28 maio 2013

SUSTENTABILIDADE: Fazenda Urbana


Uma empresa dentro da cidade, onde você mesmo colhe seu almoço, suas frutas ou até flores, em plantações internas que dividem espaço com salas de reuniões, escritórios, auditórios e cafeterias. Parece alucinação, mas é em um edifício assim que fica a sede do Grupo Pasona, empresa japonesa de Recursos humanos.
O projeto, batizado de Urban Farm foi desenvolvido pelo premiado estúdio local Kono Designs. Com seus nove andares, a construção localiza-se no centro comercial de Tóquio e tem 215 mil m², dos quais 43 mil são de área verde. É ali mesmo, na maior efervescência urbana do Japão, que cerca de 200 espécies de frutas, vegetais e arroz são colhidas diariamente.
Todo o projeto foi pensado de forma a integrar os espaços de plantações à rotina de trabalho. Tomateiros são suspensos sobre mesas de conferência. Árvores de maracujá e limão servem como divisórias dos espaços de reunião. Folhas de salada são cultivadas dentro de salas de apresentação, e brotos de feijão, em pequenas gavetas sob bancos. Quem entra pelo lobby principal dá de cara com um arrozal e um plantio de brócolis. A fachada, talvez um dos aspectos mais chamativos do edifício, é composta por duas camadas vegetais, entre as quais há uma espécie de varanda. Lá são plantadas laranjeiras e flores sazonais. Assim, de acordo com o clima externo, o prédio muda de cara.
“Quando eu revisitei o edifício alguns meses depois de pronto, o verde estava mais exuberante com as flores", comenta Yoshimi Kono, responsável pelo projeto. "No meio de um cruzamento movimentado as pessoas paravam, apontavam para a fachada do edifício e sorriam”.
Na Urban Farm, as mudas recebem iluminação especial e possuem um sistema automático de irrigação. O controle inteligente de clima monitora umidade, temperatura e correntes de ar a fim de, simultaneamente, tornar o ambiente confortável para quem estiver trabalhando e otimizar o crescimento das plantas. São os próprios funcionários que colhem e mantêm os alimentos. Tudo com a ajuda de um especialista da área.
Sustentável em tudo, o edifício não foi erguido do zero; a estrutura tem 50 anos de idade. No prédio, a empresa conseguiu se tornar independente da importação de alimentos – uma conquista considerável, se pensarmos que apenas 12% das terras são aráveis no Japão, contra mais de 50% na Dinamarca, por exemplo. Mais saudáveis e produtivos, os funcionários agradecem.





















Fonte: Casa Vogue

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