Fonte: O Estado de São Paulo
A festa do crediário de longo prazo para a compra de veículos, principal responsável pelo boom das vendas de carros novos em 2007, chegou ao limite, afirmam especialistas. Um dos motivos apontados é o endividamento crescente dos consumidores. Mesmo antes do aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em vigor a partir deste mês, já se esperava redução no tempo dos contratos, que hoje chegam a sete anos e, em promoções especiais, atingem até oito anos.
Pesquisa feita com 2,3 mil consumidores em concessionárias e feirões de São Paulo indica que 98% dos que adquiriram carros novos sem entrada, para pagamento em longas prestações, estão com toda a renda comprometida, levando-se em conta gastos com moradia, alimentação, despesas diversas (educação, condomínio, plano de saúde) e dívidas em geral (crediários). Esse grupo representa 58% dos pesquisados ouvidos nos últimos meses de 2007 pela empresa MSantos, especializada no varejo de veículos.
"Ocorreu uma bonança de crédito fácil, mas tudo indica que o balão que subiu agora começará a murchar?, diz o economista e consultor da MSantos, Ayrton Fontes. Entre os demais pesquisados, aqueles que deram em média 30% de entrada do valor do veículo afirmaram que têm 65% da renda comprometida. Para os que pagaram à vista, o comprometimento é de 48% do rendimento mensal com despesas do dia-a-dia.
De acordo com o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, o aconselhável é comprometer no máximo 25% do orçamento familiar com financiamentos em geral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
07/01/2008
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