Na teoria, a desvalorização do dólar ante o real faz do Brasil um destino turístico mais caro – logo, menos atraente – para os viajantes estrangeiros. Na prática, os revezes do câmbio pouco afetam o charme das atrações brasileiras, que seduzem turistas de origens cada vez mais diversas. É o que afirma Vicente Reis, diretor comercial da operadora New Line, de Curitiba. “O Brasil ainda atrai muita atenção lá fora. A nossa divulgação no exterior é cada vez mais consistente e profissional. Isso tem garantido resultados melhores para o setor, mesmo com o dólar em queda”, revela o executivo.
Cabe ressaltar que a New Line opera nos dois lados do mercado – tanto na emissão de turistas brasileiros para o exterior como na captação de estrangeiros para o Brasil. Isso assegura à companhia uma posição relativamente confortável em qualquer cenário cambial. “Atualmente, por exemplo, estamos tendo resultados melhores na área de emissão para o exterior. O brasileiro está viajando mais”, ilustra Reis.
Mesmo assim, a New Line não abre mão dos negócios de “incoming”, como é conhecido o setor responsável por atrair estrangeiros para o Brasil. Só neste ano, a operadora deverá participar de oito feiras de negócios internacionais. A mais recente ocorreu em Dubai, hoje o centro nervoso do mercado árabe – um dos mais promissores para o turismo. “É um mercado novo, que está se abrindo para o mundo. É importante estar lá porque o potencial de crescimento ainda é muito grande”, resume Reis. Um dos fatores que favorecem a emergência dos árabes no turismo brasileiro é a consolidação de rotas aéreas. Atualmente, lembra o executivo, a Emirates mantém seis vôos semanais diretos entre São Paulo e Dubai. “E temos informações de que eles pretendem abrir mais um vôo em breve”, destaca Reis. Outro mercado que está em crescimento é o de captação de turistas chineses. “Neste caso, porém, as vendas ainda são incipientes. A falta de vôos diretos entre a China e o Brasil atrapalha”.
16/05/2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário