Com a explosão de fenômenos como YouTube, Google, redes sociais e a mania de todo mundo querer se ver na internet e buscar informação na rede, a web assumiu posição estratégica no plano de comunicação dos anunciantes e não dá mais para ficar fora dela - afinal, cerca de 65 milhões de brasileiros estão conectados à rede.
Apesar de concentrar apenas 4,5% do investimento publicitário no País (em torno de R$ 1 bilhão), a previsão é de que dentro de dois anos a mídia on-line detenha 10% do bolo, à frente de meios tradicionais como o rádio e TV paga. Na Inglaterra, a estimativa é que neste ano os investimentos em publicidade na web ultrapassem a TV aberta. O movimento é irreversível e traz um cenário de transformações na relação das marcas com o consumidor e na forma de se comunicar que mexeu com o mercado em 2008 e deve mudar mais este ano. "No ano passado, a publicidade on-line se estabeleceu como uma estratégia real de comunicação para as marcas. Ela, definitivamente, saiu do banco do carona e passou a segurar o volante das marcas junto com as outras mídias", avalia Eco Moliterno, vice-presidente de criação da Wunderman.
Outro fato relevante é que as classes C e D agora também têm acesso à internet - hoje são mais de 90 mil lan houses no Brasil. Isso significa que a web deixou de ser uma mídia que alcança apenas as classes A e B. A crise econômica também promete favorecer a publicidade on-line este ano, já que o custo é menor. "Poucos anunciantes chegaram perto de 10% de investimento em internet, mas a tendência é que aumente mais. De 2007 para 2008 houve um crescimento de 40%. Por conta da crise, talvez haja corte de budget, mas não para internet", diz Valdiney Victor Viçossi, presidente da VM2.
Experimentação
Para os especialistas, 2009 também será o ano da implantação de projetos diferenciados tanto para internet como em mobile marketing, que praticamente engatinhou no último ano. "Este ano terá um caráter de experimentação com projetos diferenciados. O mobile marketing foi pouco explorado e para este ano, promete ter novos formatos, liberação do consumidor para receber essa publicidade. A utilização da capacidade do processamento dos celulares será outra novidade", conta Luiz Fernando Vieira, sócio e diretor de mídia da Africa.
A Y&R anunciou que no último ano, os investimentos da agência em ações digitais cresceram 300%, na comparação com 2007.
Marcelo Sant'Iago, diretor geral da MídiaClick, chama a atenção para o baixo investimento, apesar da audiência elevada dos meios digitais. "Se compararmos o número de pessoas on-line e o tempo que elas passam conectadas, deveria haver mais investimento", diz Sant'Iago. "Principalmente em um País com audiência recorde e onde há mais pessoas on-line do que lendo revistas ou assinando jornais", alerta.
14/01/2009
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