27 maio 2009

GESTÃO - Enxuga aqui, reduz acolá. O que há por trás dessa tal de Cultura Lean?

Fonte: Por Michelle Veronese - www.administradores.com.br

Ao pé da letra, lean quer dizer magro, fino, enxuto. E é mais ou menos esse o significado da palavra no campo da Administração. Essa expressão começou a ser utilizada em fins dos anos 80, para batizar um sistema de gestão e manufatura que aposta na ideia de enxugar aqui, reduzir acolá, apertar um pouquinho....

Podemos dizer que a empresa que adota a cultura lean é submetida a uma espécie de “regime”, no qual corta-se tudo o que está sendo desperdiçado. O resultado é óbvio. “Emprega-se menos esforço humano, menos espaço, menos capital e menos tempo do que no tradicional sistema de produção em massa”, explica o Lean Enterprise Institute (LEI), em sua homepage.

Cortando os excessos

O objetivo do sistema lean, ao contrário do que você está pensando, não é só reduzir os custos e incrementar o lucro. A meta, garantem seus defensores, também é agregar valor para os clientes. Nas palavras do LEI: “os bens e serviços precisam ter maior qualidade e menos defeitos”.

Para chegar a esse patamar, no entanto, é necessário adotar uma série de princípios e ferramentas, implementadas com a ajuda de experts no assunto e que têm como base duas regras fundamentais: reduzir os excessos e valorizar as pessoas.

No primeiro caso, a ordem é fazer apenas o que os clientes desejam, ou seja, nada a mais, nada a menos. Dessa maneira, o corte de gastos será uma consequência natural.

Valorizando as pessoas

A segunda regra é valorizar os funcionários, que precisam ser constantemente incentivados a trabalhar em equipe. Há uma razão especial para isso, segundo Michael Hoseus, professor do Programa Lean da Universidade de Kentucky, nos EUA.

“A ideia é que a empresa tente absorver a criatividade e a capacidade de solucionar problemas de todos os seus funcionários”, diz o especialista, que conversou com o Administradores.com.br “Assim, as vendas vão crescer, os custos vão diminuir e a margem de lucro irá aumentar.”

Em tempos de crise

Uma outra vantagem da lean é que ela pode ser aplicada em qualquer organização ou indústria. “Isso é possível porque seu foco está no valor, no propósito, na credibilidade e na busca por maneiras diferentes de se realizar o trabalho”, explica Hoseus.

Nesta época de crise econômica mundial, marcada por demissões em massa, ele também afirma que a cultura lean pode ser uma boa aliada. “Reduzir as equipes para cortar gastos é uma solução de vida curta para um problema que pode durar muito”, adverte.
O especialista sugere que as empresas busquem soluções a longo prazo. “É necessário ter pessoas que se dediquem a aperfeiçoar os métodos e os processos de trabalho, de modo a oferecer mais qualidade e menos custo para o cliente”, afirma Hoseus.

COMUNICAÇÃO - DM9DDB lança o primeiro anúncio vivo.

Fonte: Adonline

A DM9DDB acaba de lançar o primeiro anúncio vivo da história da propaganda brasileira. A peça, publicada em jornais do segmento publicitário nesta segunda-feira, tem como elemento principal um QR-Code, código bi-dimensional com capacidade de armazenagem muito mais ampla do que um código de barra, que ao ser fotografado se transforma em uma mensagem de texto. Só que esse código permite uma alimentação constante e com diferentes conteúdos. Assim, a cada dia, a fotografia do mesmo QR mostrará uma mensagem completamente diferente criada pela agência.

Para decifrar o código dos anúncios, basta instalar o programa no seu celular e tirar uma foto. Entre no site dm9ddb.com.br/convergenciaeh e baixe o programa gratuitamente. Outra maneira de ver o anúncio é acessar diretamente o site dm9ddb.com.br/anunciovivo. “Um anúncio impresso, que só pode ser entendido com o auxílio do celular e que encontra na Internet o apoio ideal, isso é convergência, isso é DM9DDB”, afirma Sérgio Valente, presidente da DM9DDB. Com o título ‘A Convergência Eh:’ todos os dias, por meio do seu celular, uma campanha nova.


MARKETING - O Marketing da nova geração.

Fonte: Por Bruno Mello, do Mundo do Marketing


Acabou a Era do discurso quando o assunto é Marketing. “Não adianta fazer mais gracinha porque hoje os consumidores são capazes de criar seus próprios comerciais”, aponta Mario Castelar (foto), Diretor de Inovação da Nestlé em entrevista ao Mundo do Marketing sobre o lançamento de seu livro cujo título é o mesmo desta reportagem: “O Marketing da Nova Geração”, editora Campus.

A interrupção, a comunicação unilateral está chegando ao fim. “Agora tem que se estabelecer conexão com as pessoas. Dizer o que interessa a elas e fazer uma proposta que tenha algum significado, criar um relacionamento, prestar serviço e proporcionar experiência”, afirma Castelar. Hoje, as empresas devem conversar com as pessoas porque elas falam, opinam e vão até as empresas.

A Nestlé tem seis portais na internet que recebem dois milhões de acessos por mês. Por dia, são 10 mil contatos com consumidores. “Prestamos atenção a isso. Se o consumidor sugere alguma coisa, buscamos atender se for possível. Isso que vai funcionar daqui para frente. É relacionamento”, explica o executivo que já esteve à frente do Marketing da multinacional suíça no Brasil. Seguindo este princípio, a própria Nestlé voltou atrás em 2008 na descontinuidade de uma linha de Nescau depois que milhares de consumidores reclamaram.

Pessoas ao invés de consumidores

Consumidores não. Pessoas, ressalta Castelar. “Se você só olha para uma dimensão delas, que é o consumo, deixa de entender o todo. O profissional de Marketing tem que sair mais para a rua. Temos que deixar o escritório e ir para onde as pessoas estão vivendo. Prestar atenção e produzir projetos de Marketing e de comunicação, produtos e serviços, a partir do olhar destas pessoas”, diz.

Neste novo tempo, as pesquisas e a comunicação também devem mudar. Hoje, a base amostral é um domicílio. Para Castelar, a menor unidade amostral não pode ser mais o domicílio porque não funciona mais. “Os hábitos não são homogêneos em um domicílio. As pessoas comem comidas e assistem a programas diferentes. Tem que entrevistar um por um”, constata. Na hora de comunicar, também deve se considerar o indivíduo. “É mais barato fazer uma comunicação um a um hoje por causa da possibilidade dos meios móveis. A internet possibilitou fazer comunicação um a um com efeito massivo porque atinge muita gente, pondera Mario Castelar.

Novas regras

Novos canais de venda também devem ser explorados. A Nestlé está vendendo seus produtos de porta em porta nas periferias dos grandes centros. “Está tendo muito resultado”, conta. Outra mudança está na concepção dos produtos da multinacional. Com as pessoas e a comunicação em movimento, a Nestlé está desenhando produtos que facilitam as pessoas a comerem ao mesmo tempo em que estão andando.

Estas são algumas das mudanças do Marketing da nova geração. Há muitas apontadas por Castelar, como a multidisciplinaridade e a transparência. “A empresa tem que ter um projeto de Marketing suportado por um grupo que conhece todas as disciplinas e ferramentas”. E não pode mais mentir. “Antes se mentia muito. A grande malandragem hoje é ser correto, honesto, transparente e ser do bem”, atesta.

26 maio 2009

TECNOLOGIA - Banco de praça hi-tech envia dados via rede sem fio.

Fonte: Portal Terra

A empresa americana Owen Song criou um conceito de banco de praça de alta tecnologia, abastecido com a energia capturada por painéis solares e capaz de transmitir dados via rede Wi-Fi.

Segundo o site Reg Hardware, na superfície superior, onde as pessoas se sentam, estaria localizado um grande painel solar, uma adição ecológica ao banco de plástico reciclado. Bancos de praça costumam ser desagradavelmente quentes sob o sol, energia perdida que pode ser usada pelo novo dispositivo. Além de gerar energia, a transformação de luz em eletricidade diminuiria a temperatura do banco, tornando-o mais confortável.

Para diminuir o problema de captação de energia à noite ou ainda quando um grande número de pessoas se sentasse sobre o painel, o banco possuiria uma bateria abastecida pela energia captada do sol.

O site da Owen Song mostra diversas imagens, que indicam que o banco teria baixo custo de manufatura, e poderia ser criado em diversas cores. Interessados podem ver mais detalhes pelo atalho tinyurl.com/pu7z8o.


Banco captaria a luz solar durante o dia, gerando energia

25 maio 2009

GESTÃO - O Yin e o Yang da excelência.

Fonte: News Amanhã

O colunista de AMANHÃ Hitendra Patel afirma que a combinação de Seis Sigma com inovação pode resultar em uma nova, e poderosa, ferramenta de gestão


Os líderes empresariais estão vivendo duros tempos por causa do impacto da desaceleração econômica em suas empresas. Como o consumo vai cair por um longo tempo e, paralelamente, a concorrência aumentará, é imperativo fazer tudo melhor, mais rápido e mais barato, além de encontrar novas maneiras de criar e gerar valor para sobreviver. Nessa situação, os tomadores de decisão podem ter como subsídio duas ferramentas: o Seis Sigma e a inovação.

Tanto o Seis Sigma quanto a inovação podem ser usados para dirigir o crescimento e alcançar resultados melhores. Mas muitas empresas vivem um dilema, em que defensores do Seis Sigma se veem como concorrentes dos defensores da inovação. Em muitos casos, isso resulta em conflitos que prejudicam a eficácia de cada abordagem e limitam a capacidade da empresa de atingir os seus objetivos de crescimento. Em outros casos, existe um equilíbrio ou uma desconfortável paz entre estas duas abordagens - e as empresas, então, são capazes de fazer progressos razoáveis. Quem, entretanto, supera seus concorrentes de forma segura são as companhias que usam as duas ferramentas de uma forma integrada, o que as conduz a altos desempenhos.

Enquanto alguns acreditam que o Seis Sigma e a inovação são apenas ferramentas diferentes para fornecer o mesmo tipo de resultados, a minha convicção é de que este pensamento é fundamentalmente errado e leva a "falsas" escolhas.

A inovação é um processo em que novas e diferentes ideias são executadas a partir de um conceito que tem como alvo a comercialização, que pode resultar em novos e melhores serviços ou processos. Isso exige risco, além de uma dose de criatividade para avançar com novas ideias e novas formas de implementá-las. O fato de que essas ideias são novas e diferentes, entretanto, acaba criando obstáculos emocionais para a sua execução. Como resultado, muitas empresas não as implementam - especialmente nas áreas onde as operações são mais severamente afetadas. Há exceções, claro, como a Cemex, uma fabricante de cimento do México que alterou seu processo de produção ao reduzir as partículas de matéria-prima destinadas à trituração. Como resultado, foi capaz de poupar muito dinheiro apenas porque o processo permitiu a redução da temperatura nos fornos.

O Seis Sigma, por outro lado, é uma metodologia formal enraizada na qualidade, disciplina e métodos estatísticos para eliminar defeitos de fabricação e outras operações. O mantra é definir, medir, analisar, melhorar e controlar o processo. O objetivo central do Seis Sigma é identificar a causa de defeitos e de erros para eliminar os produtos resultantes desses processos. Os mais famosos exemplos de ampla aplicação do Seis Sigma são a Motorola e a G&E, que fizeram grande sucesso na excelência operacional. Seus resultados financeiros quebraram paradigmas e levaram a uma aplicação generalizada dessa metodologia.

Inovação ou Seis Sigma não é um dilema, como já vimos. Essa diferença de abordagem e de objetivos leva muitas empresas a tentar escolher entre um e outro. Como resultado, executivos, como os ex-CEOs James McNerny, da 3M, Robert Nardelli, da Home Depot, e Ann Lorota, da Young & Rubicam, forçaram uma mudança na direção de iniciativas Seis Sigma em empresas inovadoras e quase destruíram suas companhias. Ao integrar as despesas de inovação aos orçamentos da empresa e melhorar os processos existentes, conseguiram alguns sucessos financeiros de curto prazo. No entanto, a melhoria não pôde ser mantida no longo prazo e, por consequência, levou a um mau desempenho e secou as fontes de inovação.

É claro que inovação e Seis Sigma é uma escolha que tem mais valor. Executivos, na verdade, contam com mais uma poderosa ferramenta na mão se conseguirem utilizar uma combinação dos dois processos. Líderes também podem utilizar uma eficiente ferramenta de inovação para colher e conectar ideias novas disponíveis na empresa. Ao mesmo tempo, pode-se usar o Seis Sigma para proporcionar disciplina e saída para os processos divergentes. Gestores podem igualmente utilizar as ferramentas para impulsionar a inovação através de um conceito direcionado para o cliente. Finalmente, os líderes podem utilizar a inovação para acelerar lançamentos e implantar novas ideias por meio de modelos alternativos de negócios, bem como usar novos processos cujo desempenho e produtividade podem ser melhorados com o Seis Sigma.

Em resumo, a experiência de empresas líderes com a combinação das duas ferramentas demonstra o poder de ambas. Tratá-las como escolhas excludentes conduz ao atraso e limita as possibilidades de crescimento. Os vencedores, portanto, serão aqueles que souberem ligar as pontas e combinar os pontos fortes de cada uma delas para tirar o máximo proveito de sua aplicação.


* Hitendra Patel é diretor do Center for Innovation, Excellence and Leadership, em Cambridge (EUA), e autor do livro 101 Innovation Breakthroghs.

COMUNICAÇÃO - Ação de guerrilha da Converse All-Star

Fonte: http://www.adonline.com.br

"Para divulgar a maratona de eventos The Way We Run, que apresentou durante o mês de maio em São Paulo uma site de atividades relacionadas a arte, música, moda e skate marcando o lançamento da edição nacional da revista underground Vice (hoje presente em 18 países e que está chegando ao Brasil em parceria com a Converse All Star), foi realizada uma ação de guerrilha onde uma série de tênis (não pares, apenas um mesmo) com a revista dentro do cano foram espalhados pelas ruas de diversos pontos da capital paulista. Junto ao tênis perdido, havia uma tag direcionando quem o encontrou para o site do evento. Ao acessar, a pessoa descobria que ganhou um par de All Star da sua escolha, bastando levar o tênis encontrado a qualquer um dos dias do evento The Way We Run, que teve seu Gran Finale ocorrendo dia 2 de junho com 4 atraçõess internacionais e local a serem divulgados durante a próxima semana. A criação da ação é da DW Comunicação, agência responsável pelo gerenciamento das redes sociais da Converse no Brasil."







COMUNICAÇÃO - Criativa!

Bem interessante a ação que a Fisher Portugal desenvolveu para mostra que boas idéias tem retorno. A comunicação foi em torno de um pedinte urbano, para aumentar a sua arrecadação de doações. Veja o vídeo, vale a pena!

22 maio 2009

SUSTENTABILIDADE - Apartamentos ecológicos na Coreia do Sul.

Fonte: ConceptTrends.com


O ambiente urbano tem hoje um grande problema. A falta do verde em torno das casas e apartamentos nas grandes cidades.

O Dancing Apartamento planejado pela Unsangdong Arquitectos na Coréia do Sul , é uma estrutura radical que promete trazer a natureza para o ambiente urbano. A moderna estrutura é capaz de satisfazer as necessidades de diferentes grupos de pessoas. Dentro do apartamento tem parques, lazer, espaços para eventos, uma biblioteca, espaço e multimídia. Uma característica única é que os apartamentos são construídos com linhas oblíquas com cada unidade ostentando um terraço. Veja fotos.




TECNOLOGIA - Tecnologias móveis são atração no mundo dos negócios.

Fonte: Coletiva.net

As tecnologias móveis continuam como as principais tendências de investimento e crescimento no mercado para 2009. Atualmente, mais de 3 milhões de pessoas já usam a rede 3G na América Latina, sendo 57% brasileiros. Acompanhando características da vida contemporânea e também altas expectativas dos usuários, recursos avançados nos aparelhos - como câmera, música (MP3 e rádio), bluetooth e vídeo – estão perto de se tornar aparato básico. Daí que as grandes empresas do ramo já exploram a capacidade de transmissão móvel de dados, como navegação pela internet, e-mail, games, GPS, videochamadas, TV móvel e ainda aplicativos que dão acesso remoto ao ambiente do computador por celular.


Estes foram alguns dos temas tratados no II Mobile 2.0, conferência organizada na semana passada pela Corpbusiness no Hotel Grand Meliá, em São Paulo. Cerca de 150 profissionais lotaram o salão de eventos e mostraram que inegavelmente, a despeito da crise, a área tende a atrair todas as atenções. A Corpbusiness é uma empresa que atua nas áreas de eventos e comunicação, para o público corporativo do setor de TI e Telecom. Realiza durante o ano 10 encontros de negócios, movimentando informações e diversos networkings com os principais players do setor. 

RELATO COMPLETO DO EVENTO
TECNOLOGIA MÓVEL, 
O FUTURO E O BRASIL 

Um estudo divulgado recentemente disse que, nos próximos 24 meses, 27% dos não-usuários dos serviços móveis nos Estados Unidos planejam contratar algum serviço. Já 58% dos usuários que já têm serviços de dados móveis contratados assumem que, no mesmo período, planejam ampliar o consumo apesar do momento de retração. Na Europa, esse número é, respectivamente, 28% e 55%. Os cinco serviços mais desejados pelos consumidores são: Internet móvel, MMS, download e upload de fotografias e e-mail. No levantamento, 40% dos entrevistados querem esse serviço nos próximos 24 meses, mas mostra também que o custo do serviço é considerado elevado e a qualidade é um ponto a ser levado em consideração pelas operadoras. Os serviços mais comuns de torpedos serão cada vez mais uma forma fundamental de interagir com blogs pessoais e serviços on-line tais como Facebook, Twitter e MySpace. Com isso, o Gartner identificou algumas tecnologias sem fio que vão evoluir significativamente nos próximos anos, impactando no curto prazo as estratégias e políticas do mercado móvel e das organizações em geral. Entre elas, está o Bluetooth 3.0, os sensores de localização, o novo padrão de Wi-Fi 802.11n, que aumenta a taxa de transmissão de dados em três vezes, e as tecnologias de displays, que aumentam a vida útil da bateria e melhoram a qualidade da tela, permitindo o compartilhamento das imagens e informações de forma mais simples e fácil. O estudo também trata do Near Field Communication/NFC, que fornece uma maneira simples e segura de comunicação entre celulares em distâncias curtas, emergindo como um padrão líder para aplicações móveis, tais como pagamento móvel. 

Apesar de o Brasil estar em patamar bem acima da média mundial no que tange ao uso das redes sociais (80% dos internautas nacionais freqüentam este tipo de canal), o acesso à internet pelo celular é de apenas 2,5%, e só 5% destes buscam redes sociais nesta plataforma. No país, o que chama atenção pelos dispositivos móveis é música, entretenimento, games e notícias. De toda maneira, entre 2007 e 2009, aumentou em 10 vezes o número de aparelhos 3G em circulação, demonstrando a potencialidade de crescimento. Esses foram alguns dos dados mostrados por Thiago Moreira, da Nielsen, no painel de abertura do evento. Já Guilherme Rios, gerente de Projetos da E.Life, tem uma visão mais otimista, já que foi de 156% o aumento do acesso às redes sociais via móbile de 2008 para 2009, sobremaneira devido ao Twitter, que permite postagens curtas por SMS. Ele mostrou uma migração na movimentação de posts na rede: em 2008, 62% vinham do Orkut, 20% do Blogspot, 5,2% do Wordpress e, alguns postos abaixo, 0,5% do Twitter; já em neste ano os relatórios de monitoramento da consultoria indicam 49% do Orkut, 18% do Twitter, 13% do Blogspot. A tendência é aumentar ainda mais o uso de celulares, afinal 49,5% do uso de redes sociais acontece por pessoas entre 19 e 25 anos, com total familiaridade no manuseio dos aparelhos. Sobre as vantagens do Twitter, Rios explica que é um canal de opiniões curtas e pontuais, tem opt-in (dá transparência à relação), articula vivência física e buzz virtual, faz organização por comunidades de afinidaes, tem alto poder de propagação e funciona na mobilidade. “O cliente cada vez mais está trocando informações preciosas sobre os seus negócios enquanto se move”, alerta. 

O executivo deixou como dica fazer a observação contínua das conversações, participar colaborativamente e criar canais nas redes sociais, ter insights e respostas rápidas, usar a mobilidade e o espírito de rede social, conhecer a capacidade de propagação da marca. E detalhou, como bom exemplo, o caso da construtora paulista Tecnisa, que instituiu um blog para interagir com os clientes reais ou potenciais de seus imóveis, num processo de transparência que envolve visões positivas e negativas e lhe faz estar sempre em primeiro lugar nos mecanismos de busca, mesmo se pesquisadas críticas mais duras. Ou seja, o internauta sempre é levado para o ambiente institucional oficial para dialogar, perguntar e ter respostas, sem descaminhos. E isto é muito importante, também na opinião de Wilson Cardoso, diretor na área de vendas da Nokia Siemens, para quem o conceito de “encontro” sai do presencial sem perder a força e o envolvimento, dadas as mudanças comportamentais e perceptivas vigentes, como conveniência, personalização, independência e mobilidade. A previsão é de cinco bilhões de pessoas conectadas em 2015 (atualmente, são 3,6 bilhões), exigindo uma remodelagem dos negócios. 

O mercado de dispositivos convergentes móveis continua crescendo, motivado pela disposição das pessoas no compartilhamento de experiências com imediatismo. Há, ao mesmo tempo, uma perspectiva multi-propósito na posse de “computadores móveis”, significando o celular uma base de internet social pessoal, com facilidade de uso. Essa é a análise de Fiore Mangone, diretor de Vendas de Serviços da Nokia. Sobre multi-propósito, ele comenta uma pesquisa sobre tempo alocado por aplicação no celular, que indica que 37% é para SMS, 16% para multimídia (música, vídeo), 14% para manuseio de agenda/tarefas/contatos, 12% para voz, 8% para browsing web e 4% para jogos, de onde aponta haver uma grande janela de oportunidades na parte dos serviços. O mercado, até o final de 2011, vai envolver mais de 40 bilhões de euros em vendas, empurradas por serviços como mapas, notícias, jogos e música. 

Hamilton Yoshida, diretor de Marketing da área de Telecom da Samsung Electronics Brasil, detecta um interesse por telas sensíveis a toque e teclados Qwerty (disposição de teclas semelhante ao teclado normal) que agilizam a interação. São dispositivos que têm previsão de vendas de 114 milhões de unidades nos próximos anos. Outras tendências seriam a oferta de conteúdos e serviços agregados através de widgets (janelas informativas e de entretenimento), a possibilidade de acesso remoto do computador através do celular e o envio automático de fotos para redes sociais a partir do aparelho, imediatamente após a captura da imagem. “É sair do monólito preto para chegar a algo intuitivo e útil para o usuário”, resume. 

E, é claro, a revolução vai chegar na propaganda. Receitas de advertising utilizando textos e alertas migram cada vez mais para meios e experiências de navegação mais ricas na “telinha”, com grande apelo multimídia. Até 2013, o diretor Corporativo da Qualcomm Paulo Breviglieri prevê que, tanto na Europa e América do Norte quanto na América Latina, o crescimento da expressão multimídia nos dispositivos móveis deva ser de 65%. As campanhas de comunicação tornam-se mais atrativas, relevantes, rápidas, de fácil manuseio e abrangentes. Ele atesta que “widgets móveis são ideais para campanhas multimídias ricas e dinâmicas”. Widgets móveis são aplicações de web móvel leves e personalizadas, projetadas para atender demandas individuais de conteúdo e serviços, com uso intuitivo e amigável. Viabilizam um canal bidirecional e ainda uma série de possibilidades de inserção publicitária bastante focadas. “A idéia é consolidar a relação com o usuário, gerando novas receitas e agregando valor”, finaliza. 

Sérgio Messiano, diretor da Oi, acredita que existam muitas possibilidades para transformar o celular em canal de mídia. O uso de SMS é uma delas, com broadcast de torpedos, textos com conteúdo patrocinado e o conteúdo publicitário dentro de games, afora banners e inserções na TV móvel. Mas alerta que “o grande cuidado é invadir esse espaço tão pessoal com ofertas”, ainda que o setor seja regulado e nenhum envio aconteça sem prévia autorização do recebedor (processo chamado de “opt-in”). Ele sugere cautela com a base de dados existente em empresas, preenchida genericamente como cadastro de públicos – incluindo o campo de número de celular – que não pode ser usada para campanhas móveis, se não houver a permissão expressa de cada pessoa, com clareza de objetivos e de possibilidade de exclusão da lista a qualquer momento. Uma sugestão para formar bancos opt-in é estruturá-los sob temas específicos previamente determinados, dando maior chance de acerto de relevância no conteúdo postado. 

Carlos Domingues, diretor de Marketing da Spring, é um case em si mesmo. Ele esteve na conferência para detalhar o case de Sucrilhos, mas sua própria organização já é um exemplo vivo do porte do setor: é líder mundial na área de móbile business, com escritórios em 15 países, 600 funcionários e 400 clientes. O trabalho para o alimento matinal foi feito pensando no aumento de vendas e no rejuvenescimento da marca entre outubro de 2008 e fevereiro de 2009. A venda do produto continha um “pin code” para envio posterior por SMS, que retornava um link para baixar um jogo, cuja validade era temporária (para efeito da premiação). A submissão de pontos ao sistema para receber os brindes – cada quatro mil pontos levava à troca por prêmios digitais e físicos – era restrita ao horário de meio-dia, para evitar que as crianças manuseassem o celular em período escolar. Cerca de 65% dos pin-codes geraram efetivamente o download do jogo, numa combinação de compatibilidade do aparelho, interesse e capacidade de manuseio do usuário. 

Somente 23% da mídia consumida hoje vêm da televisão. E três em cada 10 adultos assistem a algum tipo de conteúdo por meio de dispositivos móveis. Mais de 80 horas semanais são dedicadas a mídias. Estes foram alguns dados trazidos por Geraldo Araújo, Senior Advisor da consultoria Accenture. Para a área de móbile, ele visualiza duas significativas oportunidades: mídia social e distribuição móvel. Impulsionados por hábitos do consumidor em franco processo de mudança, as empresas de mídia redefinem sua oferta dentro de um novo paradigma. Para 94% dos internautas brasileiros e 81% dos norte-americanos a internet faz economizar tempo, cria oportunidades de negócio (91% e 68%, respectivamente) e deixa a vida mais atrativa e agradável (89% e 70%). (Por Rodrigo Cogo) 

COMPORTAMENTO - Novo consumidor é menos passivo, aponta estudo.

Fonte: Portal PEGN / Valor Econômico

O consumidor de hoje é uma espécie de empresa criativa e cada vez mais o mercado deverá estar preparado para confrontar-se com ele." É essa a premissa do novo estudo do sociólogo, jornalista e escritor Francesco Morace, que será apresentado nesta quarta-feira (20), durante o 1º Design Forum Megatendências Consumo Autoral - A evolução dos Targets Geracionais. O seminário, que ocorrerá no Centro da Cultura Judaica em São Paulo, será promovido pelo instituto de pesquisa de tendências e consultoria estratégica Future Concept Lab, de Milão (Itália), do qual Morace é presidente. Na sexta-feira, Morace lançará o livro "Consumo Autoral" (Ed. Estação das Letras) na Livraria Cultura da Avenida Paulista. 
No ponto central do seminário e do livro de Morace está o "consumautore" (consumidor autor). "Ele é a figura do futuro", afirma o sociólogo. "Não se trata de um consumidor passivo que se adequa às ofertas, mas de um protagonista em termos criativos." Segundo o escritor, isso que dizer que ele tem capacidade de escolher, interpretar e combinar livremente serviços, produtos, estéticas - o que torna cada vez mais difícil distinguir entre aquilo que ele consome e aquilo que ele mesmo produz. 

De acordo com Morace, esse novo comportamento mexe com a sociedade, principalmente de países mais conservadores, como os do Oriente Médio. "Nesses casos, o sistema do consumo torna-se um instrumento para tirar do eixo sociedades repressivas e impregnadas por crenças milenares", afirma. "O consumidor autoral aprenderá a viver em primeira pessoa, abandonando as seguranças ideológicas e abrindo a própria experiência a novos mundos." 

Segundo o escritor, há outras tendências povoando o universo do consumo, atualmente. Entre elas está questão da sustentabilidade - seja ligada ao ambiente, à convivência civil, à responsabilidade empresarial e à produção. "Este é um tema imprescindível." 

Outra tendência é a chamada de Novo Iluminismo que, de acordo com Morace, prioriza a qualidade e o conteúdo, em detrimento do apelo da publicidade e da imagem. "Há um desejo das pessoas de eliminar o supérfluo, de simplificar e de buscar valores elementares." 

Mas a maior mudança, segundo o presidente do Future Concept Lab, será a democratização definitiva do consumo, que será entendida por milhares de pessoas como um modo de ter acesso à modernidade e de ser mais feliz. "O consumo foi considerado por muitas décadas uma dimensão de acesso ao luxo. Hoje torna-se um instrumento extraordinário de igualdade", afirma Morace, que acredita que o Brasil pode participar desse processo de democratização criativa. "O acesso a produtos e serviço será uma chave estratégica. Não no sentido de produtos de baixa qualidade, mas no sentido de obter o máximo da performance por um custo reduzido", diz. 

21 maio 2009

SUSTENTABILIDADE - O papel do cocô do elefante na preservação do planeta.

Fonte: Blog da Revista Época

Já tem empresa vendendo papel feito com fezes de elefantes. Parece nojento? Imagine. É o que explica Aline Ribeiro, do blog de sustentabilidade da Época Negócios.

“Por ingerir apenas vegetais, e em grande quantidade, o elefante acaba gerando fezes ricas em fibras, ideal para a fabricação de caixas, lembrancinhas, conjuntos, porta-retratos, blocos, cadernos, envelopes e papeis coloridos. Um único elefante pode produzir até 25 kg de fibras todos os dias, sem precisar derrubar uma árvore sequer.”

20 maio 2009

GESTÃO - Gerar valor para o acionista não é estratégia.

Fonte: Portal Exame por Jack e Suzy Welch | 14.05.2009

O Financial Times veiculou recentemente na primeira página uma reportagem com o seguinte título: "Welch denuncia obsessões das empresas". A matéria provocou enorme reação nos meios de comunicação e na blogosfera. De acordo com o artigo, em entrevista concedida ao FT Jack Welch classificou como "equivocada" a ênfase que executivos e investidores atribuem à geração de valor.

"A princípio, a geração de valor para o acionista é a ideia mais tola do mundo", Jack teria dito.

A seguir, Jack Welch aprofunda suas observações num pingue-pongue de perguntas e respostas com Suzy Welch.
Jack, sua declaração de que a geração de valor para o acionista seria "tolice" deflagrou um debate a favor e contra sua posição. Foi isso mesmo que você disse ao FT?


Todas as minhas falas no FT foram reproduzidas corretamente. Numa entrevista sobre o futuro do capitalismo, em que foram discutidos diversos temas, o jornal me perguntou o que eu achava da "geração de valor para o acionista como estratégia". Eu disse que a pergunta, a princípio, colocava em questão uma ideia tola. A geração de valor é resultado - e não estratégia.

Essa sua posição é recente? Tem gente que acha que você se converteu a ela não faz muito tempo.

De modo algum. A estratégia, obviamente, é o que impulsiona a empresa. Você pode, por exemplo, trabalhar com uma estratégia voltada para a inovação com o objetivo de fabricar produtos líderes em todos os ciclos; ou pode também recorrer a uma estratégia que lhe permita se tornar o principal fornecedor global no segmento de baixo custo; pode ainda adotar uma estratégia que resulte na globalização da empresa. Para isso, você pega os pontos fortes dela em um mercado e os transfere para os demais.

Você pode fazer tudo isso sem nunca dizer nada a seus funcionários: "Nossa estratégia é a geração de valor para o acionista." Esse não é o tipo de estratégia capaz de ajudá-lo a saber o que fazer no dia-a-dia da empresa. Ela não energiza e nem motiva ninguém.

Portanto, o que quero dizer simplesmente é que o valor da sua empresa, tanto no curto quanto no longo prazo, é resultado da adoção de estratégias bem-sucedidas. Sempre acreditei nisso e nunca disse o contrário.

O artigo insinuava que você era o principal defensor do gerenciamento de curto prazo por causa de um pronunciamento seu de 1981. O que você acha disso?


O artigo dizia também que em momento algum eu usei a expressão "geração de valor para o acionista" naquela ocasião. Na verdade, o que eu disse na época tinha a ver com a estratégia de longo prazo da General Electric e com a maneira pela qual a empresa deveria operar nos 20 anos seguintes. De algum modo, esse pronunciamento foi acrescentado ao artigo do FT com o propósito de estabelecer uma relação de igualdade entre ganhos de curto prazo e geração de valor para o acionista. Confesso que não entendi.

Muito bem, mas o que você acha da ênfase dada aos ganhos de curto prazo?

O papel do líder e de sua equipe consiste em se empenhar na concretização das decisões de curto prazo investindo ao mesmo tempo na saúde a longo prazo da empresa. Conclusão: isso é gerenciar. Bons gerentes sabem o que fazer para comer hoje e ao mesmo tempo sonhar com o amanhã.

Qualquer indivíduo sem muito preparo é capaz de apresentar resultados no curto prazo, para isso basta espremer aqui e ali uma porção de vezes. De igual modo, qualquer um pode também se recostar e sonhar dizendo: "Venha me visitar daqui a alguns anos. Estou trabalhando em nossa estratégia de longo prazo." Nenhuma das duas abordagens é capaz, por si só, de gerar valor sustentável para o acionista. É preciso fazer as duas coisas.

E o que acontece quando se faz as duas coisas?

Todos saem ganhando. Os empregados têm mais segurança no trabalho e melhores salários. Os clientes têm acesso a produtos e serviços de melhor qualidade. A comunidade também é beneficiada, uma vez que empresas e funcionários bem-sucedidos contribuem com seu bem-estar. Obviamente, os acionistas também são beneficiados porque podem contar com empresas que põem em prática compromissos de curto prazo sem descuidar da visão de longo prazo.

Na sua opinião, por que seus comentários teriam causado tanta polêmica?

No atual clima econômico, as pessoas estão passando por muitas dificuldades e questionam tudo. Elas querem saber o que as empresas fazem, como remuneram seus funcionários e que interesses defendem. A entrevista do FT deve ser lida no contexto do futuro do capitalismo. É com isso que as pessoas estão preocupadas atualmente, portanto é um bom tema para debate.

MARKETING - Crise freia crescimento do Marketing Direto no Brasil.

Fonte: Portal Mundo do Marketing

O Marketing Direto no Brasil faturou R$ 19,5 bilhões em 2008, o que equivale a um crescimento de 12,1% em relação ao ano anterior. É o que aponta a Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD) na quarta edição do estudo Indicadores ABEMD, que considera a prestação de serviços do setor.

Apesar de positivo, o novo resultado aponta uma possível consequência do atual cenário de crise econômica na desaceleração do crescimento do setor, que em 2007 subiu 15,2% em relação à 2006. Este ano ficou ainda um pouco abaixo da média nos últimos oito anos (12,7%).

O e-commerce ultrapassou o call-center e tomou a dianteira do segmento, representado 23,9% das receitas investidas em Marketing Direto. O call-center ficou em segundo, com 23,1%, seguido das Gráficas, Tecnologia Relacionada a Marketing Direto e Distribuição e Logística, cada uma empatadas representando 14,2%.

E-commerce tem grande crescimento
Os setores que mais avançaram foram o e-commerce (com crescimento de 17,3%), Agências (16,1%) e Fornecedores de Listas (14,3%). Foram ouvidos os principais executivos de 102 empresas selecionadas. O avanço das ações on-line é vista como um reflexo do atual contexto mundial na opinião de Antonio Cordeiro, presidente da Simonsen Associados, responsável pela pesquisa.

"As empresas estão notando o potencial da internet e cada vez mais consumidores estão no mundo digital", diz em entrevista ao Mundo do Marketing. Na opinião do executivo, o aumento da participação de agências e fornecedores de listas é explicada pelo crescimento da demanda por serviços de Marketing Direto.

Entre as empresas clientes, o segmento de instituições financeiras permanece na liderança, correspondendo a 24% do valor investido em 2008. "As instituições financeiras já perceberam há muito tempo o poder do Marketing Direto. Além disos, a própria natureza do seu negócio facilita o trabalho, já que trabalham com dados de todos os seus clientes como endereço, idade ou renda, o que facilita a segmentação de ações", explica Cordeiro.

A indústria automobilística apresentou o maior crescimento como cliente de ações de Marketing Direto, crescendo 18,7% em participação do mercado. Mesmo sendo um dos setores mais afetados pela atual crise econômica, Cordeiro acredita que a crescente importância dada pelas montadoras e indústrias de autopeças nessa área mesmo antes da explosão da crise em outubro explica o bom resultado. "A verdade é que diversos segmentos da economia tem apostado cada vez mais no Marketing Direto, percebendo sua importância, descentralizando a prática em todo o mercado. Isso explica a média de crescimento de 12% ao ano do setor", completa.



18 maio 2009

COMPORTAMENTO - Hip-Hop chique.

Fonte: ISTOÉ


Com capacidade de influenciar multidões, os rappers se tornam aliados das grifes de luxo




OURO PURO Jay-Z (à esq.) promoveu as vendas de uma marca de champanhe caríssima.
O champanhe Armand de Brignac, conhecido como Ás de Copas, é um dos espumantes mais badalados da atualidade. Está presente nas festas promovidas por celebridades do quilate de Kate Holmes e Tom Cruise, esgotou nas prateleiras em 2007 e 2008 e, só no ano passado, foi vendido para 30 países - deve chegar ao Brasil no fim do ano. Tamanho sucesso se deu numa carreira curta, pois o Ás de Copas só entrou em cena há cerca de três anos. E por causa de uma relação mal resolvida. Explica-se: o rapper americano Jay-Z, marido da curvilínea cantora Beyoncé Knowles, era fã do exclusivo champanhe Cristal, um dos mais caros do mundo. Reservava à bebida seus melhores brindes, estourava garrafas em videoclipes e chegou a se referir a ela numa de suas canções. Em 2006, no entanto, promoveu um boicote à marca depois que um executivo da Cristal insinuou preferir que a grife não tivesse sua imagem associada ao hip-hop. Foi aí que nasceu a parceria com o Armand de Brignac, do tipo prestige curvée (selo de qualidade máxima), até então totalmente desconhecido.

Em novembro de 2006, Jay-Z apresentou em seu videoclipe Show me what you got a bebida Armand de Brignac numa garrafa no melhor estilo bling - termo usado pelos rappers para se referir a acessórios chamativos e brilhantes. Dourada, a embalagem trazia um exagerado logo de ás de copas. Daí para a conquista do mercado foi um pulo. Mas vale ressaltar que apreciar a bebida do momento é para poucos, pois um exemplar não sai por menos de US$ 300 (R$ 631). "Jay-Z foi um grande entusiasta da marca e nos fez um tremendo favor", disse Scott Cohen, diretor de marketing da Armand.
Não foi, no entanto, a primeira vez que uma estrela americana do hip-hop alavancou as vendas de uma grife de luxo. O fenômeno vem sendo observado de perto nos últimos cinco anos e já tem nome: ghetto fabulous (gueto fantástico). Nele, artistas do universo rapper, como Kanye West, Ja Rule e Diddy, têm gosto refinado, valorizam a ostentação e compartilham a capacidade de atrair novos clientes para marcas caras de roupas, acessórios, bebidas e carros. Em 1998, Diddy foi o primeiro americano a adquirir um automóvel Bentley Azure 1999, por US$ 375 mil (R$ 788 mil). Exibido, desfilou o carrão em seus videoclipes. E não demorou muito para que seus parceiros do rap se tornassem os responsáveis por 15% das vendas do veículo nos Estados Unidos.





STREET FINO O rapper Kanye West (à esq.) e o estilista Marc Jacobs: parceria na Louis Vuitton.



Em princípio, na união do universo do luxo com o "gueto fantástico" todos se dão bem - as grifes, porque vendem muito mais, e os artistas, porque têm seus nomes associados a um mundo de riqueza e glamour. Mas nem sempre essa parceria é consensual. Muitas empresas, tal como a de champanhes Cristal, temem ligar sua marca ao movimento em troca de retorno financeiro. Muitas delas se preocupam em ficar tachadas de "a grife dos rappers". Foi o caso da britânica Burberry, num episódio com Ja Rule. Há alguns anos, a grife se recusou a ceder roupas para que o artista as usasse em um editorial, afirmando não ter interesse em associar sua imagem à dele. Mas o músico não se abalou: comprou as peças e as exibiu na revista americana Esquire. Algum tempo depois, a própria Burberry passou a presentear o rapper com criações exclusivas.

A Louis Vuitton, ao contrário, usa os ventos consumistas do hiphop a seu favor. Apoia a utilização de seus produtos entre os artistas e vai além. Em 2006, convidou Pharrell Williams para assinar uma linha de óculos de sol e joias. E, atualmente, tem a colaboração criativa de Kanye West numa coleção de tênis. "A Louis Vuitton sempre esteve sintonizada com o momento, manifestando sua modernidade por meio de colaborações com os maiores talentos de cada geração", disse Pietro Beccari, vice-presidente de marketing da grife, na época do lançamento. Mas engana-se quem pensa que a influência desses artistas começou recentemente. O primeiro a notar o potencial street do hip-hop e se inspirar na linguagem do movimento foi o estilista Karl Lagerfeld, diretor criativo da Chanel. Em 1991, suas modelos subiram na passarela usando correntes de ouro e maxipingentes com o logo da grife francesa. O sucesso foi tanto que as joias se tornaram um clássico. No melhor estilo bling.

MARKETING - Pesquisa: brasileiros devolvem 10% do que compram.

Fonte: Portal PEGN

De todos os produtos vendidos no Brasil, 10% são devolvidos. É o que constata a pesquisa “Políticas de logística reversa em empresas que atuam no Brasil”, realizada pelo Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB) . O estudo revelou ainda que em metade dos casos de devolução os consumidores têm o problema solucionado em até uma semana. 
Paulo Roberto Leite, responsável pela pesquisa, afirma que a intenção do estudo é levantar a quantidade e os custos do processo de devolução em relação às vendas. "Metade das companhias afirmou gastar até 5% do faturamento obtido com o retorno dos produtos. O custo do retorno é maior do que a quantidade de itens devolvidos", afirma. 

15 maio 2009

INOVAÇÃO - Bebida promete diminuir nível de álcool no sangue.

Fonte: Portal PEGN

A bebida que promete diminuir os efeitos do álcool no organismo
Uma empresa espanhola inventou uma bebida que promete diminuir os efeitos do álcool nas pessoas em até 45% em 40 minutos. Batizada de Rebootizer, a bebida está sendo desenvolvida há dez anos, passou por seis meses de testes e foi lançada recentemente no mercado. Ao ingerir o líquido, os sintomas da bebedeira são amenizados e o nível de álcool no sangue diminui.
Segundo o fabricante, a bebida é feita à base de extratos naturais de plantas e frutas – água, dextrose, antioxidante E300 (ácido ascórbico), extrato de alcaçuz, da planta cardo-de-ouro, de melissa, de alcachofra, de limão, de arando e não leva conservantes e colorantes.

Como funciona
A Rebootizer acelera a oxidação do álcool e ativa a combustão de açúcares, acelerando em até dez vezes a velocidade de reação no organismo. Com isso, se consegue um aproveitamento maior dos açúcares, o que exige menos trabalho do fígado, de acordo com o fabricante.

A empresa diz ainda que a bebida também diminui os efeitos da ressaca. No site do produto é possível comprá-lo, inclusive para entrega no Brasil. Um pacote com três unidades sai por 11 euros (cerca de R$ 30).

INSPIRAÇÃO - Escritório na Floresta.

Fonte: FreshPics blogspot

A empresa de arquitetura Selgas Cano de Madri, Espanha, fez seu escritório no meio da floresta. A estrutura em forma de tubo está metade para dentro da terra e metade para fora, dando a ilusão de completo isolamento. A janela toda de vidro corre de ponta-a-ponta do tubo e compõe parte do telhado, fornecendo uma visão panorâmica das árvores. Com a linda paisagem, o lugar deve servir de inspiração para todos os funcionários:










14 maio 2009

INOVAÇÃO - Inovar pode ser mais simples do que se imagina.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

Inovação ainda é um bicho de sete cabeças para muitos empresários. Para alguns, ela só existe em produtos caros e cheios de tecnologias. Para outros, é algo que dá trabalho, arriscado ou que só serve para as grandes empresas. Mas não é bem assim.
Toda vez que um empresário adota mudanças simples, capazes de gerar aumento de produtividade nos negócios ou ganhos para o empreendimento, ele está inovando. Os ganhos podem vir com redução de custos, conquista de novos clientes ou ampliação do número de produtos e serviços oferecidos.

“Não é preciso ser só algo high-tech ou que custe caro. Inovar é algo que está ao alcance dos empresários”, diz o gerente de Inovação do Sebrae, Edson Fermann. A inovação é, então, o resultado de ideias simples, baratas e eficientes.

“A inovação está em nossa vida e às vezes nem percebemos. Está no esporte, na moda, no corte de cabelo, na roupa que vestimos e na música, a exemplo do que foi a criação da Bossa Nova, com uma cadência própria. A inovação está em todas as atividades humanas. Para as empresas isso não é diferente. Inovar é sinônimo de sobrevivência no mercado”, diz José Miguel Chaddad, consultor do Sebrae em inovação.

Como o mercado evolui e os clientes estão cada vez mais exigentes, uma empresa também não pode parar no tempo. “É preciso estar em sintonia com o mercado e até mesmo se antecipar a ele”, destaca Chaddad. “Os negócios que se acomodam estão fadados a desaparecer”, completa.

Quem inova se torna mais competitivo no mercado. “São as inovações que interrompem e renovam o ciclo de vida dos produtos e mantêm os lucros das empresas em alta. A inovação é um diferencial, especialmente para as micro e pequenas empresas”, destaca a gerente adjunta de Inovação do Sebrae, Magaly Albuquerque.

A criação de produtos e serviços é o tipo mais comum de inovação. Aqui, o empresário, além de lançar novos produtos, pode também investir no melhoramento do que já existe no mercado. Por exemplo, numa fábrica de cosméticos, é possível inovar criando novas fragrâncias para o sabonete já existente ou lançando versões para peles oleosas, secas e sensíveis. 
A inovação também pode ser feita com alterações em etapas de fabricação de um produto, ou seja, modificando os processos produtivos. Nesse caso, é possível mudar a matéria-prima por uma opção mais barata e que não altere a qualidade. Há também a possibilidade de se reduzir desperdício ou ainda procurar meios de acelerar a produção. Muitas vezes, quando são utilizadas normas para a fabricação de um determinado produto, como telhas ou tijolos, é preciso fazer uma adequação no processo. Isso irá reduzir custos e melhorar a qualidade do produto.

Quando o empresário se esforça para criar estratégias para garantir a conquista de novos clientes ou o sucesso na venda de um produto, ele está inovando em marketing. São exemplos: criação de cartões fidelidade, oferta de formas de pagamento diferenciadas; brindes aos clientes; mudança de embalagens; design melhorado do produto. “Inovar em marketing é também fazer parcerias para promover um produto. Uma locadora faz isso quando diz ao cliente que se ele alugar três DVDs no final de semana terá desconto de 50% na pizza da empresa X”, explica Fermann.

Inovar é também implementar um novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas. Oferecer ginástica laboral para diminuir a incidência de doenças do trabalho e treinamentos para a melhoria de desempenho profissional são formas da empresa inovar em termos organizacionais. A implantação da gestão da qualidade também configura-se uma inovação desse tipo, assim como mudanças nas operações de abastecimento e entrega de produto e/ou de matéria-prima que resulte em ganhos para a empresa.

Olhar atento para o cliente
“O empresário precisa ter conhecimento do seu negócio e as necessidades de sua clientela. Dessa forma, terá a percepção do que e como inovar”, destaca Fermann. É importante estar atento às demandas de clientes não satisfeitas. “Esse é um convite à inovação”, completa.

“É preciso apurar os sentidos para enxergar o que o cliente deseja, estimular a criatividade e ousar”, diz Magaly Albuquerque. Além disso, o empresário deve inovar sempre. Não deve esperar o número de vendas de um produto cair para modificá-lo ou substituí-lo. “O pior dos custos é o empresário não fazer nada e por isso não sobreviver ao mercado”, afirma Chaddad.

INTERNET - Você tem apenas 56 segundos.

Fonte: por Renata Bokel da Updateordie.com

Um estudo da Nielsen de março desse ano comprova (mais uma vez) a fragmentação da atenção dos consumidores atualmente. A média de tempo de visita em sites é de 56 segundos. O número é assustador e coloca uma carga de tremenda responsabilidade no web design, que terá que dar conta de que as pessoas consigam o querem o mais rápido possível e com eficiência.

O fato também chama atenção para o quanto as pessoas querem se aprofundar e aprender mais sobre as coisas em geral. Talvez isso seja a resposta do por quê do sucesso de tantas ferramentas efêmeras no mundo 2.0, como Twitter. Pelo visto 140 caracteres é o que basta para o consumidor atual


13 maio 2009

SUSTENTABILIDADE - Qual é a sua pegada?

Fonte: Warner Bento Filho, de Los Angeles (EUA) / Portal AMANHÃ

Consultor em sustentabilidade de companhias como a Coca-Cola e a G&E, o norte-americano Joel Makower lança uma advertência às empresas que não medem seus impactos climáticos: elas ficarão para trás












Joel Makower é uma espécie de guru do marketing ambiental nos Estados Unidos. Ele trabalha, há mais de 20 anos, para empresas como Levi Strauss, General Electric, Nike e Coca-Cola. Agora, Makower reuniu parte dessa experiência e uma série de conselhos em livro publicado com papel 100% reciclado, Strategies for the Green Economy (Estratégias para a Economia Verde). 

Nesta entrevista, concedida nos Estados Unidos com exclusividade para AMANHÃ, Makower alerta para a necessidade de as empresas se adaptarem às novas exigências de mercado, que incluem a adoção de processos sustentáveis. "Venda produtos que melhorem a vida das pessoas e que não prejudiquem o planeta. Existem grandes mercados ao redor do mundo para produtos assim", conclama Makower. Por enquanto, o livro está disponível apenas em inglês e não há planos para sua edição no Brasil - "mas isso é uma possibilidade", avisa.

É realmente possível conciliar grandes investimentos de megaempresas com a sustentabilidade? 
Acho que tem de ser possível. Caso contrário, não conseguiremos sobreviver como planeta. As empresas são hoje a maior força na maior parte do mundo - mais do que governos, cidadãos ou outros. Existem dramáticas transformações ocorrendo nas formas de criar e de utilizar energia, materiais, transporte, até mesmo água, que terão impactos significativos sobre a operação dos negócios nos próximos anos. Isso me faz esperançoso.

Barack Obama anunciou importantes alterações na política ambiental dos Estados Unidos. Já é possível medir a magnitude da mudança? 
Ainda é muito cedo para medir a dimensão das mudanças que estão sendo implementadas por Obama e pelo Congresso. A maior parte das medidas ainda está sendo elaborada e elas provavelmente sofrerão mudanças consideráveis até serem aprovadas. Por exemplo, ainda não sabemos se a regulação da emissão de gases estufa se dará por meio de um sistema de comércio de créditos de carbono (cap-and-trade) ou se teremos um imposto sobre a emissão de gases. O primeiro é mais eficaz e justo, mas o outro é politicamente mais popular. Levará anos para que se possa concluir sobre os efeitos disso na indústria de automóveis, por exemplo. 
O importante, por enquanto, é que pela primeira vez os Estados Unidos têm um presidente que reconhece tanto os grandes desafios quanto as grandes oportunidades trazidas pela questão ambiental.

Como a crise financeira global pode ajudar as empresas a se tornarem sustentáveis?
A recessão e a crise financeira impactam os negócios verdes de duas maneiras: por um lado, exigem mais eficiência - é necessário torcer cada centavo para extrair das receitas o seu máximo valor. Então, a redução do gasto de energia e o combate a desperdícios é crucial em tempos difíceis. De outro lado, o atual congelamento dos mercados de crédito não dá às empresas condições de investir em tecnologias novas e mais eficientes. Por isso, elas estão adiando a instalação de painéis solares, a utilização de veículos híbridos e de uma série de equipamentos mais eficientes. Mas, na comparação desta crise com outras dos últimos 20 anos, há uma boa notícia: nas recessões anteriores, técnicos ambientais estavam entre os primeiros a serem demitidos pelas empresas. Isso não acontece agora. Líderes ambientais estão mantendo os seus postos de trabalho nas grandes empresas, embora os seus orçamentos estejam sofrendo cortes e eles não estejam contratando tantas pessoas quanto antes. Isso sugere que os departamentos ambientais são, agora, parte da estrutura das empresas.

Como o processo de aquecimento global pode prejudicar as empresas e o que elas deveriam fazer para evitar mais problemas?
As empresas que ainda não entenderam sua pegada de carbono - as diversas atividades que contribuem para a emissão de gases estufa - correm o risco de ficar para trás na economia verde. As empresas que pretendem ser competitivas precisarão não apenas medir e entender seus impactos climáticos, mas ter um plano definido para reduzi-los - e devem ser capazes de comunicar isso a clientes, ativistas ou quaisquer outros interessados. As mudanças climáticas impõem uma série de riscos para as empresas - da mesma maneira que para todos nós. A probabilidade de ocorrência excessiva de secas, calor, frio, enchentes e outras condições meteorológicas severas poderá perturbar o transporte e o comércio, ou exigir rápidas mudanças na concepção de produtos e serviços. Veja o caso da água, por exemplo, que está embutida em praticamente todos os produtos que compramos. Conforme a disponibilidade hídrica se torna ameaçada devido a secas ou à contaminação provocadas pelas alterações climáticas, aumentam drasticamente custos e riscos para as empresas. Alterações climáticas - juntamente com o crescente interesse pela eficiência energética - também estão oferecendo novas oportunidades para empresas de transferência tecnológica criarem produtos e serviços que terão procura num mundo em processo de mudança climática.

Os consumidores parecem exigir das empresas que elas tomem medidas em direção à sustentabilidade. O senhor acredita que esta é uma tendência?
Não creio que os consumidores estejam pressionando muito as empresas a serem mais ecológicas e mais sustentáveis - pelo menos não a maioria dos consumidores. O nicho de consumidores que se importam com isso é relativamente pequeno. A grande maioria não está disposta a mudar. As coisas são diferentes no mercado entre empresas. A cadeia de fornecedores sofre pressões de companhias como o Wal-Mart e outros grandes varejistas. Eles forçam os fabricantes a reduzir continuamente embalagens, utilização de energia e outros recursos e a toxidade dos seus produtos. Isso está obrigando as empresas a analisar sistematicamente os seus produtos, processos e embalagens. Muitas dessas melhorias beneficiam os consumidores, mas elas não são feitas em função de demanda dos consumidores.

Por que é tão difícil para consumidores e empresas adotar padrões mais sustentáveis?
Mudar é difícil para os indivíduos e para as empresas da mesma maneira. Mais iniciativas ambientais requerem mudanças nas compras e nos hábitos. É simples assim.

Para as empresas, isso significa mais custos?
Depende. Como eu disse, a adoção de medidas ambientalmente responsáveis pode significar corte de custos, eliminando desperdícios e melhorando a eficiência, entre outras coisas. Mas isso não é verdade para todas as companhias. Em alguns casos, exige investimentos difíceis para empresas sem capital suficiente, o que agora se tornou mais complicado com o congelamento dos mercados de capitais. 
Grandes indústrias, como fornecedoras de gás ou eletricidade, ou fabricantes de aço e alumínio, talvez precisem gastar milhões de dólares para retroalinhar suas unidades, e estes investimentos podem levar anos para serem quitados. 
Por outro lado, algumas empresas descobrem que podem produzir a mesma quantidade de produto com menos energia e menos matérias-primas, tornando-se mais competitivas. Outras percebem que o reconhecimento como ecológicas colabora para atrair clientes, o que ajuda a incrementar as vendas.

Na sua opinião, quais estratégias de marketing verde são mais efetivas?
Não há uma estratégia de tamanho único para o marketing verde. Mas, em geral, a regra mais importante é ser honesto. Isso soa como um lugar comum, mas as empresas estão continuamente tentando "esticar" a verdade. Elas fazem propaganda enganosa e utilizam termos que não têm qualquer significado, como "ambientalmente segura". São termos que não encontram nenhuma definição legal. As pessoas querem especificidades, não generalidades. Isso não significa que você tenha de listar uma série de informações técnicas. A maioria das pessoas não vai entendê-las. As pessoas gostam de uma boa história, que fale ao mesmo tempo de fatos e de aspirações. Isso vai inspirar o consumidor a comprar o seu produto ou serviço. Outra dimensão da honestidade tem a ver com o contexto - isto é, prover alguma perspectiva quando você apresenta argumentos ambientais. As pessoas vão acreditar mais em você se você deixá-las saber que não é perfeito, mas que está tentando fazer as coisas certas, e que vai continuar melhorando. Isso faz as empresas parecerem mais humanas.

Quais problemas ambientais as companhias deveriam atacar primeiro?
A mudança climática é uma questão central para os negócios. Enfrentar as alterações climáticas exige que as empresas simultaneamente enfrentem muitos dos males ambientais do mundo: energia, poluição do ar e da água, exploração exagerada dos recursos naturais, agressões à biodiversidade e muitas outras coisas.

Compensar emissões de carbono com o plantio de árvores é uma boa estratégia de marketing?
A compensação, como uma estratégia de marketing, tem perdido seu apelo. As pessoas estão começando a compreender que simplesmente assinar um cheque para plantar árvores realmente não significa muito em relação ao volume de todos os gases estufa emitidos para operar um negócio, incluindo viagens de avião, transporte para o trabalho e o uso de gás, energia e água. Empresas que utilizam isso como a sua única estratégia de marketing acabarão sendo criticadas por ativistas e outros grupos. As compensações têm seu espaço, supondo que a empresa já esteja seriamente engajada em tomar medidas para aumentar a eficiência e usa energia e combustíveis renováveis sempre que eles estejam disponíveis. Depois dessas providências, aí sim faz sentido compensar as emissões de algum uso de energia remanescente.

Como o seu livro mais recente, Estratégias para a Economia Verde, pode ajudar as empresas? 
O livro é uma coleção de minhas experiências e percepções após 20 anos de observação da "ecologização" dos principais negócios, juntamente com conselhos sobre o que funciona e o que não funciona. Eu ofereço perguntas-chave que as empresas deveriam se fazer. O que você sabe? Você compreende plenamente o impacto ambiental gerado pela atividade da sua empresa? A maioria das empresas não compreende e é muitas vezes surpreendida com o que descobre. Em alguns casos, seu maior impacto não é nada daquilo que se estava pensando. O que você está fazendo? Agora que você sabe qual é o seu impacto, você tem um plano definido para fazer algo em relação a isso? E esse plano é parte da estrutura da empresa - aprovado pelo CEO, com todas as políticas relevantes e os indicadores de desempenho discriminados? O que você está dizendo? Você está falando sobre o seu impacto ambiental, realizações e metas para os seus diversos públicos - funcionários, clientes, fornecedores, jornalistas, ativistas, investidores e outros? Não apenas se vangloriando das coisas que você está fazendo certo, mas proporcionando contexto, inclusive divulgando as coisas em que você ainda está trabalhando? Acredito que, se uma empresa pode demonstrar que conhece seus impactos, que tem um plano definido para fazer algo em relação a isso e que está se comunicando honestamente com o mercado, ela será respeitada e acreditada e terá os alicerces para prosperar na economia verde. No meu livro, reflito sobre isso e conto histórias de empresas que conseguiram prosperar e de outras que não conseguiram.

Como as empresas brasileiras podem participar do mercado verde internacional?
Meu conselho é o mesmo para as empresas em todo o mundo: faça bons produtos que as pessoas querem comprar, responsavelmente desenvolvidos e fabricados. Venda produtos que melhorem a vida das pessoas e que sejam feitos de materiais que não prejudiquem o planeta. Existem grandes mercados ao redor do mundo para empresas que possam fabricar produtos de todos os tipos dessa maneira.

O senhor tem trabalhado há mais de 20 anos para empresas como Levi Strauss, Coca-Cola e General Electric. Qual é o balanço desse trabalho? O que essas empresas fazem de relevante em sustentabilidade?
A questão não é necessariamente o que essas empresas fazem, mas como elas fazem. A Levi Strauss, por exemplo, fez extensos estudos dos impactos ambientais de um par de jeans, desde o cultivo do algodão, sua fabricação e venda até o seu uso pelos consumidores. Eles descobriram que um dos maiores impactos ambientais dos jeans aparece quando os consumidores usam água quente para lavá-los. Agora, eles estão trabalhando na criação de um jeans que pode ser facilmente lavado em água fria. Isso significará economia e redução do uso de energia para os consumidores. É uma nova forma de pensar - sobre o impacto total dos produtos, mesmo depois das vendas. Empresas que são capazes de fazer isso muitas vezes são capazes de criar produtos que não são apenas ambientalmente amigáveis - eles são os melhores. E isso é uma receita para o sucesso.

11 maio 2009

COMUNICAÇÃO - What goes around, comes around. Stop the Iraq War.

Fonte: updateordie.com

Sensacional essa série de cartazes feitos para serem afixados em postes e colunas. A mensagem: “What Goes Around, Comes Around. Stop the Iraq War” (tudo o que vai, volta. Pare a Guerra do Iraque).

O efeito você vê aí acima.

Depois do bélico jump, esse cartaz (acima) aberto e os outros 3 da campanha:












INEX
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