30 junho 2009

GESTÃO - O salvador sai de cena.

Fonte: Portal EXAME

Após tirar a Procter&Gamble do pior momento de sua história, A.G. Lafley deixa a presidência como um dos executivos mais incensados do mundo. Em entrevista exclusiva a EXAME, ele fala sobre a importância de colocar o cliente no centro da estratégia da companhia

A passagem de executivos por algumas das maiores empresas americanas lembra cada vez mais uma apresentação pirotécnica. Barulhenta e breve. O caso mais recente é o de Bob Nardelli, que deixou a presidência da problemática montadora Chrysler no início de junho, meros 20 meses depois de assumi-la. Nesse contexto, o executivo Alan George Lafley (mais conhecido pela sigla A.G.), presidente mundial da Procter&Gamble, representa uma exceção. Lafley percorreu o caminho oposto ao roteiro de ascensão e queda em que se começa celebrado para logo cair no esquecimento. Quando assumiu o cargo, em junho de 2000, Lafley era um azarão. A P&G, uma gigante em apuros. Ao final daquele ano, a companhia havia perdido 85 bilhões de dólares em valor de mercado em relação a 1999 - uma redução equivalente a 40% de seu valor total na época. Pouco conhecido fora dos muros da Procter, apesar de seus quase 30 anos de casa, Lafley não dava a menor pinta de que poderia desempenhar o papel de salvador da pátria. O descrédito do mercado resultou numa queda imediata de quase 10% do valor das ações no dia seguinte à sua nomeação. Ao longo dos últimos nove anos, porém, Lafley calou seus críticos. Após dobrar as vendas da empresa, que chegaram a 84 bilhões de dólares em 2008, hoje é um dos executivos mais incensados dos Estados Unidos. Desde que ele assumiu o cargo, os papéis da Procter& Gamble valorizaram cerca de 150%.

A história tornou Lafley um dos objetos de estudo prediletos de diversos especialistas em negócios. Entre eles Noel Tichy, da Universidade de Michigan, e Joseph Bower, da Universidade Harvard. "Lafley está entre os líderes mais eficientes do século 21", afirma Tichy, que contou a transformação da P&G no livro Decisão, lançado em dezembro de 2007. O próprio executivo escreveu um livro sobre sua trajetória na P&G, lançado em junho de 2008 e que esteve na lista dos dez mais vendidos nos Estados Unidos. Em O Jogo da Liderança, Lafley conta como abriu os laboratórios da empresa para parceiros de inovação - capazes de acelerar e baratear o desenvolvimento de novos produtos. Também descreve como pôs em prática a velha teoria de colocar o cliente no centro da estratégia. Um dos artifícios mais inusitados nesse sentido foi a criação de Joanne, uma boneca de papelão. Símbolo da consumidora padrão da Procter, ela até participa de reuniões. Segundo Lafley, em momentos decisivos ainda hoje todos se voltam para ela e perguntam: "O que Joanne pensaria disso?"

Lafley diz nunca ter sonhado seguir a carreira corporativa. Seu plano era se tornar professor e treinador de basquete. Nos anos 60 estudou história, política e artes em Paris. De volta aos Estados Unidos, em 1969, iniciou um pós-doutorado em estudos medievais e renascentistas. Convocado pelo Exército, cumpriu serviço militar na área de varejo de uma base americana no Japão - experiência que o levou a se interessar por negócios. Cursou administração em Harvard e ingressou na P&G em 1977, de onde nunca saiu.

Aos 62 anos, Lafley deixa o cargo no dia 1o de julho nas mãos de Bob MacDonald, atual vice-presidente de operações. Daqui para a frente, ele acompanhará a trajetória da P&G como presidente do conselho de administração. De seu escritório em Cincinnati, nos Estados Unidos, Lafley deu uma entrevista exclusiva a EXAME.


O papel de um presidente muda durante uma crise?
Acho que não. Pelo menos não para mim. Levo ao pé da letra até hoje o que Peter Drucker um dia me disse sobre a missão do presidente: fazer com que a prioridade dos consumidores seja também a prioridade da empresa. Isso significa entender que nosso chefe de verdade é o consumidor. A partir da definição de quem é nosso cliente, decidimos quais negócios vamos manter ou não. A única diferença é que, durante uma crise, fica mais difícil redefinir prioridades.

O senhor já disse que, em seu primeiro dia como presidente, se viu sem resposta para boa parte das perguntas que lhe faziam. O senhor se sentiu na mesma situação na crise atual?
Sim. Em tempos como estes, quando há muita mudança acontecendo muito rápido, nem sempre temos todas as respostas. O importante é saber como encontrá-las - e elas estão sempre fora dos muros da empresa.

Como o senhor busca essas respostas?
Passo até 75% do tempo fora do escritório. Também tenho ligado pelo menos uma vez por semana - e visitado todos os meses - para os principais varejistas. No começo deste ano estive no Brasil e aproveitei para visitar casas de clientes. Tenho de ser honesto. Não posso ter uma ideia aprofundada das necessidades do mercado brasileiro com apenas uma visita. Mas posso servir de modelo para a organização, de modo que todos percebam que essa é uma atitude importante.

Qual tem sido seu maior dilema nos últimos meses?
Temos de tomar decisões difíceis, como sacrificar o lucro neste ano para assim conseguir manter investimentos em inovação e novas fábricas, sobretudo em países emergentes. Hoje, servimos 2 bilhões de pessoas com nossos produtos. Achamos que podemos servir mais 1 bilhão pelo mundo até o final da década aumentando as vendas em países como Brasil e Índia. Dessa maneira, temos de desapontar alguns acionistas que estão olhando para o curto prazo. Outra decisão difícil é pensar em quais negócios não queremos mais investir.

É mais difícil escolher onde não estar que onde investir?
Sempre é mais difícil decidir o que não fazer do que o que fazer. Principalmente para uma companhia centenária, em que as pessoas acreditam que podem ser bem-sucedidas em qualquer negócio em que escolhermos estar. Tive momentos desafiantes nos últimos nove anos tirando a empresa de certos mercados de comida e bebida. Abandonamos misturas para bolo, óleos de cozinha e manteiga de amendoim, por exemplo. Eram negócios que definiam a empresa há décadas, mas não eram próprios para nossa meta de globalização. Um dos motivos é que essas categorias não exigem alta tecnologia ou inovação. Os competidores são marcas próprias ou milhares de marcas locais. Hoje estamos procurando comprador para nosso negócio farmacêutico.

O senhor já foi definido, pela revista Fortune, como anti-CEO, por fugir do estereótipo do executivo que atrai holofotes. Por que o senhor acha que a definição de presidentes de grandes empresas se misturou com a imagem de uma celebridade?
Realmente não sei. Posso dizer como eu me vejo. Eu não sou o chefe. O chefe é o consumidor. E consideramos o consumidor nosso stakeholder mais importante. Poderíamos ter escolhido o acionista, os funcionários, os consumidores, os fornecedores. Mas escolhemos os consumidores - são eles que escolhem e usam nossas marcas e decidem se vamos ser bem-sucedidos ou não.

Como o senhor escolheu seu sucessor?
A transição foi planejada por vários anos. Bob tem quase 30 anos de casa, como eu quando assumi. Trabalhamos lado a lado há vários anos. Nesse período, se tornou claro que ele é a pessoa certa para levar a companhia para a frente. Mais do que qualquer coisa, ele sabe quem é o chefe.

DESIGN - Tomadas "Node" - design inovador.

Fonte: www.thedesignblog.org

Com um grande aumento nos aparelhos eletrônicos de casas e escritórios, nós passamos a precisar de várias tomadas de energia disponíveis, que normalmente estragam a decoração de um ambiente. A tomada "Node" é uma solução inovadora para diminuir o emaranhado de fios e extensores. Esta ferramenta pode ser um diferencial para o design de interiores.



DESIGN - Quem disse que um iate precisa parecer um barco?

Fonte: www.baekdal.com (Baekdal.com is a magazine about “greatness”)

No calor do verão, nada melhor que relaxar em um iate - e melhor ainda se ele possuir um design "style". Aqui vai então uma inspiração, caso você queira comprar um desses.

Modelo: OCULUS

Descrição: O Oculos é um iate futurístico da Schöpfer Yachts. Esse iate de 75 metros pode acomodar 12 convidados e pode viajar com velocidade superior à 45 km/h. Possuí sala de jantar ampla, um elevador e uma área especial para "O Proprietário".

Visual:



Modelo: INFINITAS

Características: Caso o outro modelo não tenha impressionado o bastante, você pode optar pelo Infinitas com seu design maior e mais espaçoso. Possui 90 metros com uma grande área de recreação e piscina no meio da embarcação. Ele acomoda 12 convidados e provavelmente tem tudo mais que você precisa.

Inclui uma sala de estar no deck principal, uma sala de jantar ao lado da área da piscina. Ponte sobre a piscina, cozinha, pista de helicóptero e um terceiro deck para o proprietário.

Visual:





29 junho 2009

COMUNICAÇÃO - Mundo da comunicaçao nao vai voltar a ser o que era antes da crise.

Fonte: Blues Bus

3 grandes temas dominaram os 27 seminários, debates e 4 workshops de que participei aqui em Cannes - a quebra de barreiras, a necessidade de envolver mais os consumidores com as marcas e a percepçao que o mundo da comunicaçao nao vai voltar a ser o que era antes da crise financeira. As premiaçoes de certa forma refletiram também esse alinhamento.

A quebra de barreiras em termos de integraçao de mensagens, mídias e processos de trabalho foi evidente nas falas de algumas agências e principalmente dos anunciantes. Tanto no debate de Martin Sorrell com os responsáveis globais pelo marketing da J&J, Procter, Mcdonalds e Kraft, como nas participaçoes de diretores de outras empresas
(Coca-Cola, Nike, HP), “bring down the media silos” - foi uma das frases mais repetidas.

A previsao de Steve Ballmer (“em 10 anos tudo vai ser digital”) nao é consensual. Do ponto de vista dos anunciantes, a questao é de integraçao. Nao do “digital” com o resto ou “do resto” com o digital, mas do desenho de um todo coerente em termos de contatos com o consumidor. Uma coerência que eles reclamam ter dificuldade em obter nas agências. E que quando alcançada explica em parte o resultado do Grand Prix para a campanha de Obama, o bom desempenho da campanha 'O melhor emprego do mundo' e a presença, pela primeira vez, da categoria Relaçoes Públicas em um festival de publicidade.

A necessidade de um maior envolvimento do consumidor com as marcas decorre da explosao de informaçao, conteúdo e mensagens possível com os novos formatos da mídia digital. Nao a toa, o tema de “construir narrativas” sobre as marcas com a participaçao dos consumidores foi recorrente em diversas campanhas de destaque, como o case do Dark Night, a fala de Bizz Stone, fundador do Twitter, além de campanhas da Nokia, Coca, HP, Southwest Airlines, Dell e outras.

A propaganda como simples “exposiçao de
mensagem”, seja lá qual for o meio, vai perdendo sua eficácia a uma velocidade assustadora segundo a maioria dos anunciantes e agências presentes. eomenda-se - ela tem que passar a gerar fatos e "economizar tempo" para os consumidores.

Finalmente a crise, ou melhor, a questao de que a comunicaçao nao irá se “recuperar” da crise. Neste ponto, todo mundo concordou com Steve Ballmer - estamos vivendo um momento de “reset” no modelo de negócios da publicidade, tanto por parte dos anunciantes quanto das agências. A previsao da PWC de que a partir de 2012 os investimentos em comunicaçao irao se estabilizar em um patamar menor que o verificado entre 2004/2007 foi endossada pela maior parte dos presentes.

Entre os principais motivos está o fato de que os anunciantes estao cada vez mais confortáveis com açoes digitais (em qualquer tela, nao somente na do computador), que apresentam um custo menor do que as de mídias tradicionais. E também a percepao de que o consumidor está cada vez mais atento para a questao da responsabilidade sócio-ambiental nao mais como apenas “um valor”, mas como açao “de fato”. E que possui “armas” digitais capazes de causar um dano irreversível para as marcas se o assunto nao for tratado de forma honesta e transparente. O resultado? "O fim das marcas que falam por falar", na opiniao de Nigel Morris, da Isobar.

A propaganda brasileira sofreu menos com a crise, mas certamente será influenciada por estas 3 questoes. Como? Sao insights que pretendo investigar assim que voltar das minhas férias depois desta verdadeira maratona em Cannes

26 junho 2009

MARCA - O segredo de um bom nome.

Fonte: Portal PEGN

Chegar ao nome da empresa é certamente uma das principais preocupações de empreendedores que desejam tornar suas marcas conhecidas. Segundo Jay Jurisich, diretor criativo da Igor, uma agência dos EUA que ajuda empresários a escolher o nome e o logotipo do negócio, um bom nome fala por si só e pode ter muito a dizer sobre a marca e seus valores. Por outro lado, se a escolha for errada, é preciso investir em publicidade para que o produto caia no gosto dos consumidores. No guia Igor Naming, Jurisich mostra, em quatro tópicos, porque alguns nomes são tão poderosos e outros tão desestimulantes. Confira:

Funcionais e descritivos como, por exemplo, Limpol, são aqueles que descrevem o que é o produto ou a marca. Ao escolher um nome funcional deve-se tomar cuidado para não perder a criatividade.

Nomes inventados, como Google, são interessantes por serem únicos. Evite nomes com raízes gregas e em latim. Além de soar mais formal, você vai precisar de uma boa verba extra para dizer a que veio.

Nomes evocativos (Apple, Yahoo) são tidos pelos especialistas em marketing como os mais bem-sucedidos por serem fáceis de memorizar. Na maioria das vezes, evocam o posicionamento da empresa.

Os experienciais (Explorer, MinuteMaid) conectam o consumidor a uma experiência real e assim cria-se de imediato a identidade com a marca. Tendem a ser “batidos”, o que dificulta o registro.

Na hora da escolha, acredito que o principal é usar o bom senso. Fuja de gírias e nomes engraçados. Também é bom evitar aqueles com pronúncia e grafia difíceis.

INTERNET - Lula estreia blog e canal no YouTube até o final de julho.

Fonte: IDG Now.

São Paulo - Os canais vão levar informações do governo para o público jovem, informou Nelson Breve, responsável pela estratégia digital do governo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estreia até o final de julho um blog e um canal no site de vídeos YouTube para se comunicar com o público mais jovem.

“O objetivo destes canais é levar informação para um público que não se informa pelos meios tradicionais”, disse Nelson Breve, secretário de imprensa da Presidência da República, responsável pela estratégia de mídia digital do governo.

O blog, que se chamará Blog do Planalto, terá um equipe pequena e não aceitará, numa primeira fase, comentários dos leitores.

Breve afirmou também que já tem um acordo fechado com o Google para um canal de vídeos do presidente, mas ressaltou que o contrato ainda não está assinado.

A página no site de vídeos do Google também irá ao ar até o final de julho, assegurou o secretário de Imprensa.

Os dois canais, explicou Breve, terão informações sobre as iniciativas governamentais. “Temos uma estratégia de comunicação com todos os públicos”, afirmou.

Só depois do blog e do canal no YouTube irem ao ar é que a equipe que está comandando a estratégia digital do governo vai avaliar outras iniciativas de comunicação na internet, como o serviço de microblog Twitter

A ideia de criar canais na internet para que o presidente possa se comunicar, declarou Breve, existe desde 2007, mas ganhou força depois da eleição de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos.

Obama usou fortemente a internet em sua campanha para se comunicar e arrecadar fundos.

O Blog do Planalto rodará sob a plataforma de software livre WordPress, uma ferramenta gratuita para que as pessoas criem suas páginas pessoais na internet.

INOVAÇÃO - Spirit inova com ventiladores ecologicamente corretos.

Fonte: Mundo do Marketing

A Spirit lança este ano três linhas de ventiladores de teto ecologicamente corretas. As linhas Brite, Lite e Nite são produzidas com material reciclável e geram uma economia de cerca de 30% de energia comparado a outros ventiladores.

Fabricados com policarbonato – material utilizado na fabricação das janelas de aviões – os novos ventiladores são mais leves e superam o nível de ventilação de ventiladores comuns. A linha ainda permite o uso de lâmpadas que economizam até 80% de energia.

O ventilador de teto Spirit foi criado pelo estúdio Índio da Costa Design e é o único do mundo feito com pás translúcidas ou opacas. Seu design minimalista foi inspirado nas hélices dos aviões.

25 junho 2009

COMUNICAÇÃO - Ação da Cerveja Sol

Os publicitários da cerveja Sol realizaram uma ação de comunicação da marca pra lá de inusitada. Congelaram uma revista futebolística e entregaram aos leitores para divulgar a campanha "Gelaaaada". Assistam o vídeo abaixo e confiram como foi possível essa façanha:

CRISE - Estudo: Estados mais afetados pela crise.

Fonte: Portal PEGN

A crise financeira internacional, iniciada em setembro de 2008, afetou 72% das micro e pequenas empresas goianas. A constatação faz parte do estudo 'Impacto da Crise Financeira Internacional nas MPE Brasileiras', publicado pelo Sebrae São Paulo.
Os números colocam Goiás à frente do ranking nacional, seguido por Tocantins (69%), Paraíba (68%), Minas Gerais (68%), Espírito Santo (67%) e Rio Grande do Sul (67%), superando a média nacional (63%).

Pela pesquisa, realizada de março a maio de 2009, com 4.200 empresas em todo o país, 67% dos empreendedores goianos acusaram queda na demanda. Com relação ao faturamento, 48% afirmaram que vão manter, 40% vão aumentar, outros 9% vão diminuir e 3% não souberam responder.

Para os próximos seis meses, 72% dos empreendedores goianos planejam manter o número de empregados, 16% pensam em aumentar o quadro e 10% cogitam a possibilidade de demissões. No mesmo período, 64% vão manter os investimentos, enquanto 31% vão aumentar e 6% diminuir.

Sobre os problemas enfrentados pelas MPE goianas, a crise econômica figura em primeiro lugar (36%), seguida pela falta de capital de giro (16%), concorrência (10%), impostos e tributos elevados (7%), qualidade de mão-de-obra (6%), inadimplência (4%), dificuldade para obter empréstimo (1%). Para 12% os problemas são outros e 7% não enfrentam nenhuma dificuldade.

Para o coordenador da pesquisa e consultor do Sebrae/SP, Marco Aurélio Bedê, nos estados onde os empresários se declaram mais afetados pela crise, como Goiás, há uma forte concentração de empresas exportadoras e atividades ligadas ao agronegócio e à indústria.

O diagnóstico é comprovado pela Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás (Seplan), que apontou decréscimo de 10,08% na balança comercial do Estado, de janeiro a maio de 2009, na comparação com o mesmo período de 2008. 'A queda verificada pode ser atribuída aos reflexos da crise financeira mundial, que reduziu a demanda por vários produtos, como a carne, sulfeto de minério de cobre, couro e milho', explica o documento da Seplan.

A sondagem considera micro e pequena empresa aquelas com até 99 pessoas ocupadas na indústria, e 49 no comércio e serviços. De acordo com a Relação Anual de Informações (RAIS), o universo é formado 5.213.356 empresas em todo o País. A distribuição da amostra foi composta por 50 empresas da indústria, 50 do comércio e 50 de serviços.

24 junho 2009

COMUNICAÇÃO - ANVISA libera e setor farmacêutico volta a usar brindes.

Fonte: Mundo do Marketing

A indústria farmacêutica está liberada para usar brindes institucionais após decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A partir de amanhã, dia 16, os brindes podem ser oferecidos com a marca do laboratório e não dos medicamentos. Apesar da proibição iniciada em janeiro deste ano, a regulamentação final da RDC 23/09, Instrução Normativa 05/09, informa que a ANVISA liberou o uso do brinde.

Apesar da liberação, agências e representantes do setor farma questionam a eficácia de algumas normas. As celebridades não poderão mais estrelar comerciais consumindo um remédio - mesmo que este não precise de prescrição médica - sem ler as mensagens de advertência. Além disso, peças de 30 segundos deverão destinar 12 para as mensagens, o que inviabilizaria o comercial de 15 segundos.

A indústria farmacêutica e as agências conseguiram que a proibição da veiculação de comerciais de medicamentos na TV em intervalos de programas para crianças ou adolescentes seja válida somente para atrações infantis. Mesmo com as restrições feitas, o mercado farmacêutico brasileiro é saudável segundo dados da IMS Health, que monitora o setor. Entre maio de 2008 e abril de 2009, a indústria movimentou R$ 27.282 bilhões, 11,59% maior que o mesmo período entre maio de 2007 e abril 2008.

MARKETING - Como nasce um novo produto no McDonald’s?

Fonte: Mundo do Marketing


O McDonald’s passou a oferecer em seu cardápio os sucos Del Valle a partir deste mês. Por trás desta mudança está uma grande pesquisa e o desenvolvimento de uma linha de produtos exclusivos para a rede que levou dois anos para ser concluída e ouviu cerca de dois mil consumidores. O grande desafio do McDonald’s foi tornar um produto bom, melhor ainda.

Até então, o McDonald’s vendia os sucos MinuteMaid, marca da Coca-Cola assim como Del Valle. E vendia bem. Os sucos representam 26% das bebidas comercializadas na rede e este percentual é visto como excelente pela empresa. O grande problema era que a marca MinuteMaid não tinha o menor apelo junto ao consumidor. Ao contrário de Del Valle.

Na pesquisa feita com três tipos de consumidores diferentes determinado pela companhia – mães e crianças, "jovens adultos" e adultos – Del Valle apareceu como primeira na mente dos consumidores tanto em marca quanto em qualidade dos produtos. Foi o pontapé para a mudança. Mais que isso: para o nascimento de uma nova linha de produto. Durante 24 meses, McDonald’s e Del Valle trabalharam juntos para chegar a sucos cujas fórmulas são exclusivas.

Avaliação qualitativa
Primeiro as empresas fizeram um levantamento do mercado de sucos e viram que o brasileiro tem a cultura de consumir em casa e na rua. Depois, a pesquisa envolveu consumidores e não consumidores. Para além dos números, McDonald’s e Del Valle analisaram questões qualitativas. Avaliaram sabor, textura, consistência, teor de açúcar, frequência de consumo, momento de consumo, marcas mais relevantes e que tipos de sucos estão consumindo, se era suco pronto ou feito na hora.

A partir do perfil de consumo percebido, foram feitas discussões em grupo com consumidores que representavam os targets desejados para definir qual seria a formulação que mais agradava a maioria dos perfis. “O foco principal da pesquisa foi agradar a mães e crianças, que são os maiores consumidores. Esse target chega a consumir até 35% de sucos”, aponta Roberto Gnypek, Diretor de Planejamento de Marketing do McDonald’s Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Uma das preocupações das empresas era não perder clientes. O consumidor já tinha uma grande aceitação e poderia haver uma recusa quanto ao novo sabor. Por isso não foi colocado nas máquinas do McDonald’s o mesmo suco Del Valle vendido nos supermercados. Foi desenvolvida uma fórmula específica, exclusiva para o consumidor do McDonald’s. Durante os dois anos de pesquisa foram feitos testes de produtos com DNA Del Valle, mas que se adequasse as características que o consumidor da rede aprecia num suco. “A partir disso temos a certeza de que o nosso consumidor verá a mudança como positiva”, afirma Gnypek.

O que muda
Entre as mudanças, sai de cena o suco de limão, pouco pedido, e entra o de frutas vermelhas, uma mistura de ameixa, maça e morango. Continuam os sabores de maracujá, laranja e uva, agora chamados de Del Valle Uva, Del Valle Laranja, Del Valle Maracujá. Os preços são os mesmos. A aposta é de que quem não é consumidor seja atraído pela marca Del Valle. Há ainda uma grande possibilidade de novos sabores serem incorporados ao cardápio a cada semestre.

“A pesquisa foi feita para entender bem o que consumidor está pedindo e como podemos atendê-lo. Poderíamos ter optado por outra marca de suco, por uma marca própria, mas fomos ao mercado e vimos que o consumidor vê Del Valle como um suco de qualidade. Todos os sucos serão Del Valle. É uma assinatura de qualidade. Toda pesquisa, desenvolvimento e fornecimento está sendo feito em conjunto entre o McDonald’s e a Del Valle”, explica Roberto Gnypek, Diretor de Planejamento de Marketing.

A estratégia de lançamento dos sucos Del Valle para o McDonald’s também é diferente. O foco é na qualidade e na informação da nova marca. Não haverá grandes verbas de comunicação investidas além de anúncios em revistas femininas e em internet. O principal canal de comunicação é o ponto-de-venda. Afinal, são 1,7 milhão de pessoas que passam por dia no McDonald’s.

As metas
O contato com o consumidor neste momento é fundamental. “Ele é impactado no ponto-de-venda e será convidado a experimentar por meio de sugestão dos funcionários na hora da escolha do cardápio. A sugestiva não será tão contundente, mas sim uma sugestão mesmo, uma abordagem bem mais amigável”, ressalta Gnypek. Por hora, não haverá nenhuma promoção, além de um copo especial, mas já há uma ação em planejamento para o fim do ano que ainda está em projeto com foco em mães e crianças.

A ordem agora é dar tempo para que as pessoas reajam ao lançamento. O consumidor médio do McDonald’s compra 2,5 vezes por mês. Dois meses é o tempo de o consumidor experimentar o produto e realmente perceber a mudança. Em poucos dias as vendas continuavam nos mesmos níveis. O aumento de venda deve ser percebido nesta semana.

Segundo o Diretor de Planejamento de Marketing da rede, não há uma meta de aumentar o consumo em curto prazo. “Obviamente o nosso objetivo sempre é vender mais, mas com qualidade. Neste caso, os patamares que temos hoje são tão bons que os nossos objetivos estão muito mais ligados a trazer mais valor para o consumidor. O nosso grande objetivo é agregar qualidade, valor, boa percepção de marca e uma experiência melhor para alimentação do consumidor. Se o projeto for bem sucedido, a venda será conseqüência”, conclui Roberto Gnypek.

23 junho 2009

SUSTENTABILIDADE - Black Pixel Project / Greenpeace

O Greenpeace quer mostrar que qualquer um, no dia a dia, pode ajudar a diminuir o impacto das emissões de CO2 através da economia de energia. Como? Com apenas um pixel.

O Black Pixel Project instala um quadradinho negro no monitor do seu computador, “apagando” um pixel”. Com aval do Instituto C.E.S.A.R de tecnologia (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), o Greenpeace prova que com isso cada pessoa pode economizar 0,057 watts/hora.

O site do projeto revela que até agora, com os Black Pixels já instalados, foram economizados 85.189 watts, equivalentes a 946 geladeiras desligadas durante 1 hora, ou 2129 lâmpadas apagadas pelo mesmo tempo.

Se quiser participar, instale o seu dead pixel de estimação baixando no site, lembrando que a economia só acontece com monitores de tubo ou plasma. A criação é da AlmapBBDO, com produção da On Interactive e Ananke.

EMPREENDEDORISMO - ENTREVISTA COM JIM COLLINS.

Fonte: Portal PEGN

P: Como você se prepara para um ambiente feroz que não consegue prever?

R: É somente em tempos como estes que você tem uma chance de mostrar a sua força

Jim Collins, autor do best-seller

O assunto empreendedorismo tem fascinado o guru norte-americano Jim Collins. Autor de dois best-sellers do management, Empresas Feitas para Vencer e Feitas para Durar, Collins acredita que nos próximos anos iremos viver em um ambiente bem mais hostil, mas cheio de oportunidades. Como o futuro é incerto, ele acredita que o importante é ter um bom time de profissionais, capaz de construir não só uma empresa, mas todo um movimento que transforme a sociedade. Leia a seguir as reflexões sobre ao menos três décadas de pesquisas, que Collins revelou a um entrevistador de peso: Bo Burlingham, editor independente da Inc. e autor, ele próprio, de um livro campeão de vendas, Pequenos Gigantes.

O que move o empreendedorismo?
Eu convidei Steve Jobs para minha aula de empreendedorismo em Stanford em 1988 ou 1989. Ele disse: "Não estamos criando computadores. Estamos criando bicicletas para a mente". O veí culo de locomoção mais eficiente para ele era a bicicleta, e Jobs acreditava que poderia criar uma bicicleta para a mente. Era o computador pessoal. É muito diferente de pensar "estamos criando uma companhia para que todos fiquem ricos e se aposentem". Se Jobs tivesse raciocinado assim, teria abandonado o seu projeto. O mesmo vale para Yvon Chouinard, da Patagônia. Ele queria fazer produtos incríveis, mas estes teriam que tomar parte em algo maior - um modelo para pessoas que quisessem construir uma organização sustentável. Foi uma visão nobre de empreendedorismo, que muitos passaram a compartilhar.

Como você definiria o empreendedorismo?
Eu tenho uma visão ampla disso. A definição tradicional - fundar uma entidade destinada a ganhar dinheiro - é estreita demais para mim. Eu vejo o empreendedorismo mais como um conceito de vida. Todos fazemos opções sobre como vamos viver a vida. Você pode usar a abordagem de pintar por números ou pode começar com uma tela em branco. Quando você pinta por números, o resultado final é garantido. Você sabe o que vai conseguir e talvez fique bom, mas nunca será uma obra-prima. Começar com uma tela em branco é a única maneira de se obter uma obra-prima, mas há a possibilidade também de estragar tudo. Você vai escolher o kit de pintar por números ou a tela em branco? Essa é uma questão de vida, e não uma questão empresarial.

Tem a ver com a capacidade de lidar com riscos, não?
Riscos, não. Ambiguidade. As pessoas confundem as duas coisas. Meus alunos costumavam me procurar em Stanford e dizer: "Eu realmente gostaria de fazer algo meu, mas não estou pronto para assumir tamanho risco. Então aceitei o emprego na IBM". E eu dizia: "Você não está preparado para os riscos? Qual é a primeira coisa que você aprende sobre investimentos? Nunca ponha todos os ovos na mesma cesta. Você acaba de colocar todos os ovos em uma cesta que está nas mãos de outra pessoa". Como empresário, você sabe quais são os riscos. Você os vê. Você os entende e os administra. Se você entrar para a empresa de outra pessoa, poderá não conhecer esses riscos, mas eles estão lá. Você simplesmente não pode vê-los e, por isso, não pode administrá-los. Essa é uma posição muito mais exposta do que a que o empresário enfrenta. Mas existe menos ambiguidade no caminho de pintar por números: é claro, porém, mais arriscado. O caminho empresarial é ambíguo, contudo, menos arriscado. A verdade é que tudo é ambíguo, de qualquer forma. Se você acha que pode prever o futuro, está louco.

Não conheço muitas pessoas que acham que podem prever o futuro hoje em dia.
Tivemos um chamado de despertar. Algumas pessoas o receberam antes que outras. Depois do estouro da bolha em 2000, eu estava conversando com algumas empresas de capital de risco. Eles disseram: "Isso tudo é muito interessante. Mas estamos ficando sem dinheiro. A bolha estourou. Vamos morrer. O que você tem a nos dizer?" Francamente, eu não tinha nada a dizer exceto "Puxa..." Mas enquanto pensava nisso, percebi que as companhias de tecnologia estavam experimentando algo que ia acontecer com todo mundo. Uma imagem surgiu na minha cabeça. Era uma analogia com escaladas. A maioria das pessoas está no conforto do campo na base e pode continuar fazendo o que estava fazendo mesmo que haja uma grande tempestade. Mas aqueles que acordam lá no alto da montanha no meio de uma terrível tempestade encontram-se em grave perigo, como o pessoal da tecnologia depois que a bolha estourou. Pareceu-me que estávamos todos subindo para lá, quer gostássemos, quer não. Estamos rumando para um mundo caracterizado por grandes eventos, grandes forças, tempestades maciças. Vamos ser pequenos grãos de poeira vulneráveis no alto da montanha quando a tempestade surgir do nada. E, se não estivermos preparados, vamos morrer lá em cima. Ou vamos enfrentar sérios problemas.

Como você se prepara para um ambiente que não consegue prever?
Acho que hoje temos que aprender a lidar com um mundo que vai ser feroz. Não temos prática nisso. Pessoas como eu, que cresceram no período do pós-guerra, não têm experiência com volatilidade, turbulência, as incertezas do mundo que provavelmente vão definir a segunda metade da minha vida.

Sua visão soa pessimista.
Não. É somente em tempos como estes que você tem uma chance de mostrar a sua força. Acho que precisamos ter fé absoluta em nossa capacidade de lidar com qualquer coisa que seja atirada contra nós. E precisamos ter uma paranoia total e realista de que muita coisa pode ser atirada contra nós. Temos que ser capazes de juntar essas duas ideias contraditórias: estar preparados para o que não podemos prever e ao mesmo tempo ter essa fé inabalável e completa de que encontraremos uma maneira de lidar com tudo isso.

Qual é a fonte do seu otimismo?
Grande parte dela tem a ver com a jovem geração. Eles têm um senso de responsabilidade e serviço que é notável e maravilhoso. É um estado de espírito, e é coletivo. E isso é realmente poderoso. Estar conectado tecnologicamente. Não é grandioso, mas existe uma suposição básica de fazer parte de um conjunto de aspirações muito maior. O mundo pode ser realmente terrível, brutal, turbulento. No entanto, tenho esperança exatamente por causa dessa geração de jovens. Acho que devemos lhes dar as chaves assim que possível. Deixem que eles dirijam.

Como as capacidades básicas necessárias para construir uma grande empresa mudaram nos últimos 30 anos?
Os princípios básicos não mudaram, mas as técnicas estão sempre se modificando. Quer você esteja dirigindo uma empresa em 1812, 1886, 1925, 1950, 1975, 2000, 2050, não vejo nada que contradiga o seguinte princípio: o "quem" vem primeiro e o "quê" vem depois. Se você não consegue prever o "quê", precisa ser capaz de fazer um bom trabalho com o "quem". Porque o "quê" vai estar constantemente mudando.



O que exatamente o senhor quer dizer com fazer um bom trabalho com o "quem"?
Você ter uma cultura de pessoas que a) compartilham um conjunto de valores; b) têm responsabilidades muito claras; e c) transformam isso em desempenho. O que mudou foi a capacitação. Você precisa estar continuamente aprendendo. O trabalho é infinito e o tempo, finito. Então, você precisa administrar seu tempo e não seu trabalho. Necessita de um foco de laser para fazer primeiro o que é mais importante. Isso significa ter uma compreensão feroz do que você não vai fazer. A técnica é saber como filtrar a tempestade de informação que o atinge o tempo todo.

O que muda na maneira de pensar dos empreendedores?
Eu definiria quatro etapas pelas quais o empreendedorismo passou nos últimos 30 anos. Na Etapa 1, você tem uma ótima ideia. Depois passamos à Etapa 2, em que você constrói uma empresa de sucesso. Então, na década de 1990, chegamos à etapa seguinte: erguer uma grande companhia. É diferente, porque uma grande companhia terá, com o tempo, muitas empresas de sucesso. Hoje penso que podemos estar no auge de uma Etapa 4. Acho que podemos estar na etapa de passar de uma grande companhia para um grande movimento.

Um movimento?
Sim, um movimento. Algo maior que a companhia. Pense nos primeiros dias da Apple, que passou por todas essas etapas. Eles começaram com uma grande ideia: "Puxa, temos esse computador bacana que as pessoas querem". Então eles construíram uma grande empresa ao redor do Apple II. Depois veio o passo conceitual de dizer: "Na verdade, a Apple é uma companhia a partir da qual muitas coisas vão acontecer". A mudança foi muito clara. E, além disso, havia toda a noção de um movimento - colocar a tecnologia nas mãos das pessoas e lhes dar muito mais poder.

Em outras palavras, não se trata apenas de ter uma boa ideia ou construir uma empresa de sucesso, ou mesmo uma companhia de sucesso. O movimento é a expressão máxima da ideia.
Bem, você não pode ter uma grande companhia se não tiver uma empresa de sucesso e não pode ter uma empresa de sucesso se não tiver pelo menos uma ideia com que trabalhar. Por isso, para ser um empreendedor da Etapa 4, você precisa ter a 3, a 2 e a 1. Você não pode construir um movimento sem ter por baixo uma empresa forte, estrategicamente sólida, mantida por um conjunto de processos e valores realmente eficaz. Criatividade e disciplina andam de mãos dadas.

Um movimento engloba empreendedores sociais?
Acho que, com o passar do tempo, a divisão entre o setor social e o setor econômico se tornará cada vez mais imprecisa. Costumamos pensar que o setor econômico vai ensinar o setor social e que este é menos sofisticado. Estamos errados. Os líderes de organizações do setor social precisam fazer as coisas sem as alavancas de poder disponíveis aos líderes do setor empresarial. Os donos e executivos de empresas têm uma quantidade tremenda de poder concentrado. Eles não precisam realmente liderar. Se eu colocar uma arma na sua cabeça, posso obrigá-lo a fazer muitas coisas. Nas organizações do setor social o poder é difuso. Para realizar é preciso realmente liderar. Se você quer criar um movimento pode encomendá-lo, pedi-lo ou desejar sua existência exercendo um poder concentrado. Simplesmente não vai funcionar.

MARKETING - Eco-cliente é bom?

Fonte: portal PEGN


Em um artigo publicado na revista eletrônica dedicada à sustentabilidade da Harvard Business School, HBR Green, o professor e consultor Steve Bishop alerta as empresas para o perigo de focar ações de marketing e desenvolvimento de novos produtos na clientela ecologicamente engajada.

Segundo ele, mirar nesse consumidor não funciona por dois principais motivos:
- Companhias já bem estabelecidas podem perder sua base de compradores ao mudar a estratégia. A maior parte dos consumidores quer satisfazer as suas necessidades antes de levar em conta às necessidades do planeta. E, frequentemente, os produtos verdes não atendem às exigências da maioria das pessoas.

- As pequenas marcas segmentadas, que realmente atraem o público ambientalista, dificilmente atingem a grande massa. Essas empresas ficam presas em uma espécie de gueto verde – virtuoso, porém limitado.

Para Bishop, a solução é simples: ao invés de focar em um nicho verde, foque em comportamentos verdes que todas as pessoas comuns podem adotar. Ele acredita que as empresas interessadas na sustentabilidade não devem se preocupar em oferecer produtos verdes, e sim soluções para o cotidiano.

TI - Banque o gerente de TI no mundo virtual.

Fonte: INFO Online



Jogo da Intel simula os desafios do dia-a-dia de um gestor de TI em terceira dimensão
Como é estar na pele de um gerente de TI, tendo que lidar com orçamentos, investir em inovação, combater ataques virtuais, contratar e demitir e garantir treinamento e suporte adequados aos funcionários de uma companhia?

Agora você já pode viver essa experiência no simulador em terceira dimensão IT Manager Game 3.0, desenvolvido pela Intel.

O jogador tem como meta tornar a empresa virtual lucrativa e bem sucedida, decidindo quais são as tecnologias que cada funcionário deve utilizar e como elas vão ajudá-los a desempenhar melhor suas funções.

Desafios como ataques de vírus e incidentes que exigem a gestão de equipes podem aparecer no meio do caminho e o grau de dificuldade vai aumentando conforme o jogo evolui e empresa cresce.

O jogo já está disponível em 14 países e 12 idiomas diferentes, incluindo português. Desde a estreia da versão beta, em novembro de 2008, o simulador já atingiu aproximadamente 1 bilhão de pageviews.

Segundo a Intel, são mais de 20 mil jogadores registrados, na maioria profissionais e estudantes de TI, que jogam em média 38 minutos cada um. Estados Unidos, Inglaterra, Turquia e Rússia são os países com o maior número de jogadores.

É possível acompanhar, em tempo real, o ranking dos líderes do jogo e a lista das empresas virtuais mais lucrativas.

O IT Manager Game 3.0 é gratuito e para jogar basta cadastrar-se neste endereço -> http://www.nextgenerationcenter.com/email/2404-itmangIII/port/itmgr3.html

DESIGN - Vai uma água fashion aí?

Fonte: Portal AMANHÃ

Guto Mocellin, presidente do Conselho de Administração da segunda maior envasadora de águas do Brasil, a paranaense Ouro Fino, aposta na sofisticação das embalagens como estratégia de diferenciação



Durante os desfiles do Fashion Rio, na semana passada, a fabricante de moda praia Lenny distribuiu garrafinhas de água mineral personalizadas com sua marca. A ação de cross branding, na verdade, não deixou em evidência apenas a Lenny, mas revelou também uma estratégia de marketing da Empresa de Águas Ouro Fino. Dona de cerca de 3% do mercado brasileiro de águas - altamente pulverizado -, a empresa, cuja sede fica em Campo Largo (PR), tem como maior concorrente o Grupo Schin. No Paraná, é líder absoluta de mercado com mais de 60% de share.

Segundo estimativas, a Ouro Fino faturou pouco mais de R$ 70 milhões em 2008. Grande parte do crescimento experimentado nos últimos anos - no ano passado foi de 20%, e, em 2007, 12% - é atribuído a processos de inovação ligados à sofisticação das embalagens. "Água é uma commodity, então resolvemos intensificar investimentos em design e marketing para nos diferenciarmos", explica Guto Mocellin, presidente do Conselho de Administração desde 2003 e membro da terceira geração da família fundadora da Ouro Fino.

As investidas no visual dos produtos têm garantido bons resultados. Hoje, são 27 tipos de embalagens de água, alguns inclusive reconhecidos internacionalmente. É o caso do galão de 5 litros: a embalagem Blue foi agraciada com o prêmio de melhor design de bebida não alcoólica durante o Congresso Mundial de Embalagens de 2006, na China. Além disso, a empresa foi a primeira indústria brasileira do setor a receber a certificação NSF (National Sanitation Foundation), organização internacional que avalia a qualidade dos produtos, processos industriais e sistemas de desenvolvimento sustentável que preservem os recursos naturais.

Entre as quase 30 variedades de produtos comercializados pela Ouro Fino, as águas com sabor merecem destaque por sobreviverem competitivas num nicho de mercado considerado difícil. "Muitas outras empresas lançaram águas com sabor e não tiveram sucesso", explica Mocellin.

Hoje, a Ouro Fino fabrica quatro tipos de água saborizada. "Acredito que o consumo deste tipo de produto sofre uma curva. No começo, é novidade, as pessoas experimentam... mas depois passa", diz o empresário. Ainda assim, as águas com sabor representam atualmente uma parcela significativa do faturamento da empresa - algo em torno de 10%.

22 junho 2009

INOVAÇÃO - "Color Picker"

Pra que comprar canetas multicoloridas, agora podemos pegar emprestado do mundo suas infinitas possibilidades de cores e usar nos nossos desenhos. Esta caneta com ar futurista se chama "Color Picker” e ao ser colocada contra um objeto, permite ao usuário simplesmente apertando o botão scan, captar a cor desse objeto e reproduzí-la em um cartucho interno que mistura cores em RGB.

Designer : Jinsun Park


AMBIENTE - Especialistas alertam para iminência de desastre.

Fonte: Coletiva.net

27 organizações sociais denunciam desmonte da legislação ambiental em prol do crescimento econômico

Fenômenos como El Niño, o furacão Katrina, os tsunamis, derretimento das calotas polares, efeito estufa, vazamento de óleo, poluição do ar, escassez de água potável, enchentes e deslizamentos de terra são atribuídos à ação humana. A fim de evitar novas catástrofes, especialistas de 27 organizações sociais alertam que as atuais medidas do governo brasileiro colocam o país e o mundo na iminência de novos desastres, não apenas ecológicos, mas também econômicos e sociais. “O que está sendo feito é a dilapidação dos recursos naturais em prol de um crescimento econômico ilusório e imediatista, que não considera a necessidade de se manter as bases para que possa efetivamente gerar bem-estar e se perpetuar no tempo”, denunciam em nota pública.

“A título de regularizar as posses de pequenos agricultores ocupantes de terras públicas federais na Amazônia, a Medida Provisória 458 permitirá a legalização da situação de uma grande quantidade de grileiros, incentivando, assim, o assalto ao patrimônio público, a concentração fundiária e o avanço do desmatamento ilegal”, afirmam as organizações. A estimativa inicial é que mais de 60 milhões de hectares da floresta Amazônica sejam derrubados através da aprovação desta MP, que aguarda apenas uma assinatura do presidente Luís Inácio Lula da Silva para entrar em vigor, prevista para o dia 25 de junho.

Da mesma forma, eles apontam como um erro estratégico o Decreto 6848 que estipula um teto que praticamente isenta as empresas de pagar compensação ambiental pelos danos causados à natureza e às comunidades locais. Este decreto está em oposição à decisão do Supremo Tribunal Federal que vincula o pagamento de indenização de forma proporcional ao grau dos impactos gerados. “Rasga também um dos pontos principais da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, assinada pelo País em 1992, que determina que o causador da degradação deva ser responsável, integralmente, pelos ônus sociais (princípio do poluidor-pagador). Agora, independentemente do prejuízo imposto à sociedade, o empreendedor não terá que desembolsar mais do que 0,5% do valor da obra”, concluem.

Eles também classificam como grave a proposta de revogação tácita do Código Florestal, que visa diminuir a reserva legal na Amazônia e anistiar as ocupações ilegais de áreas de preservação permanente. “Essa movimentação já gerou o seu primeiro produto: a aprovação do chamado Código Ambiental de Santa Catarina, que diminui a proteção às florestas que preservam os rios e encostas, justamente as que, se estivessem conservadas, poderiam ter evitado parte significativa da catástrofe ocorrida no Vale do Itajaí no final de 2008”, explicam as 27 organizações em nota pública.

INTERNET - Estrategistas buscam alinhamento de conteúdos no ambiente digital.

Fonte: Coletiva.net

A partir de 2003, com a criação do Blogger, a internet evoluiu como meio de informação


A onda das redes sociais ganha maior dimensão com a criação do Blogger, por volta de 2003, uma ferramenta de fácil manuseio para publicação de notícias e opiniões em formato cronológico inverso. Logo depois, vem o MySpace, o Orkut, o You Tube, em canais cada vez mais segmentados, customizáveis, funcionais e até exóticos. Hoje é praticamente impossível determinar as possibilidades de interação neste estilo de projeto, diante da profusão de novidades disponibilizadas a cada dia. Mesmo assim, este foi o desafio do seminário Social Media Brasil, realizado semana passada em São Paulo.

Wagner Fontoura, estrategista de Mídias Sociais na Riot, vê um movimento de migração de sites editoriais para sites sociais e de conteúdo dinâmico. Até há pouco tempo, o consumo de conteúdo era passivo e havia poucos meios publicando conteúdo para uma audiência ampla, sendo que “agora é ativo, o consumidor é ativamente responsável pelo conteúdo publicado”. Enquanto a web 1.0 é unidirecional e tem o site como intermediário, a web 2.0 é participativa, bidirecional e social. Daí que surgem as mídias sociais como ferramentas online projetadas para permitir a interação social a partir do compartilhamento e da criação colaborativa de informação. Ou seja: tecnologia mais interações sociais é igual à produção de conteúdo colaborativo.

Partindo do princípio de que publicidade também é um tipo de conteúdo, as pessoas querem compartilhá-la. Mas há uma verdade: ninguém quer ver a simples transposição de materiais de mídia convencional para o meio digital. “Toda fórmula está na criação de conteúdos relevantes, que são entregues para alguns conectores, que fazem então a difusão ao target, incentivando a conversação. Mas a palavra-chave é relevância, que tem um conceito bem elástico”, destaca. Como exemplo deste novo formato, ele cita a criação do blog Área 95, ligado à Nokia e voltado para divulgação e discussão de uso do modelo de telefone celular N95, onde houve mais de 140 mil visitas em dois meses. Autores de blogs famosos escreveram no blog, dando dicas e compartilhando suas experiências com o novo aparelho. Já a Unilever criou um espaço de interação para consumidoras, que foram estimuladas a expressar suas opiniões por meio de desafios e interações. Foram registrados 110 cadastros e 146 histórias de mulheres de todo o Brasil.

A Jeep Experience vai no mesmo sentido, como uma comunidade da Jeep onde os proprietários podem compartilhar experiências e contribuir com vídeos e fotos. A plataforma utiliza recursos de diversas ferramentas da web para centralizar o conteúdo em apenas um lugar O conceito básico é estimular e aprender a ouvir.

O fato é que as marcas devem ser capazes de se organizar tão rápido quanto seus consumidores, que esperam respostas imediatas e entendem as discussões em canais sociais como um bem público. Grandes marcas já confiam na web como parte da sua estratégia de aproximação e começam a ver a web como uma ferramenta de inserção na rotina desses consumidores. As corporações se tornam também parceiras de diversão e fornecedoras de informação, enquanto os consumidores agora são parceiros diários, envolvidos, ativos. As ações na área precisam saber, e por isto investir ao mesmo tempo em gerenciamento de riscos, que os conteúdos podem agradar, desagradar ou serem completamente ignorados. Há visões que comemoram mesmo os comentários negativos, pela visibilidade que alcançam, mas Fontoura não concorda porque o custo para a reputação é muito alto e duradouro.

Em geral, o processo envolve a co-criação e partilha de informação, adoção de transparência nas conversas, instituição de evangelistas para operar o marketing boca-a-boca, técnicas orientadas para auxiliar e motivar as pessoas a falar uma com as outras. O mapeamento dos conectores é decisivo. Ele cita os conectores Alfas, que são os pioneiros, responsáveis pela concepção das idéias, pela criação de novos hábitos de consumo, tendências, modas e por onde se inicia a cadeia de propagação da informação. Já os Betas são grandes “conectores sociais”, que absorvem as idéias criadas pelos Alfas e, através de suas conexões, divulgam para o grande público.

O estrategista finaliza indicando o que não fazer nas redes sociais, acusando que qualquer prática destinada a enganar as pessoas sobre o envolvimento de marketing em uma comunicação é condenável, assim como pagar para que agentes de mídias sociais falem (ou promovam) um produto para a empresa, restringindo-lhes a expressão ou manipulando a sua opinião. É contraindicado ainda usar falsas identidades em uma discussão online para promover um produto, tendo, ao longo de um web site, conversas ou promoção de experiências contra a vontade ou regras estabelecidas pelo titular, da mesma maneira que não se deve usar um software automatizado (‘bots’) para postar comentários alheios ou inadequados para outros blogs ou comunidades online.

CASE – Roberto Aloureiro, gerente de Redes Sociais da construtora paulista Tecnisa, identifica três perfis de internauta: o turista, o imigrante e o nativo, com conflitos de culturas que criam barreiras para processos de inovação, adicionado ao fato de alguns personagens nas organizações serem em si dificultadores da implementação de mudanças na postura de relacionamento, como um dono centrado no retorno financeiro, um profissional de TI com várias travas de segurança nos equipamentos, um diretor de Marketing que insiste em aplicar receitas prontas e até as agências de publicidade com raciocínios de massa. “Precisamos de uma cultura de mudanças”, conclama, no sentido da busca de aceitação e uso das redes sociais como plataforma de diálogo, aprendizagem e negócios.

A construtora foi pioneira em estar na internet, entrar no Second Life e até vender pelo Twitter, exatamente por ter conseguido, estruturalmente, fugir das armadilhas e emperramentos e ter uma visão estratégica de macro-ambiente. A empresa tem ainda um canal no YouTube com vídeos do futuro apartamento, da vista do entorno, imagens de facilidades e serviços do bairro, entrevistas com especialistas sobre financiamento, decoração e manutenção, afora um blog para receber demandas dos clientes e uma forte presença digital nos mecanismos de busca. Para validar todos estes investimentos, o analista de SEO da Media Contacts, Giordani Pasqualon, cita os links apontando para o site ou blog da empresa, número de seguidores no Twitter, número de visitantes únicos, número de impressões, análise qualitativa de buzz (posts e comentários) com determinação do perfil do opinante, análise da presença da marca em canais e comunidades, cadastrados obtidos e número médio de emails recebidos.

SOCIAL APPS – O painel de encerramento do seminário foi centrado num dos temas mais promissores nas redes sociais: a possibilidade de expansão de conteúdo e interação por meio de widgets ou gadgets, janelas que podem ser inseridas nos perfis e comunidades. Hoje já são mais de 3.800 aplicativos disponíveis no Orkut, sendo que o mais usado foi instalado por aproximadamente 35 milhões de pessoas com 1 bilhão de visualizações por semana. Gilberto Alves Jr, designer de interfaces e sócio-fundador da Amanaiê, conceitua os social AD como aplicativos para fazer publicidade e branding em redes sociais, oferecidos para usuários que aderem a partir da relevância e da possibilidade de compartilhar preferências com pessoas de sua rede de contatos, ampliando-a ou fortalecendo-a.

Se estes aplicativos foram criados na codificação OpenSocial entram num amplo circuito de canais de instalação compatíveis, diferentemente de um passado recente quando os códigos eram proprietários e exclusivos, o que dificultava o alastramento das idéias em plataformas digitais. Concorrentes como Orkut, MySpace e LinkedIn estão conveniados nesta tarefa, o que vem popularizando as instalações e enriquecendo as experiências de interação a partir da página principal dos perfis. Basicamente, os aplicativos são vetores de expressão, de formação de identidade do indivíduo e muitos são destinados a funcionalidades cotidianas, de conversão de moeda, de clima, de cálculo de ingredientes para receitas culinárias e até de entretenimento, contendo por exemplo um jogo como o Tetris. Ademais, social AD podem ser veiculados vídeos, fotos, links para páginas externas na web, músicas. Uma vantagem é que não se trata de uma comunicação interruptiva e, ao mesmo tempo, conta com audiências bastante altas, na ordem de milhões de pessoas e com grande disposição a dialogar e não somente contemplar.

Os aplicativos ainda têm o mérito de ser uma exposição com valor agregado, porque há o referendo de uma pessoa por seus amigos e o engajamento de ser um meio de intercâmbio. É um formato que pode viabilizar a criação de comunidades em torno de idéias e marcas em nichos bem específicos, e não perde a característica de total mensuração ou monitoramento da trajetória do usuário dentro dele, como se fosse um website.

Marcelo Trípoli, presidente da agência de marketing digital iThink, afirma que os pilares da comunicação contemporânea envolvem serviços, conteúdo e entretenimento, o que já é encontrado nas redes sociais e até justifica sua plena aceitação, fazendo uma revolução no mercado criador de conteúdo, onde as fronteiras entre as incumbências de cada fornecedor ou especialista caem porque o que interessa é o resultado em engajamento. Ao comunicador, segundo ele, é exigido criar alinhado às mensagens-chave da marca, com valor agregado e usando a internet para potencializar através de uma eficiente contação de histórias. “O comercial de TV é um pop-up do conteúdo que está na internet, ele vai gerar tráfego”, provoca.

15 junho 2009

MARKETING - MP move ação contra McDonald's, Bob's e Burger King.

Fonte: EXAME / Agência Estado

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo informou hoje que entrou com ação civil pública, com pedido de liminar, para que as redes de lanchonetes McDonald's, Bob's e Burger King suspendam as promoções que casam venda de lanches com brinquedos. As redes Burger King e Bob's informaram, por meio de nota oficial, que ainda não foram notificadas pelo Ministério Público Federal e, por isso, não comentarão o assunto. O McDonald's também informou que não foi notificado, mas ressaltou que, desde parecer do MPF sobre o tema, a rede vende os brinquedos também de forma independente, "não havendo obrigatoriedade de consumir a refeição". Para o autor da ação, procurador da República Márcio Schusterschitz da Silva Araújo, os brinquedos influenciam as crianças na compra dos lanches, basicamente compostos de hambúrguer, batata frita e refrigerante, alimentos associados por especialistas ao problema da obesidade infantil. Araújo ressaltou que a estratégia de marketing utilizada por McDonald's, Bob's e Burger King nas promoções McLanche Feliz, Lanche Bkids e Trikids, respectivamente, incita o consumo e torna fiel o consumidor infantil a um produto altamente calórico. Ele disse ser contra o argumento das redes de que os pais são os únicos responsáveis pela compra ou não do lanche com o brinquedo. Conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC), a responsabilidade dos pais não isenta de responsabilidade o fornecedor nem faz a prática deixar de ser abusiva. Em 2006, o McDonald's firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPF para que os brinquedos que acompanham o McLanche Feliz fossem também vendidos separadamente. O objetivo do TAC era impedir a venda casada dos brinquedos com o lanche e permitir aos pais que completassem as coleções dos filhos, independentemente da compra de lanches. A ação, contudo, independe do TAC e se baseia em outros fundamentos legais, de acordo com o MPF. A preocupação não é apenas quanto à venda casada, mas sim quanto aos efeitos sobre a infância e a saúde pública do marketing infantil das redes de fast food.

COMUNICAÇÃO - A TV venceu o Google.

Fonte: Portal Exame

O ícone da internet anuncia na televisão para promover o Chrome, seu novo navegador. Uma ironia na vida da empresa que desafiou o marketing convencional

Em pouco mais de uma década de existência, o Google se transformou em um símbolo de ruptura no universo corporativo. Nesse período, passou de empresa de garagem, criadora de um inovador e eficiente site de buscas, para um colosso avaliado em 125 bilhões de dólares, dono da décima marca mais valiosa do mundo. Em meio a esse processo, o Google criou uma cultura empresarial única, copiada nos quatro cantos do planeta por companhias que se julgam - ou desejam ser - inovadoras e modernas. Entre as idiossincrasias do Google - e de seus fundadores, Sergey Brin e Larry Page - está a maneira como a empresa vê sua estratégia de marketing e promoção. Como boa parte de seu faturamento vem da venda de anúncios online em seus próprios produtos, o Google praticamente dá de ombros para a publicidade convencional. No ano passado, investiu 20 milhões de dólares na divulgação de seus produtos fora da internet. A maior parte desse dinheiro foi colocada em ações de marketing alternativo, campanhas boca a boca e, eventualmente, ações de impacto de marketing de guerrilha.

No início de maio veio a surpresa. O Google anunciou que iniciaria a veiculação de comerciais na TV a cabo americana para divulgar um de seus novos produtos, o navegador na internet Chrome. Para espanto de muitos, a companhia que vive e cresce graças à publicidade digital descobriu o poder da mídia tradicional.

A decisão de anunciar o Chrome na televisão veio após uma série de tentativas frustradas de popularizar o produto. Lançado em setembro, o buscador é um projeto crucial para o Google. O Chrome é visto como uma arma poderosa no confronto com a Microsoft, líder absoluta do mercado de navegadores, com o Explorer. Concentrando cerca de 60% de todas as buscas realizadas na internet no mundo, o Google quer agora seu quinhão no mercado de navegadores, a porta de entrada dos usuários da rede mundial de computadores. "Uma vez que os mecanismos de busca se tornaram parte fundamental do uso da internet, qualquer coisa que produza impacto na rede interessa ao Google. E esse é o caso dos navegadores", diz Mark Mahaney, analista do Citigroup especializado em empresas de internet. De acordo com dados da consultoria Net Applications, desde o lançamento até abril, o Chrome havia conquistado 1,4% de participação no mercado de navegadores. Essa fatia o coloca em quarto lugar no ranking, bem atrás do Explorer, da Microsoft (dono de 66,1% de participação), do Firefox, da Mozilla (22,4%), e do Safari, da Apple (8,2%). A veiculação de um anúncio em TV faz parte de uma estratégia para popularizar o Chrome e acelerar o ritmo de crescimento, mesmo que isso implique quebrar uma espécie de tradição do Google. "A empresa repensou sua forma de atuação. O importante é que no Google nada é sagrado e sempre estaremos abertos a novas experiências", diz Felix Ximenes, diretor de comunicação do Google no Brasil.
Dentro do Google, no entanto, o uso da TV para a promoção de produtos já foi alvo de acaloradas discussões. Em outubro, o The Wall Street Journal publicou uma reportagem a respeito da tentativa frustrada de veicular um anúncio do Google na rede NBC durante as transmissões dos Jogos Olímpicos de Pequim. Segundo o jornal, Brin e Page vetaram a ideia argumentando que um anúncio espalhafatoso na TV não condizia com a imagem da empresa. Depois desse episódio, o Google iniciou um lento processo de aproximação com a publicidade tradicional. Primeiro vieram outdoors e anúncios publicitários em parceria com outras empresas, como os realizados com a operadora de celulares T-Mobile para divulgar o telefone celular G1, com software desenvolvido pelo Google. "A chegada do Chrome à TV é um sinal de evolução da empresa", diz Walter Longo, vice-presidente de estratégia e inovação da agência Young & Rubicam no Brasil.

Como tudo que acontece no Google, a maneira pela qual o anúncio de TV do Chrome foi produzido e veiculado é bem pouco convencional. O filme teve orçamento baixíssimo - cerca de 10 000 dólares - e foi produzido para divulgar o Chrome em uma campanha viral no Japão. A veiculação nas emissoras de TV nos Estados Unidos foi negociada por meio da ferramenta Google TV Ads, que permite que empresas de pequeno porte negociem a compra de espaço publicitário diretamente com as emissoras conveniadas ao sistema. Criado há dois anos, o TV Ads é uma plataforma de compra de espaço publicitário e distribuição de anúncios para TV nos Estados Unidos que nunca chegou a decolar - outras iniciativas semelhantes envolvendo jornais e emissoras de rádio não funcionaram e acabaram abandonadas pela dupla Brin e Page. Com a campanha do Chrome, os fundadores do Google querem, no fundo, vender dois produtos de uma vez só.



09 junho 2009

COMPORTAMENTO - Google Wave vai mudar tudo. De novo.

Fonte: updateordie.com

Vem aí um novo aplicativo: Google Wave. E vem prometendo substituir as formas atuais de comunicação, como MSN, email e até mesmo o Twitter.

A apresentação tem mais de uma hora, mas o importante é entender a idéia por trás de Google Wave: como seria o e-mail se fosse inventado hoje?
Comece imaginando uma combinação de instant messenger e e-mail com um “timeline”. Você estabelece um diálogo (uma wave) com uma ou mais pessoas, adiciona novos usuários, arquiva “conversações” e dá “playback” no diálogo para acompanhar o que foi discutido, destaca partes importantes, anexa fotos e documentos. Tudo isso dentro do browser.

Mas Google Wave é bem mais que isso. Cada Wave pode morar dentro de um blog e a partir daí, agregar mais gente na conversação. Mobile? Tem também.
Eu sei que vai parecer uma bobagem, mas assista ao demo com calma, porque o projeto é tão ambicioso, que realmente tem potencial para substituir email, instant messenger, twitter, flickr, docs e google reader, tudo de uma vez só.
O sistema ainda não está disponível para os usuários, mas já foi apresentado para os desenvolvedores durante o Google IO.

Pode-se fazer uma conta beta aqui.

Vídeo:

SUSTENTABILIDADE - Por um planeta, e um bolso, mais sustentável.

Fonte: Portal Amanhã

A arquiteta e mestre em Engenharia Civil Lisandra Krebs elaborou para o Portal AMANHÃ uma lista com 15 dicas que ajudam a deixar as empresas mais agradáveis ambiental e economicamente



Estamos cada vez mais conscientes de que é fácil implementar em nossas casas medidas para reduzir as agressões ao planeta, mas será que estamos comprometidos da mesma maneira em nossos ambientes corporativos?

Para refletir sobre o assunto e adotar uma ou mais estratégias ambientalmente amigáveis nos locais de trabalho, basta dar uma olhadinha em um pequeno checklist com dicas de fácil implementação.

1. A luz natural, além de ser de graça, é mais agradável. Que tal observar os locais em que a luz artificial pode ser apenas complementar, e passar a aproveitar esse recurso natural? O único cuidado necessário é evitar o ofuscamento.

2. Se houver a possibilidade de uma pequena reforma, as faixas de luminárias que ficam junto às janelas podem acender de forma independente das demais, permanecendo apagadas quando a luz natural for suficiente. Se quiser ir além, toda a iluminação pode passar por uma revisão, separando lâmpadas que devem acender juntas daquelas que podem acender de modo separado em todos os ambientes. Além disso, é possível fazer uma avaliação de onde pode ser instalado sensor de presença. Assim, não haverá luz acesa à toa.

3. Uma prática comum em green buildings é o uso de luminárias de mesa. É impressionante a economia que se pode obter quando cada colaborador tem autonomia para controlar o nível de iluminação em sua mesa de trabalho. Lembrando de não desrespeitar o nível de iluminação necessário para cada atividade, a iluminação geral pode ficar menos intensa com a adoção dessa estratégia, o que reduzirá o consumo total.

4. Outra dica é a substituição de lâmpadas que consomem muita energia por modelos mais econômicos, garantindo o mesmo nível de iluminação com mais eficiência (além desses modelos, em média, durarem mais). Pesquise um pouco mais antes de comprar.

5. O teto deve ser de cor clara, para refletir a luz. A cor das paredes também influencia no nível de iluminação geral do ambiente. A dica é um pouco óbvia, é verdade, mas não custa lembrar.

6. Equipamentos: atenção ao Selo Procel! Os eletrodomésticos - incluindo microondas e frigobar - possuem esse selo indicando o consumo energético. Para modelos importados, o equivalente é o selo Energy Star. Olho neles na hora de comprar ou substituir os eletrodomésticos do escritório.

7. Ainda sobre equipamentos: sempre desligar da tomada aqueles que não estão em uso. Isso inclui baterias de celular esquecidas na tomada, que ficam consumindo energia.

8. Monitores ligados, com descanso de tela, também consomem muito. Configure as máquinas para o modo de economia de energia.

9. Para economizar água: instale restritores de vazão nas torneiras. São fáceis de encontrar, baratos, e, segundo fabricantes, economizam até 60% da água consumida nas torneiras.

10. Ainda para economizar água: substitua a válvula de descarga por uma de duplo fluxo (3 e 6 litros).

11. Lixo: reduza a geração (é possível, repensando um pouco o consumo), separe em lixo orgânico e seco (só os dois já basta, as cooperativas de reciclagem farão o resto da triagem). Verifique de perto a destinação que a empresa ou o condomínio darão aos resíduos. Existem negócios, empregos e geração de renda envolvidos nessa cadeia.

12. Papéis, cartões e envelopes de material reciclado: fabricantes já disponibilizam modelos a preços competitivos.

13. Por falar em papel, imprimir menos, imprimir dos dois lados da folha, usar e abusar dos rascunhos...

14. Cafezinho: podemos voltar ao filtro de pano, ou adotar os filtros de papel reciclado (as principais marcas já disponibilizam essa opção). Podemos também observar a procedência do café, se é orgânico ou não, se vem de muito longe ou é produzido localmente. Para escolher, atenção à embalagem.

15. Ainda sobre o cafezinho: vamos usar copos de vidro e canecas, e não copos descartáveis. Existem modelos de canecas menores, e cada colaborador pode ter a sua de estimação. A redução de copos plásticos pode ser quantificada mensalmente, e comunicada em um quadro de avisos.

Essas são apenas algumas dicas entre tantas outras coisas que podemos fazer. Para dar um empurrãozinho e iniciar as mudanças, lembramos: a maioria dessas medidas não são mais sustentáveis apenas para o planeta, mas também para o bolso.

*Lisandra Krebs é arquiteta, mestre em Engenharia Civil pela UFRGS e consultora da Krebs Sustentabilidade

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