NOVA YORK (Reuters) - Investidores estrangeiros em imóveis devem ampliar os gastos em 2009 acima do volume despendido em 2008, segundo um relatório anual que acompanha o interesse dos investidores institucionais. O Brasil foi apontado como o segundo melhor país em termos de valorização de capital, atrás dos Estados Unidos.
Tanto financiadores internacionais como investidores em ativos planejam aumentar os investimentos globalmente e nos Estados Unidos, alvo favorito, afirmaram membros da Associação de Investidores Estrangeiros em Imóveis (AFIRE, na sigla em inglês).
Os concessores de financiamento devem ampliar o investimento em 54 por cento globalmente e em 58 por cento nos Estados Unidos, enquanto investidores em ativos preveem aumentos de 40 por cento globalmente e 73 por cento nos EUA.
Os Estados Unidos têm mais apelo este ano, mesmo depois do tumulto econômico de 2008, e apesar do doloroso impacto da crise de crédito sobre os imóveis comerciais, afirmou Jim Fetgatter, presidente-executivo da AFIRE.
As vendas nos EUA de propriedades comerciais caíram 73 por cento, para 139,43 bilhões de dólares em 2008 ante 2007, segundo a empresa de pesquisa de mercado Real Capital Analytics.
Mas o apetite dos investidores por imóveis nos EUA apenas ficou mais acentuado diante dessas dificuldades porque os problemas são um fenômeno global. Os Estados Unidos continuam a maior economia do mundo e os membros da AFIRE consideram o país o mais seguro para o mercado imobiliário, disse Fetgatter.
"Se você vai ser um investidor internacional vai querer ter uma parte significativa do seu portfólio no maior mercado", acrescentou.
Por ampla margem, os consultados pela pesquisa consideram os EUA o país que fornece os investimentos em imóveis mais seguros e estáveis, com 53 por cento considerando o país como o número um nessa categoria.
Enquanto isso, cerca de 37 por cento dos membros da AFIRE consideram os EUA como o país que tem as melhores oportunidades de valorização de capital. O Brasil aparece em segundo, com 16 por cento, superando a China, que caiu para a terceira posição. O Reino Unido saltou da nona para a quarta colocação depois que os preços dos ativos do país caíram. A Índia caiu da terceira para a quinta posição.
Cerca de metade dos 200 membros da AFIRE, sediada em Washington, respondeu a 17a pesquisa anual da entidade. Os membros da associação são de 21 países e controlam cerca de 1 trilhão de dólares em imóveis, incluindo 371 bilhões de dólares nos EUA.
12/01/2009
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