Fonte: Harvard Management Update
Discussões sobre inovação envolvem um grau de incerteza muito maior do que aquelas que abordam planos operacionais ou previsões orçamentárias. Por isso, requerem um conjunto de idéias bem diferente. Nesse contexto, o líder tem como papel abrir a mente dos membros do seu time através de perguntas inteligentes e engenhosas, sugerir caminhos a serem explorados, pessoas a serem contatadas, definir pontos importantes do processo e assegurar que eles sejam atingidos.
De certa forma, o líder torna-se um coach da discussão, encorajando determinados tipos de comportamentos, ampliando as perspectivas dos membros da equipe e alavancando o moral dela.
Resumidamente, o líder deve realizar três coisas:
- ser honesto: o líder precisa realizar avaliações justas do trabalho da equipe. Existem projeções excessivamente otimistas? O público-alvo está claro para o time? A concorrência não foi subestimada de alguma forma? Os recursos necessários – tanto financeiros quanto humanos – foram disponibilizados? O projeto deve ser abortado ou acelerado? O líder e o grupo não devem tentar resolver problemas durante uma discussão sobre inovação, mas entrar num acordo sobre os próximos passos necessários a serem tomados.
- ser colaborativo: os líderes devem procurar fazer as grandes idéias ainda maiores. Fazer perguntas como “Você considerou essa abordagem?” ou tecendo comentários do tipo “Isso me faz lembrar uma experiência similar no negócio x ou y”, estimula a equipe a considerar novas possibilidades de inovação.
- instigar conversas que fluam: discussões sobre inovação não ocorrem através de interrogatórios, mas pelo uso do diálogo. A idéia não é colocar a equipe em situação constrangedora por conta de erros cometidos e sim explorar, explicar e fazer as idéias serem levadas adiante. Ele deve inspirar o time e aumentar seu apetite em assumir riscos. Se a discussão parecer uma disputa, a equipe passará a abordar a inovação de maneira mais conservadora.
É papel do líder dizer “sim”, “não” ou “continue averiguando”. Talvez, o mais importante seja ele lembrar o time que o consumidor é o chefe e assegurar que ele, cliente, seja mantido no foco das atenções e das decisões.
Abril/2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário