29 julho 2008

INTERNET - Ex-funcionários do Google criam busca rival

Fonte: Meio&Mensagem

Os fundadores do site Cuil garantem que ele acessa três vezes mais páginas do que o líder do mercado e até dez vezes mais do que o Live Search, da Microsoft.
Ex-funcionários do Google se uniram para desenvolver o site de busca Cuil (fala-se 'cool'), que foi lançado nesta segunda-feira, 28. Idealizado por Anna Patterson, que lidera a empresa ao lado do marido Tom Costello, com auxílio dos engenheiros Russell Power e Louis Monier, o Cuil está sendo apresentado por seus fundadores como o maior site de buscas do mundo. "Nosso diferencial é que a tecnologia de busca permite a indexação de uma parte maior da internet, colocando praticamente toda a web nas mãos dos usuários", diz Costello.
Os fundadores garantem que o mecanismo é mais evoluído que o do Google, oferecendo resultados mais apurados, além de cobrir três vezes mais páginas do que ele e até 10 vezes mais do que o Microsoft Live. A empresa informa também que o mecanismo de busca categoriza melhor os termos por conteúdo e relevância. 'Quando encontramos a página com as palavras-chave, permanecemos nela e analisamos o resto do conteúdo, seus conceitos, suas inter-relações e a coerência', informa em sua página corporativa o Cuil.
O site não traz nenhum banner de publicidade e tem como cor predominante o preto, no lugar do branco, que é mais tradicional neste tipo de página. E ao invés de uma sequência vertical de links, a página de resultados mostra resumos dos sites encontrados pela busca.
Ao lado do espaço para inserção da palavra ou sentença, está destacada a informação sobre a quantidade de páginas que podem ser acessadas pelo mecanismo: mais de 121 bilhões. O fato é que uma pesquisa simples por expressões bastante procuradas revela que em termos de número absoluto de resultados o Google ganha. O termo iPhone, por exemplo, revelou 17,8 milhões de resultados no Cuil, contra 241 milhões do Google. Café tem 469 milhões no Google e 27 milhões no novo. E Coca-Cola tem 54,7 milhões no líder e 4 milhões no Cuil. Resta saber quais desses resultados são realmente aproveitáveis.
A propósito, Cuil significa 'Conhecimento' na antiga língua irlandesa, falada pelos celtas.
28/07/2008

28 julho 2008

ECONOMIA - Ministro admite crescimento abaixo de 5% em 2009

Fonte: Amanhã
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, admitiu nesta quinta-feira (24) que o crescimento econômico do país em 2009 pode ser inferior ao deste ano - que deve ficar em torno de "5% ou até um pouco mais do que isso". Ele fez a observação ao comentar as conseqüências da elevação da taxa básica de juros, anunciada ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Bernardo, entretanto, se recusou a fazer projeções numéricas para o crescimento econômico do ano que vem. "Eu não vou fazer isso, esse tipo de conta", disse, comentando ser ainda cedo para esse tipo de previsão. Quando repórteres observaram que o mercado financeiro já realiza estimativas sobre o tema, que oscilam em torno de 4% para o crescimento para 2009, o ministro rebateu que o mercado costuma errar, e que não iria tecer especulações sobre assunto. "O que estou dizendo é que, racionalmente falando, se estamos fazendo uma política contracionista (de contração da economia, com a alta no juro), teremos um crescimento menor (em 2009)", disse.
Durante evento promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing (ADVB) nesta quinta-feira no Rio de Janeiro, o ministro realizou palestra para empresários e executivos do setor de marketing. Em sua fala, voltou a classificar a inflação como o pior inimigo do governo atualmente, e justificou a posição do Banco Central (BC) de elevar os juros, comparando a atuação do banco ao do zagueiro Fontana – da seleção brasileira da década de 70 e que atuou pelo Vasco, time fluminense – que “sai da área para matar a jogada”. Ainda de acordo com Bernardo, a inflação este ano deve girar em torno de 6%, abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, de 6,5%. Para o ano que vem, o ministro acredita que a inflação ficará no centro da meta, de 4,5%.
28/07/2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Um oásis para os imóveis de luxo

Fonte: Amanhã

O boom do mercado imobiliário brasileiro não está sendo alavancado apenas por obras públicas e pelo aquecimento do poder de compra dos consumidores. Os imóveis de luxo também estão movimentando cifras milionárias, especialmente na Região Sul, atraídos pelas belezas naturais e pelo aumento de renda das fatias mais abastadas da sociedade. “O consumidor está sempre disposto fazer upgrade. Não interessa o preço, mas o valor agregado à compra”, diz André D´Angelo, consultor de marketing de luxo.

O leque de imóveis de alto padrão é variado - de casas luxuosas a resorts com infra-estrutura completa de lazer à beira-mar. Geralmente, os empreendimentos têm características parecidas, como localização privilegiada, acabamento de primeira linha e facilidades para o cliente – por exemplo, piscina, quadras poliesportivas e serviços. Em Santo Amaro, região metropolitana de Florianópolis, a incorporadora árabe Baden Baden Hotéis e Turismo pretende aportar R$ 90 milhões nos próximos meses – tudo na construção de luxo. “A idéia é investir nesse tipo de empreendimento porque Santa Catarina tem belezas naturais como praias e águas termais, que agregam valor aos imóveis”, explica Bassan Hanna, sócio da Baden Baden. Outro ponto que pesa a favor do Sul na balança comparativa com outras regiões é a segurança. Hugo Peretti, vice-presidente da área de Indústria Imobiliária do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), conta que já é possível notar a migração de aposentados do exterior, de São Paulo e do Rio de Janeiro para cidades como Balneário Camboriú e Florianópolis - justamente acreditando em melhores condições de segurança pública.

Em Curitiba, por exemplo, a evolução do número de unidades Premium, ou padrão AAA - imóveis com mais de 500 metros quadrados –, foi de 40% no ano passado. O dado, do Sinduscon-PR, por si só já demonstra o aquecimento nas vendas de imóveis de luxo no estado, mas fica pequeno se comparado ao salto registrado pelos imóveis AA no mesmo período: 112%. “Esse mercado está ganhando espaço em todas as metrópoles”, diz Peretti.
25/07/2008

25 julho 2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Veja opinião da CBIC e do SindusCon-SP sobre elevação da taxa Selic

Fonte: Piniweb

O Banco Central aumentou para 13% a taxa básica de juros, o equivalente a um acréscimo de 0,75%. A alta da taxa Selic, a maior desde 2003, visa o controle da inflação em 4,5% para 2009.
O aumento surpreendeu o mercado, que esperava a manutenção do ritmo do aperto monetário em 0,5%, conforme decisões anunciadas em abril e junho deste ano. "O Banco Central deu um forte recado para reduzir a atividade econômica, o órgão está assustado", opina Eduardo May Zaidan, diretor de economia do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo). "A única medida econômica que o País conhece desde 1997 é a elevação de juros. O Governo precisa aumentar a eficácia do seu orçamento", avalia.
O presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), Paulo Simão, concorda com a opinião de Zaidan. "Espero que o Governo Federal corte seus gastos, de modo que o aumento na taxa de juros não seja a única ação em um ambiente inflacionário", diz.
Em sintonia com os dois representantes do setor, a Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de SP) divulgou que o Estado deveria ter aproveitado os indicadores favoráveis para enxugar orçamento. A instituição acredita que o atual ciclo monetário imposto pelo Copom (Comitê de Política Monetária) representará o fim de um período de crescimento do PIB brasileiro - em torno de 5%, verificado nos dois últimos anos e que ainda deve se manter em 2008.
Zaidan acredita que a construção civil não será afetada em curto prazo. "O SindusCon mantém a estimativa de que o setor será responsável por 10% da participação do PIB de 2008. Os contratos já estão fechados", diz. Para o diretor de economia do SindusCon-SP, a elevação dos juros desacelerará a economia em 2009. "A construção é alimentada por investimentos, que têm como pior inimigo a alta de juros", afirma. De acordo com as projeções da Fecomercio, os indicadores devem começar a apontar para um desaquecimento dos investimentos no segundo semestre. Para a Federação, se as previsões do mercado se confirmarem e a Selic chegar ao final do ano no patamar de 14,5% ou 15%, a tendência é de que o crescimento desabe em 2009.
Os representantes do SindusCon-SP e da CBIC, no entanto, descartam uma elevação nas taxas de juros do crédito imobiliário. "Há disputa de mercado entre os bancos e essas taxas são tabeladas", apazigua Simão. A opinião de Zaidan é de que apenas uma queda da renda da população provocaria problemas nessa linha crédito de crédito. "Para isso seria necessário um cenário recessivo, situação longe da realidade brasileira", finaliza.
24/07/2008

23 julho 2008

ECONOMIA - Análise Brasil por presidente HSBC Brasil

Fonte: Época Negócios

Shaun Wallis, executivo britânico que acaba de assumir a presidência do HSBC Brasil, afirma que o país se mostra relativamente estável frente à grave crise na economia mundial.

Shaun Wallis, o novo presidente do HSBC no Brasil, viveu em vários países antes de instalar-se no eixo São Paulo-Curitiba, onde estão as duas sedes do banco. Ao longo de sua carreira de 30 anos no grupo, esse executivo britânico morou em Hong Kong, Nova Zelândia, Suécia, Inglaterra e Malta – e passou temporadas menores na Turquia, Grécia, França e em Nova York. Mas não conhecia a América Latina em geral, nem o Brasil em particular. Por isso, em seu primeiro encontro com a imprensa brasileira, nesta terça-feira (15/7), em São Paulo, declarou-se de cara “um perfeito recém-chegado”. Visivelmente entusiasmado com seus primeiros dois meses no país, Wallis faz um paralelo com o pedaço da Ásia que ele viu emergir nos anos 80. “Penso nisso quando vejo o número de celulares e o de carros nas ruas daqui”, diz. O presidente do HSBC, no entanto, vê um diferencial importante no Brasil: “Seu país tem terras, água, recursos minerais e mão-de-obra relativamente barata em abundância. É um dos países mais excitantes para se estar em 2008”.
E talvez um dos mais seguros também, dada a crise na economia global. “O que está acontecendo é quase como um filme catástrofe de Hollywood”, afirma Wallis. “Países estão afundando, porque não podem bancar os preços da comida e da energia.” É uma “crise sem precedentes” que, segundo ele, tende a se agravar, na medida em que a explosão dos preços dos alimentos provoque um surto de fome em muitos países da Ásia e da África. “O Brasil é um subcontinente tão grande que talvez as pessoas não se dêem conta do que está acontecendo ao redor do mundo”, diz.

Wallis afirma que a primeira onda da turbulência financeira criou uma crise de liquidez no mercado americano. Agora, a falta de liquidez está afetando o resto do mundo. “Quando você pensa em um banco suíço pensa em algo muito sólido e não em uma instituição em dificuldades, perdendo bilhões. Mas hoje o que vemos são bancos americanos, britânicos e mesmo suíços sofrendo com os saques feitos pelos clientes”, diz o executivo. “Muitos deles não têm capital suficiente, porque emprestaram demais. Por isso, muitas empresas no mundo todo estão achando difícil conseguir dinheiro no momento.”

Reflexos no mundo todo
Como isso vai afetar o Brasil? “Bom, estou aqui há ‘dois minutos’, mas a visão do banco é que o senhor [Henrique] Meirelles, presidente do Banco Central, está agindo corretamente para conter a inflação. É claro que há um debate sobre o fato de aumentos de juros reduzirem o crescimento da economia, mas essa discussão está em pauta no mundo todo.”
O presidente do HSBC vê movimentos contraditórios acontecendo. Alguns investidores tiram dinheiro do Brasil, e outros trazem recursos novos para o país. Os primeiros estão vendendo ativos líquidos aqui e levando o dinheiro de volta para seus países. Os demais, apostando no fato de que ativos no Brasil (ações, imóveis, etc.) oferecem retornos altos, se comparados a equivalentes nos países desenvolvidos. Wallis não diz quem está certo e quem está errado. Mas observa que a economia brasileira está muito voltada para o mercado doméstica e, por isso, se mostra relativamente estável em tempos de turbulência internacional.

Com 52 milhões de clientes nos Estados Unidos, o HSBC obviamente está exposto à chamada “crise do subprime”. Wallis relata, no entanto, que desde fevereiro do ano passado, quando o problema no mercado americano de hipotecas de baixa qualidade foi diagnosticado, o banco montou pesadas provisões para créditos de difícil liquidação. “É assim que nós somos: terrivelmente conservadores”, afirma. Por isso, diz ele, o HSBC não está em perigo. “Ao contrário de grandes bancos americanos e britânicos, nós não temos de vender ativos a qualquer preço para fechar nossas contas.”

Bamerindus
Wallis diz que, há dez anos, logo depois de comprar o Bamerindus, o HSBC teve como primeira meta no Brasil transformar o banco adquirido em uma instituição com a cara do grupo. Depois, a tarefa era integrar o banco ao sistema multinacional da corporação. “Feito isso, nossa estratégia não é competir com o Bradesco, com o Unibanco ou com qualquer outro banco local. Até por que o interesse do cliente não está em saber se estamos ou não entre os maiores do Brasil. Queremos oferecer serviços da melhor qualidade a um preço justo.”

Sem citar seu antecessor [Emilson Alonso, hoje presidente do grupo para a América Latina e o Caribe], Wallis diz que, nos últimos anos, “ficamos muito brasileiros no Brasil”. Ou seja, o HSBC passou a funcionar quase como se fosse um banco local. “Agora, é importante relembrar quem somos e quais são nossas vantagens competitivas. Basicamente, a capacidade de oferecer a maior gama possível de produtos, porque estamos vendo o que os mercados demandam na China, na Índia, no México e assim por diante”, afirma o novo presidente. O objetivo é ter serviços no mundo todo para executivos que viajam freqüentemente, por exemplo.

Questionado sobre a falta de agressividade do HSBC, evidenciada numa comparação com a estratégia do Santander, Wallis é provocativo: “Eu não sei se agressividade é o que os clientes esperam de seus bancos agora...”.
23/07/2008

INEX
| PORTO ALEGRE | SÃO PAULO | BRASIL
www.inexestrategia.com.br