08 julho 2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Como a crise do subprime pode afetar o setor madeireiro do Brasil.

Fonte: Amanhã

A instalação de uma filial da Louisiana Pacific em Ponta Grossa (PR), no final de 2007, levantou uma hipótese que pode atormentar os fabricantes de madeira no Brasil. Desde o agravamento da crise no setor imobiliário nos Estados Unidos (subprime), em 2006, as empresas do segmento americanas sofreram com uma queda de até 40% no faturamento. Até agora, nada indicava que esse abalo na maior economia do mundo pudesse atingir o setor madeireiro no Brasil. Mas o sócio da GO4! Consultoria de Negócios, de Curitiba, Christian Majczack, acredita que a vinda da Lousiana Pacific pode representar mais do que uma simples internacionalização.
Majczack afirma que este pode ser o início de uma migração de empresas madeireiras dos Estados Unidos para o Brasil – o que significaria um forte aumento na competitividade. “A boa fase da economia brasileira, que vem estimulando o mercado imobiliário com a maior concessão de crédito, é um bom atrativo para este tipo de investimento”, explica Majczack. Ele estima que, nos próximos anos, a demanda por madeira no mercado interno deverá superar a oferta em cerca de 13%. Não por acaso, muitas indústrias do setor estão realizando novos investimentos. No entanto, a vinda de novos players pode alterar o ritmo desses empreendimentos. “Com a chegada de marcas estrangeiras, as nacionais vão segurar os possíveis aportes”, acredita Majczack. Além disso, o acirramento da concorrência tende a frear a geração de empregos. “Caso as indústrias de fora optem por importar insumos, aproveitando a produção já existente no exterior, as oportunidades para a mão-de-obra brasileira vão diminuir”, afirma o consultor.
Ainda é cedo para avaliar o que poderá acontecer. A competitividade é capaz de representar mais postos de trabalho como também menos emprego – já que empresas internacionalizadas, muitas vezes, trazem fornecedores de fora. A única certeza é que, com um mercado aquecido e mais competitivo, quem tem a ganhar é o consumidor final.
08/07/2008

Nenhum comentário:

Postar um comentário


INEX
| PORTO ALEGRE | SÃO PAULO | BRASIL
www.inexestrategia.com.br