19 fevereiro 2008

MARCA - O que está (ou deve estar) por trás de uma nova marca.

Fonte: Amanhã

Em janeiro, a Xerox revelou que modificará sua identidade visual com o objetivo de se desvincular da imagem de fabricante de copiadoras. A companhia norte-americana vinha utilizando seu nome em vermelho como marca. Na nova versão, o nome será em letras minúsculas acompanhado por uma esfera vermelha marcada por um "X" branco com traços prateados. Para especialistas da área, a mudança da marca corporativa da Xerox foi acertada e mostra que, às vezes, uma oxigenação é bem-vinda. "Quando uma marca corporativa não transmite mais a cultura e nem o novo posicionamento da companhia ao seu público estratégico, é hora de mudar", aconselha Eduardo Tomiya, sócio-diretor da BrandAnalytics, empresa de avaliação de marcas. Tomiya recorda o caso recente da Petrobras. A estatal tentou mudar seu logotipo e até seu nome (passaria a se chamar Petrobrax) sem que o ajuste representasse uma nova inserção no mercado. A proposta foi barrada pelos executivos da própria empresa. “No episódio Petrobras, o processo não estava acompanhado de um novo posicionamento. A empresa não compreendeu que a marca tinha uma personalidade própria e, com aquela mudança, não estaria respeitando seu consumidor", complementa Tomiya.

Patrícia Sampaio Pflaeging, professora de gestão de marca do IBMEC São Paulo, reforça que a troca da identidade visual deve refletir uma transformação que está ocorrendo de dentro para fora. "A idade da empresa e da sua marca não importa e sim se a comunicação com o seu público interno e externo está funcionando", admite Patrícia. O próprio IBMEC São Paulo apostou na mudança da marca no início de 2007. Atualmente estão em processo de mudança as marcas corporativas da Unilever e do Mantercorp. Acompanhe abaixo as recomendações dos especialistas a empresas que desejam redesenhar sua marca:

1.Verificar se a nova logomarca expressa os valores que permeiam a corporação;
2.Ter certeza de que a mudança na identidade visual é um processo que ocorre de dentro para fora;
3.Avaliar o risco de que esteja procedendo apenas a uma troca de layout, uma mudança estética, desacompanhada de um novo posicionamento de mercado ou de um objetivo estratégico – atingir um novo mercado, por exemplo;
4.Garantir a todos os públicos envolvidos no processo acesso prévio à nova logotipia.
Link relacionado:Ibmec São Paulo
18/02/2008

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