12 janeiro 2009

BUSINESS - O modelo slow de produção.

Fonte: portal PEGN

Na Itália, um grupo de empresários descobriu que ser pequeno pode ser a alma do negócio.
"Não tenha pressa. Mas não perca tempo." Quando o escritor português José Saramago escreveu esta frase, provavelmente não se referia ao mundo empresarial. Mas hoje já existem empreendedores que pensam assim e têm como foco não mais o crescimento contínuo e a alta produtividade e sim a qualidade de todo o processo produtivo, das matérias-primas ao produto final. São empresas que adotam um novo modelo de trabalho inspirado na filosofia slow. Para entender como funcionam esses negócios é preciso voltar no tempo e ir até a Itália, onde tudo começou.

Em 1986, o italiano Carlo Petrini criou o Slow Food, uma associação cujo objetivo é valorizar culturalmente os alimentos e o prazer de comer bem e, desse jeito, fazer frente à dominação do fast-food. Mais do que se opor ao paradigma da velocidade, o Slow Food defende um novo conceito de qualidade, que leva em conta não apenas o sabor, mas também como e por quem o alimento foi produzido. A partir daí surgiu a definição de que um produto deve ser "bom para o consumidor, limpo para preservar o meio ambiente e justo ao respeitar os trabalhadores."

O Slow Food cresceu. Hoje são 100.000 sócios em mais de 130 países. A palavra slow ganhou autonomia e virou tendência. Do Japão à Noruega, dos Estados Unidos à Holanda, surgiram movimentos como slow città, slow design, slow home, slow money, slow manager, slow Europe, slow life. Até que a filosofia slow começou a inspirar também o modo de produzir de algumas empresas. "Hoje já existem empreendimentos que podemos definir como slow, no sentido de que têm o foco não apenas na qualidade sustentável dos produtos, mas também na qualidade dos processos produtivos", afirma Anna Meroni, professora da Faculdade de Design do Politecnico di Milano, que estuda a aproximação do conceito slow do design. Quando aplicado ao mundo empresarial, o modelo ensina que produtos de qualidade não podem ser reproduzidos ao infinito: a produção será limitada pelas matérias-primas, pelo uso de recursos naturais e pela mão-de-obra. Além do novo conceito de qualidade, a valorização dos saberes e tradições locais é outro princípio respeitado pelos empreendedores que produzem de um jeito slow.

Essas empresas encontram um crescente mercado consumidor não mais formado pelos "caçadores de pechinchas", descritos pelo economista Fritz Schumacher, no livro O Negócio é ser Pequeno, como consumidores que não estão interessados na origem dos bens ou nas condições em que foram produzidos, e sim em conseguir o máximo com seu dinheiro. "O consumidor moderno está disposto a pagar um pouco mais por um produto com uma qualidade 'holística' que contempla processo produtivo, embalagem, história, território, ambiente e ética", afirma Danielle Borra, professora de Marketing dos Produtos de Qualidade da Università degli Studi di Scienze Gastronomiche. "Ele tende a conter os consumos em termos quantitativos e a reorientá-los no sentido da qualidade, mesmo em tempos de crise."

Nos Estados Unidos, país com maior número de adeptos do Slow Food depois da Itália, os consumidores em busca de produtos saudáveis e sustentáveis já movimentam cerca de US$ 209 bilhões. Um mercado e tanto para os produtos das "empresas slow", que se diferenciam por suas qualidades e valores intangíveis. De acordo com a professora Danielle, hoje os componentes de qualidade menos tradicionais, como os éticos e os sociais, são cada vez mais vistos como fatores de competitividade. E devem ser usados para criar uma diferença de percepção dos consumidores e determinar as suas escolhas. "O que se busca em um produto de qualidade são, principalmente, componentes emotivos", afirma a estudiosa. "É preciso criar uma emoção que pode nascer de diferentes fatores, como o território de origem, a tipicidade, o respeito ao meio ambiente, o bem-estar dos animais e a ética. Tudo isso pode ser usado para comunicar o produto." É o que fazem, por exemplo, três pequenas empresas italianas, a Antica Dolceria Bonajuto, a torrefação Caffè Mokarico e a Loison Pasticceri.

COMO FAZIAM OS ASTECAS
Na rua principal da pequena cidade de Modica, no sul da Itália, funciona desde 1880 a Antica Dolceria Bonajuto, produtora de doces artesanais e chocolates feitos apenas com cacau, açúcar e especiarias, como canela e baunilha. Ali, a massa do chocolate é trabalhada por cerca de 30 minutos a uma temperatura que não passa dos 45°C, processo que permite que os cristais de açúcar não se desmanchem, garantindo uma textura diferente ao chocolate, e faz com que sejam mantidos os infinitos aromas das sementes de cacau. Chocolate como faziam os astecas, uma herança deixada em Modica pelos espanhóis, quando dominaram a Sicília. "Nós somos o exemplo de como a memória pode se tornar empresa", afirma Franco Ruta, bisneto do fundador da Dolceria, Francesco Bonajuto, e hoje responsável pelo negócio junto com o filho Pierpaolo.

Mas se em Modica o chocolate faz parte da cultura e da alimentação popular, coube a Franco e a Pierpaolo fazer um produto personalizado ultrapassar as fronteiras da cidade e até mesmo do país. Em 1992, quando o pai de Franco ficou doente e resolveu fechar as portas da Dolceria, eles decidiram assumir o negócio. "Nós somos detentores de um patrimônio culinário que não existe em outro lugar do mundo. Eu não poderia deixar isso morrer", afirma Pierpaolo.

Hoje, o seu maior mercado é a Itália, mas a Dolceria também vende para os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha e a Áustria. Apesar do bom desempenho da empresa, os Ruta sabem que, para manter a qualidade e as características particulares do seu chocolate, precisam aceitar certos limites de produtividade. Nada de grandes escalas. "Não vemos isso como uma condenação ou entrave à nossa participação no mercado. Continuamos trabalhando de forma artesanal por escolha", afirma Franco. "É muito fácil automatizar todo o processo produtivo, mas não se podem automatizar as emoções e são elas que queremos despertar nessa e nas próximas gerações. " Em 2008, a Dolceria, que conta com apenas 11 funcionários, faturou 900.000 euros e teve um crescimento de 25% nos últimos dois anos. Mas para Pierpaolo poderia ter sido menos. "Sempre digo que, antes dos números, devemos olhar as emoções. Não acordamos de manhã com o objetivo de fazer crescer o nosso faturamento, mas queremos dizer ao mundo que estamos aqui."

CAFÉ COM SEGREDO
Atrás de uma xícara de café expresso se esconde um longo processo que envolve o tipo de clima e de terreno, a colheita de grãos e o transporte de sacas, além do trabalho de agricultores e vendedores. Um processo invisível que não se percebe em um gole de café. Mas a torrefação italiana Caffè Mokarico começa a mudar essa história. "Para conseguir um espaço no disputado mercado de café decidimos apostar em uma produção correta e transparente", conta Marco Paladini, proprietário da pequena empresa onde trabalham 29 pessoas. E então vieram as certificações. Primeiro a ISO 9001 atestou a qualidade do processo produtivo, depois a ISO 14001 certificou a gestão ambiental da empresa e, por último, a respeitada SA 8000, que implica na inspeção de todo o processo produtivo - do cultivo à colheita, terminando na torra e venda. Essa última fez da Mokarico a primeira e única empresa de torrefação do mundo triplamente certificada.

"Só exibir a certificação, porém, não basta. Elas não são suficientes para fazer uma empresa crescer", diz Paladini. "O segredo está no equilíbrio entre produto e serviço, para agradar ao consumidor." É por isso que, apesar das reconhecidas qualidades éticas e ambientais, Paladini não descuida da excelência do seu produto. Medalha de ouro no concurso International Coffee Tasting 2006, na categoria café expresso, a empresa lutou pela certificação do Cappuccino Italiano e ainda mantém um centro de formação para baristas, de modo que o seu café seja sempre servido da maneira ideal. O preço do quilo do café tipo bar varia entre 17 e 22 euros na Itália, valores, de acordo com o empresário, alinhados com os cobrados pelos produtos do gênero. A torrefação faturou em 2007 cerca de 4 milhões de euros, com previsão de fechar 2008 no mesmo patamar. Hoje, além da Itália, o Caffè Mokarico é servido nos EUA, na Rússia, na Alemanha, na Dinamarca, na Grécia e na Holanda.

OS PANETONES DE 72 HORAS
Manteiga fresca, ovos de galinha caipira, farinha especial, mel e açúcar de beterraba. Mais 72 horas de trabalho e descanso. Para aromatizar, amêndoas de Avola, cascas de laranjas sicilianas, avelãs da região de Langhe. É assim, respeitando os limites do tempo e da fermentação natural que são produzidos, um a um, os panetones da Loison Pasticceri, sediada em Costabissara, no nordeste da Itália. Enquanto a empresa de Dario Loison produz cerca de 5.000 panetones por dia, uma indústria convencional fabrica até 180.000 unidades. "Como somos pequenos, jamais poderíamos competir em quantidade e preço com os grandes fabricantes, apenas com o produto e o serviço", diz Loison. "Então apostamos na criação de um panetone único, envolto em embalagens especiais, feitas à mão."

O empresário, que assumiu a empresa familiar em 1993, resolveu focar na produção de alta qualidade e na exportação. Hoje seus produtos são vendidos em mais de 30 países, entre eles, o Brasil. Além dos panetones, a pasticceri produz colombas de Páscoa e biscoitos finos. Os produtos são embalados em latas decorativas ou em caixas que combinam fitas e cores. Embrulhos preciosos desenvolvidos por Sonia, mulher de Loison. O conceito de produção, que privilegia a qualidade e não a quantidade, é comunicado aos consumidores em um libreto que acompanha cada embalagem e conta a história do produto - da origem dos ingredientes às diferentes etapas de fabricação. Mas o empresário admite que comunicar o "valor slow" e a qualidade superior dos ingredientes que utiliza não é tarefa fácil. "Só experimentando um dos nossos perfumados panetones para sentir a diferença. No nosso caso é preciso provar", afirma. Por isso, de acordo com Loison, a participação em feiras especializadas é muito importante.

A empresa fatura cerca de 5 milhões de euros por ano, 50% com vendas ao exterior. E anualmente seus panetones artesanais ganham mais e mais prêmios de excelência. Mas Loison não está sozinho nesse mercado. No país do panetone, são muitas as empresas que apostam na alta qualidade artesanal. Para conseguir destaque, a pasticceri se concentrou na escolha das matérias-primas. Além dos ingredientes de base, utiliza produtos de origem controlada e tutelados pelo Slow Food, como pistaches do Bronte, favas de baunilha mananara, de Madagascar, e tangerinas tardias de Ciaculli. Todo esse cuidado, porém, tem um preço: enquanto um panetone industrial de 1 quilo custa, em média, entre 2 e 5 euros nos supermercados, o mais simples panetone Loison é vendido, na Itália, entre 15 e 18 euros. Preços que, para o empresário, estão de acordo com a qualidade do produto. De preferência, a ser degustado bem devagar.
12/01/2009

TECNOLOGIA - Motorola lança celular "ecológico"

Fonte: Meio&Mensagem

Fabricante apresenta o W233 Renew, feito com garrafas de água descartáveis; inovação será apresentada durante toda a semana, na feira de tecnologia Consumer Electronics Show, em Las Vegas.

08/01/2009 - 09:41
Na tentativa de lucrar com o modismo dos produtos ecologicamente corretos, a Motorola apresentou, nessa última quarta-feira, 7, o seu primeiro aparelho de celular ecológico, feito com garrafas de água recicladas. A inovação será exibida durante toda essa semana na Consumer Electronics Show (CES), a maior feira de tecnologia do mundo, que acontece na cidade norte-americana de Las Vegas.O novo telefone, chamado W233 Renew, será comercializado pela T-Mobile USA, ainda neste trimestre, a princípio, somente nos Estados Unidos. A fabricante não revelou o valor de mercado do celular ecológico.A Motorola garante que o aparelho é neutro em carbono e que o seu "casco" é todo produzido com matéria-prima reciclável. Além da estrutura ecológica, a companhia garante que sua missão ambiental no W233 Renew irá um pouco mais além, com projetos de investimentos em fontes de energia renovável e em reflorestamento, a fim de compensar o dióxido de carbono usado no processo de fabricação do aparelho.
Com informações da Reuters.
08/01/2009

05 dezembro 2008

LIDERANÇA - A cultura de "apagar incêndios"

Fonte: News Amanhã

Pesquisa mostra que apenas 16% do tempo dos gestores é utilizado com atividades de liderança.
Aproximadamente 60% do tempo de trabalho dos supervisores de empresas brasileiras é gasto para resolver problemas ou para realizar tarefas administrativas. Atividades como treinamento e capacitação ocupam menos de 1% da jornada de trabalho. Essa é a constatação de uma pesquisa realizada pela consultoria Proudfoot no primeiro semestre deste ano, envolvendo mais de 100 equipes de supervisores e gerentes em todo o Brasil.

O estudo mostrou ainda que apenas 16% do tempo dos gestores é utilizado em atividades de liderança. "Esse percentual deveria ser pelo menos o dobro", analisa João Currito, presidente da Proudfoot do Brasil. "Aos gerentes não cabe resolver os problemas, mas garantir que as equipes possam resolvê-los por conta própria." Ele atribui o desequilíbrio à falta de um sistema eficaz de resolução de problemas - que incluiria, entre outras coisas, maior planejamento e acompanhamento detalhado do trabalho dos supervisores por parte da diretoria.

Mais tempo empregado em treinamento também é parte da solução para o problema. Segundo a mesma pesquisa, o ideal seria aumentar esse período de 1% para 20%. "O grande desafio das organizações é colocar a busca da eficiência como prioridade", diz Currito. "As empresas precisam desenvolver a consciência de que melhorar o desempenho interno é fundamental para sua própria permanência no mercado".
05/12/2008

03 dezembro 2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Magnata vê Brasil como melhor lugar para investir em construção

Fonte: Reuters / Exame

NEW YORK (Reuters) - Brasil, Egito, México e China continuam sendo uns dos melhores lugares para investimentos em construções imobiliárias à medida que a crise financeira se prolonga, afirmou o magnata dos bens imóveis Sam Zell, nesta terça-feira.
Estes países têm deficiência de imóveis disponíveis e de infra-estrutura que ampara investimentos estrangeiros, afirmou Zell, chairman do Equity Group Investments, em um fórum em Nova York.
O Brasil é auto-suficiente, possui uma grande reserva de profissionais qualificados e recursos ilimitados, afirmou ele. O país ainda oferece um grande mercado, acrescentou, citando o crescimento de 12 por cento dos centros comerciais do Equity Group Investments.
Em abril, Zell afirmou que a maior operadora de centros comerciais do Brasil via o crescimento de 10 por cento ao ano nas vendas no varejo.
"Se você olhar para os fatos, eu não acho que exista um ambiente melhor em todo mundo do que o Brasil", afirmou Zell. que sugeriu que o país pode superar a China economicamente em 30 anos.
Condições similares acontecem no Egito, onde "existe uma enorme quantidade de falta de construções imobiliárias", afirmou ele.
No Brasil e México, financiamentos para construções não têm sido afetados pelas turbulências nos mercados de créditos que têm congelado ou diminuído as construções em outros lugares, afirmou ele.
02/12/2008

MARKETING - Estudo revela que pesquisas têm a confiança de apenas 50% do público

Fonte: HSM Onlin

Apenas 50% das pessoas que contratam pesquisas de mercado confiam nas conclusões e recomendações dos relatórios apresentados pelos institutos de pesquisa. É o que revela a sondagem desenvolvida pela Omni Marketing e pela Gauss Consulting. O estudo teve como objetivo explorar a percepção dos usuários de pesquisa acerca da qualidade e da credibilidade dos relatórios divulgados por empresas do setor.

Foram ouvidas 133 empresas diferentes, divididas em micro, pequeno, médio e grande porte dos setores de indústria, comércio e serviços. Os resultados observados foram obtidos via amostragem não-probabilística, pelo método de autopreenchimento via e-mail, sem ponderações, com resultados limitados à amostragem obtida. Desta maneira, as conclusões não podem ser estendidas a nenhum tipo de população de interesse.

Usar as pesquisas como apoio para tomada de decisão não faz parte do dia-a-dia da maioria dos entrevistados. Cerca de 28% das pequenas e médias organizações se baseiam nas recomendações dos institutos e somente 40% delas confiam nas conclusões a que eles chegam.

Esse resultado comprova uma hipótese verificada com freqüência por profissionais envolvidos com pesquisas de mercado: a utilização disseminada de pesquisas é uma prioridade em empresas de grande porte.

Quanto aos critérios de amostragem, 41% dos entrevistados não têm dúvidas em relação a eles. No quesito interpretação dos resultados, mais da metade dos respondentes consideram-se plenamente competentes para interpretar os relatórios de pesquisa, tendo mais dificuldade em analisar os gráficos, as margens de erro e as diferenças de bases.

O estudo revelou que apenas 43% dos respondentes estão totalmente satisfeitos. Esse cenário é intensificado quando cruzado com a pergunta “Acha importante saber ler e interpretar os resultados de uma pesquisa para ter uma visão mais crítica sobre as conclusões e recomendações apresentadas por um instituto?”. A essa questão, 98,7% responderam “sim”, sendo que 69% deles consideram imprescindível saber ler e interpretar os resultados.

Em paralelo a este cenário, foi percebida uma elevada correlação entre a confiança nas conclusões e nas recomendações e o alcance das expectativas em relação ao relatório final. “Viabilizar análises de fácil entendimento é fator crítico para que os pesquisadores promovam a confiabilidade e a credibilidade das suas conclusões e recomendações”, explica Rafael Scucuglia, diretor de operações da Gauss.

Percebe-se, também, certa disparidade quando o assunto é “consultar o pesquisador” para entender os resultados da pesquisa. Embora 44% dos entrevistados consultem os responsáveis para entender os resultados, 29% deles nunca ou raramente o fazem.

Para completar, um resultado preocupante: entre os entrevistados que declararam já ter tomado decisões baseadas em pesquisa, 30,5% deles informam ter errado em suas decisões. Esse percentual é constante para qualquer tamanho de empresa, inclusive para as de grande porte.

Entre as ações a serem realizadas para mudar esse cenário, o estudo identificou a necessidade de um melhor nível de informação quanto aos métodos de interpretação de relatórios, melhorias nos conteúdos analíticos dos relatórios de pesquisa, maior conscientização quanto aos métodos de amostragem e disseminação da utilização de pesquisas viáveis a empresas de pequeno porte.

02/12/2008


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