo de produzir de algumas empresas. "Hoje já existem empreendimentos que podemos definir como slow, no sentido de que têm o foco não apenas na qualidade sustentável dos produtos, mas também na qualidade dos processos produtivos", afirma Anna Meroni, professora da Faculdade de Design do Politecnico di Milano, que estuda a aproximação do conceito slow do design. Quando aplicado ao mundo empresarial, o modelo ensina que produtos de qualidade não podem ser reproduzidos ao infinito: a produção será limitada pelas matérias-primas, pelo uso de recursos naturais e pela mão-de-obra. Além do novo conceito de qualidade, a valorização dos saberes e tradições locais é outro princípio respeitado pelos empreendedores que produzem de um jeito slow.

Essas empresas encontram um crescente mercado consumidor não mais formado pelos "caçadores de pechinchas", descritos pelo economista Fritz Schumacher, no livro O Negócio é ser Pequeno, como consumidores que não estão interessados na origem dos bens ou nas condições em que foram produzidos, e sim em conseguir o máximo com seu dinheiro. "O consumidor moderno está disposto a pagar um pouco mais por um produto com uma qualidade 'holística' que contempla processo produtivo, embalagem, história, território, ambiente e ética", afirma Danielle Borra, professora de Marketing dos Produtos de Qualidade da Università degli Studi di Scienze Gastronomiche. "Ele tende a conter os consumos em termos quantitativos e a reorientá-los no sentido da qualidade, mesmo em tempos de crise."

Nos Estados Unidos, país com maior número de adeptos do Slow Food depois da Itália, os consumidores em busca de produtos saudáveis e sustentáveis já movimentam cerca de US$ 209 bilhões. Um mercado e tanto para os produtos das "empresas slow", que se diferenciam por suas qualidades e valores intangíveis. De acordo com a professora Danielle, hoje os componentes de qualidade menos tradicionais, como os éticos e os sociais, são cada vez mais vistos como fatores de competitividade. E devem ser usados para criar uma diferença de percepção dos consumidores e determinar as suas escolhas. "O que se busca em um produto de qualidade são, principalmente, componentes emotivos", afirma a estudiosa. "É preciso criar uma emoção que pode nascer de diferentes fatores, como o território de origem, a tipicidade, o respeito ao meio ambiente, o bem-estar dos animais e a ética. Tudo isso pode ser usado para comunicar o produto." É o que fazem, por exemplo, três pequenas empresas italianas, a Antica Dolceria Bonajuto, a torrefação Caffè Mokarico e a Loison Pasticceri.

COMO FAZIAM OS ASTECAS
Na rua principal da pequena cidade de Modica, no sul da Itália, funciona desde 1880 a Antica Dolceria Bonajuto, produtora de doces artesanais e chocolates feitos apenas com cacau, açúcar e especiarias, como canela e baunilha. Ali, a massa do chocolate é trabalhada por cerca de 30 minutos a uma temperatura que não passa dos 45°C, processo que permite que os cristais de açúcar não se desmanchem, garantindo uma textura diferente ao chocolate, e faz com que sejam mantidos os infinitos aromas das sementes de cacau. Chocolate como faziam os astecas, uma herança deixada em Modica pelos espanhóis, quando dominaram a Sicília. "Nós somos o exemplo de como a memória pode se tornar empresa", afirma Franco Ruta, bisneto do fundador da Dolceria, Francesco Bonajuto, e hoje responsável pelo negócio junto com o filho Pierpaolo.

Mas se em Modica o chocolate faz parte da cultura e da alimentação popular, coube a Franco e a Pierpaolo fazer um produto personalizado ultrapassar as fronteiras da cidade e até mesmo do país. Em 1992, quando o pai de Franco ficou doente e resolveu fechar as portas da Dolceria, eles decidiram assumir o negócio. "Nós somos detentores de um patrimônio culinário que não existe em outro lugar do mundo. Eu não poderia deixar isso morrer", afirma Pierpaolo.

Hoje, o seu maior mercado é a Itália, mas a Dolceria também vende para os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha e a Áustria. Apesar do bom desempenho da empresa, os Ruta sabem que, para manter a qualidade e as características particulares do seu chocolate, precisam aceitar certos limites de produtividade. Nada de grandes escalas. "Não vemos isso como uma condenação ou entrave à nossa participação no mercado. Continuamos trabalhando de forma artesanal por escolha", afirma Franco. "É muito fácil automatizar todo o processo produtivo, mas não se podem automatizar as emoções e são elas que queremos despertar nessa e nas próximas gerações. " Em 2008, a Dolceria, que conta com apenas 11 funcionários, faturou 900.000 euros e teve um crescimento de 25% nos últimos dois anos. Mas para Pierpaolo poderia ter sido menos. "Sempre digo que, antes dos números, devemos olhar as emoções. Não acordamos de manhã com o objetivo de fazer crescer o nosso faturamento, mas queremos dizer ao mundo que estamos aqui."

CAFÉ COM SEGREDO
Atrás de uma xícara de café expresso se esconde um longo processo que envolve o tipo de clima e de terreno, a colheita de grãos e o transporte de sacas, além do trabalho de agricultores e vendedores. Um processo invisível que não se percebe em um gole de café. Mas a torrefação italiana Caffè Mokarico começa a mudar essa história. "Para conseguir um espaço no disputado mercado de café decidimos apostar em uma produção correta e transparente", conta Marco Paladini, proprietário da pequena empresa onde trabalham 29 pessoas. E então vieram as certificações. Primeiro a ISO 9001 atestou a qualidade do processo produtivo, depois a ISO 14001 certificou a gestão ambiental da empresa e, por último, a respeitada SA 8000, que implica na inspeção de todo o processo produtivo - do cultivo à colheita, terminando na torra e venda. Essa última fez da Mokarico a primeira e única empresa de torrefação do mundo triplamente certificada.

"Só exibir a certificação, porém, não basta. Elas não são suficientes para fazer uma empresa crescer", diz Paladini. "O segredo está no equilíbrio entre produto e serviço, para agradar ao consumidor." É por isso que, apesar das reconhecidas qualidades éticas e ambientais, Paladini não descuida da excelência do seu produto. Medalha de ouro no concurso International Coffee Tasting 2006, na categoria café expresso, a empresa lutou pela certificação do Cappuccino Italiano e ainda mantém um centro de formação para baristas, de modo que o seu café seja sempre servido da maneira ideal. O preço do quilo do café tipo bar varia entre 17 e 22 euros na Itália, valores, de acordo com o empresário, alinhados com os cobrados pelos produtos do gênero. A torrefação faturou em 2007 cerca de 4 milhões de euros, com previsão de fechar 2008 no mesmo patamar. Hoje, além da Itália, o Caffè Mokarico é servido nos EUA, na Rússia, na Alemanha, na Dinamarca, na Grécia e na Holanda.

OS PANETONES DE 72 HORAS
Manteiga fresca, ovos de galinha caipira, farinha especial, mel e açúcar de beterraba. Mais 72 horas de trabalho e descanso. Para aromatizar, amêndoas de Avola, cascas de laranjas sicilianas, avelãs da região de Langhe. É assim, respeitando os limites do tempo e da fermentação natural que são produzidos, um a um, os panetones da Loison Pasticceri, sediada em Costabissara, no nordeste da Itália. Enquanto a empresa de Dario Loison produz cerca de 5.000 panetones por dia, uma indústria convencional fabrica até 180.000 unidades. "Como somos pequenos, jamais poderíamos competir em quantidade e preço com os grandes fabricantes, apenas com o produto e o serviço", diz Loison. "Então apostamos na criação de um panetone único, envolto em embalagens especiais, feitas à mão."

O empresário, que assumiu a empresa familiar em 1993, resolveu focar na produção de alta qualidade e na exportação. Hoje seus produtos são vendidos em mais de 30 países, entre eles, o Brasil. Além dos panetones, a pasticceri produz colombas de Páscoa e biscoitos finos. Os produtos são embalados em latas decorativas ou em caixas que combinam fitas e cores. Embrulhos preciosos desenvolvidos por Sonia, mulher de Loison. O conceito de produção, que privilegia a qualidade e não a quantidade, é comunicado aos consumidores em um libreto que acompanha cada embalagem e conta a história do produto - da origem dos ingredientes às diferentes etapas de fabricação. Mas o empresário admite que comunicar o "valor slow" e a qualidade superior dos ingredientes que utiliza não é tarefa fácil. "Só experimentando um dos nossos perfumados panetones para sentir a diferença. No nosso caso é preciso provar", afirma. Por isso, de acordo com Loison, a participação em feiras especializadas é muito importante.

A empresa fatura cerca de 5 milhões de euros por ano, 50% com vendas ao exterior. E anualmente seus panetones artesanais ganham mais e mais prêmios de excelência. Mas Loison não está sozinho nesse mercado. No país do panetone, são muitas as empresas que apostam na alta qualidade artesanal. Para conseguir destaque, a pasticceri se concentrou na escolha das matérias-primas. Além dos ingredientes de base, utiliza produtos de origem controlada e tutelados pelo Slow Food, como pistaches do Bronte, favas de baunilha mananara, de Madagascar, e tangerinas tardias de Ciaculli. Todo esse cuidado, porém, tem um preço: enquanto um panetone industrial de 1 quilo custa, em média, entre 2 e 5 euros nos supermercados, o mais simples panetone Loison é vendido, na Itália, entre 15 e 18 euros. Preços que, para o empresário, estão de acordo com a qualidade do produto. De preferência, a ser degustado bem devagar.
12/01/2009

TECNOLOGIA - Motorola lança celular "ecológico"

Fonte: Meio&Mensagem

Fabricante apresenta o W233 Renew, feito com garrafas de água descartáveis; inovação será apresentada durante toda a semana, na feira de tecnologia Consumer Electronics Show, em Las Vegas.

08/01/2009 - 09:41
Na tentativa de lucrar com o modismo dos produtos ecologicamente corretos, a Motorola apresentou, nessa última quarta-feira, 7, o seu primeiro aparelho de celular ecológico, feito com garrafas de água recicladas. A inovação será exibida durante toda essa semana na Consumer Electronics Show (CES), a maior feira de tecnologia do mundo, que acontece na cidade norte-americana de Las Vegas.O novo telefone, chamado W233 Renew, será comercializado pela T-Mobile USA, ainda neste trimestre, a princípio, somente nos Estados Unidos. A fabricante não revelou o valor de mercado do celular ecológico.A Motorola garante que o aparelho é neutro em carbono e que o seu "casco" é todo produzido com matéria-prima reciclável. Além da estrutura ecológica, a companhia garante que sua missão ambiental no W233 Renew irá um pouco mais além, com projetos de investimentos em fontes de energia renovável e em reflorestamento, a fim de compensar o dióxido de carbono usado no processo de fabricação do aparelho.
Com informações da Reuters.
08/01/2009

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