O britânico John Gummer não gosta do termo “sustentabilidade”. Para ele, a palavra se banalizou e perdeu parte de seu significado. “Muita gente não sabe o que é sustentabilidade”, resume. Como presidente do conselho de administração do “Quality of Life Policy Group”, organização que monitora as políticas de desenvolvimento do Reino Unido, Gummer acredita que está na hora de os empresários adotarem um conceito mais específico: o de “economia verde”. Essa expressão, diz ele, ajudaria a difundir o verdadeiro significado do desenvolvimento sustentável, que é o de viabilizar o crescimento econômico em harmonia com meio ambiente. Hoje, afirma Gummer, muitos ambientalistas radicais levantam a bandeira da sustentabilidade apenas para atrapalhar a vida de grandes empresas. Para ele, é preciso manter um equilíbrio. “Não acredito que possa existir um mundo sem crescimento”, afirma ele.
Nesta semana, Gummer esteve em Joinville, em Santa Catarina, e realizou uma palestra na ExpoGestão 2008, que reuniu grandes especialistas em gestão no Centreventos Cau Hansen. Durante o evento, encerrado nesta sexta-feira (20), o britânico revelou ser “fã do Brasil”. Disse que o país não deve se posicionar como subdesenvolvido ou “em desenvolvimento” e ressaltou que, hoje, as companhias brasileiras competem em pé de igualdade com todas as outras do mundo. “É preciso parar de se subestimar. A única questão que diferencia o Brasil de alguns países europeus é que ainda não existe um reconhecimento mundial de suas práticas sustentáveis”, explica. Gummer diz que a iniciativa privada deveria assumir a responsabilidade de disseminar a economia verde no Brasil. “Se tiver ajuda pública, ótimo. Mas, como político e empresário, posso dizer que os governos mais atrapalham do que ajudam”, afirma.
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24/06/2008
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