Fonte: News Amanhã
Peter Senge, autor de A Quinta Disciplina e criador da expressão learning organization, lança livro nos EUA sobre a “revolução” da sustentabilidade.
O novo livro de Peter Senge, pensador da administração extremamente influente desde o lançamento de “A Quinta Disciplina”, aparentemente foge dos temas habituais deste autor. The Necessary Revolution (A Revolução Necessária), lançado recentemente nos Estados Unidos, aborda as transformações que o paradigma da sustentabilidade gera nas organizações e nos profissionais. Ou seja, a princípio, não guarda relação direta com as obras anteriores do criador da expressão learning organization, um autor voltado para a gestão do conhecimento e para as mudanças nas empresas. No entanto, analisando a nova obra de Senge mais a fundo, percebe-se que dois dos seus principais conceitos estão lá: a learning organization e o pensamento sistêmico. Aliás, é recorrendo a conceitos estudados em outras oportunidades que Senge consegue dizer algo de novo sobre um assunto tão em voga.
Para Senge e os seus quatro co-autores, está em curso uma revolução que muda a forma de as pessoas pensarem e as empresas trabalharem. A “revolução” que marca o final da Era Industrial não decorre do esgotamento de um modelo econômico ou do desenvolvimento tecnológico. O que acontece é a saturação de uma economia que devasta o meio ambiente, que usa muitos recursos e devolve quase nada. Para lidar com esta quebra de paradigma, as empresas precisam, é claro, mudar. Mais do que isso: precisam aprender a trabalhar de outra forma. E esta forma, defendem os autores, é ampliar a quantidade e o perfil de profissionais com que cada companhia trabalha. Relacionar-se com entidades como ONGs e pessoas que defendem determinadas causas, por exemplo, passa a ser fundamental. O livro cita alguns casos de pessoas comuns que empunharam a bandeira da sustentabilidade e desenvolveram projetos absolutamente inovadores. O que significa que a tal “revolução necessária” não está sendo liderada pelas grandes empresas, mas por pessoas comuns e companhias pequenas e desconhecidas.
Senge e seus colegas também recomendam que as empresas abram mais os olhos e passem a enxergar o sistema onde estão inseridas – ou seja, que adotem uma visão sistêmica. O livro utiliza a expressão “sistemas de observação” para definir uma nova prática a ser adotada no mundo corporativo. Ao observar de forma ampla o todo que cerca sua atividade, a empresa tem condições de compreender a cadeia em que está inserida e como o conceito de sustentabilidade interfere no seu core business.
The Necessary Revolution ainda não tem data para ser lançado no Brasil. Por enquanto, fique com os sete benefícios da “economia regenerativa” para a qual caminhamos.
1.Há bastante dinheiro para se economizar
2.Há bastante dinheiro para se ganhar
3.Você pode oferecer aos seus consumidores uma margem competitiva
4.Sustentabilidade é um ponto de diferenciação
5.Você pode modelar o futuro do seu setor
6.Você pode se tornar um fornecedor preferencial
7.Você pode mudar sua imagem e sua marca
17/09/2008
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