28 julho 2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Um oásis para os imóveis de luxo

Fonte: Amanhã

O boom do mercado imobiliário brasileiro não está sendo alavancado apenas por obras públicas e pelo aquecimento do poder de compra dos consumidores. Os imóveis de luxo também estão movimentando cifras milionárias, especialmente na Região Sul, atraídos pelas belezas naturais e pelo aumento de renda das fatias mais abastadas da sociedade. “O consumidor está sempre disposto fazer upgrade. Não interessa o preço, mas o valor agregado à compra”, diz André D´Angelo, consultor de marketing de luxo.

O leque de imóveis de alto padrão é variado - de casas luxuosas a resorts com infra-estrutura completa de lazer à beira-mar. Geralmente, os empreendimentos têm características parecidas, como localização privilegiada, acabamento de primeira linha e facilidades para o cliente – por exemplo, piscina, quadras poliesportivas e serviços. Em Santo Amaro, região metropolitana de Florianópolis, a incorporadora árabe Baden Baden Hotéis e Turismo pretende aportar R$ 90 milhões nos próximos meses – tudo na construção de luxo. “A idéia é investir nesse tipo de empreendimento porque Santa Catarina tem belezas naturais como praias e águas termais, que agregam valor aos imóveis”, explica Bassan Hanna, sócio da Baden Baden. Outro ponto que pesa a favor do Sul na balança comparativa com outras regiões é a segurança. Hugo Peretti, vice-presidente da área de Indústria Imobiliária do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), conta que já é possível notar a migração de aposentados do exterior, de São Paulo e do Rio de Janeiro para cidades como Balneário Camboriú e Florianópolis - justamente acreditando em melhores condições de segurança pública.

Em Curitiba, por exemplo, a evolução do número de unidades Premium, ou padrão AAA - imóveis com mais de 500 metros quadrados –, foi de 40% no ano passado. O dado, do Sinduscon-PR, por si só já demonstra o aquecimento nas vendas de imóveis de luxo no estado, mas fica pequeno se comparado ao salto registrado pelos imóveis AA no mesmo período: 112%. “Esse mercado está ganhando espaço em todas as metrópoles”, diz Peretti.
25/07/2008

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