A pesquisa ouviu 3.100 entrevistados entre 35 e 64 anos, com formação superior e renda familiar entre as 25% maiores de seus países. Considerado um estudo entre líderes de opinião, por parte da consultoria, a pesquisa abrangeu 18 países, como China, Irlanda, Rússia, Estados Unidos, Índia, França, Espanha e Brasil. Concluiu-se que essa parte da população, em todo o mundo, possui muito interesse em assuntos relacionados à mídia, economia e política.
30 janeiro 2008
COMPORTAMENTO - População com maior renda familiar confia mais na mídia.
A pesquisa ouviu 3.100 entrevistados entre 35 e 64 anos, com formação superior e renda familiar entre as 25% maiores de seus países. Considerado um estudo entre líderes de opinião, por parte da consultoria, a pesquisa abrangeu 18 países, como China, Irlanda, Rússia, Estados Unidos, Índia, França, Espanha e Brasil. Concluiu-se que essa parte da população, em todo o mundo, possui muito interesse em assuntos relacionados à mídia, economia e política.
24 janeiro 2008
ARQUITETURA - Envelope Transparente
Os componentes, por sua vez, também melhoraram permitindo às fachadas atuais usar menos náilon e mais aço inoxidável, ter os ajustes de freios mais eficientes e, finalmente, qualidade mais uniforme graças à produção em série.
Definida como um sistema de vedação vertical formado por placas ou painéis fixados externamente por uma subestrutura auxiliar – e aí a vedação pode ser tanto vidro quanto outros materiais, como pedras –, a fachada-cortina apresenta evolução progressiva ao longo do tempo. No Brasil, a primeira aplicação do sistema aconteceu no Centro Cândido Mendes, na rua da Assembléia, centro do Rio de Janeiro. No prédio de 43 andares projetado nos anos 1970 pelo arquiteto Harry Cole, os vidros foram encaixilhados com perfis de alumínio, formando quadros presos por ganchos às colunas contínuas e travessas. "Nesse tipo de fachada, as colunas ficavam externas, marcando a vertical do edifício e interferindo bastante com a arquitetura do prédio", comenta Luis Cláudio Viesti, consultor técnico da Afeal (Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio).
Segundo Viesti, já naquela época os arquitetos ansiavam por fachadas mais neutras, sem elementos que evidenciassem tanto a verticalidade como a horizontalidade. Foi isso que motivou o desenvolvimento do sistema pele de vidro poucos anos depois. A coluna agora se voltava para o interior do edifício e a área visível de alumínio na face externa pôde ser minimizada, chegando a aproximadamente 38 mm ao longo de todo o perímetro do quadro. Embora o vidro permanecesse encaixilhado com o apoio de gaxetas e ganchos, foi possível que as folhas móveis da pele de vidro fossem instaladas sem marcar a fachada, ao contrário do que ocorria até então.
Apesar do avanço, menos de dez anos depois uma nova solução, o structural glazing, foi criada em Miami, nos Estados Unidos, em resposta à demanda dos arquitetos que queriam eliminar de vez a interferência visual dos perfis de alumínio e obter uma fachada que revelasse apenas vidro. "A novidade foi que toda a estrutura de alumínio pôde ser finalmente ocultada no interior do edifício. Os vidros passaram a ser fixados por meio de silicones estruturais pela face externa dos caixilhos, tornando as fachadas mais leves e transparentes", conta o engenheiro e consultor Amaury Siqueira, diretor técnico da Techné Engenharia. Tal resultado estético, entretanto, não deve prescindir do desempenho da fachada, ressalta Siqueira, lembrando que a colagem não pode ser feita aleatoriamente e requer o dimensionamento da profundidade e altura do silicone obtida em cálculos que consideram a espessura, peso e dimensões do vidro.
Até por possibilitar uma extensão maior de vidro nas fachadas, o sistema sempre teve seu desempenho térmico diretamente associado à qualidade do material utilizado e ao uso de perfis com barreira de fluxo térmico. Nesse sentido, segundo Siqueira, a indústria aprimorou sua oferta, em especial, de vidros laminados com polivinilbutiral (PVB) e refletivos que, além de assegurar isolamento térmico, garantem segurança às fachadas. Outra opção para agregar qualidade térmica às fachadas-cortina é o vidro duplo insulado com persiana interna. Essa composição, aliás, é apontada pelo engenheiro Nelson Firmino, consultor e diretor da Aluparts Engenharia, como tendência em função da crescente exigência por conforto ambiental e economia de energia.
Estado-da-arte
A primeira, conhecida no mercado como Spider Glass (SGG), foi especificada no Brasil em projetos como o Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo, do escritório Botti & Rubin, e depois se disseminou, marcando presença em fachadas de pequeno e médio porte mas de alto impacto visual. Nesse sistema, que dispensa caixilhos e silicone estrutural, os vidros são presos pontualmente por peças articuladas fixadas a uma estrutura portante metálica.
Outra recente evolução das fachadas-cortina foram os módulos unitizados, que chegaram ao País no final da década de 1990 e rapidamente se incorporaram ao repertório de soluções para arquitetura comercial e institucional. Nesse sistema, a fachada é composta por painéis independentes estruturados com vidro, porcelanato ou granito, içados com o auxílio de guindastes e fixados com ancoragens reguláveis. A montagem é mecanizada e dispensa balancins, abreviando o cronograma e reduzindo custos com mão-de-obra. "O sistema unitizado de perfis com vidros tem contribuído para incrementar o emprego de fachada-cortina", afirma Firmino. Os painéis são totalmente pré-fabricados, o que aumenta o controle tecnológico e garante maior qualidade de fechamento à fachada. "Com isso, diminui-se a probabilidade de infiltração além de racionalizar o processo construtivo da fachada", ressalta Amaury Siqueira.
Após incrementos tecnológicos que além de melhorar o desempenho das fachadas, ampliaram as possibilidades de design, a evolução das fachadas-cortina tem rumo certo: a introdução de requisitos relacionados ao conforto ambiental e a economia de energia. De acordo com a arquiteta Cíntia Mara de Figueiredo, especialista em fachadas, tais requisitos devem fazer as fachadas-cortina incorporarem dispositivos para controlar a transferência de calor entre o meio externo e os ambientes internos tanto pelos perfis de alumínio quanto pelos vidros, além de controlar a acústica, aproveitar a iluminação natural e principalmente utilizar a ventilação natural. "Já é possível perceber a preocupação de alguns arquitetos em projetar construções sustentáveis, em busca do Leed, certificação norte-americana para edifícios-verdes", acrescenta Siqueira, que acredita que tal contexto é favorável à especificação de soluções como as fachadas ventiladas com placas de grês porcelanato. "A camada de ar que se forma entre as placas e a estrutura do edifício funcionam como isolante térmico entre o exterior e as paredes, eliminando as pontes térmicas, diminuindo o consumo de energia para o condicionamento do ar no interior da construção e os efeitos da dilatação térmica da estrutura", diz o consultor.
O desenvolvimento de fachadas fotovoltaicas também é visto como tendência, já que mais do que envolver o edifício, aproveitam a radiação solar como energia, contribuindo para o melhor desempenho energético-ambiental para as edificações. No Brasil, a indústria da construção civil ainda não absorveu o sistema. Mas na Europa, a fachada fotovoltaica está entre as soluções utilizadas para ganhos em eficiência energética e altíssimo desempenho ambiental das edificações, informa Figueiredo.
Uma mostra disso é a formação de um pool de empresas (Basf, Bosch, Merck e Schott) que tem trabalhado com o apoio do governo alemão para incrementar o uso desse tipo de sistema em grandes áreas e desenvolver em grande escala, até 2015, películas transparentes e flexíveis, capazes de transformar luz em energia. A idéia é obter um material que, diferentemente das rígidas células fotovoltaicas atuais, possa ser curvado, enrolado e conformado.
MARCA - Fiat 500 "voa" no céu de Londres
Com uma ação inusitada, a Fiat do Reino Unido está atraindo os olhares do público para o novo Fiat 500. O modelo foi colocado em uma cápsula do London Eye, a gigantesca roda que é um dos ícones de Londres. O carro deu seu primeiro giro na noite de segunda-feira, 21, às 20h, horário local, com show do cantor Mika e das bandas The Feeling e The Vibrants e presença de celebridades. A escolha do horário foi essencial para a ação: completou-se naquele momento um total de 500 horas do início do ano.
O Fiat 500 permanecerá "no ar" por duas semanas, dando uma volta de aproximadamente 135 quilômetros. Durante esse período de vôo, uma competição de design interativo estará disponível a quem for conferir a cápsula. O prêmio é um Fiat 500.
23/01/2008
23 janeiro 2008
TECNOLOGIA - Celular inova com tela de papel eletrônico
A empresa holandesa Polymer Vision, da qual a Philips Electronics detém 25%, anunciou nesta terça-feira, 22, que o primeiro celular do mundo com tela dobrável - ou "enrolável" - será lançado comercialmente em meados deste ano. Trata-se do Readius, um celular e leitor de ebooks apresentado ainda na fase de testes em 2007 durante a conferência 3GSM na Espanha, e que pretende disputar simultaneamente os mercados do iPhone (Apple) e do leitor de ebooks Kindle (Amazon).
Os principais trunfos do Readius, diz a Polymer Vision, são as cinco polegadas em diagonal do display de "papel eletrônico" quando totalmente aberto (o dobro da área dos maiores celulares atuais), a bateria com 30 horas de duração (cerca de seis vezes a dos celulares comuns), o peso de apenas 115g (um terço da média dos outros leitores de ebooks), a conectividade à internet via redes celulares de terceira geração, o processador ARM11 de 400MHz, a capacidade de armazenamento de até 8GB, recursos DVB-H, acesso a email, notícias online, podcasting, audio books, etc - tudo compactado em um aparelho de tamanho equivalente ao dos outros celulares e que funciona ao toque de apenas oito botões SimpleTouch.
"As pessoas estão demandando mais opções e flexibilidade no acesso instantâneo a conteúdo e informações pessoais. Elas já não se satisfazem com telas pequenas e não querem se preocupar com duração de baterias, com telas que não podem ser lidas à luz do sol ou aparelhos desajeitados que não cabem no bolso. O Readius resolve todos esses problemas e está gerações a frente de tudo que existe hoje no mercado", disse o CEO da empresa, Karl McGoldrick.
Segundo o comunicado, a versão final do Readius será exibida no próximo Mobile World Congress, que acontecerá em Barcelona entre 11 e 14 de fevereiro.
Mais informações: http://www.polymervision.com/
18 janeiro 2008
INTERNET - Internautas brasileiros crescem 48,4% em 2007, afirma Ibope//NetRatings
São Paulo - Brasil atinge 21,4 mi de internautas residenciais em 2007, com acesso a serviços de comércio eletrônico crescendo 50% em relação a 2006.
O volume de internautas residenciais ativos no Brasil chegou 21,4 milhões em dezembro de 2007, crescimento de 48,4% na comparação entre 2007 e 2006, quando o país registrava cerca de 14,4 milhões de usuários, segundo informações divulgadas pelo Ibope//NetRatings nesta quinta-feira (17/01).
O crescimento de quase 50% na base de internautas poderia ter sido melhor - em dezembro, o número de usuários sofreu uma queda de 0,7% em comparação a novembro.
Segundo a consultoria, o principal destaque da internet brasileira em durante 2007 foi o crescimento da categoria “Comércio Eletrônico” que, ao ver seu número de usuários saltar de 8,1 milhões de visitas únicas em 2006 para 12,2 milhões em 2007, experimentou crescimento de 50%.
Serviços de e-commerce atingiram 57% dos internautas, crescimento de 2,5 pontos percentuais em comparação com novembro de 2007, de acordo com o Ibope.
O Brasil se manteve, em dezembro, como o país com maior tempo médio de navegação residencial - 22 horas e 59 minutos por usuário. O número representa queda de cinco minutos em relação ao mês anterior e uma hora e 20 minutos a mais do que em dezembro de 2006.
O número de usuários com 16 anos de idade ou mais que acessam a rede em todos os ambientes - telecentros, trabalho, residência, escolas e outros - continuou na marca total de 39 milhões de internautas, registrada no terceiro trimestre de 2007.
O melhor desempenho foi obtido pela categoria “Ocasiões Especiais”, que cresceu 23,2%, alavancada pelo envio de cartões de Natal.
O setor “Automotivo” cresceu 6,3%, enquanto o acesso à categoria “Casa e Moda” aumentou 3,6%, seguido pelo aumento de 3% de “Finanças, Seguros e Investimentos”.
COMUNICAÇÃO - Investimento mundial em publicidade poderá crescer 4,6% em 2008
17 janeiro 2008
VAREJO - IBGE: crédito impulsionou vendas no varejo em 2007
Ele observou que os segmentos com maior magnitude de crescimento em 2007, de janeiro a novembro, são vinculados a crédito. São eles: equipamentos de informática (27,9%); veículos, motos, partes e peças (23,6%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (22,4%, inclui brinquedos, ótica, lojas de departamento) e móveis e eletrodomésticos (15,5%).
Lopes disse que, depois do crédito, as importações foram o principal fator a gerar impacto positivo nas vendas do setor, já que possibilitaram aumento da concorrência e queda de preços, estimulando o consumo. Outro fator importante citado por Lopes é o bom desempenho do mercado de trabalho, que sinaliza para manutenção do emprego, gerando confiança dos consumidores para contratação de financiamentos. (Jacqueline Farid)
15 janeiro 2008
MARCA - Skol em sua maior versão redonda
De acordo com Milton Seligman, diretor de relações corporativas da AmBev, a Skol tem total identificação com o Rio de Janeiro, o que fez com que a escolha do local para o evento fosse facilmente definida. “Além do carinho com o Rio, em todas as atividades da Skol, o consumo responsável faz parte e está presente”, diz Seligmen. Até 9 de fevereiro, a roda-gigante estará somente na cidade maravilhosa. O motivo de o evento ser realizado em apenas uma cidade é explicado por Marcel Marcondes, Gerente Nacional de Marketing da Ambev. “A Roda Skol será somente aqui porque a marca mora aqui. O Rio é a casa da Skol”, afirma o executivo.
Experiência e entretenimento ao gosto do consumidorPara Leonardo Byrro, Gerente de Produto da Skol, a Roda é a materialização de momentos felizes para o consumidor. Com funcionamento separado por dois turnos, as crianças menores de 14 anos também poderão curtir o evento entre 13h e 17h, de terça-feira a domingo, desde que acompanhadas pelos pais ou responsáveis. Para os maiores de 18 anos, o evento oferece, além da roda-gigante, o Olhar Redondo, uma projeção de imagens disponibilizadas diariamente a partir das 20h30 em uma das faces da Roda, com 30 metros de diâmetro.
Outra novidade é o Bar da Roda, onde as mesas terão jogos diferentes para entreter o público, sinuca, entre outras atrações que integram o ambiente característico dos botequins da cidade. Fechando o ciclo de novidades, haverá também o Bar da Pista, com uma pista wi-fi silenciosa com canais de rock, disco e house. A idéia é que os interessados possam escolher o que desejam ouvir sem incomodar ninguém, já que estarão disponíveis diversos fones de ouvido para o público.
Além desta possibilidade de ouvir o estilo musical preferido em um bar, o público poderá conectar, dentro das cabines da Roda, aparelhos para ouvir suas músicas e compartilhar com os amigos que os acompanham no passeio. “Além desta novidade, quem não levar o aparelho poderá ouvir a música ambiente da Roda Skol”, diz Leonardo Byrro.
Consumo responsável e qualidade juntos pela experiênciaDe olho também no consumo responsável de cerveja durante o evento, a produção da Roda Skol preparou um carimbo para marcar as mãos do público maior de 18 anos, lembrando sobre a responsabilidade de não misturar bebida e direção. Para reforçar esta idéia, na saída dos banheiros do evento, os espelhos mostrarão mensagens sobre o consumo responsável de bebidas alcoólicas. Para provar que a marca realmente está preocupada com o bem-estar dos consumidores, a organização do evento não destinou nenhum centímetro dos 6.000m2 para estacionamento. Tudo para evitar que as pessoas tenham que dirigir após a diversão.
Marcel Marcondes garante que esta é uma grande oportunidade de conhecer e vivenciar algo marcante na vida dos consumidores do produto. “Nossa proposta é gerar relacionamento com nosso público. A experiência que eles terão transcende o produto Skol, vai além de beber uma cerveja”, acredita. Segundo o Gerente Nacional de Marketing da Ambev, este espaço oferece um momento diferente para as pessoas. “O objetivo não é aumentar volume de vendas ou market share. O que nós queremos é gerar um relacionamento com estas pessoas”, conclui. “Queremos retribuir o carinho com o público, que este evento seja enriquecedor para a cidade e que contribua de alguma forma com o turismo do Rio de Janeiro”, aponta Leonardo Byrro.
Para Paulo leal, Diretor Geral da Dream Factory, agência de promoção, eventos e geração de conteúdo que criou e produziu a idéia da Roda Skol, este é um dos maiores projetos criativos da empresa desde sua inauguração, em 2001. “Este talvez seja o projeto mais bem sucedido de experiência de marca e um dos mais inovadores do Brasil”, diz o diretor.
De acordo com Leal, a Roda foi desenvolvida durante seis meses, o que mostra que não basta para uma marca falar só dos seus atributos e diferenciais: ela precisa saber se expressar. “Em uma das reuniões de brainstorm da agência, falamos sobre as roda-gigantes que voltaram à tona em diversos países. Foi aí que tivemos a idéia de fazer uma roda-gigante para a Skol”, explica. Paulo Leal afirma que o objetivo da Dream factory não é realiza diversos eventos, mas poucos que sejam marcantes. “Nós não somos um banco de eventos, mas sim uma boutique de eventos”, provoca o Diretor Geral da agência.
15/01/2008
ECONOMIA - Financiamento longo para carros chegou ao limite.
Pesquisa feita com 2,3 mil consumidores em concessionárias e feirões de São Paulo indica que 98% dos que adquiriram carros novos sem entrada, para pagamento em longas prestações, estão com toda a renda comprometida, levando-se em conta gastos com moradia, alimentação, despesas diversas (educação, condomínio, plano de saúde) e dívidas em geral (crediários). Esse grupo representa 58% dos pesquisados ouvidos nos últimos meses de 2007 pela empresa MSantos, especializada no varejo de veículos.
"Ocorreu uma bonança de crédito fácil, mas tudo indica que o balão que subiu agora começará a murchar?, diz o economista e consultor da MSantos, Ayrton Fontes. Entre os demais pesquisados, aqueles que deram em média 30% de entrada do valor do veículo afirmaram que têm 65% da renda comprometida. Para os que pagaram à vista, o comprometimento é de 48% do rendimento mensal com despesas do dia-a-dia.
De acordo com o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, o aconselhável é comprometer no máximo 25% do orçamento familiar com financiamentos em geral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
14 janeiro 2008
SAÚDE - Genômica de consumo
Os benefícios potenciais de um mapa genômico são enormes. Quem sabe que corre riscos de ter um problema cardíaco não terá mais desculpas para evitar as atividades físicas regulares. Quem descobrir ter propensão a câncer de cólon, por exemplo, pode fazer colonoscopias preventivas. "A idéia é que, no lugar de um mapa astral, as pessoas terão o mapa genético, com todas as predisposições ao que podem desenvolver listadas, e vão poder adaptar o estilo de vida ao seu genoma", diz o médico geneticista Sérgio Danilo Pena, de Belo Horizonte. Num futuro um pouco mais distante, a descrição genética de cada indivíduo será parte integrante das consultas médicas: os diagnósticos vão levar em conta a história narrada pelo paciente e também aquela escrita pela decodificação de seu DNA. E o sonho dourado da nascente indústria da genômica de consumo é a correção: terapias gênicas e remédios feitos sob medida para uma única pessoa poderiam, em tese, corrigir os desvios identificados como problemáticos nos mapas genéticos.
Mas esse dia ainda está distante, e não só por causa do desafio científico. O genoma humano já foi lido, mas ainda não é inteiramente compreendido. Numa comparação simples, o que há hoje é uma lista de todas as letras que formam o código genético, mas é necessário identificar o que a combinação delas, ou os genes, significa. Ou seja, ainda há um universo enorme do DNA humano a ser traduzido. Sem um acompanhamento médico, o mapa genético pode ser confundido com um diagnóstico -- quando, na realidade, ele apenas aponta a probabilidade de desenvolvimento de determinadas doenças. Além disso, muitas delas dependem mais de fatores ambientais do que da predisposição genética. Outra questão importante é cultural. Trata-se de um mercado muito novo. É difícil saber quantas pessoas gostariam de fazer um exame que pode apresentar a elas uma probabilidade grande de desenvolver o mal de Alzheimer, para o qual ainda não existe cura. Mas também há um grupo de pessoas que certamente terá interesse em descobrir seu futuro genético: quem já tem um histórico familiar de doenças graves, por exemplo. É com esse misto de angústia e curiosidade que as novas empresas de genômica de consumo vão jogar. "Todo ser humano é um consumidor potencial do serviço de genoma personalizado. As limitações seriam o preço ou o nível de conforto da pessoa para fazê-lo", disse a EXAME Linda Avey, uma das fundadoras da 23andMe.
Mas a questão mais importante diz respeito à privacidade. Com a sofisticação dos exames e a possibilidade de resultados mais precisos, a segurança do mapa genético do indivíduo será cada vez mais importante. Cenários que pertenciam apenas à ficção científica já parecem plausíveis. Imagine empresas que exijam o mapa genético de seus funcionários no ato da contratação, ou então planos de saúde que criem preços diferenciados para aqueles que apresentem mais probabilidade de sofrer de câncer. Imagine, ainda, um roubo de informações do banco de dados de uma empresa que faça esses testes. São três situações novas e complexas, que exigirão mudanças culturais e de legislação. Uma forte regulamentação desse setor é tida como certa, e nos Estados Unidos já está em andamento um projeto de lei para garantir o sigilo das informações genéticas de cada indivíduo. Apesar de todas as questões que cercam a genômica, não há dúvidas: o conhecimento do genoma vai mudar para sempre a vida dos seres humanos -- basta usá-lo com responsabilidade.
ESTRATÉGIA -Preço baixo e o que mais?
Mudar uma fórmula de sucesso, em empresas de qualquer porte, exige coragem e determinação. Numa companhia gigantesca, com vários níveis hierárquicos e opiniões de todo tipo, esse esforço é ainda maior. A rede Wal-Mart, maior corporação do mundo, com faturamento de 351 bilhões de dólares em 2006, é o melhor exemplo dessas dificuldades. A empresa tenta reverter a queda no ritmo de crescimento das vendas de suas lojas nos Estados Unidos, principalmente as abertas há menos de um ano -- um indicador importante do setor de varejo. Enquanto em 2005 as novas lojas apresentavam crescimento mensal de 3,6%, em 2007 o índice não passou de 1,5%. Parte desse desempenho se deve à pressão de redes como Costco e Target, que também mantêm o apelo do baixo custo, mas oferecem produtos mais sofisticados e marcas de prestígio. Há um ano, o Wal-Mart tentou mudar de perfil -- instalou até sushi bar e área wi-fi nas lojas. A estratégia foi um fiasco. Os clientes de renda mais alta não compareceram e os compradores tradicionais rejeitaram as novidades. A rede voltou a focar os preços, mas passou a investir também em serviços nas lojas, como clínicas médicas onde os consumidores podem passar por consultas mais baratas. "É um caminho de longo prazo até conseguirmos acertar esse novo modelo", diz o vice-presidente de marketing do Wal-Mart, Stephen Quinn.
MUDANÇAS DE TAL PORTE e com tamanho impacto raramente nascem espontaneamente. A regra é mudar apenas quando a situação se agrava de tal forma que não haja alternativa. Antes que isso aconteça, e de maneira acertada, as gigantes do preço querem se antecipar a esse cenário. Desde que foi fundada por Michael Dell, em 1984, a fabricante de computadores Dell caracterizou-se pela produção e venda de máquinas confiáveis e de baixo preço, o que a transformou na maior fabricante de PCs do mundo. Boa parte desse sucesso decorre de um sistema de venda direta que elimina a intermediação de varejistas e distribuidores -- e derruba os custos. Desde o ano passado, quando a empresa perdeu a liderança mundial do setor para a HP, seus executivos experimentam novos formatos. Para enfrentar a concorrente, a Dell fechou contratos com grandes varejistas e investiu também em produtos mais caros. Da mesma forma, os executivos da companhia de aviação Southwest Airlines, uma das primeiras a adotar o modelo de baixo custo, não titubearam -- mesmo diante de todos os riscos -- em subverter a idéia básica sobre a qual o negócio foi construído. A Southwest tem uma política tão espartana que em seus vôos não há lugar marcado. Escolhe o assento quem chega primeiro. A empresa acaba de criar uma espécie de classe executiva estilo low cost. Por uma taxa extra de 30 dólares, os passageiros têm mordomias como o direito de embarcar antes dos demais e se sentar nos melhores lugares do avião.
Apesar do forte simbolismo, as alterações realizadas por Wal-Mart, Dell e Southwest não significam que o modelo de baixo custo esteja comprometido. Na verdade, a busca pelo menor preço se tornou uma tendência irreversível e a cada dia entram mais empresas nessa disputa. As três gigantes enfrentam o que os especialistas chamam de "ônus do pioneirismo". Depois de criar mercados e um novo conceito de venda no mundo dos negócios, seus modelos foram intensamente copiados por velhos e novos concorrentes. Agora, elas precisam transformar o formato que as consagraram para garantir a mesma dianteira confortável do passado. "O modelo de preços baixos só tende a crescer", diz o analista Caio Dias, do banco Santander. "E, se todo mundo oferece preço baixo, é preciso diferenciar-se de outra maneira."
MARKETING - Empresas não conseguem atender expectativas.
Pesquisa conduzida pela consultoria Accenture em sete países (Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, China, Austrália, Brasil e França), para checar o índice de satisfação de mais de 3,5 mil consumidores, permitiu concluir que os brasileiros são os mais insatisfeitos com o nível de serviços prestados por empresas de diversos setores econômicos, com um índice de reprovação de 75%, informou o site InfoMoney.
O problema central é o atendimento ruim, que compromete a fidelização do cliente a marcas, apesar de essa ser uma tendência global em progresso a cada dia. Em cada dez consumidores no Brasil, um afirma que a qualidade dos serviços nacionais é péssima (em particular, aqueles que pertencem às classes média e alta).
Além disso, 67% confirmaram que suas expectativas são raramente atendidas. O percentual deixa o Brasil com o pior índice de satisfação na comparação com os outros seis países, posicionado na frente da Austrália (52%), Reino Unido (52%), França (51%), Estados Unidos (42%), Canadá (41%) e China (31%).
Análise globalDe acordo com o estudo, mais da metade (52%) dos consumidores dos cinco continentes afirmou que suas expectativas por melhores serviços aumentou nos últimos cinco anos. E 33% responderam que possuem expectativas mais altas hoje do que no ano passado.
Essas expectativas aumentam especialmente para os consumidores de economias emergentes. Cerca de nove em cada dez chineses, por exemplo, afirmaram que houve uma alta de expectativas nos últimos cinco anos. No Brasil, 48% dos entrevistados deram essa mesma resposta.
Conclui-se que as empresas mundo afora estão se esforçando pouco para corresponder a esse otimismo das pessoas. Globalmente, 47% dos consumidores afirmaram que suas expectativas são atendidas "às vezes", "raramente" ou "nunca", lembrando que o Brasil foi o pior colocado no quesito.
Mas até mesmo em nações desenvolvidas, onde as empresas têm direcionado bilhões em melhorias do serviço prestado ao consumidor, o nível de insatisfação continua alto. Por exemplo, mais da metade dos participantes da pesquisa no Reino Unido deu as respostas "às vezes", "raramente" ou "nunca".
Muitos consumidores deixaram de comprar, em especial, do Brasil e da China, pela insatisfatória qualidade dos produtos. "Os consumidores estão mais sábios e estão se deparando com mais opções do que nunca, o que está fazendo muita diferença na balança de poder pesando mais para o lado do consumidor. Novos desafios estão sendo incorporados pelas companhias", afirmou o diretor da Gerência de Relação com o Consumidor da Accenture, Woody Driggs.
10 janeiro 2008
COMUNICAÇÃO - Web bate TV na Inglaterra em 2009.
08 janeiro 2008
MARCA - Xerox reformula logotipo para fugir de imagem tradicional.
A um custo de milhões de dólares só no Brasil, a empresa subsituirá o logotipo tradicional por um novo, na expectativa de se associar a outros setores, além das fotocópias.
Uma das 60 marcas mais valiosas do mundo, segundo o ranking da revista americana Business Week, a Xerox anunciou nesta segunda-feira (07/01) a reformulação de seu logotipo, num lance que a própria empresa classificou como "a maior mudança na identidade corporativa da história da companhia".
O novo logo mostra o nome da empresa com uma fonte mais arredondada que a do anterior, além de um globo vermelho cortado por dois traços que se cruzam, numa menção à letra "x", a primeira do nome da empresa, e ao conceito que a empresa pretende reforçar, no processo de reposicionamento de marca, o de "conexão entre empresas, consumidores e mercados" (veja abaixo a comparação do logotipo anterior, à esquerda, com o novo, à direita).
"A mudança (do logo) é uma forma de refletir o que somos atualmente, uma empresa com foco no cliente, idéias inovadoras e serviços de documentação e conteúdo, e não mais uma provedora de máquinas de fotocópia", explica o diretor executivo de marketing da Xerox no Brasil, Fábio Neves.
Hoje os negócios da empresa estão concentrados em três grandes áreas de atuação: fornecimento de impressoras para venda no varejo, processamento de documentos para empresas e impressões em grande volume para companhias de setores como o gráfico e o publicitário.
No entanto, a imagem da empresa segue bastante associada à de fabricante de fotocopiadoras, as "máquinas de xerox", como muitas vezes são chamadas, num exemplo claro de associação entre o produto e a marca.
A expectativa, segundo Neves, é que a Xerox consiga expandir a confiança do consumidor na marca para produtos de outros setores e, de quebra, conquiste um reconhecimento de melhora de imagem por parte dos investidores.
Custo milionário
A matriz americana da Xerox esclarece em nota que a substituição do logotipo anterior pelo novo em todos os espaços onde o primeiro aparece – documentos, banners, fachadas, sites, entre outros – será realizada gradualmente e pode levar até 18 meses para ser concluída em todo o mundo. No Brasil, a previsão é de que a mudança nos mais de 200 itens onde deve ocorrer seja concluída até o fim de 2008.
A companhia não divulga o custo do processo de reformulação, mas o custo estimado, apenas no Brasil, é de "alguns milhões de dólares", segundo Fábio Neves.
08/01/2008
07 janeiro 2008
ECONOMIA - Casas à venda nos Estados Unidos: a ressaca ianque deve provocar um efeito dominó e afetar economias da Ásia e da Europa.
A cada virada do ano, os analistas econômicos se dedicam a um esporte de alto risco: fazer previsões sobre índices muitas vezes imprevisíveis, como o crescimento do produto interno bruto e as futuras oscilações da taxa de juros, do câmbio e da bolsa de valores. Para 2008, a bola de cristal dos economistas traz uma revelação inequívoca: depois da tempestade das hipotecas subprime nos Estados Unidos, chegou a hora da faxina. "O primeiro semestre será crítico para determinar o desfecho da crise, com mais bancos vindo a público para admitir e assimilar grandes perdas", diz David Wyss, economista-chefe da agência de classificação de risco Standard&Poors. "Se os bancos centrais conseguirem garantir liquidez aos mercados, ao mesmo tempo em que as pressões inflacionárias nos Estados Unidos sejam contidas, é possível que o segundo semestre seja mais promissor." Caso contrário, a economia americana poderá viver uma recessão significativa, com estragos ainda mais graves do que os já provocados pela desaceleração em curso -- hipótese levada cada vez mais a sério pelos analistas. Nas últimas semanas, aumentou o número de economistas que já falam abertamente na possibilidade de uma contração mais forte. O mais recente relatório do banco de investimentos Merril Lynch avalia que a chance de recessão em 2008 é de 100%. O banco Bear Stearns, um dos mais castigados pela tormenta, acaba de registrar o primeiro prejuízo trimestral, de 854 milhões de dólares, em seus 84 anos de história. Para Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve, o banco central americano, a economia do país começa a viver os primeiros sintomas de "estagflação", termo usado para indicar um período de ausência de crescimento associado à alta de preços. O clima de apreensão é tamanho que o presidente Bush declarou que, se há prejuízos a contabilizar, os bancos "precisam fazer isso agora". Como era de esperar de um sistema global, a ressaca ianque tende a provocar um efeito dominó, castigando economias que também produziram bolhas imobiliárias nos últimos anos, caso de parte da Europa, da Ásia e da Austrália.
Mesmo no caso de países como o Brasil, com contas externas em dia e política monetária austera, a crise deverá trazer respingos negativos. "Num ambiente externo desfavorável, o atual crescimento da economia brasileira, na casa dos 5%, é insustentável," diz John Welch, vice-presidente de estratégia soberana do banco de investimentos Lehman Brothers de Nova York. "Se o governo Lula tiver uma reação responsável ao fim da CPMF, limitando os gastos públicos, o Brasil deverá crescer em torno de 4,4% em 2008". Há quem trace cenários bem menos otimistas, como o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, para quem o Brasil crescerá apenas 3%. Segundo ele, o aumento do consumo interno não será suficiente para compensar os efeitos de uma retração na demanda externa, causada sobretudo pela possível queda na exportação de commodities para países como a China.
Diante de tal piora nos humores, muita gente tem se voltado para os chamados países do Bric -- Brasil, Rússia, Índia e China --, indagando se eles serão capazes de gerar um crescimento econômico suficiente para compensar a crise nos países desenvolvidos. A percepção é de que, se a economia americana efetivamente embicar para baixo, será pedir demais às quatro nações emergentes que contrabalancem desde já o baque na maior potência do mundo. De acordo com o economista Robert Shiller, célebre por vaticinar que a "exuberância irracional" do mercado de ações americano nos anos 90 acabaria mal, o peso dos emergentes na criação da riqueza global tem sido exagerado, num efeito semelhante ao da ilusão de ótica. "Na realidade, as economias da China e da Índia são apenas uma fração minúscula do PIB mundial -- juntas, representam 7%", escreveu Shiller num artigo para o jornal The New York Times. Por outro lado, apesar de ter uma participação declinante, os Estados Unidos ainda representam 28% do PIB global. É, portanto, na terra do Tio Sam, onde a crise eclodiu, que o seu destino também deverá ser decidido.
Até agora, o efeito mais perverso da desaceleração americana, com certo grau de contágio na Europa, é a contração do crédito. Traumatizados pelos calotes dos mutuários de baixa renda, perdas estimadas em mais de 400 bilhões de dólares, os bancos americanos estão se recusando a conceder novos empréstimos, travando o sistema financeiro. Segundo Jan Hatzius, economista-chefe do Goldman Sachs, uma instituição que até agora tem escapado ilesa da crise, o prejuízo dos bancos provocará uma contração de crédito nos Estados Unidos da ordem de 2 trilhões de dólares. É por isso que os bancos centrais dos países ricos têm injetado liquidez no sistema. Recentemente, o Banco Central Europeu emprestou mais de 500 bilhões de dólares a juros camaradas para bancos em dificuldades. Mas a maioria dos analistas questiona os resultados de tal estratégia.
Se o futuro parece incerto, mais seguro é olhar para o passado e tentar tirar lições. Um ensinamento é a noção de que os chamados ciclos do sistema capitalista -- flutuações na atividade econômica, alternando períodos de rápido crescimento com fases de declínio e recessão -- sempre estiveram conosco, e talvez seja prudente imaginar que continuarão a pleno vapor no século 21. "Essa é uma crise clássica que marca o fim de um ciclo, aquilo que os americanos chamam de crisis by the book", diz o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros. "Assim como no passado, essa crise também foi motivada por questões de mercado, como a baixa taxa de juros americana no começo da década, que fomentou a especulação hipotecária." A novidade dessa vez foi a chamada securitização, mecanismo financeiro pelo qual os investidores repassam e diluem os riscos assumidos. Ao contrário do que se previa, a securitização do mercado subprime não levou à redução dos riscos, mas a prejuízos colossais. Muitos bancos tornaram-se menos criteriosos na concessão de empréstimos, pois agora podem transferir o risco de seus clientes. "À medida que os mercados se tornam mais sofisticados, certos investidores passam a se arriscar cada vez mais", diz Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central. Segundo ele, os ciclos são dominados por dois sentimentos opostos: a ganância, nos tempos áureos, e o medo, nas horas de crise. E se é verdade que o medo serve à auto-preservação, por outro lado, a ganância é a mãe do empreendedorismo. Nos próximos dois ou três anos, Mendonça de Barros crê que os investidores irão adotar uma postura cautelosa. Mas para o futuro ele tem outra profecia: "Com o passar do tempo, quando julgarem que estão com baixa rentabilidade, alguns vão fazer bobagem, dando a largada para a próxima crise."
07/01/2008
04 janeiro 2008
INOVAÇÃO - Leitura obrigatória.
O pedal reinventado.
O filhote de iPhone.
Uma foto em 39 segundos.
Computador certificado.
Tendência
Bolsa energética.
Lanterna auto-suficiente.
Tendência
Mini-Vuitton.
Água com preço de vinho.
Celular de grife.
Tendência
Volta à tradição.
Frigobar retrô.
Rádio rejuvenescido.
ARQUITETURA - Presidente Lula veta criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo.
"Sempre há distintas visões e interpretações jurídicas. O Congresso entendeu que a iniciativa não era do Executivo. Agora estamos estudando alternativas para agilizar o projeto. Procuramos uma solução prática."Gilberto Belleza, presidente do IAB-DN
"Isso de não ter sido feito pelo Executivo é desculpa. Não me surpreendo de o Lula ter feito isso. Sempre disse que desse mato não saía coelho. É preciso começar tudo de novo. Mas em outro governo. Isso deveria ter sido tentado no governo do Fernando Henrique Cardoso. Quem marcava a agenda do FHC era um arquiteto da FAU-USP. Havia outra visão. A visão do Lula é de sindicalista. Para ele, não faz diferença se os arquitetos têm um conselho próprio ou não. Mas ele não resolve sozinho. Têm assessores petistas ligados a órgãos do governo que querem manter as coisas do jeito que estão".Arquiteto Sérgio Teperman
"É horrível. Lamento que este tenha sido o pior presente que o Lula tenha dado ao seu amigo Oscar Niemeyer. Essa luta tem 49 anos. Começou em 1958, com Vilanova Artigas e Eduardo Kneese de Mello, e seguiu ininterrupta até hoje. E, quando tudo parecia que ia dar certo aconteceu o veto. Estamos desalentados. Mas o projeto deveria ter sido apresentado pelo Executivo. Não entendo porque o IAB não encaminhou pelo executivo. Todos sabiam que era inconstitucional. Ficaram todos procurando convencer cada uma das instâncias pela qual o projeto passou de que não era inconstitucional. Foi uma estratégia temerária. Quem nos advertiu disso foi Albano Volkmer, ex- presidente do Confea e do IAB-RS, que infelizmente faleceu em 2007. Agora, é preciso retomar, sim, e pelo Executivo. Não é culpa do Lula. Não é ele que é mau. Os arquitetos criaram problemas para o CAU. O que atrapalha a criação do CAU são os próprios arquitetos. Principalmente aqueles que têm benesses do sistema Crea-Confea, para quem o conselho não é útil, pois são funcionários do sistema. É preciso bater em retirada, reorganizar e retomar".Arquiteto Miguel Pereira
"Não esperávamos o veto, pois a nota técnica superava qualquer questionamento. Entretanto, o parecer da assessoria presidencial não entendeu assim. Mas, ao mesmo tempo em que vetou, o presidente Lula se comprometeu-se pessoalmente a fazer o possível para acelerar o pedido. Há apoio amplo da Câmara e do Senado. Há uma simpatia e compreensão para com a nossa causa. Desde Aluízio Mercadante a José Sarney (autor do projeto de lei), todos apostam na aprovação. Nossa expectativa é de que isso seja resolvido neste ano."Arquiteto Haroldo Pinheiro"Com o aniversário de 100 anos de Niemeyer, que coincidiu com o envio do projeto para sanção do presidente Lula, estava tudo certo. Esperava que com os festejos de 100 Anos de Niemeyer não houvesse veto. É uma péssima notícia para os arquitetos!."Arquiteto Eduardo Martins Ferreira.
INTERNET - O que esperar da internet brasileira em 2008?
São Paulo - Após números animadores de 2007, executivos do setor revelam suas expectativas sobre os caminhos da internet brasileira durante 2008.
Os números não mentem – o ano de 2007 foi especialmente dourado para a internet brasileira. Impulsionada pela queda de preços inerente a tecnologias anteriores no mercado de TI e pelos programas de inclusão digital promovidos pelo Governo Federal, nos quais camadas menos abastadas tiveram oportunidade de se conectar à grande rede no ano passado pela primeira vez.
"Com o lançamento da TV Digital no Brasil, a queda do dólar e o aumento das políticas de créditos nas empresas, além da maior conscientização dos brasileiros da praticidade e segurança das compras feitas pela internet, estamos confiantes de um crescimento significativo para o comércio eletrônico em 2008".Romero Rodrigues, fundador e presidente do Buscapé
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