As fusões e as aquisições não fazem parte somente da rotina de grandes empresas. A maioria dos proprietários ou sócios de empresas de pequeno porte já aceita negociá-las com investidores. Trata-se de constatação de um estudo da RCS Brasil realizado com 250 pequenas e médias empresas, informou o site InfoMoney.
Segundo a pesquisa, 93% dos empreendedores não descartam a possibilidade de negociar sua companhia ou de participar de um processo de fusão, mesmo que seja ao lado de um concorrente.
O sócio da divisão de corporate finance da RCS Brasil, Mauro Johashi, explica que, se ainda há uma resistência por parte das pequenas empresas no que se refere à venda do negócio ou à sociedade com uma concorrente, os motivos são dois. Em primeiro lugar, muitas dessas organizações são familiares.
Em segundo, há um grande valor sentimental por parte do dono. "Por conta desses fatores, era muito difícil que os pequenos e médios aceitassem vender ou fundir o seu negócio, mas vemos que a cultura está mudando e isso já é observado como estratégia importante de crescimento", diz Johashi.
Na opinião do consultor, o que mais atrai empreendedores, no caso das fusões, é a possibilidade de aumentar o market share e crescer muito, em um curto espaço de tempo. "Já no caso das aquisições, a tentação de receber uma grande quantia pelo negócio e poder até investir os recursos em um novo empreendimento é o que mais seduz os empresários".
"Outro incremento aos processos de fusões e aquisições é a qualificação do Brasil para Investment Grade, que irá ampliar a entrada de investimentos diretos no País, os quais, com certeza, também serão direcionados para pequenas e médias empresas", completa.
04/06/2008
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