Em 2007, o faturamento do mercado publicitário brasileiro foi de R$ 26 bilhões, valor que representa crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Os dados fazem parte do Projeto Inter-Meios, realizado com exclusividade pelo Grupo Meio & Mensagem, responsável pela coordenação do estudo. “Os resultados ficaram acima das expectativas, já que o mercado esperava crescer somente no segundo semestre e não passar dos 7% no ano”, afirma o presidente da empresa, José Carlos de Salles Neto.
Para chegar a este resultado, o Inter-Meios monitora o faturamento publicitário de cerca de 90% da mídia brasileira. As informações são enviadas mensalmente pelos veículos para a PricewaterhouseCoopers. Em 2007, os integrantes do Inter-Meios faturaram R$ 19 bilhões. Ao levar em conta os veículos não-participantes do projeto, estima-se salto no faturamento total para R$ 21 bilhões. A partir daí, os coordenadores adicionam mais 19% relacionados à produção comercial, chegando ao volume total de R$ 26 bilhões movimentados por essa importante indústria brasileira.
Dos nove meios analisados, apenas dois apresentaram queda em 2007: Guias e Listas (-13,28%) e Mídia Exterior (-16,33%), este último em conseqüência das restrições publicitárias impostas ao setor pela lei Cidade Limpa, da Prefeitura de São Paulo. “Essa lei teve impacto direto em uma cidade que é o grande centro do mercado publicitário brasileiro”, avalia Salles Neto. Os demais meios aumentaram o faturamento total. Cinema e Internet tiveram altas expressivas, embora ainda representem fatia pequena no bolo publicitário. As salas de cinema arrecadaram em publicidade R$ 75 milhões, crescimento de 23,13%. Já na Internet, os valores alcançaram R$ 526 milhões, aumento de 45,76%.
A Televisão, considerado um dos veículos de maior alcance em diversos segmentos da sociedade, continua a figurar com folga entre as mídias que mais faturam no Brasil. A variação positiva foi de 8,67%, com receita de R$ 11,2 bilhões no ano (participação de 59,21% no mercado). Já a TV por assinatura, apesar de ser considerada uma mídia nova, foi a terceira que mais cresceu (20,65%), porém ainda com pequena participação no total (3,36%). O meio Rádio teve desempenho positivo de 5,60%. Salles Neto acredita que a publicidade em rádio pode ser mais bem trabalhada. “É uma das mídias mais importantes, um veículo que mantém uma relação muito forte com a comunidade, porém ainda muito dispersa”, explica.
Os veículos impressos também seguem essa tendência de alta. Os jornais faturaram R$ 3,1 bilhões (16,38% de participação), com elevação de 15,22%. De acordo com Salles Neto, esse volume de negócios pode ser considerado bastante positivo devido à retomada de crescimento do segmento, que vinha sofrendo queda e conseguiu reverter a tendência. O meio Revista movimentou cerca de R$ 1,6 bilhão, elevação de 7,18% (participação de 8,47%).
Para 2008, as expectativas são ainda melhores. “O mercado vai continuar a crescer baseado no faturamento de 2007. Nosso crescimento vai superar ao da economia brasileira. Pretendemos atingir 10% neste ano”, prevê Salles.
03/03/2008
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