Um estudo realizado pela consultoria norte-americana Proudfoot traz um alerta: os executivos brasileiros têm dificuldades para se dedicar a tarefas realmente importantes – isto é, aquelas relacionadas ao exercício da liderança. Em média, os profissionais que ocupam cargos de supervisão e gerência no país reservam apenas 19% de seu tempo útil para a “supervisão ativa”, que abrange todas as atividades inerentes à liderança e à tomada de decisão. Já os problemas “urgentes”, de ordem administrativa ou burocrática, consomem cerca de 59% do tempo dos executivos brasileiros. “As empresas que se organizam assim provavelmente não estão executando planos pré-estabelecidos e sofrem com a falta de integração entre as áreas”, afirma João Currito, presidente da Proudfoot Consulting no Brasil.
Ele explica que é preciso balancear as tarefas burocráticas com aquelas que fazem a diferença nos rumos da organização. “As conseqüências de não se ter um modelo mais equilibrado podem ser diretamente sentidas na produtividade. Por isso, é imprescindível identificar onde está o erro”, diz Currito. O ideal, acrescenta ele, é dedicar até 33% do tempo à supervisão ativa e reduzir para 38% o tempo gasto como rotinas. Esse balanceamento pode ser feito por meio de uma análise sustentada em três pilares. Primeiramente, é preciso pensar quais são as verdadeiras causas do desequilíbrio, avaliando o andamento dos processos internos. Depois, deve-se verificar os mecanismos de controle para que as atividades sejam cumpridas de acordo com o que foi determinado. Por último, é necessário trabalhar a capacitação dos funcionários – tudo para que se possa dar continuidade àquilo que já foi iniciado. “Isso deve resolver o problema estruturalmente, para que ele não volte a aparecer dentro de alguns meses”, adverte Currito.
09/07/2008
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