31 outubro 2008
COMPORTAMENTO - Estudo revela comportamento do consumidor
30 outubro 2008
MARKETING - Produtos demoram a deslanchar no Brasil.
1 Japão
2 Noruega
3 Suécia
4 Holanda
5 Dinamarca
6 Estados Unidos
7 Suiça
8 Áustria
9 Bélgica
10 Canadá
11 Finlândia
12 Alemanha
13 Coréia do Sul
14 Venezuela
15 Reino Unido
16 França
17 Itália
18 Espanha
19 Chile
20 México
21 Portugal
22 Grécia
23 Brasil
24 Tailândia
25 Egito
26 Marrocos
27 Índia
28 Filipinas
29 Indonésia
30 Vietnã
31 China
28 outubro 2008
CONSTRUÇÃO CIVIL - Mercado imobiliário brasileiro está longe de abismo visto nos EUA, diz economista
TI - O desafio de lidar com as expectativas em projetos de TI.
Quem trabalha com prestação de serviços sabe quanto é difícil corresponder às expectativas dos clientes. Por outro lado, quem contrata serviços sabe quanto é duro ter suas expectativas compreendidas e atendidas. Se falarmos em expectativas, adentramos a esfera das relações humanas. Quando o assunto são projetos na área de Tecnologia da Informação (TI), a questão do relacionamento é mais delicada que na maioria dos serviços: os investimentos são altos, os contratantes desconhecem as nuances técnicas do trabalho e os usuários dos serviços são diversos e diversificados. Tudo isso somado e mal gerido pode levar um projeto ao fracasso.
A fim de estudar esse ambiente, a Dynamic Markets e a Tata Consultancy Services realizaram uma pesquisa com 800 executivos de oito países: Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Índia, Japão, Singapura e Suécia. O levantamento mostrou que um em cada três projetos de TI não atinge as expectativas dos contratantes. Além disso, o estudo aponta que 43% dos gestores de TI dizem que os demais gestores de suas organizações vêem os problemas nos projetos como um mal necessário.
Gerando e gerindo expectativas – Muitas expectativas são germinadas nos clientes por meio de ações de marketing e de vendas. Se o cliente perceber uma lacuna negativa entre as promessas de vendas e o que lhe é entregue, a frustração virá. Ana Carla Ferreira, uma brasileira que atua na Espanha como analista de suporte da empresa SSA Global España y Portugal, afirma que tal situação não é incomum. Acrescenta, porém, outro fator gerador de expectativas: a comparação com um sistema que já exista na empresa. “Os contratantes esperam que o novo sistema seja bem melhor do que o atual, mas nem sempre isso ocorre. Para evitar tal frustração, a análise cuidadosa de ambos os produtos deve ser feita. Sobre o sistema proposto, pode-se pedir referências dos clientes que o contratam”, explica Ana Carla.
Para evitar frustrações, é recomendável que se registre o que é combinado durante a venda. À parte do que é a praxe de qualquer contrato –objeto, preço e prazo, especialistas recomendam que seja elaborado um Acordo de Nível de Serviço (ANS ou Service Level Agreement –SLA), que contemple as expectativas do cliente e do prestador de serviços, bem como meios de medir o serviço que é entregue.
Combinar é preciso. Planejar também – Oswaldo Alves, sócio responsável pela FREGEL Corretora de Seguros, tem larga experiência em contratação de projetos. Para ele, o principal no desenvolvimento de um projeto de TI é a definição correta do que se espera ao final dele. Ele conta que já se sentiu frustrado com projetos do qual fez parte, quando ainda era executivo: “Quando eu trabalhava para uma multinacional, tive oportunidade de acompanhar um projeto, voltado a controlar vendas, que nunca terminou, porque surgiam infindáveis necessidades durante o seu desenvolvimento”. Para Alves, planejamento adequado e simulações do sistema são cruciais ao sucesso da empreitada.
Ao comparar o ambiente espanhol com o brasileiro, Ana Carla considera que o comportamento dos clientes e dos fornecedores é muito similar. A especialista considera que a falta de planejamento, principalmente em relação ao prazo de entrega, é freqüente. A pesquisa realizada pela Dynamic Markets e pela Tata Consultancy Services confirma a constatação de Ana Carla: 62% dos entrevistados apontaram a entrega fora do prazo como um problema que enfrentam com a área de TI. Além disso, 49% citaram problemas no orçamento, 47% citaram a manutenção e os custos acima da expectativa e 25% disseram que os usuários relutam em adotar os novos sistemas.
Vendendo o projeto em todos os níveis – A respeito dessa relutância, um dos motivos apontados por Ana Carla é a falta de participação dos usuários no planejamento do projeto: “Deveria ser feito um trabalho de incentivo, no qual os futuros usuários fossem ouvidos e se sentissem parte do projeto”. Ela também aponta que o treinamento precário dado aos usuários, que começam a utilizar os sistemas sem saber o que estão fazendo, leva à desmotivação. Gera, também, uma alta demanda sobre o pessoal de suporte, onerando e desgastando contratante e contratado.
Alves tem um conselho que pode ser útil para estimular a aceitação dos novos sistemas, além de contribuir para o bom relacionamento: “Recomendo que não se inicie um projeto de TI sem que seja designado um usuário muito experiente, para ficar disponível em tempo integral para atender e acompanhar o profissional de desenvolvimento”.
Abrangência do ANS - O ANS deve prever quando o serviço estará disponível para os clientes; que volume de serviços será oferecido; os procedimentos de acompanhamento e controle; limitações do projeto; a forma de comunicação de problemas ou sugestões e as revisões periódicas. Durante a fase pós-venda, as referências constantes no ANS facilitarão ao prestador do serviço acompanhar as expectativas do cliente e lidar com elas, na hipótese de haver discrepâncias entre o combinado e o esperado. O ANS pode ser utilizado, inclusive, se os fornecedores do serviço são internos, isto é, se há um departamento de TI na própria empresa.
Se o tema é pós-venda, contudo, fala-se em atendimento ao cliente. Nesse ponto, o perfil mais técnico e racional dos profissionais de tecnologia tende a revelar alguns déficits. Nada que não possa ser contornado com bons treinamentos e bons exemplos por parte dos seus líderes. Afinal de contas, o cliente quase sempre tem razão. E, quando não tem, deve ser tratado com igual interesse e consideração.
28/10/2008
23 outubro 2008
GESTÃO - Governança corporativa é vantagem competitiva
MARKETING - O poder do subconsciente na compra.
O publicitário norte-americano Martin Lindstrom lançou o controverso livro Buyology: Truth and Lies About What We Buy, que traz à tona os três anos de um estudo de US$ 7 milhões sobre neuromarketing, conduzido por ele próprio. Com um time de pesquisadores de Oxford, ele utilizou tecnologias como ressonância magnética e eletro-encefalograma em 2 mil pessoas de cinco países num esforço para melhor entender o comportamento dos consumidores.
O diferencial do estudo foi poder analisar a eficácia de mensagens de alerta de saúde em produtos, efeitos do product placement e de mensagens subliminares, dentre outras coisas.
Uma descoberta é que os consumidores são dirigidos não somente por motivações conscientes, mas subconscientes também. "A maioria das decisões que tomamos todos os dias ocorrem basicamente numa parte do cérebro onde não estamos sequer cientes delas", afirma. "Eu realmente quis encontrar o que faz uma marca ter apelo para nós. Você não pode perguntar isso para a mente consciente ou depender de uma resposta verbal".
Mas você pode depender do cérebro, diz ele, lembrando o porquê de o chamado neuromarketing, que é o estudo de como o cérebro responde ao marketing, ter vindo para ficar.
Lindstrom afirmou que uma das descobertas mais surpreendentes envolveu os maços de cigarro com mensagens fortes. Quando os pesquisadores perguntavam se o aviso funcionava, a maioria disse que sim. Essa era a resposta do consciente. Mas o subconsciente trouxe respostas diferentes. Isso porque quando os pesquisadores repetiram a mesma pergunta e exibiam flashes de imagens de embalagens com fotos fortes, tudo captado pela ressonância magnética, a imagem do exame ativava "manchas de desejo" no cérebro, indicando que os avisos fazem os fumantes quererem fumar mais, e não menos, como se supõe.
Em outros estudos, pesquisadores também apontaram que os anúncios anti-fumo tem efeito contrário.
A "Comprologia" também diz que o logo de uma marca não é tão importante como muitos julgam ser. O senso de som e cheiro dos consumidores pesquisados era muito mais poderoso que o senso de visão.
Outra conclusão é que o product placement nem sempre funciona. Por exemplo, quando os pesquisadores de Lindstrom analisaram essa estratégia em American Idol descobriram que a Coca-Cola foi mais efetiva na hora de cativar os consumidores do que a Ford, mesmo sabendo-se que ambas pagaram valores próximos a US$ 26 milhões em suas campanhas. A razão: a marca Coca-Cola e suas cores foram vistas continuamente, enquanto a Ford, que patrocinou videos no programa, era menos visível e integrada à ação.
Lindstrom compreende que as pessoas podem ter medo de usar o neuromarketing, mas segue convencido de que isso pode ser usado, desde que de maneira ética. A dvertising Research Foundation não vai comentar o assunto até ter acesso ao livro.
CONSTRUÇÃO CIVIL - Caixa poderá comprar participação acionária de construtoras, diz Mantega
O governo federal autorizou, nesta quarta-feira (22), a Caixa Econômica a comprar a participação acionária de construtoras, segundo informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A MP 443, publicada no Diário Oficial da União, também autoriza a Caixa e o Banco do Brasil a comprarem participação de instituições financeiras em dificuldades, ou seja, a estatizar instituições privadas.
A MP é assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Paulo Bernardo, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Medida semelhante já foi adotada pelo governo dos Estados Unidos, que comprou participações em algumas instituições financeiras, como as empresas Freddie Mac e Fannie Mae, ligadas ao crédito imobiliário - cerne da crise financeira atual.
"É como hoje faz o BNDES. O BNDESpar pode ter participação acionária das empresas e foi muito útil no período de consolidação das empresas brasileiras. Quando eram mais frágeis, o BNDES participava. Isso significa capitalizar as empresas para elas levaram adiante seus projetos. Estamos fazendo isso direcionado para o setor de construção. Vai haver uma CaixaPar", informou Mantega a jornalistas, sobre a participação da Caixa Econômica nas construtoras.
O ministro acrescentou que o governo tem dado "importância grande" ao setor imobiliário brasileiro. "É um pólo importante da economia. Tem peso pequeno do ponto de vista do PIB. Do ponto de vista do financiamento, estamos falando de algo como de 3% a 3,5% do PIB. Outros países têm 30%, 40% ou até 50% do PIB. Portanto, essa medida vem no sentido de reforçar o setor habitacional", concluiu.
Instituições financeiras
Também nesta quarta-feira o governo anunciou que a Caixa, e o Banco do Brasil, poderão adquirir instituições financeiras em dificuldades. Essa já é a segunda medida adotada pelo governo federal para dar apoio a instituições financeiras com problemas de caixa. A primeira foi a MP 442, que autoriza o Banco Central a comprar a carteira de crédito de instituições financeiras com problemas de caixa.
Quebra de bancos
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou também nesta quarta que exista alguma instituição financeira "quebrando". "O sistema financeiro brasileiro é sólido, mas tem problemas de liquidez. Se não tivesse esse problema, o Banco Central não estaria devolvendo compulsório e permitindo a compra de carteiras de crédito. Estamos irrigando o sistema para que não haja problemas", disse ele a jornalistas.
22 outubro 2008
SAÚDE - Quando a saúde se torna um ótimo negócio
Alimentos orgânicos revelam um mercado em crescimento no Brasil.
Como para todos os tipos de negócio a matéria-prima é, obviamente, um fator-chave, a Samurai Tofu optou por abrir suas portas em Florianópolis. É que Santa Catarina é destaque nacional por causa da grande quantidade de pequenos produtores que cultivam orgânicos, de acordo com Angélica Fonseca, gerente comercial da Samurai Tofu. Aliás, é sediada no mesmo estado, só que em Pomerode, que a fábrica de chocolates Nugali lançou uma linha de chocolates orgânicos em setembro passado. "Demoramos para desenvolver o produto porque queríamos um chocolate que não perdesse em nada no sabor para os produtos que já fabricamos", explica Maitê Lang, dona da empresa. Ela acredita que a novidade irá contribuir para o incremento previsto para as vendas ainda neste ano, de mais de 50%. "É um tipo de alimentação que gera a própria demanda, pois sua presença na loja, por si só, já desperta interesse", afirma.
Tanto a empresa do alemão Dannapel quanto a de Maitê Lang pegam carona em um mercado crescente no Brasil. Mesmo que a participação brasileira na produção mundial, mercado que movimenta US$ 40 bilhões ao ano, ainda seja muito tímida - de apenas 0,63% -, as perspectivas se revelam animadoras. O país já ocupa a primeira colocação no ranking dos maiores produtores de soja, café e açúcar orgânicos, o que rendeu negócios de US$ 250 milhões em 2007. Desse total, US$ 120 milhões foram provenientes de exportações, segundo dados da Agência de Promoção das Exportações e Investimentos do Brasil (Apex-Brasil).
17 outubro 2008
CONSTRUÇÃO CIVIL - Construção desacelera e deve crescer 5% em 2009.
SindusCon-SP
A consultora da FGV Projetos Ana Maria Castelo avaliou durante workshop sobre os efeitos da crise na construção, realizado em 16 de outubro no SindusCon-SP, que o crescimento da construção deve se confirmar em 10,2% em 2008, mas deverá desacelerar para 5% em 2009. "Além dos recursos do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), o BNDES tem elevado os investimentos em infra-estrutura. E, diante da crise no mercado de capitais, será necessário buscar outras alternativas de financiamento, como o mercado secundário", afirmou.
De acordo com o diretor de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, a desaceleração da atividade econômica provocada pela crise financeira obrigará a uma maior eficiência das construtoras nos próximos meses.
"Teremos alguma turbulência, mas as empresas que investirem em qualidade e produtividade, realizando ajustes, vão ultrapassar esse período. O crédito será mais seletivo e escasso, mas os bancos não deixarão de emprestar, eles terão de fazê-lo. E vamos continuar com uma grande demanda por habitação e infra-estrutura nos próximos anos, geração de emprego, financiamento habitacional e investimentos de governo assegurados", comentou.
Para o consultor da FGV Projetos Robson Gonçalves, os bons fundamentos da economia farão o País voltar a crescer após a crise. Ele avaliou que há espaço para uma redução dos juros, uma vez que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) já está em queda. "Os juros no mundo inteiro caíram, aumentando ainda mais a diferença em relação aos juros no Brasil. O Copom poderia começar a cortar juros na próxima reunião, embora não acredito que ele faça isso", finalizou.
16 outubro 2008
CONSTRUÇÃO CIVIL - Preços de imóveis também vão desacelerar, dizem especialistas.
GESTÃO - Na busca pelo sincronismo organizacional.
De onde surgiu este conceito?
Mas afinal, o que é e para que serve este sincronismo organizacional?
Como implementar o conceito na prática?
É possível dar alguns exemplos de experiências bem-sucedidas?
10 outubro 2008
NACIONAL - Inteligência de mercado: o Marketing da vez.
Não tem como discordar de que uma das facilidades que a internet trouxe a todos os seus usuários ao redor do mundo foi a possibilidade de intercambiar, em tempo real, uma profusão de dados até então impensada.
Mas o desafio que se impõe aos empresários de hoje não consiste na acumulação de dados, simplesmente. A dificuldade está na capacidade de convergí-los para informações úteis que servirão de base para a formulação de uma estratégia empresarial à altura do mercado competitivo. Afinal, de que adianta reter quilômetros de dados se não puderem ser utilizados a favor da empresa? Se bem administrados, tais dados podem ser içados à categoria de conhecimento, o que representa uma vantagem competitiva diante da concorrência.
Mas infelizmente ainda há muita corporação por aí que não está em sintonia com essa realidade. Não é raro encontrar executivos que agem de forma reativa aos problemas que surgem na sua empresa, sem qualquer preocupação em traçar uma análise preditiva do mercado em que seu negócio está inserido. Parecem confiar em seus “feelings” ou intuições negociais.
A despeito de inexistir uma receita pronta que garanta sobrevivência às empresas, usufruir dos avanços tecnológicos atualmente disponíveis pode influir diretamente no sucesso de suas trajetórias, evitando que sejam tragadas pela ferocidade dos competidores. E é justamente neste contexto que retomamos à questão de converter simples dados em informações estratégicas.
Ferramentas analíticas de marketing são verdadeiros sistemas de inteligência de mercado que traçam um panorama preciso e detalhado dos clientes. Elas têm o poder de analisar minuciosamente e integrar, de forma sincronizada, múltiplos canais ligados à estrutura da empresa, fornecendo elementos atitudinais valiosos para compor uma estratégia adequada às necessidades de cada um deles. Todo evento que diz respeito a relacionamentos interempresariais (B2B) ou entre os produtos adquiridos por cada cliente (B2C) são captados e armazenados de forma coerente, de modo a balizar o teor das futuras decisões tomadas pela diretoria da empresa.
Para se ter uma idéia do quanto essas ferramentas estão em consonância com as exigências atuais do mercado, basta pensarmos na linha evolutiva por que o Marketing passou nas últimas décadas. Do marketing de massa, em que o produto ainda é o foco principal da campanha, passou-se a adotar o marketing por segmento, que procura atingir as afinidades existentes entre grupos de consumidores. Aos poucos, analistas da área perceberam que a comunicação baseada em eventos, por meio da qual consideram-se as experiências individuais dos clientes, era ideal para que se obtivesse uma margem de retorno sobre o investimento (ROI) ainda maior, reduzindo assim desperdícios com campanhas generalizadas.
O raciocínio é simples: cada cliente deve ter seu comportamento compreendido a partir de uma análise rica em detalhes, visto que essas experiências individuais são elementos essenciais para agregar valores à estratégia de competição de uma corporação, a ponto de fazê-la sobressair perante as demais.
Especialistas do setor são praticamente unânimes em dizer que uma das saídas para que uma empresa prospere financeiramente nos tempos atuais é escapar da chamada comoditização dos serviços. E parece óbvio constatar que uma visão mais particular de cada cliente facilita em muito a personalização e a customização da prestação de serviço, afinando o plano estratégico da empresa de acordo com os reais interesses de cada um dos usuários do serviço.
E a tendência daqui para frente é que companhias com perfil de liderança adotem cada vez mais a comunicação sincronizada de multi-canais, através da qual todas as informações e comportamentos do consumidor são analisados em tempo real. Trata-se de um cenário propício para que se criem mecanismos de fidelização do cliente (redução do “churn”), que hoje tem a seu dispor uma infinda lista de opções de compra. E não basta apenas adotar essas práticas. Há de se dar continuidade a elas, conferindo sinergia entre todos os departamentos envolvidos.
O empresário que estuda minuciosamente o comportamento do seu consumidor tem reais chances de retê-lo. Para tanto, ou passa a adotar a inteligência de mercado a seu favor, ou reza piamente para que suas intuições sejam certeiras.
ECONOMIA - Cérebros de São Paulo.
GESTÃO - Mais para os melhores
Aos vencedores, o reconhecimento
Para promover a melhoria dos serviços à população, a prefeitura de Porto Alegre está inserindo o conceito de meritocracia entre os funcionários públicos municipais
No primeiro semestre deste ano, foi lançada uma espécie de competição entre os servidores que ocupam postos de chefia em 21 programas municipais considerados estratégicos
Os 131 servidores inscritos participaram de um curso de gestão e fizeram entrevistas e provas. Além disso, foi avaliado seu desempenho à frente dos programas que administram
Uma comissão externa, formada por representantes do Movimento Brasil Competitivo, do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade e da faculdade ESPM
Os 15 primeiros colocados ganharam um curso de duas semanas na Universidade George Washington, e os 20 seguintes participaram de um congresso de gestão pública em Brasília
Entre os resultados mais visíveis da mudança administrativa está a virada das contas de Porto Alegre, que saiu de um déficit de 81 milhões de reais em 2004 e mantém superávit financeiro há três anos, sem aumentar impostos. Com isso, a prefeitura se habilitou a pedir empréstimos estrangeiros, como um financiamento de 83 milhões de dólares do Banco Interamericano de Desenvolvimento, destinado a ampliar o tratamento de esgoto na cidade. “Nesse caso, o eixo financeiro tornou possível a melhoria ambiental e de qualidade de vida”, diz Clóvis Magalhães, secretário de gestão e acompanhamento estratégico.
Um resultado que só será computado no próximo ano é o aumento do número de salas de aula com equipamentos para ensino de crianças surdas, cegas ou com deficiência mental. Em agosto, o Ministério da Educação aprovou recursos para a criação de mais dez salas desse tipo em 2009. A conquista foi resultado do curso realizado na Universidade George Washington. “Durante a visita ao BID, descobri que o programa do MEC destinado a aumentar a inclusão de crianças com deficiência é patrocinado pelo banco”, afirma Viviane Loss, líder da ação responsável pela ampliação do atendimento escolar a estudantes com necessidades especiais. Assim que chegou ao Brasil, Viviane entrou em contato com o ministério e, após algumas ligações, recebeu a resposta de que teria recursos para cinco novas salas. Ela não se satisfez: “Eu sabia que poderia reivindicar mais devido às características da cidade e do nosso programa”. Após novas negociações, Viviane recebeu a aprovação para o dobro de salas.
BUSINESS - Vida mais longa aos novos negócios.
De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, entre 2003 e 2005, chegava a 78% o índice das novas empresas que continuavam existindo depois de cinco anos de vida. Na pesquisa anterior, entre os anos de 2000 e 2002, a taxa de sobrevivência era bem menor: 50,6%. Mas o que mudou nesse período? "Nos últimos anos, o empresário tem procurado se informar mais e se qualificar melhor para gerir os negócios", diz José Carlos Braga, consultor de projetos in company e gerente da filial sul da Integração Escola de Negócios.
"Muitas vezes, as pessoas têm o ímpeto de abrir um negócio próprio, mas não sabem o caminho. Com preparação adequada, tudo fica mais fácil." Ele destaca, também, a criatividade de quem procura alternativas de renda imediata, mesmo que seja na economia informal. "Em todos os setores, percebemos o interesse pela informação, para que se possa fazer negócios de forma planejada." O perfil empreendedor, segundo ele, não é importante somente para os gestores de negócios, mas faz diferença em todos os níveis da empresa. "A gestão de talentos, assim como a adaptação rápida a mudanças, são importantes para o sucesso dos negócios."
09 outubro 2008
ECONOMIA - John Williamson e a busca pelo capitalismo civilizado
Em 1989, no embalo da queda do Muro de Berlim, algumas das instituições financeiras mais importantes do mundo se reuniram em Washington e formularam um conjunto de medidas liberalizantes para – em tese – acelerar o desenvolvimento dos países emergentes. O receituário ficou conhecido como “Consenso de Washington”, de acordo com a síntese elaborada pelo economista inglês John Williamson. Hoje, 20 anos depois, o Consenso é visto por muitos críticos como o receituário que definiu os contornos do “neoliberalismo”, que prega o Estado Mínimo e a desregulamentação da economia. Como fica esse ideário ante a crise que abala o mundo das finanças, atualmente? Os ideais neoliberais estão condenados? O mundo está próximo de sofrer uma guinada regulatória para evitar um novo desmoronamento dos mercados? Para responder essas e outras perguntas, AMANHÃ procurou o próprio John Williamson, nos Estados Unidos. O formulador do Consenso de Washington esclarece que é a favor de um “capitalismo civilizado” e que nunca defendeu o fundamentalismo de mercado, como fazem crer os críticos de suas idéias. Confira a íntegra da conversa:
O que mudou no mundo, tal como se apresenta agora, ante aquela realidade de 20 anos atrás, quando o senhor formulou a expressão "Consenso de Washington"? A grande mudança é o reconhecimento da importância das instituições. Esta questão pouco apareceu no consenso original, porque não estava em discussão naquela época. Aliás, eu pensava que o "market fundamentalism" (fundamentalismo de mercado) já tivesse morrido com o fim do governo Reagan. Não imaginava que pudesse voltar, como aconteceu no governo de George W. Bush. O Consenso não celebrou as idéias de Reagan - apenas discutiu o que sobreviveu das idéias dele, após o seu governo.
Como assim? Reagan começou com várias idéias que, hoje, estão descritas como neoliberais: a defesa do Estado Mínimo, a visão de que a maneira de restaurar a disciplina fiscal deve ser o corte das despesas do governo, uma taxa de câmbio flutuando livremente, a eliminação de controle de câmbio, as privatizações, etc. O governo de Bush (pai) tinha abandonado a maioria desses ideais. O que eu incorporei no Consenso foram só aquelas idéias que sobreviveram, como privatização.
Que evidências o senhor vê de que o fundamentalismo de mercado ressurgiu no governo de George Bush?Principalmente, o fato de que Bush não mostrou nenhum interesse na distribuição de renda - o que está demonstrado por sua decisão de cortar impostos em benefício, em primeiro lugar, de gente que já havia ganhado muito. Em segundo lugar, o fundamentalismo de mercado se evidencia pelo viés de interpretar desregulamentação como a simples eliminação de regulamentos de todo tipo...
A intervenção do governo americano em grandes instituições financeiras abrirá precedente para uma maior participação do Estado na economia dos Estados Unidos? Duvido. Intervenções podem acontecer, mas como medidas isoladas. Os princípios de uma economia de mercado são preponderantes nos Estados Unidos. E entre estes princípios está o reconhecimento de que, às vezes, uma empresa está fadada a fracassar porque uma outra competidora se tornou mais eficiente que ela, e a longo prazo todo mundo se beneficiará caso a velha companhia não seja salva.
Essa crise deverá gerar um aumento da regulação dos fluxos de capitais? Quais restrições deverão surgir a partir de agora? Não acredito que a crise levará a um controle regular dos fluxos de capitais. Mas acho que pelo menos ela poderá diminuir a pressão que vinha existindo no sentido de que os fluxos de capitais devessem ser liberados rapidamente.
Nas crises anteriores, que tinham como origem os países emergentes, os capitais buscavam proteção nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos. Desta vez, serão os países emergentes que se beneficiarão com a atração de capitais em busca de novas e mais sólidas oportunidades?Duvido outra vez. Os capitalistas vão se sentir desconfortáveis em todo o lugar - nos Estados Unidos, é claro, mas também nos países emergentes.
Quais serão as conseqüências desta crise sobre a credibilidade das convicções liberais? Os defensores de uma intervenção mais forte do Estado sobre os mercados ganham argumentos com a atual crise?Infelizmente, é bem provável que os defensores de uma intervenção forte do Estado venham a ganhar mais influência. Embora seja difícil argumentar neste momento, eu ainda acho que o sistema preferível é o "capitalismo civilizado", como em geral ocorre na Europa
O que caracteriza o modelo europeu como um "capitalismo civilizado"? Com a ressalva de que há diferenças entre os vários países, em geral o modelo europeu favorece a utilização do capitalismo na produção e, assim, viabiliza a exploração do interesse próprio, ou "greed" (ambição, gula), em vez de combatê-lo, recorrendo a impostos mais altos para operar uma grande redistribuição de renda.
Caminhamos para um novo modelo, um novo consenso, na sua opinião? Ou estamos ingressando numa nova era de disputa ideológica e ausência de acordos?Sou muito cético sobre a emergência de um novo consenso. O ano de 1989 foi muito especial, até porque havia um clima mais favorável ao consenso naquele momento. Hoje, porém, está bem claro que eu exagerei no grau de consenso. Parece que nós vamos debater permanentemente, inclusive sobre assuntos que deveriam ser objeto de entendimento. Acho que o Consenso de Washington, tal como eu o descrevi em 1989, ainda é relevante, mas eu gostaria de adicionar, hoje, o fortalecimento das instituições - e não simplesmente das políticas.
Na sua avaliação, que importância terão os países emergentes, como Brasil e China, nos fóruns mundiais de debate sobre soluções para a normalização dos mercados? Os países emergentes são cada vez mais importantes, mas ainda num sentido negativo. Ou seja, eles têm a habilidade de vetar soluções, mas não de criar novos caminhos de acordo.
Na medida em que os países emergentes tiverem mais peso nas instituições multilaterais, pode-se esperar que eles se tornem mais propositivos para a criação de novos consensos?Espero que sim, mas não ficarei surpreso se for necessário esperar o resto da minha vida para ver isso acontecer!
O termo "Consenso de Washington" acabou sendo utilizado de maneira incorreta, na sua avaliação? O termo vem sendo utilizado de várias maneiras. Eu gostaria que todo mundo comecasse a usá-lo da mesma maneira que eu. Mas já reconheci, há muito tempo, que isso nao vai acontecer e que é necessário aceitar usos diferentes.
CONSTRUÇÃO CIVIL - Mesmo com crise, governo diz que quer ampliar financiamento imobiliário.
CONSUMO - Consumidor brasileiro se mostra fiel às marcas.
MARKETING - Novo produto? Pergunte aos shapers.
Eles são capazes de antecipar como será a receptividade dos produtos. Movidos pela curiosidade genuína e seguindo tendências de consumo, se informam e se envolvem pessoalmente com as marcas antes de se tornarem fiéis a elas. E, uma vez "aprovadas", têm disposição de espalhar aos quatros ventos as novidades que encontra nas gôndolas.
Uma pesquisa feita no Brasil detectou que a maior parte dos future shapers são mulheres (68%) e solteiros (62%). Karina Milaré, diretora de planejamento de consumo da consultoria paulista TNS InterScience, afirma que as companhias devem procurar por esse tipo de consumidor, e não pelos clientes comuns, no momento de testar novos produtos e serviços. É que o consumidor comum, muitas vezes, não está preparado para entender o espírito das novidades.
"Algumas boas idéias acabam engavetadas porque as empresas e agências de publicidade não descobriram o público certo para fazer a pesquisa de um novo produto", aponta. No Brasil, ainda há poucas empresas que se baseiam nos shapers para fazer pesquisas sobre o consumo - entre elas está a Ajinomoto. Ao redor do mundo, um caso notável de experiência com consumidores mais antenados é a Unilever.
INOVAÇÃO - Cabine 'cornofônica' faz sucesso em bar de SP.
Para chamar a atenção, a cabine cornofônica é vermelha, lembra as de telefone usadas na Inglaterra e fica logo na entrada do bar, inaugurado em 1964. Para o consultor Leonardo de Andrade, 23, não tem como não enganar a companheira. 'A mulher acredita. Se eu não avisasse minha namorada de que estou aqui, ia dizer que estava em Cumbica, indo para Manaus. Ela ia ficar maluca', brincou ele.
Para isso, Andrade apertaria o botão 'aeroporto', em que uma voz simula as que anunciam vôos pelo alto-falante. 'Eu nunca vi isso em lugar nenhum. É a cara do brasileiro. É zoeira', disse. Se escolhesse a opção 'chute o balde', gemidos intensos de mulher poderiam ser ouvidos.
09/10/2008
06 outubro 2008
COMUNICAÇÃO - PHOTO BIKES
As câmeras da “ybike” foram programadas pra tirar fotos a cada 60 segundos, que são automaticamente publicadas no Flickr de cada uma das 20 bikes. O resultado é uma galeria de fotos incrível, que retrata a vida urbana de cidades como Nova Iorque e Copenhague:
YBike COPENHAGUE- Flickr
Saiba mais sobre a campanha aqui
03/10/2008
INEX | PORTO ALEGRE | SÃO PAULO | BRASIL