29 agosto 2008

BUSINESS - Vai uma carona aí?

Fonte: Portal PEGN

Oferecer transporte para a clientela voltar para casa pode trazer problemas judiciais a bares e restaurantes.

Apesar da chiadeira provocada pela Lei Seca, que entrou em vigor no último dia 20 de junho, a norma parece mesmo ter vindo para ficar (a constitucionalidade da lei deve ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal em agosto). Como agora a legislação estabelece tolerância zero para o consumo de álcool por parte dos motoristas - e a multa é bem salgada: quase R$ 1.000 -, donos de bares e restaurantes estão sentindo o gosto amargo da medida, que reduziu drasticamente a venda de bebidas. Para minimizar a queda no faturamento, vários empresários do setor estão oferecendo alternativas de transporte para levar o cliente para casa e, assim, deixá-lo livre para consumir à vontade.


O que num primeiro momento pode soar como solução, na verdade representa um risco que muitos desconhecem. Isso porque quem oferece carona à clientela precisa tomar alguns cuidados para não ser responsabilizado por eventuais problemas como acidentes ou assaltos. Segundo David Rechulski, sócio do escritório Rechulski e Ferraro Advogados, é necessário checar se os motoristas contratados ou terceirizados têm habilitação para atividade profissional, se os carros usados possuem seguro de responsabilidade civil e se todos os passageiros estão utilizando o cinto de segurança. "As regras devem estar muito claras, de preferência em um mural próximo à entrada do estabelecimento e na contracapa do cardápio", afirma. Ele recomenda ainda incluir a área ou quilometragem coberta pelo serviço, esclarecer que o transporte é destinado a quem ingeriu bebida alcoólica com moderação (não para clientes alcoolizados), que o passageiro deve assinar um termo de ciência dos riscos envolvidos (como acidentes ou assaltos) e que a iniciativa se trata de opção do empreendimento, podendo ser suspensa sem aviso.


A lição foi aprendida logo pela empresária paulista Lilian Gonçalves. No dia seguinte à publicação da lei, ela mandou adesivar dois carros com a marca Biroska - que abrange suas cinco casas - para levar gratuitamente os consumidores de volta ao lar. Ela conta que no primeiro fim de semana um cliente tomou uma única caipirinha e solicitou a carona. O destino? Campinas, cidade a cerca de 100 quilômetros de São Paulo. "Foi duro convencê-lo de que não seria possível. Depois disso, deixamos claro que a cortesia cobre uma distância máxima de dez quilômetros", diz Lilian.
Precavida, a empreendedora não aposta apenas no transporte para recuperar o faturamento perdido. Ela também providenciou bafômetros para os boêmios fazerem o teste antes de ir para casa. "Realizamos ainda uma campanha com panfletos para atrair a clientela que pode vir a pé", diz. Lilian afirma que a queda na receita chegou a 40% na primeira semana, mas agora o movimento já se normalizou.


Rechulski também alerta para o risco de a empresa ser acusada de repassar o custo do transporte ao consumidor. "Ele tem de ser apresentado como uma cortesia, não um serviço." O advogado ressalta ainda que o benefício jamais deve ser usado como propaganda. Foi justamente essa a postura do restaurante Tizziano, no Rio de Janeiro. Com discrição, a ação adotada pelo estabelecimento aposta na oferta de transporte gratuito, mas sem divulgá-la externamente. O proprietário Luiz Carlos Caumo tem feito uma média de 12 viagens por dia nos fins de semana e quatro nos dias úteis para levar consumidores de volta para casa. Apesar de ter registrado quase 15% de queda no faturamento, ele aprova a lei. "Se não beneficiasse a sociedade, eu questionaria", afirma.


Já a casa noturna CB Bar, de São Paulo, espera recuperar parte da receita reforçando o cardápio com uma série de porções e petiscos. A casa também se preocupou com a questão do transporte, mas preferiu abordá-la de forma inversa: quem for de táxi, ganha uma cerveja. "A idéia é mostrar que a pessoa pode beber, só não pode dirigir depois", afirma Raul Fiuza, gerente comercial do empreendimento.



29/08/2008

MARKETING - Pague quanto quiser

Fonte: Portal PEGN

Com essa proposta, um restaurante faz sucesso na Austrália.
O Lentil as anything, de Melbourne, na Austrália, adotou uma estratégia inovadora e ousada. Uma placa na porta convida os clientes a pagar o que acharem justo pelo que comem. A proposta tem dado certo e está atraindo a atenção e a simpatia de um número cada vez maior de clientes.
Difícil é entender o segredo dessa gestão inusitada. O cliente realmente paga quanto quer. 'Às vezes, as pessoas pedem uma sugestão de valor, mas nós não damos. Dizemos para elas estabelecerem o preço de acordo com a qualidade da refeição servida', diz Leandro Palacio, um dos responsáveis pela casa. No cardápio, nada de números. Para pagar, apenas uma caixa estilo cofre com um pedaço de papel escrito 'demonstre sua generosidade aqui'. O menu reforça a mensagem: 'Pague quanto você achar que sua experiência valeu!' Na prática, o cliente entra, pede a refeição, deposita o valor na caixa e sai. Simples assim.
Como se trata de um estabelecimento comercial, algumas perguntas surgem automaticamente. Como garantir o faturamento no fim do mês? E se os gastos forem maiores do que o faturamento? Por incrível que pareça, questões como essas não trazem preocupação. Segundo o idealizador, Tony Kenyon, quando as contas estão apertadas, os funcionários abrem o jogo. 'Explicamos para os clientes que estamos passando por dificuldades e pedimos que levem isso em consideração antes de sair do restaurante', diz. O recado produz o efeito desejado. 'A clientela normalmente é muito generosa. Além disso, gosta da nossa comida o suficiente para não deixar que a empresa feche por falta de dinheiro.' Segundo Kenyon, as pessoas pagam em média de US$ 10 a US$ 15 cada, quantia condizente com as despesas e também compatível com os preços praticados pelos estabelecimentos vizinhos. Mas é bem verdade que a renda oscila bastante e fica totalmente à mercê da generosidade alheia. Kenyon conta que há quem já tenha pago US$ 200 por um único copo de água e quem desfrute de uma refeição completa desembolsando US$ 0,50 . Em geral, um compensa o outro.
Outra curiosidade é o formato do negócio. Não existe um dono ou um grupo definido de sócios. Funciona mais como uma cooperativa, onde os 25 colaboradores têm participação nas decisões e compartilham dos mesmos valores e filosofias alternativas. Graças a essa característica e ao fato de não buscar lucro em primeiro lugar, o restaurante foi classificado pelo governo australiano como entidade sem fins lucrativos e está isento de impostos.
O conceito do restaurante, que mistura um pouco de hippie e esotérico, pode ser visto da gestão à culinária. Os pratos são vegetarianos e orgânicos e a decoração simples, baseada no ecologicamente correto e no que se considera 'energia positiva'. O clima descontraído e a localização estratégica, próxima de circuitos boêmios, garantem o movimento e fazem do restaurante um ponto de encontro.

28/08/2008

MARKETING - Empresas devem apostar nas classes C, D e E.

Fonte: Coletiva.net

Para o publicitário Renato Meirelles, sócio-diretor da agência Avenida Brasil, as empresas que concentram seus esforços em fidelizar o consumo dos ricos e emergentes estão no caminho errado. Ele foi o palestrante do ‘Meeting do Marketing da Federasul’, realizado ontem, 28, e, ao abordar o tema ‘Baixa Renda - Como conquistar o mercado que mais cresce no Brasil’, declarou que 85% da população brasileira, pertencentes às classes C, D e E, é que são o grande motor da economia e movimentaram R$ 550 bilhões só no ano passado.

Segundo ele, o crescimento do crédito é um dos fatores que pode encontrar maior terreno para crescer, pois o endividamento do país corresponde a 37% do PIB, abaixo da média de países emergentes como a Rússia, com 52% ou Estados Unidos, com mais de 200% de seu PIB em endividamento. "Pessoas com renda de até R$ 1.500 mensais detêm 61% de todos os tipos de cartões de crédito usados no Brasil, e 53% deles pertencem aos jovens da classe C", aponta.

Meirelles comentou que o maior potencial de consumo dos próximos anos está na juventude: para cada adulto das classes A e B, existem 4,2 das classes D e E, sendo que, entre as crianças, essa proporção é de 10 crianças de baixa renda para uma das classes A e B. "Essa geração é que vai ditar o consumo até 2025", previu o palestrante, que explica que a chamada "Geração C" é diferente da de seus pais, apesar de possuir os mesmos valores. O executivo citou dados dos institutos Ipsos/Cetelem e da Avenida Brasil para apontar que 68,1% desses jovens consumidores têm escolaridade maior que a de seus pais.

Entre os "sonhos de consumo" para o próximo ano de tal segmento, estão a compra de carros (81,3%), computadores (59,1%), viagens internacionais (54,2%) e até montar um negócio (54,8%). Seus integrantes estariam pouco interessados em política, porém mais vaidosos, mais estressados e, principalmente, 91,7% mais consumistas que seus pais. No entanto, alertou, que o perfil de consumo e os valores morais das classes D e E são completamente diferentes das demais: "Enquanto os ricos compram um produto pelo desejo de exclusividade, a 'Geração C' os compra por inclusão".
28/08/2008

COMPORTAMENTO - Estudo da MTV revela novo perfil do jovem brasileiro

Fonte: Meio&Mensagem

Quarta edição do Dossiê Universo Jovem aponta preocupação crescente com recursos naturais e sustentabilidade.
Em sua quarta edição, o Dossiê Universo Jovem MTV - que será apresentado ao mercado em 9 de setembro - mostra as principais tendências de comportamento da juventude (12 a 30 anos), ressaltando o interesse por questões relativas à preservação do meio-ambiente e ao desenvolvimento sustentável. Nesse campo, a pesquisa identificou perfis distintos. Entre eles, estão os "comprometidos", que somam 17% do total de entrevistados. São aqueles preocupados, por exemplo, em reciclar o lixo doméstico, valorizar produtos biodegradáveis e prestigiar marcas de corporações ambientalmente responsáveis. Os "alienados", totalmente indiferentes ao tema, somam 16% dos pesquisados.
"Os resultados são alvissareiros porque exibem um processo de conscientização nessa área", analisa José Wilson Fonseca, diretor geral da MTV. "Entre os 'comprometidos' e os 'alienados', há muitos jovens que podem logo se agregar ao esforço por um mundo mais saudável".
Ainda segundo o estudo, 36% dos jovens acreditam que o Brasil se apresenta como um centro internacional de interesses, considerada a quantidade de recursos naturais disponíveis. Ao refletir sobre o futuro do planeta, duas preocupações se destacam: aquecimento global, para 34%; e escassez de água potável, para 24%.
Do total, 34% crêem que os países do chamado Primeiro Mundo acabarão por se apropriar da Amazônia e dos outros recursos naturais estratégicos brasileiros. Para 54%, os brasileiros não têm se esforçado para garantir a preservação desse patrimônio.
Questões estruturais, como fome, drogas, educação e trabalho, também figuram como motivos de apreensão para os pesquisados.
O trabalho mostra ainda um jovem cada vez mais multiconectado e integrado. Entre os jovens, 74% dispõem de um aparelho celular. Na faixa de 12 a 14 anos, esse índice chega a 56%. Entre os integrantes da classe A, 92% já fazem uso da telefonia móvel.
29/08/2008

25 agosto 2008

MARKETING - Grupo VR entra em novo negócio e lança o 'vale balada'.

Fonte: Agência Estado

Um ano depois de vender sua empresa de tíquetes-alimentação para a francesa Sodexho, em um negócio de R$ 1 bilhão, o grupo brasileiro VR dá sinais de que não pretende abandonar o mercado de vale-benefícios. A companhia anunciou ontem a criação de uma unidade de negócios nesse segmento. A nova aposta dos Szajman - clã formado pelo empresário Abram Szajman, que fundou a VR há mais de 30 anos, e seus filhos Cláudio e André - é fornecer cartões com "créditos culturais" para empresas.A proposta é ousada: o funcionário ou consumidor vai para o teatro, balada ou cinema e paga (via celular, cartão ou internet) com os créditos fornecidos por uma empresa. Também pode gastar esses créditos na compra de livros, CDs, DVDs e música online. Mas, não necessariamente, a companhia pagará toda a conta da diversão. Isso porque o serviço tem dois públicos-alvo. Um deles - o mais óbvio - são os departamentos de recursos humanos das empresas, que poderão oferecer o produto a seus empregados. Assim como ocorre com a concessão de outros benefícios, o vale ingresso pode dar direito a incentivos fiscais, com abatimento de impostos para as companhias.Mas o novo produto também quer atingir empresas que investem em programas de promoção e fidelização e relacionamento com consumidores. Neste caso, uma companhia de telefonia, por exemplo, poderia distribuir um valor no cartão cultural para o cliente, como ferramenta de marketing. "Esses benefícios 'modernos' já são adotados hoje pelas maiores empresas. Mas faltava um instrumento, um processo estruturado para oferecê-los", diz o presidente do grupo VR, Cláudio Szajman. Além disso, ele acredita que há um potencial de mercado para o segundo público. "As corporações buscam cada vez mais formas sofisticadas de atender seu consumidor." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
25/08/2008

BUSINESS - Inspirados por Branson.

Fonte: Exame

O empresário Alexandre Accioly e seus sócios repetem a estratégia de Richard Branson, da Virgin, dono de uma das maiores redes de academias da Europa.
O mercado de academias de ginástica pode parecer desanimador até para os empreendedores mais otimistas. Muito pulverizado e informal, com pouca rentabilidade e altos custos de funcionamento, esse nunca foi um setor popular entre investidores. Ao anunciar recentemente a compra da rede paulistana Fórmula, em julho, o carioca Alexandre Accioly e seus sócios mostraram que estão dispostos a provar o contrário. A aquisição, feita por um valor estimado em 40 milhões de reais, foi a primeira ação visível de um plano para montar a maior rede nacional de academias e levar a Body Tech, grupo resultante dessas aquisições, à bolsa de valores em 2011. Accioly e seus sócios, entre os quais o herdeiro do grupo Pão de Açúcar João Paulo Diniz e o ex-banqueiro Luiz Urquiza, planejam desembolsar 400 milhões de reais em cinco anos para ter 90 unidades e 200 000 alunos em todo o país. Sem exemplos para seguir no Brasil, o grupo replica por aqui a estratégia do britânico Richard Branson, do grupo Virgin. Nos últimos três anos, Branson comprou academias em vários países da Europa e já é dono da segunda maior rede do continente. Hoje, a Virgin Active tem 170 academias, 900 000 alunos e fatura cerca de 600 milhões de dólares por ano. “O negócio tem uma imagem sólida, associada ao bem-estar e à qualidade de vida, e tornou-se uma das unidades mais bem-sucedidas do grupo Virgin”, diz Accioly.

Diante de um conglomerado como o de Branson, que fatura 20 bilhões de dólares por ano com empreendimentos tão variados como ferrovia, aviação e telefonia celular, um negócio de 600 milhões de dólares ainda é pequeno. Mas o excêntrico Branson tem um plano de expansão bem definido. Além da Europa, sua rede deve crescer nos Estados Unidos e na Austrália e trabalha para lançar ações na bolsa de Londres já no ano que vem. Em poucas linhas, essa poderia ser também a descrição do que Accioly e seus sócios estão fazendo no Brasil. Com a diferença que, no caso de Accioly, que tem negócios em ramos como o de restaurantes, hotelaria e entretenimento, as academias de ginástica são, no momento, sua aposta principal. Depois de enriquecer com a venda de sua empresa de call center, a 4A, para o grupo Telefônica, o empresário carioca tem colhido alguns reveses em seus últimos empreendimentos. A última tentativa de faturar alto, com megaeventos, foi sepultada depois de problemas com a venda de ingressos do show da banda irlandesa U2, há dois anos, e do cancelamento da apresentação do tenor Luciano Pavarotti. “Agora ele só quer saber de academias”, diz, em tom de brincadeira, João Paulo Diniz.
25/08/2008

22 agosto 2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Especialistas discutem viabilidade econômica de empreendimentos sustentáveis

Fonte: Piniweb

Para participantes, investimento da concepção de bons projetos é fator decisivo para um edifício eficiente.

O investimento na concepção de projetos é fator decisivo para que os empreendimentos sejam sustentáveis ambiental e economicamente. Entretanto, esse procedimento esbarra na forte resistência do mercado profissional, seja pela falta de conhecimento de alternativas, seja pelo uso do argumento de que soluções sustentáveis são onerosas. Essa foi a principal conclusão a que chegaram os participantes do Fórum Empreendimentos Imobiliários Sustentáveis - Viabilidade, Projeto e Execução, realizado no dia 19 de agosto pela Editora PINI.
Para o engenheiro Luiz Henrique Ceotto, diretor técnico da Tishman Speyer, a percepção dos conceitos sustentáveis precisa ser ampliada pelos profissionais envolvidos na construção. "Será que a madeira certificada é tão importante para a construção civil? Talvez nas portas, mas precisamos ter uma visão mais pragmática", opina, ao apontar que há medidas cruciais que deveriam ser priorizadas pelo setor, como a redução do consumo de energia elétrica e da liberação de gás carbônico na atmosfera.

O conforto ambiental, principalmente de edifícios comerciais, representa um desafio para os projetistas no que tange à eficiência energética. Segundo a arquiteta Joana Gonçalves, do LABAUT/FAUUSP (Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética do Departamento de Tecnologia da Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), para que padrões eficientes sejam atingidos, devem ser observados o clima local, sombreamento, aquecimento passivo, ventilação, resfriamento evaporativo, massa térmica e isolamento. "Deixamos de observar isso. Lúcio Costa e Lelé são profissionais que dominam essa questão", exemplifica.

Para a arquiteta, um edifício eficiente nasce de um bom projeto, mas ela reitera a necessidade de todos os envolvidos na obra participarem dos processos. "Está surgindo a figura do profissional simulador. Não é a mesma coisa que um cadista. Não caiam nessa armadilha", avisa.
O engenheiro Vanderley Moacyr John, professor da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo) e diretor do CBCS (Conselho Brasileiro da Construção Sustentável) compartilha da opinião da arquiteta, especialmente quanto à sustentabilidade nos canteiros, com a melhoria dos projetos, coordenação modular e controle de obras. "Precisamos transformar a rotina da cadeia produtiva da indústria brasileira", afirma.

Eficiência operacional
O engenheiro Luiz Henrique Ceotto, da Tishman Speyer, aponta que os projetos dos edifícios são direcionados para a redução dos custos da execução, quando deveriam priorizar a eficiência operacional. "O impacto do edifício é diretamente proporcional ao custo que ele gera", afirma. O engenheiro apresentou estudos que indicaram que 80% dos custos de empreendimentos comerciais ao longo de 50 anos correspondem ao uso e operação do edifício. Os custos de execução representam 14%, seguidos da adaptação para reuso (5%), concepção e projeto (0,8%) e idealização (0,2%).

Ainda segundo os dados apresentados por Ceotto, as possibilidades de interferências nos custos do empreendimento durante seu uso são de apenas 5%. Entretanto, é possível provocar modificações na ordem de 100% durante a idealização, 80% na concepção e projeto e 15% na construção. "Se já existir um projeto, haverá problemas para executar um edifício sustentável e até mesmo para obter certificações", opina Hugo Marques da Rosa, presidente da Método Engenharia.

Investimentos
Nem toda solução onerosa representa baixo impacto no meio ambiente. Ceotto afirma que as empresas devem saber quais itens implantar. Segundo o diretor da Tishman Speyer, a retenção e reserva de águas pluviais, lâmpadas de alta eficiência, peças sanitárias de baixa vazão e reciclagem são os itens sustentáveis que mais geram benefícios sem comprometer os custos em empreendimentos residenciais. O tratamento de esgoto e aquecimento solar para aquecimento de água também foram apontados pelo engenheiro como elementos geradores de impactos positivos no meio ambiente, mas com altos custos. Ele desconsidera a isolação térmica de fachadas e o uso de vidro por conta do alto investimento demandado e do baixo retorno.

A Tishman Speyer estima que a execução de um "edifício verde" necessite de um aporte de 5 a 7% maior que o convencional e representa de 2,5% a 3% do custo do imóvel. "Eu não acredito que o brasileiro irá pagar essa diferença para salvar o mundo. Ele precisa saber das vantagens durante a operação", afirma Ceotto. A incorporadora estima que um edifício residencial convencional (apartamento de três quartos, sendo duas suítes) tenha um gasto mensal durante sua operação de R$ 8/m², contra R$ 5/m² de um sustentável. "A valorização de um edifício sustentável pode chegar a 14%. É viável economicamente, precisamos tirar essa ilusão de que não é possível".

A economia durante a operação em prédios comerciais sustentáveis é maior, sendo a média de R$4,5. Enquanto o prédio convencional necessita de R$10/m², o verde utiliza R$5,5/m². "Essa diferença pode ser cobrada no aluguel, por exemplo. Esses são dados reais, pois a Tishman gerencia muitos dos seus empreendimentos", disse Ceotto. A valorização do preço do aluguel de empreendimentos comerciais sustentáveis, segundo a Tishman Speyer, pode chegar a 7,5%.
O empreendimento M.O.R.E. Alphaville, da BKO Engenharia, foi um dos cases que ilustrou o fórum. O conceito e implantação de itens sustentáveis consumiram investimentos de R$ 980,924 milhões. Só a ETA (Estação de Tratamento de Esgoto) é responsável por R$ 320 mil. "Dividimos esse número por dois. Uma parte será absorvida pelos compradores e outra pela empresa. Como há participação nos lucros de nossos colaboradores iniciamos um programa para otimizar os custos e recuperar esse investimento", explica Maurício Bianchi, diretor da BKO.

A opinião dos participantes é de que a indústria da construção ainda não conseguiu inserir a economia operacional de forma efetiva na cultura dos compradores e investidores. "O marketing da construção é direcionado para o produto, precisamos sensibilizar o comprador", afirma Rosa, da Método.
20/08/2008

21 agosto 2008

MARCA - Novo site marca cem anos do ícone de Johnnie Walker

Fonte: Meio&Mensagem

O Striding Man, ícone de Johnnie Walker, completa cem anos e a comemoração fica por conta do lançamento do site criado pela Wunderman.A principal idéia do ambiente é traçar um paralelo entre os cem grandes passos da humanidade no último século e o centenário do Striding Man. São marcos históricos nas áreas de comportamento e estilo de vida, arte e tecnologia.Para entrar no site, o usuário digita a data de seu nascimento e conhece o que marcou aquele ano. Um mosaico reúne os cem passos da humanidade e convida o usuário a incluir o seu, que seria o 101°. Outro mosaico será montado com os passos de quem participar do site. É possível incluir texto, foto e vídeo.

21/08/2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Construtoras congelam fusões e buscam alternativas

Fonte: Agência Estado

Nos últimos meses, a dupla fusão e aquisição foi onipresente em qualquer roda de conversa de empresários e analistas do setor imobiliário. Hoje, passada a fase de especulações e negociações iniciais, o mercado já não aposta mais em uma onda forte de compras. As empresas, principalmente as listadas em Bolsa, conversaram muito entre si, mas pouca coisa saiu do papel. O assunto não morreu, mas as empresas estão sendo obrigadas a buscar alternativas para continuar tocando seus projetos.O caso da InPar é emblemático. Na sexta-feira passada (dia 15), em teleconferência com analistas, a incorporadora anunciou que vai vender parte de seus ativos para fazer caixa para comprar terrenos. O objetivo é levantar R$ 400 milhões. O plano de lançamentos - tido pelo mercado como ambicioso para uma companhia que ficou fora de operação entre 2004 e 2005 - foi reduzido de R$ 2,5 bilhões para R$ 1,65 bilhão este ano e de R$ 3 bilhões para R$ 1,85 bilhões em 2009. A InPar figurava na lista de empresas que queriam sócios. A incorporadora não é a única a buscar um plano B. Na semana passada, a Tecnisa anunciou que conseguiu levantar uma linha de financiamento de R$ 400 milhões com o Itaú e o Itaú BBA para construção e compra de terrenos. "A Tecnisa é uma empresa que tem controlador. Para fazer fusão, a gente tem de realmente crer que vai ser a melhor opção. Fusão não traz dinheiro novo, só aumenta o tamanho da empresa. E nada garante que o valor das ações vai subir", diz o diretor de relações com os investidores da empresa, Leonardo Paranaguá.Até pouco tempo atrás, o discurso no setor era outro. Acreditava-se que uma fusão elevaria o preço das ações e ajudaria a levantar mais dinheiro na Bolsa. Recentemente, a incorporadora Helbor e a construtora Company deram uma demonstração da dificuldade de juntar empresas no setor. As conversas duraram 90 dias. Segundo o vice-presidente da Helbor, Henry Borenstein, não houve acordo sobre preço. "Quando as conversas começaram, a Helbor valia R$ 700 milhões na Bolsa. No fim, valia R$ 400 milhões", diz. "Esse valor não faz sentido. Em termos contábeis, as empresas são muito parecidas. A fusão não está descartada, mas ainda não é hora."
21/08/2008

MARKETING - Carlsberg atende torcedores e cancela promoção

Fonte: Meio&Mensagem
A cervejaria, que patrocina o Liverpool, havia fechado com o The Sun uma ação de marketing promocional na qual daria pints da marca para os leitores. A torcida do time tem uma richa histórica com o jornal.

A cervejaria dinamarquesa Carlsberg, patrocinadora do Liverpool há 16 anos, arrumou uma grande confusão quando fechou uma ação de marketing promocional com o jornal britânico The Sun, para a distribuição de pints com o escudo do clube para os leitores. Centenas de torcedores do time em todo o mundo enviaram e-mails exigindo o fim do acordo, o que foi prontamente atendido pela empresa.

Explica-se: muitos torcedores do Liverpool mantêm um boicote contra o The Sun por causa da cobertura feita em 1989, há quase duas décadas, sobre a tragédia de Hillsborough, que ocasionou a morte de 96 torcedores. Na ocasião, num jogo contra o Nottingham Forest, após uma confusão da torcida, muitos acabaram asfixiados junto à grade que separava a arquibancada do campo.

Numa reportagem de capa, o periódico saiu com a manchete "A verdade", com acusações diversas, como a do roubo de carteiras do bolso das vítimas e a de que torcedores embriagados atacaram agentes de resgate enquanto tentavam salvar as vítimas. O The Sun publicou um pedido de desculpas em 2004, dizendo que "cometeu o erro mais terrível da história".

21/08/2008

BUSINESS - PMEs preocupam-se menos com tecnologia

Fonte: Portal PEGN

Com tanta preocupação em relação ao novo cenário econômico, as pequenas e médias empresas deixaram de investir na implantação de novas tecnologias, que podem ampliar sua vantagem competitiva. Particularmente, isso é mais acentuado na América do Norte, do Sul e Europa Ocidental, informa o site InfoMoney.

A constatação é da consultoria IDC, que, em um estudo, avaliou o nível de interesse e preocupação das PMEs com relação a cinco áreas diferentes: crescimento econômico futuro e condições de negócios, tecnologia verde, softwares como serviços, virtualização e uso da internet como uma fonte de negócios.

Embora tenham sido constatadas diferenças regionais, pequenas e médias empresas, no geral, se preocupam pouco com tecnologias novas e emergentes, mas dedicam muita atenção à discussão em torno das questões econômicas.

"Apesar da desaceleração da economia mundial, PMEs de todos os cantos do mundo devem pensar no que pode acontecer futuramente na economia global [e não focar somente no momento econômico atual]. A maioria dessas empresas ainda tem um pensamento de curto prazo, com apenas um interesse modesto em áreas tecnológicas que têm sido foco de outras organizações", opinou o gerente de pesquisas da IDC.

O estudo constatou ainda que há muitos fatores que podem levar a um aumento do nível de preocupação e interesse quanto à tecnologia e à economia futura. Por exemplo, entre as quatro ferramentas tecnológicas analisadas na pesquisa, a internet aparece como um elemento-chave, com potencial de se destacar cada vez mais, futuramente.

Além disso, a IDC espera crescimento da virtualização e dos serviços de software nos próximos 12 meses ou dois anos, na mesma medida em que as promoções de vendas ampliem suas forças.
21/08/2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - O prédio mais alto do mundo, quase no topo.

Fonte: Coluna Lurdete Ertel - ClicRBS


Depois de quatro anos de obras, bilhões de dólares e até uma rebelião de operários reclamando de trabalho quase escravo (a maioria imigrantes), o novo prédio mais alto do mundo finalmente está chegando ao topo.

Com conclusão empurrada para setembro de 2009 (depois de adiamentos do prazo inicial, neste ano), o Burj Dubai (torre de Dubai, em árabe), nos Emirados Árabes Unidos, já detém o título de maior arranha-céu do globo desde julho de 2007, quando superou a altura do Taipé 101 que, com 508 metros, domina a capital taiwanesa.

O assombroso empreendimento, que pretende abrigar o maior centro comercial do planeta, é o centro de um megacomplexo imobiliário de US$ 20 bilhões que pretende erguer um novo bairro em Dubai, com 30 mil apartamentos.





NAS NUVENS
Com o gigante rondando atualmente os 700 metros, a construtora segue fazendo mistério sobre o tamanho final da torre.
Mas já se pode ter uma idéia do efeito espantoso que terá sobre a paisagem, numa série de fotos distribuídas nesta semana por David Hadcote.



Ai, que vertigem!



20/08/2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Arquitetura extra-terrestre.

Fonte: Coluna Lurdete Ertel - ClicRBS


Mais um projeto mirabolante vai brotar do deserto dos Emirados Árabes Unidos.
Disposta a construir uma fabulosa cidade futurista aos moldes de Blade Runner, o emirado de Ras Al-Khaimah começa até o final do ano as obras de um assombroso empreendimento que servirá de pórtico de entrada da nova Capital.

O complexo de 300 mil metros quadrados será esparramado sobre a principal rodovia de acesso à cidade. Terá uma torre de 200 metros de altura com dois hotéis (cinco e quatro estrelas), mais shopping-center, centro de conferências e de exibições.
Assinado pelo renomado estúdio norueguês Snhetta, o conjunto tem a aparência de uma forma uma nave de ETs que baixou no meio do nada.
Mais uma excentricidade arquitetônica para a coleção dos abastados árabes.








20/08/2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Brasileiros construirão prédio com forma do Pão de Açúcar nos Emirados Árabes

Fonte: EXAME

Será o primeiro grande empreendimento imobiliário construído por investidores brasileiros no país.

Os Emirados Árabes vão ganhar o primeiro empreendimento imobiliário brasileiro de grande porte. O Brazilian Town terá o mesmo estilo nababesco característico da vizinha Dubai, mas será construído em Ras Al Khaimah. O complexo imobiliário terá o mesmo formato do morro carioca Pão de Açúcar, com direito até a bondinho para a chegada ao topo.

O empreendimento será voltado para empresas brasileiras que possuem interesses nos Emirados Árabes e começa a ser construído em janeiro do próximo ano, com previsão de conclusão em dezembro de 2010. Serão 197 flats, 394 escritórios, 76 lojas, quatro cinemas, dois restaurantes, dois auditórios, um supermercado e um business center, com um valor geral de vendas estimado em 750 milhões de dólares.


Preocupados com o futuro fim das reservas de petróleo, os Emirados Árabes têm feito enormes investimentos para entrar no mapa turístico mundial. O maior expoente é o hotel Burj Al Arab, o mais luxuoso do mundo. As diárias variam de 2 mil a 13,6 mil dólares, mas os hóspedes têm direito até a traslado de helicóptero do aeroporto ao hotel. Entre as obras gigantescas na cidade também há o The World, arquipélago artificial com o formato de um mapa-múndi orçado em 1,8 bilhão de dólares. A cidade também está construindo um novo aeroporto, o Dubai World Central International Airport, planejado para ser o maior do mundo, com capacidade para 120 milhões de passageiros por ano.


O Brazilian Town é uma parceria entre os empresários brasileiros Jorian Morais e Jonathan Macedo com o próprio xeque do emirado de Ras Al Khaimah, Mohammed Bin Saqr Al Qassimi, e com o diplomata, Mohammed Hassan. O potiguar Jorian Morais é diretor da JAM Empreendimentos, empresa que atua no mercado de construção de obras públicas. Já Jonathan Macedo é diretor da MP Engenharia, que constrói hotéis e casas em Brasília.


A comercialização ficará a cargo da brasileira Cecília Reinaldo, que é sócia-diretora da High Society Properties, uma das maiores imobiliárias de Dubai.


20/08/2008

18 agosto 2008

BUSINESS - O cliente sempre tem razão (e algumas boas idéias)

Fonte: Amanhã

A agência de viagens Porto Brasil estava procurando uma maneira de expandir seus negócios no Sul do país. A solução foi encontrada quase por acaso, graças a um pedido de um cliente pra lá de exigente – o HSBC. Tudo começou em 2006, quando o banco adquiriu um software para gerenciar as reservas e compras de passagens aéreas de seus funcionários no Brasil. Conhecida como Reserve, a ferramenta agiliza a compra dos bilhetes e ajuda o HSBC a buscar sempre as tarifas mais baixas, o que é essencial para uma companhia que mantém quase oito mil funcionários em trânsito constante de norte a sul do país. Mas havia um problema: quem iria gerenciar o software? Foi ai que o HSBC chamou a Porto Brasil. A agência de viagens se habituou ao serviço, aprendeu a utilizá-lo – e decidiu transformá-lo em uma nova frente de negócios.
O passo decisivo foi dado recentemente, quando a Porto Brasil adquiriu uma licença própria do Reserve, cujos direitos pertencem à Solid Viagens e Turismo, do Rio de Janeiro. A partir daí, a agência de viagens gaúcha desenvolveu uma nova modalidade que permite ao cliente utilizar os benefícios software sem ter de adquiri-lo por completo. “É possível adaptá-lo à política de viagens de qualquer empresa”, garante Ana Cláudia Costa, executiva da Porto Brasil. Com o serviço, os próprios funcionários de uma empresa podem reservar suas passagens sem ter de envolver outros departamentos no processo. O próprio software se encarrega de averiguar se está tudo certo. Por exemplo: na compra de uma passagem, a ferramenta direciona o funcionário para as tarifas mais baratas. “Se ele escolhe uma tarifa mais alta, então o software pede uma justificativa”, diz Daniele Ducate, gerente de operações do HSBC.
O sistema, que também faz a reserva em hotéis, ainda ajuda a conscientizar. “Devido às emissões de gás carbônico em viagens aéreas, a cada solicitação o Reserve exibe uma mensagem que questiona se realmente a viagem é necessária”, diz Daniele.
18/08/2008

MARKETING - Punk marketing, a teoria.

Fonte: ClicRBS

Não falta por aí é gente tentando reiventar o surrado e batido marketing.
Mas alguns são mais criativos, se não, mais ousados, ao tentar redesenhar a roda.
E tem os que botam pra quebrar, como a dupla Richard Laermer e Mark Simmons, que criou o conceito de “Punk marketing”: segundo os autores, é uma filosofia que rejeita as verdades estabelecidas.

A teoria pode ser resumida em 15 itens.
1) se não arriscar morre.
2) desafie as assumpções da indústria.
3) mantenha uma posição firme, dado que não se pode agradar a todos.
4) não ceda aos clientes
5) não seja controlador
6) nunca perca a honestidade
7) crie inimigos
8) deixe que os consumidores descubram a qualidade da sua marca
9) pense à frente dos rivais
10) não se deixe iludir pela tecnologia
11) mantenha-se fiel às suas vantagens competitivas
12) comunique com simplicidade
13 aposte sempre na qualidade, em detrimento da quantidade
14) use novas ferramentas de marketing” (por exemplo, os blogues ou os “social networking sites” como o MySpace, You Tube, Facebook ou Second Life)
15) interrogue-se constantemente e não receie a mudança.

15/08/2008

15 agosto 2008

MARKETING - Call center – de vilão à ferramenta de fidelização

Fonte: Amanhã

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou no final de julho um decreto que impõe novas regras para o setor de call centers. Ainda que a contragosto, as empresas deverão se adaptar à nova legislação dentro de 120 dias. O que a princípio é um problema, pode na verdade ser uma ótima oportunidade para as empresas começarem a efetivamente usar o telemarketing para conquistar e manter clientes. Nelise Zymberg, consultora em marketing de relacionamento, explica o grande desafio das empresas no século 21 tem sido a fidelização do consumidor – afinal, os produtos estão cada vez mais parecidos uns com os outros. “O diferencial competitivo está na percepção dos clientes, e isso se consegue em cada oportunidade de contato”, afirma Nelise.
A conquista da simpatia dos consumidores é um processo emocional, mas que depende, especialmente, de dois fatores: credibilidade e custo-benefício. Por isso, o atendimento por telefone pode ajudar a criar um sentimento de satisfação. “Faz diferença chamar o cliente pelo nome, saber o seu histórico. Nem sempre eles se apaixonam pela melhor marca, mas sim pela que faz com que se sintam melhor”, diz Nelise. Mesmo que a proposta tenha tramitado no Congresso por mais de seis meses, foi só depois do decreto presidencial que as empresas se propuseram a modificar, na prática, o modelo de atuação dos seus call centers. “As companhias estão sempre preocupadas com a lucratividade e, muitas vezes, sacrificam investimentos importantes em detrimento de um resultado financeiro positivo no curto prazo”, explica a consultora. Segundo Nelise, é provável que, num primeiro momento, as alterações não aumentem lucros, mas vale a pena apostar neste relacionamento mais estreito. “Assim, as empresas vão conquistar espaço e respeito nas cabeças dos consumidores, o que garante a perenidade no longo prazo”, afirma.
A nova lei exige que os serviços de atendimento ao cliente por telefone estejam disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana. Além disso, os call centers precisam apresentar como primeira opção a conversa direta com um operador, facilitar o cancelamento de serviços e atender o cliente ainda no primeiro minuto da chamada.
15/08/2008

CONSTRUÇÃO CIVIL - Selos verdes impõem desafios à engenharia

Fonte: PiniWeb

Construtoras têm dificuldades em entender o funcionamento das certificações sustentáveis e enfrentam problemas com clientes que desejam obter os selos.

Embora a sustentabilidade ganhe cada vez mais espaço no cotidiano do setor, as construtoras ainda estão tentando entender o funcionamento das certificações sustentáveis das edificações e enfrentando problemas com clientes que desejam obter os selos. Esta foi a conclusão dos participantes do I Ciclo de Debates e Painéis Temáticos promovido pela Anab-Brasil (Associação Nacional de Arquitetura Bioecológica), realizada em 14 de agosto no Instituto de Engenharia.

Para Newton Figueiredo, presidente do Grupo Sustentax, um dos maiores problemas na obtenção das certificações é a falta de preparo de profissionais e também as re-adequações nos projetos. "Não são raras as vezes em que somos chamados para prestar consultoria e o projeto já está pronto", comenta. "Há uma inversão no procedimento", opina.

A gerente de projetos da Método Engenharia, Ana Rocha Melhado, concorda ao afirmar que a construção civil brasileira define o produto durante a execução ao invés de realizar o detalhamento do projeto antes de iniciar as obras. Outra questão apontada pela gerente da Método é que muitas vezes o investidor deseja o nível mais alto de certificação sem o conhecimento técnico necessário.
Apesar das dificuldades do setor, a engenheira Clarice Menezes Degani, pesquisadora da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), acredita que os atuais modelos de certificação - o Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) e o Aqua (Alta Qualidade Ambiental) - acabam servindo de guia de boas práticas para a construção civil. "Os profissionais observam um requisito e percebem que é possível executar aquela medida sustentável", afirma. Clarice cita, como exemplo, o fato de o referencial técnico do Aqua possuir diversas referências bibliográficas.

A gerente da Método observou que o entendimento dos projetistas sobre os critérios do selo Aqua é maior que o do Leed. "O Aqua utiliza como base as normas brasileiras e há traduções das referências francesas. O Leed está atrelado a normas americanas e há uma barreira com a língua. Entretanto, o selo americano é renomado e os profissionais estão se qualificando", compara a gerente, que admite que o corpo técnico da construtora recorre às universidades para esclarecer diversas questões.

Outro ponto observado durante o encontro foi a preocupação quanto à proliferação do conceito de sustentabilidade e, conseqüentemente, de selos. Clarice foi categórica ao afirmar a importância da confiabilidade do organismo certificador e da própria metodologia. "O selo sustentável também pode gerar uma busca de pontuação elevada e não de soluções sustentáveis para as edificações. Ao invés de estudar e realizar medidas, as empresas buscam os pontos mais fáceis", finaliza a pesquisadora.
15/08/2008

07 agosto 2008

MARKETING - A importância do antes.

Fonte: Meio&Mensagem

Para Peter Krieg, co-fundador da Copernicus Marketing Consulting, pesquisa antes da campanha é melhor e menos custosa maneira para se determinar o target e avaliar os resultados obtidos sobre o investimento feito pelo anunciante.
A terceira edição do fórum internacional ABA ROI recebeu a visita de Peter Krieg, co-fundador da Copernicus Marketing Consulting, que apontou a intensa pesquisa antes da campanha como melhor e menos custosa maneira para se determinar o target de maneira mais apurada e com melhores resultados obtidos sobre o investimento feito pelo anunciante. E isso, num ambiente cada vez mais multimídia, em que as diferentes disciplinas devem ser utilizadas em parceria.
Para Krieg, uma campanha pode ser considerada bem sucedida se apresentar apenas um resultado excelente de ROI, e não apenas 50%, por exemplo, o que evita perdas que seriam de, a cada dólar investido, 32 centavos em impresso, 35 em trade marketing, 50 em rádio e 51 em TV.
Ele apontou cinco problemas essenciais na maneira como é estudado e determinado o ROI. O primeiro é a falta de medição, o que impossibilita o gerenciamento do fenômeno. O outro é o chamado chute no escuro, no qual se estuda o quê, o onde, mas se esquece do principal, o quem. "Três ou quatro pessoas buscam entender o consumidor e acabam criando um monstro, que está longe do target real", exemplificou Krieg, deixando claro que há também a possibilidade de se expandir este target: "É sedutor trazer novas pessoas para seu produto, ampliando as oportunidades de lucro".
O terceiro problema é a falta de posicionamento do produto, que sempre precisa de uma razão de ser. Krieg citou que apenas 8% de pessoas disseram numa pesquisa algo relevante sobre as duas marcas líderes em cinco categorias de produtos. "E não estamos falando de marcas pequenas", lembrou, citando a Skol como um exemplo positivo de associar o produto ao público-alvo.
Ainda na lista esta o fato de que deve haver uma seleção de várias idéias, antes da real aplicação de uma delas. Das pré-escolhidas, algumas devem ser testadas em pesquisas (esta uma palavra recorrente na palestra) qualitativas para que possam ser aplicadas. E, por fim, existe a questão da falta de tempo para este pré-teste, que é importantíssimo para uma estratégia vencedora. "O fato é que as pessoas dizem que não tem tempo, mas acabam sempre refazendo as coisas, e perdendo tempo", sintetiza Krieg.
06/08/2008

06 agosto 2008

COMPORTAMENTO - Brasileiro usa celular para evitar chatos

Fonte: INFO

SÃO PAULO – Cerca de 23% dos brasileiros já começaram a usar o celular ou fingiram usá-lo para evitar a aproximação de alguém.
As mulheres costumam usar mais o truque: 27% já apelaram para o celular para evitar uma pessoa. Entre os jovens de 16 e 24 anos, o percentual é ainda maior, de 30%. Esta foi uma das conclusões do estudo Mobilidade Brasil 2008, desenvolvido pela empresa de pesquisas Ipsos para verificar as mudanças que o celular proporciona no comportamento do brasileiro.
Muitos brasileiros se sentem abandonados se não recebem uma ligação ou mensagem de texto pelo celular durante o dia, revelou a pesquisa. Entre as mulheres entrevistadas, 29% admitiram o sentimento, contra 15% dos homens.
O estudo revelou também que 18% dos brasileiros se consideram viciados em seus celulares. Os grupos que apresentaram maior índice de pessoas que se consideram viciados no celular foram o das mulheres (21%) e o dos jovens entre 16 e 24 anos (23%).
A Ipsos analisou também o destino dado aos celulares antigos pelos brasileiros. A maior parte das pessoas (34%) dá o aparelho a alguém. Muitos tentam vendê-lo em alguma loja de usados (26%). Alguns guardam o aparelho como “estepe” (16%) e outros jogam o aparelho (7%). Apenas 2% destinam o celular usado à reciclagem.
A pesquisa, realizada em maio, contou com 1.000 entrevistas, com moradores de 50 cidades brasileiras, de ambos os sexos, com mais de 16 anos.
04/08/2008

INTERNACIONAL - A Estratégia como criação do futuro.

Fonte: Portal HSM On-line

Considerado pelo The New York Times como um dos maiores experts em estratégia da nova geração, o indiano Vijay Govindarajan, doutor por Harvard, marca presença no cenário mundial por meio de seus trabalhos acadêmicos e de sua consultoria. Organizações-líderes como Boeing, British Telecom, Wal-Mart e General Electric confiam em “V.G.” –como ele gosta de ser chamado– para iluminar o pensamento estratégico de seus gestores. O estrategista abriu o primeiro dia do Fórum Mundial de Estratégia da HSM desconstruindo modos de pensar e ensinando o que é necessário para a construção do futuro desde já.
Ao público presente no Teatro Alpha, em São Paulo, V.G. propôs uma reflexão em cima de três horizontes: o primeiro é o da administração do presente. O segundo, do esquecimento seletivo do passado e, o terceiro, da criação do futuro. Para o estrategista, qualquer projeto de uma empresa deve ser alocado em um desses três horizontes. Provocador, V.G. diz: “Quero ver o plano estratégico de sua organização. Quero saber em que horizontes se situam os projetos que sua empresa implementará em 2008”.
Para ele, os líderes pensam, com freqüência, que fazer estratégia é estar no primeiro horizonte, o que trata do presente. Estratégia, no entanto, requer pensar sobre os horizontes 2 e 3. “Para criar o futuro, é preciso esquecer seletivamente o passado. A estratégia não é o que você precisa fazer em 2030, mas os projetos que você deve implantar em 2008 para chegar lá. A estratégia tem a ver com a competição para o futuro e não a competição no presente. Diz respeito a como se cria o futuro administrando o presente”, explicou, enfático, o professor. Distinguir os horizontes de ação é fundamental, porque o pensamento necessário para desempenhar no presente é diferente do pensamento para criar o futuro.
Para gerenciar o presente, lidamos com mudanças lineares, buscamos a excelência na operação atual. Esquecer seletivamente o passado, contudo, requer um pensamento não- linear, que é o desafio da liderança. O futuro se faz com mudanças não-lineares, pois são elas que provocam verdadeiras rupturas. “Foi o que aconteceu com a internet, que constitui uma mudança não-linear, que propiciou a criação de negócios totalmente novos. A tecnologia, porém, não é a única fonte de não-linearidade. Concorrentes não tradicionais, por exemplo, podem penetrar no seu setor e gerar uma ruptura no mercado.”
06/08/2008

01 agosto 2008

COMUNICAÇÃO - Nova pesquisa da OgilvyAction | Quem disse que a decisão é no PDV?

Fonte: BlueBus

O varejo e as agências que fazem promoçoes no ponto de venda têm usado e abusado dos resultados de uma pesquisa feita em 1995 pelo POPAI (Point of Purchase Advertising Institute), dando conta que 70% das decisoes de compra dos consumidores seriam tomadas diante das prateleiras dos supermercados. Com base nesses dados, muitos anunciantes diminuíram seus investimentos publicitários dirigidos para a construçao de imagem da marca para reforçar açoes dentro do PDV.
Esse cenário, porém, pode mudar um pouco. A ediçao dessa semana da Ad Age informa que uma nova pesquisa, feita pela OgilvyAction, mostrou que na verdade o percentual dos americanos que decide no ponto de venda qual marca vai comprar seria de 39,4%. O estudo revelou ainda que na média apenas 10% dos clientes trocam de marca e 29% acabam levando produtos de uma categoria que nao estava na lista de compras em funçao de alguma promoçao na loja. A pesquisa da OgilvyAction foi feita com 14 mil pessoas em diferentes países e entrevistava os clientes na entrada e na saída da loja para comparar a intençao inicial de compra com o que foi efetivamente adquirido.
Evidentemente, o fato de que quase 40% dos consumidores tomam suas decisoes dentro das lojas ainda impressiona e deve ser levado em consideraçao pelas empresas na hora de formular suas estratégias. O que as pesquisas nao mostram, entretanto, é que na maioria das vezes as escolhas acontecem dentro de um repertório de marcas do consumidor. O que isso significa? Que nós temos algumas marcas preferidas na cabeça em cada segmento. Diante da ausência de uma delas ou na presença de uma promoçao do tipo pague 1 e leve 2, podemos eventualmente trocar a marca número 1 pela número 2. Difícil é afirmar que os consumidores descartam facilmente uma marca conhecida por outra só porque ela está exposta com maior destaque no supermercado.
01/08/2008

MARCA - Registro de marcas: bons resultados e potencial de crescimento

Fonte: Amanhã

No Brasil, 80% das empresas constituídas não fazem pedido de registro de marcas. A estatística, que à primeira vista parece alarmante, coloca o Brasil - que registra anualmente 110 mil pedidos de marcas - à frente de muitos outros países, inclusive nações mais desenvolvidas. "Esse indicador mostra o dinamismo comercial do país", aponta Jorge Ávila, presidente do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

Mesmo assim, ainda há um grande potencial de crescimento no número de registros. E, para tanto, ainda existem muitos problemas a serem solucionados. Entre eles, destaque para fato de o registro ainda ser restrito ao território nacional. "O primeiro passo para melhorar essa questão está na intenção de assinar o Protocolo de Madri", afirma Ávila, referindo-se ao tratado internacional que regulariza as marcas que fazem transações comerciais entre os países que o assinam.
31/07/2008

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