Fonte: ComputerWord
Novas necessidades de comunicação de usuários corporativos e consumidores finais farão com que surjam outras marcas, aumentando a competição, o que pode mudar o ranking dos cinco principais fabricantes.
O mercado de smartphones está experimentando um momento de outros até então aqueles específicos de usuários corporativos. Pela primeira vez nos últimos 30 anos o ranking dos cinco principais fabricantes de celulares mudará. Essa transformação será provocada pela convergência tecnológica, bem como pelas novas necessidades de comunicação de usuários corporativos e consumidores finais.
A avaliação é do vice-presidente de marketing de produtos da Research In Motion (RIM), Mike McAndrews, que participou do Wireless Enterprise Simposium (WES), realizado pela fabricante canadense em Orlando (EUA).
De acordo com McAndrews, essa lista ganhará novos integrantes, como a fabricante do BlackBerry, e perderá outros - cujos nomes o executivo não citou. A aposta do executivo, é claro, é de que a RIM conquistará espaço neste mercado, impulsionada por três fatores.
"Produzimos exclusivamente smartphones. Não fazemos geladeiras, televisores nem computadores. Somos uma das inventoras desse conceito e conseguimos transformar uma tendência em produto", afirma.
O executivo acrescenta que a RIM foi capaz de enxergar a tendência e empurrá-la. O vice-presidente de marketing de produtos da fabricante acredita ainda que a fabricante canadense está bem posicionada, porque tem como foco oferecer uma solução de comunicação que inclui aparelho, software e serviço.
Por outro lado, o vice-presidente de produtos e plataforma da RIM, Alan Panezic, admite que a própria companhia também vive um momento de transformação. Criada para atuar em um mercado de nicho, com um produto desenvolvido especificamente para atender às necessidades corporativas, o público-alvo da fabricante vem mudando.
Em busca de novos nichos
"Saímos de 5 mil Chief Information Officers (CIO) para a cauda longa [expressão usada para falar sobre mercado de massa], com diferenças grandes entre as várias regiões. Cinco mil CIOs têm o mesmo trabalho, são semelhantes, mas o uso de Blackberry por usuários finais cresceu. Agora, temos que agradar a eles e também aos CIOs", afirma.
Além disso, entre aqueles que já são usuários de smartphones, o desafio é tornar este produto mais maduro. Por isso, a aposta da RIM é oferecer aparelhos com mais recursos, de forma a atender a essa necessidade de usuários mais antigos.
"Eles querem fazer mais, por isso recursos como GPS e Wi-Fi, por exemplo", exemplifica McAndrews. Essas duas tecnologias estão disponíveis nos dois terminais da marca que a RIM lançou ontem, 27/4.
Os modelos, de acordo com McAndrews, são bons exemplos de aparelhos com recursos multimídia avançados, cada vez mais comuns em smartphones também devido às exigências que a convergência vem trazendo para esse mercado.
"As pessoas do mundo corporativo também têm vida foram do escritório. Por outro lado, os consumidores finais querem cada vez mais recursos que antes eram oferecidos apenas para empresas, como aplicações de mensageria, por exemplo".
O vice-presidente de gerenciamento de produtos da RIM, Tom Goguen, acrescenta que, à medida que os celulares migram para um consumo mais intenso de dados - em substituição ao uso de serviços de voz -, os fabricantes serão afetados por este movimento. "Por isso vemos novas pessoas surgindo no mercado de smartphones", afirma.
Segundo a consultoria IDC, as vendas de smartphones cresceram 15,1%, em 2009. Foram produzidos 174,2 milhões de unidades, o que representou 15,4% de todos os celulares produzidos no ano passado globalmente. Os cinco líderes do segmento são: Nokia, RIM, Apple, HTC e Samsung, de acordo com o instituto de pesquisas.
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