Fonte: Portal PEGN
Com apenas um mês no mercado, o site Cennarium conquistou mais de 13 mil usuários.
Mais de 90% das companhias de teatro não possuem site próprio. Foi o que descobriu o presidente da empresa de mídias sociais Nortik, Ari Fernandes, quando resolveu entender melhor o mercado teatral. Outro dado que o impressionou veio do Ministério da Cultura: 95% dos brasileiros não têm acesso a espetáculos teatrais.
Ao analisar tais números, Fernandes encontrou um nicho de mercado e desenvolveu o site Cennarium, que exibe peças de teatro completas pela internet e ajuda a divulgar os grupos teatrais. Antes de começar o negócio, no entanto, Fernandes procurou quem está por trás das cortinas, os artistas, e os questionou por que havia tão poucos vídeos de espetáculos disponíveis na internet. “A maioria acreditava que fazer esse tipo de filmagem era muito amador e que o processo de gravação interferia na produção”, afirma Roberto de Lima, 46 anos, diretor-geral da Nortik.
Como convencê-los de que a empreitada poderia dar certo? Primeiro, muitas reuniões e a oferta de benefícios. Todas as companhias que cedem suas peças para gravação e comercialização no site Cennarium ganham um espaço na página como forma de divulgação e também podem usar o site para colocar anúncios de seus patrocinadores. Além disso, cada companhia recebe 50% do faturamento obtido com a venda de ingressos virtuais. “No começo do projeto foi duro. Hoje só temos problemas com os grandes grupos de teatro”, afirma Lima. Algumas companhias oferecem exclusividade para a Cennarium e, portanto, não é possível encontrar vídeos das peças em outros sites.
É hora do espetáculo... online
Para ganhar a confiança das companhias de teatro, a Cennarium precisou investir no primor técnico das gravações, que são feitas com no mínimo cinco câmeras de alta definição e algumas câmeras móveis, que percorrem as laterais do palco em trilhos. Para manter a qualidade do áudio, microfones como os usados nos campos de futebol, de alta captação.
Toda a parafernália possibilita que o espetáculo seja gravado sem interrupções e sem interferências na obra original. “Não colocamos luz de televisão e não atrapalhamos os atores com microfones de lapela”, afirma Lima. A empresa gastou, logo no começo, R$ 10 milhões com equipamentos, desenvolvimento e manutenção do site.
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